dx.doi.org/10.7437/NT2236-7640/2013.03.002 Notas Técnicas, v. 3, n. 3, p. 11–16, 2013 Desenvolvimento de um magnetômetro de gradiente alternado de campo para nanoestruturas magneticamente macias Anderson Gomes Vieira, Diego Ernesto González Chávez e Rubem Luís Sommer Laboratório de Magnetismo Aplicado, Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas CBPF/MCTI Rua Dr. Xavier Sigaud 150, Urca, 22290-180 Rio de Janeiro RJ, Brasil Este trabalho relata o desenvolvimento de um magnetômetro de gradiente de campo alternado ou AGFM (Alternating Gradient Field Magnetometer) com sensibilidade adequada à caracterização magnética de nanoestruturas típicas fabricadas no LABNANO/CBPF. O magnetômetro desenvolvido apresenta alta resolução em campo magnético, sensibilidade de momento magnético de aproximadamente 10−7 emu e opera em temperatura ambiente. Foram testados vários tipos de sensores piezoelétricos e hastes para uso no cabeçote de medida (sistema eletromecânico ressonante). Os melhores resultados foram obtidos com haste de comprimento 90 mm e diâmetro 0,8 mm operando em 2,164 kHz. This work reports the development of an Alternating Gradient Field Magnetometer (AGFM) with sensitivity suitable to characterize the typical magnetic nanostructures produced at LABNANO/CBPF. The developed magnetometer has high resolution in magnetic field and it is capable of measuring magnetic moments as low as 10−7 emu at room temperature. Several kinds of piezoelectric sensors and glass/quartz rods were tested in order to use them in the measuring head (resonant electromechanical unit). The best results were obtained with 90 mm long, 0.8 mm diameter rods operating at 2.164kHz. 1. INTRODUÇÃO A caracterização magnética de filmes finos e nanoestruturas demanda instrumentos com alta sensibilidade em momento magnético como os magnetômetros do tipo SQUID (Superconducting Quantum Interference Device) ou de amostra vibrante (VSM). Estes magnetômetros são tipicamente projetados para operar em baixas temperaturas e campos máximos de até 90 kOe, produzidos por bobinas supercondutoras e todo o conjunto fica instalado em um grande criostato. Em algumas configurações, o VSM pode ser montado sobre um eletroímã com núcleo de material magnético macio capaz de para aplicar campos até no máximo 25 kOe na amostra em estudo. Neste caso, a variação de temperatura (acima ou abaixo da temperatura ambiente) é obtida com um criostato ou forno acoplado ao magnetômetro em si. A caracterização magnética típica de um material sintetizado em laboratório, para estudos em física básica, consiste em obter sua curva de magnetização em função do campo externo (M×H) a uma dada temperatura ou uma curva da magnetização em função ou temperatura a um dado valor de campo externo. Muitas vezes é necessária a variação de ambos os parâmetros. Os magnetômetros convencionais tem um problema intrínseco que é o tempo necessário para realizar uma medida, tipicamente de 1 ou 2h. Não são raros os casos em que uma medida dura 12 ou 24h. Isso limita fortemente o número de amostras que podem ser medidas por dia por equipamento. Por outro lado, é comum qualquer projeto de pesquisa em física aplicada levar à produção de um número grande de amostras nanoestruturadas cuja caracterização necessita ser realizara em temperatura ambiente. Muitas vezes não são necessários campos maiores do que algumas poucas centenas de Oersted (1 Oe = 79,8 A/m). Nestas circunstâncias, é possível utilizar um circuito magnético baseado em bobinas de Helmholtz para aplicação de campo, que por sua vez pode ser variado muito rapidamente. Para detecção do momento magnético, uma montagem comum é o uso de um magnetômetro de amostra vibrante que tipicamente produz bons resultados até 10−5 emu (1 emu=A.m2 ). Outra abordagem, adotada neste trabalho, consiste em melhor que os 16 bits da fonte Kepco utilizada. A vantagem é, além da velocidade maior do que num VSM, pode-se atingir sensibilidades tão altas como 10−8 emu, comparável aos melhores magnetômetros do tipo SQUID existentes no mercado. Neste trabalho, descrevemos o desenvolvimento de um magnetômetro de gradiente alternado de campo com sensibilidade de 10−7 emu, capaz de realizar medidas de M×H muito rápidas em temperatura ambiente e campos até +/ − 300 Oe. A velocidade de media permite aumentar a capacidade de caracterização magnética de laboratórios acadêmicos ou industriais de magnetismo. O equipamento pode ter sua sensibilidade posteriormente aumentada até o limite conhecido de 10−8 emu eliminando as fontes de erro relatadas no trabalho. Este trabalho está estruturado com o segue: na Seção 2, apresentamos o princípio de funcionamento do magnetômetro de gradiente de campo alternado; na Seção 3, descrevemos detalhes da montagem desenvolvida, na Seção 4 apresentamos os resultados obtidos com diversas hastes e materiais analisados e discutimos as fontes de erro nas medidas. Na Seção 5 apresentamos as conclusões e considerações finais do trabalho. 2. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO AGFM O magnetômetro de gradiente de campo alternado é um instrumento baseado em três partes: (1) um circuito magnético capaz de gerar campos magnéticos uniformes e com 12 Anderson Gomes Vieira et al. valor controlável na região da amostra. Este circuito pode ser do tipo aberto, produzido por solenóides ou bobinas de Helmholtz, ou do tipo semi-fechado, como o obtido com um eletroímã. Para isto é necessário uma fonte de corrente ou tensão controlável e um medidor de campo magnético para completar o circuito magnético [1,2]. (2) Um sistema de bobinas para produção de um gradiente de campo. Alimentando-se estas bobinas com um gerador de funções, o gradiente passa a ser um gradiente de campo alternado, com frequência e magnitude controláveis [1,2]. (3) O sistema eletromecânico (ver Figura 1 abaixo) constituído por uma haste de quartzo ou vidro com um porta-amostras em uma das extremidades e um sensor piezoelétrico planar em outra. O sensor é conectado, por sua vez, a uma massa inercial e sistema de conectores para extração do sinal. Quando a haste é flexionada, um sinal aparece nos terminais do sensor piezoelétrico. Quando uma amostra é montada no portaamostras e magnetizada pela aplicação do campo magnético, esta adquire um momento magnético efetivo m. Com a circulação de uma corrente alternada nas bobinas de gradiente, a amostra sofrerá a ação de uma força definida pela expressão (1) abaixo. Se a frequência do gradiente alternado for igual ou próxima à frequência natural do sistema eletromecânico (similar a um pêndulo de torção), podemos observar que mesmo uma força magnética pequena (gradiente pequeno e/ou momento magnético pequeno) produzirá uma oscilação observável no sistema piezo+haste+porta amostra , que poderá ser facilmente medida por um voltímetro sensível à fase (amplificador lock-in) [3]. A Figura 2 mostra a voltagem rms medida em um sistema eletromecânico típico de um AGFM, onde pode ser observada a ressonância do sistema. por [1,4]: 0 Fx = mx ∂hx ∂x ! , (1) A relação entre voltagem V medida nos terminais do sensor piezoelétrico e a força Fx que age na amostra é dada por[1]: 2 δ 1 − t p2 V = 3.G. (l p + lh ) . g31 . (2) , Fx 2.w p .t p onde f0 G( f ) = fn Q (1 − A2 ) (3) e Q = f0 fB − fA (4) Nas expressões (2-4), G é um ganho mecânico que vale 1 (um) quando as bobinas gradiente de campo estão alimentadas por corrente continua e vale Q quando o sistema está na frequência de ressonância fundamental. Q é o fator de qualidade mecânica (vide a Figura 2), f0 é a frequência fundamental do conjunto (amostra, haste e piezoelétrico). As frequências fA e fB estão definidas na Figura 2 e correspondem às frequências nas quais a magnitude do sinal em fase é a metade do valor máximo [1]. δ é a espessura dos contatos do piezoelétrico, g31 é o módulo ou coeficiente piezoelétrico transversal de tensão, lh é o comprimento da haste, l p é o comprimento do piezoelétrico, w p é a largura do piezoelétrico, t p é a espessura total do piezoelétrico. Note-se que esta nomenclatura vale para piezoelétricos bimorfos que têm uma estrutura como a mostrada nas Figura 1 acima. Figura 1: Sistema eletromecânico básico do AGFM. A amostra com momento magnético m orientado ao longo do eixo x da figura sofre a ação de uma força oscilante de frequência f . Se o conjunto portaamostras+haste+piezoelétrico tiver uma frequência de ressonância próxima o igual, a oscilação será fortemente amplificada. O piezoelétrico limita a oscilação ao eixo x, de forma que a força gerada pelo gradiente de campo nesta direção é dada Figura 2: Voltagem de saída em fase em função da frequência do gradiente de campo alternado sobre a amostra, durante uma ressonância [1,4]. 13 CBPF-NT-007/13 3. MONTAGEM EXPERIMENTAL A Figura 3 mostra o diagrama de blocos da montagem do AGFM executada neste trabalho. O conjunto eletromecânico, bobinas de Helmholtz e bobinas de gradiente foram instalados no interior de um rack fechado de 19”. O conjunto eletromecânico foi isolado das bobinas por uma suspensão especial constituída de uma massa inercial suspensa por cordas dinâmicas. O rack foi montado sobre uma caixa de areia. Todo este cuidado é necessário para minimizar ruídos acústicos captados pelo sensor piezoelétrico. Adicionalmente, o rack metálico tem um bom efeito de blindagem contra campos elétricos e magnéticos na frequência da rede elétrica. O da rede elétrica. O amplificador de potência, o amplificador lock-in e o computador de amplificador lock-in e o com2. Bobinas de Helmholtz utilizadas no magnetômetro. As setas verdes mostram os controle foram instalados de em potência, outro rack o de amplificador 19". Para alimentar as bobinas deFigura gradiente, dos campos magnéticos bobinas, quando as correntes elétricas estão As no mesmo putador de controle foram instalados em outro rack de 19".sentidosFigura 4: Bobinas de nas Helmholtz utilizadas no magnetômetro. utilizamos o gerador senoidal interno do amplificador lock-in. Para alimentar as bobinas de gradiente, utilizamos o geradorsentido.setas verdes mostram os sentidos dos campos magnéticos nas bobisenoidal interno do amplificador lock-in. nas, quando as correntes elétricas estão no mesmo sentido. Características Resistência Elétrica das bobinas em (Ω) ( Características Valores 1,05 Valores Corrente máxima para o fio (A) 20 Resistência Elétrica Campo máximo com as bobinasdas em bobinas série (Oe) (Oe em (Ω) 1,05 340 Corrente máxima paraaplicado o fio (A) Resolução em campo magnético (Oe) 20 0,1 Tabela 1. Características das as bobinas Helmhoem série (Oe) Helmholtz. Campo máximo com asdebobinas 340 Resolução em campo magnético aplicado (Oe) 0,1 Para ra as bobinas de gradiente foram usinados carretéis de fenolite com diâmetro Tabela 1: Característicasdas bobinas de Helmholtz externo 10 mm e espessura 2 mm. A Tabela 2 mostra as características básicas das bobinas de gradiente. . Características Características Resistência Elétrica das bobinas em (Ω) Resistência Elétrica das bobinas em (Ω) ( Corrente máxima para o fio (mA) Corrente máxima para o fio (mA) Valores 226,6 9,0 Indutância das bobinas em série (mH) 12,84 Capacitância das bobinas em série (µF) 1,45 Indutância das bobinas em série (mH) Capacitância das bobinas em série (µF) ( Valores 226,6 9,0 12,84 1,45 Frequência de ressonância dassérie bobinas Frequência de ressonância das bobinas em (Hz) em série (Hz) 1166,4 1166,4 Gradiente Campo com 1nasVbobinas aplicado nas bobinas Gradiente de Campode com 1 V aplicado em série (Oe/cm) 3,65 3,65 em série (Oe/cm) Tabela 2.Características Características das bobinas de gradiente. Figura 1.Componentes básicos do magnetômetro de gradiente de campo alternado montado neste trabalho. Figura 3: Componentes básicos do magnetômetro de gradiente de campo alternado montado neste trabalho. entre As bobinas de Helmholtz utilizadascomo fonte de campo magnético estão representadas na Tabela 2: Características das bobinas de gradiente -20 V até +20 V (com passo de 5 mV) e corrente de saída no intervalo de -20 a +20 A (com passo de 5 mA). Ela Figura 4. Para construí-las foi utilizado fio de cobre 09 AWG num total de 28 kg e com cada As bobinas de Helmholtz utilizadas como fonte de campo pode ser operada (manualmente ou via computador) tanto no bobina contendo 18 camadas de 14 espiras enroladas em 4. um Para carretel de alumínio com magnético estão representadas na Figura construímodo voltagem quanto no modo corrente [5]. aproximadamente de espessura. Um corte realizado cadade carretel para evitarAa medida do sinal produzido pelo sistema eletromecânico las foi 3mm utilizado fio de cobre 09foi AWG numemtotal 28 kg. bobinainduzida foi construída comde18campo camadas de a14medida. espirasO cortefoifoifeita por um Amplificador Lock-in digital modelo SR830 circulação Cada de corrente pela variação durante enroladas em um carretel de alumínio com aproximadamente dasãoempresa Stanford Research Systems. Ambos, amplifipreenchido com epóxi para garantir resistência estrutural ao conjunto. Detalhes adicionais 3mm de espessura. Um corte foi realizado em cada carretel cador lock-in e fonte de corrente, permitem o controle reapresentados na Tabela 1. para evitar a circulação de corrente induzida pela variação de moto via cabo GPIB, através das linguagens de programação campo durante a medida. O corte foi preenchido com epóxi PYTHON 2.7.3 ou C++ [5,6]. para garantir resistência estrutural ao conjunto. Detalhes adiO sensor do magnetômetro montado neste trabalho é comcionais são apresentados na Tabela 1. posto 6 de duas folhas de material piezoelétrico cerâmico separados por uma folha de latão ou FeNi.Todas as partes são Para as bobinas de gradiente foram usinados carretéis de isoladas eletricamente uma da outra. Neste trabalho testafenolite com diâmetro externo 10 mm e espessura 2 mm. A mos dois tipos de sensores piezielétricos bimorfos: PZT-5J e Tabela 2 mostra as características básicas das bobinas de graPZT-5H (PZT: PbZnx Ti1−x O3 com 0<x<1), produzidos pelo diente. empresa Steiner & Martins Inc. Os melhores resultados foram obtidos com o sensor PZT-5J, mostrado na Figura 5[8]. Para alimentar as bobinas de campo magnético, foi utilizada uma fonte de corrente programável da marca KEPCO A Figura 6 mostra a haste utilizada durante a montagem do modelo BOP 20-20M. Esta fonte fornece voltagem de saída 7 isoladas eletricamente uma da outra. Neste trabalho utilizamos dois tipos de sensores mais estabilidade é o pico em 2.164 2 Hz e atinge amplitude de sinal igual 230 µV com u piezielétricos: PZT-5J 5J e PZT-5H PZT (PZT: PbZnxTi1-xO3 com 0<x<1),, produzidos pelo empresa sinal de 1 V, a variação de sinal menor que 1%Anderson nas condições da montagem. 14Steiner & Martins Inc. Os melhores resultados foram obtidos com o sensor PZT-5J, Gomes Vieira et al. PZT mostrado na Figura 5[8]. Transdutor piezoelétrico PZT-5J PZT utilizado neste trabalho, todas as dimensões na Figura 5.Transdutor Figura estão em mm. (a) As dimensões de comprimento e largura, já já (b) contém a espessura e Figura 5: Transdutor piezoelétrico PZT-5J utilizado neste trabalho, direçãoo de polarização das cerâmicas[8]. cerâmicas todas as dimensões na Figura estão em mm. (a) As dimensões de comprimento já (b) contém a espessura A Figurae 6largura, mostra a haste utilizada durante a montagem e do direção magnetômde pomagnetômetro. Várias larização dimensõesdas de cerâmicas[8]. hastes foram utilizadas e os melhores resultados foram obtidos com as dimensões: 0,8 mm de diâmetro e 90 mm de comprimento associada piezoelétrico PZT-5J. PZT A objeto, sendo que em Python todos os dados são considerados objetos (ou seja, qua amostra e fixada com graxa de vácuo, eventualmente reforçada com fita de teflon. Figura 7.Varredura em frequência de 1 até 5.000 5 000 Hz, com o passo de 0,1 Hz. variável possui um valor e um conjunto de operações associadas)[9]. Figura 7: Varredura em frequência de 1 até 5.000 Hz, com o passo magnetômetro. Várias dimensões de hastes foram utilizadas de 0,1 Hz 8 e os melhores resultados foram obtidos com as dimensões: No inserto da Figura 7 podem ser observados mais detalhes do pico de ressonância em 2.1 2 0,8 mm de diâmetro e 90 mm de comprimento conectada ao Hz com dois valores de amplitude de onda senoidal aplicada aplicada sobre as bobinas de gradiente. gra piezoelétrico PZT-5J por epoxi ou cola do tipo de secagem 4. RESULTADOS soft are escrito na linguagem ultra-rápica. A amostra é fixada com graxa de vácuo, even- Para controlar o experimento, foi utilizado um software IV -programação Resultados tualmente reforçada com fita de teflon. amação Python 2.7.3, padrão de junho de 2011. Esta é uma linguagem orientada Para testar o magnetômetro realizadas medidas de de mat Para testar o magnetômetro foramforam medidas amostras típicas curvas de M × H para uma série de amostras nanoestruturananoestruturados produzidas no noCBPF. CBPF.Para Nastodas medidas foi utilizada uma varredur dos produzidas as medidas aqui apresentadas, foi utilizada uma varredura de campo +300Oe campo+300 Oe → -300 Oe → +300 Oe. No que segue, será feita uma breve→ descrição de −300Oe → +300Oe. No que segue, será feita uma breve amostra e apresentada a curva de magnetização correspondente. descrição de cada amostra e apresentada a curva de magnetização correspondente. Amostra 1.Multicamada magnética 67 2 8 /:;< 10 8 1 0,5 8 ? 50/67 2 Multicamada magnética Amostra 1. com 0,50 mm sobre substrato de Si(100) de espessura (Figura 9). Esta amostra foi prod Ta(2 nm)/[Py(10 nm)Ag(0, 5 nm)] × 50/Ta(2 nm) so- no Laboratório Superfícies Nanoestruturas do mm CBPF A espessura bredesubstrato de eSi(100) com 0,50 deem. espessura. Estatotal de ma amostra foi produzida Laboratório de Superfícies magnético (permalloy) foi de 500 nm.Ono resultado obtido para esta amostra eestá apresen c)= na Figura 8. Nanoestruturas do CBPF. A espessura total de material magnético (Py=permalloy) é de 500 nm. A curva de M × H para esta amostra apresentada na Figura 8. magnética utili utilizada,ela é feita de vidro borosilicato borosilicato. Os está melhores Figura 6: Haste não magnética utilizada,ela é feita de vidro borosi- não resultados com as dimensões obtidos licato. com Os asmelhores dimensões (a,foram b, obtidos c) = (90 mm, 0,8 (a, mm e 0,1 mm). b, c) = (90 mm, 0,8 mm e 0,1 mm) Com a montagem acima descrita realizada uma varrem acima descrita foi realizada umafoivarredura em frequência na faixa 1 Hz-5 dura em frequência na faixa 1 Hz-5 kHz para determinar as de ressonância e escolher o ponto de operaçãoo ponto de operação do minar asfrequências frequências de ressonância e escolher do magnetômetro. O resultado é apresentado na Figura 7, na qual podem ser observados picos de 108 podem ser observados O resultado ado é apresentado naquatro Figura 7. ressonância: Nesta figura, Hz, 356 Hz, 1.063 Hz e 2.164 Hz. Destes, o que apresenta mais estabilidade o picoHz, em 2.164 que atinge uma amressonância: 108 Hz, é356 1 Hz,Hz 1.063 e 2.164 Hz. Destes, o que apresenta plitude de sinal igual 230 µV com um sinal de 1 Vrms aplicado nas bobinas de gradiente. Nesta frequência, a flutuação e é o pico em 2.164 2 Hz e atinge amplitude de sinal igual 230 µV com um do sinal é menor do que 1% nas condições da montagem. No inserto da Figura podem observados mais detaariação de sinal menor que71% nassercondições da montagem. lhes do pico de ressonância em 2.164 Hz com dois valores de amplitude de onda senoidal aplicada sobre as bobinas de8.Curva de magnetização do filme de 500 nm. O momento magnético de satura Figura gradiente. Tempo de de medida: 9 minutos. Amplitude da de excitação 3,89x10-3 emu. Figura 8: Curva magnetização do filme com 500nm espessuradas bobina gradiente: 1 V. Número pontos: 246. total de Py. de O momento magnético de saturação é 3,89x10−3 emu. Para controlar o experimento, foi utilizado um software Tempo de medida: 9 minutos. Amplitude da excitação das bobinas escrito na linguagem de programação Python 2.7.3, padrão de gradiente: 1 V. Número de pontos: 246. de junho de 2011. Esta é uma linguagem orientada a objeto, sendo que em Python todos os dados são considerados objetos (ou seja, qualquer variável possui um valor e um conjunto Amostra 2. Filme fino de Py(50 nm) sobre um substrato de de operações associadas)[9]. Si(100) com espessura 0,50 mm. Dimensões:3,2 mm de Amostra 4.Válvula de spin com estrutura de 67 2 8 /;< 20 8 /@A 25 Å / CBPF-NT-007/13 Amostra 2. Filme fino de ;< 50 8 ;< 20 8 /CDE8 15 8 /67 2 8 depositada sobre Si (100) com 0,50mm de 15 sobre um substrato de silício (100) com espessura 0,50resultado obtido para esta amostra está apresentado na Figura 11. espessura.O mm.Dimensões:3,2 mm de comprimento 2,75 mmAdecurva largura.O obtido parasura.O esta resultado obtido para esta amostra está apresentado comprimento e 2,75 mm de elargura. de resultado M × H para esta amostra está apresentada na Figura 9. na Figura 11. amostra está apresentado na Figura 9. Amostra 2. Filme fino de ;< 50 8 sobre um substrato de silício (100) com espessura 0,50 mm.Dimensões:3,2 mm de comprimento e 2,75 mm de largura.O resultado obtido para esta amostra está apresentado na Figura 9. Figura9. A curva de magnetização do filme de 50 nm de permalloy. O momento magnético Figura 11.Curva de histerese de uma válvula de spin com duas camadas de 20 nm de -4 de saturação emu.Tempo de medida: do 9 minutos. Amplitude da esexcitação das Figuraé 3,46x10 9: Curva de magnetização filme com 50 nm Figura 11: Curva de histerese de uma válvula das de bobinas spin com Py.Tempo de medida: 16 minutos. Amplitude da excitação de duas gradiente: 4 V. de permalloy. momento é bobinaspessura de gradiente: 1 V. Número deOpontos: 246. magnético de saturação Número camadas com20 nm de espessura.Tempo de medida: 16 minutos. de pontos:Py392. 3,46x10−4 emu.Tempo de medida: 9 minutos. Amplitude da exAmplitude da excitação das bobinas de gradiente: 4 V. Número de de gradiente: de pontos: 246 pontos: 392 Figura9.citação A curvadas de bobinas magnetização do filme de1 V. 50 Número nm de permalloy. O momento magnético fino de silício (100) 3. Filme -4 permalloy com espessura 5 nm sobre um substrato deAmostras 5 e 6. Redes de micro objetos magnéticos. Foram medidas duas estruturas deste deAmostra saturação é 3,46x10 emu.Tempo de medida: 9 minutos. Amplitude da excitação das bobinas gradiente: 1 V. Número de pontos: 246. micro Foram Amostras 5 ediscos 6. Redes de 0,50demm de espessura. Dimensões:2,8 mm de comprimento e 2,1 mm tipo: de largura.O um conjunto de (Figurade12) e um objetos conjunto magnéticos. de elipses (Figura 13), que foram medidas duas estruturas deste tipo: um conjunto de discos Amostra 3. Filme fino de permalloy com espessura 5 nm soresultadobre obtido esta amostra está apresentado na Figura 10.espessura. Diconfeccionadas de Si/SiOde uma área 4x4 mm² de litografia por (Figurasobre 12) substrato e um conjunto elipses (Figura 13), através que foram umpara substrato de Si(100) de 0,50 mm de 2 com permalloy com espessura 5 nm sobre um substrato de silício (100) Amostra mensões:2,8 3. Filme fino demm confeccionadas sobre substrato de Si/SiO2 com uma área de comprimento e 2,1 mm de largura. A feixe elétrons. Cada disco da rede possui diâmetro circular de 1,224 µm com espessura 4 × 4 mm2 através de litografia por feixe elétrons. Cada disco M × HDimensões:2,8 para esta amostra apresentada na Fide 0,50 curva mm dedeespessura. mm de está comprimento e 2,1 mm de largura.O daPyrede possui por diâmetro de 1,224 µm com gura 10. 50 nm de e separados 800 nm.circular Já as elipses têm dimensões deespessura eixo maior 2,557 µm, resultado obtido para esta amostra está apresentado na Figura 10. 50 nm de Py e separados por 800 nm. Já as elipses têm dieixo menor 1, 474 µm espessura de 50 Py. As curvas de magnetização das amostras mensões de eeixo maior 2,8557deµm, eixo menor 1, 474 µm e espessura 50 nm dedevórtices Py. As curvaspresentes de magnetização apresentam a assinatura de da estrutura magnéticos neste tipo de material. das amostras apresentam a assinatura da estrutura de vórtices magnéticos presentes neste tipo de material. Figura 10. A curva de magnetização do filme de 5 nm. Com o valor 2,3x10-5 emu de momento magnético. Amplitude da excitação das bobinas de gradiente: 1 V. Número de pontos: 246. 12 Figura 10. A curva de magnetização do filme de 5 nm. Com o valor 2,3x10-5 emu de 11 10: Curva de magnetização do bobinas filme dede50gradiente: nm de permalmomentoFigura magnético. Amplitude da excitação das 1 V. Número de loy. O momento magnético de saturação é 3,46x10−4 emu.Tempo pontos: 246. de medida: 9 minutos. Amplitude da excitação das bobinas de gradiente: 1 V. Número de pontos: 246 11 Figura12.Curva de magnetização de vórtices obtida em uma estrutura de discos Figura 12: Curvadedepontos: magnetização de vórtices obtida uma esnanoestruturados.Número 802. Tempo de medida: 52 em minutos. Amplitude da de discos nanoestruturados de Py. Número de pontos: 802. de excitaçãotrutura das bobinas de gradiente: 4 V. Amostra 4. Válvula de spin com estrutura Ta(2 nm)/Py(20 nm)/Cu(25)/Py(20 nm)/IrMn(15 nm) /Ta (2 nm) depositada sobre Si (100) com 0,50mm de espes- Tempo de medida: 52 minutos. Amplitude da excitação das bobinas de gradiente: 4 V 16 Anderson Gomes Vieira et al. 5. DISCUSSÃO E CONCLUSÕES Os resultados obtidos mostraram que o magnetômetro de gradiente alternado construído possui sensibilidade aproximada de 10−7 emu para medidas de momento magnético e é capaz de realizar medidas nos materiais nanoestruturados com rapidez (tempo típico para obtenção de uma curva M×H de cerca de 10 min) quando comparados com os tempos típicos para realização de medidas similares em magnetômetros do tipo VSM e SQUID. O circuito magnético com bobinas de Helmholtz permite a caracterização de materiais magnéticos macios e a determinação de campos coercivos com boa resolução. Esta pode ser melhorada Figura 13. Curva de magnetização de vórtices obtida em estrutura de utilizando-se elipses conversores analógico-digitais com resolução Figura 13: Curvadedepontos: magnetização de vórtices obtida52emminutos. estrutura nanoestruturados.Número 802. Tempo de medida: Amplitude da que os 16 bits da fonte Kepco utilizada. O circuito melhor excitaçãode daselipses bobinasnanoestruturadas de gradiente: 4 V.de Py. Número de pontos: 802. Tempo de excitação pode ainda ser substituído por um eletroímã, o de medida: 52 minutos. Amplitude da excitação das bobinas de que permite a caracterização de materiais nanoestruturados gradiente: 4 V com campos coercivos e campos de saturação mais altos. 13 [1] FLANDERS, P. J. An alternating-gradient magnetometer (invited). J. Appl. Phys., v. 63, n. 8, p. 3940, 1988. [2] TAKEUCHI, A. Y. Técnicas de Medidas Magnéticas, Coleção CBPF - Tópicos de Física. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2010. ISBN 9788578610593. [3] ROOS, W. et al. High sensitivity vibrating reed magnetometer. Review of Scientific Instruments, v. 51, n. 5, p. 612-613, 1980. ISSN 10.1063/1.1136264. [4] FLANDERS, P. J.; GRAHAM, C. D. J. DC and low-frequence magnetic measure thecniques. Rep. Prog. Phys., v. 56, n. 3, p. 431-492, 1993. DOI: 10.1088/0034-4885/56/3/002. [5] KEPCO. 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