Plantas daninhas lantas daninhas has

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DOSSIÊ TÉCNICO –
Plantas daninhas
Eduardo Henrique da S. F. Matos
Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico - CDT/UnB
Dezembro/2012
Plantas daninhas
O Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT fornece soluções de informação tecnológica sob medida, relacionadas aos
processos produtivos das Micro e Pequenas Empresas. Ele é estruturado em rede, sendo operacionalizado por centros de
pesquisa, universidades, centros de educação profissional e tecnologias industriais, bem como associações que promovam a
interface entre a oferta e a demanda tecnológica. O SBRT é apoiado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas – SEBRAE e pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação – MCTI e de seus institutos: Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT.
Dossiê Técnico
Resumo
Assunto
Palavras-chave
MATOS, Eduardo Henrique da S. F.
Plantas daninhas
Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico - CDT/UnB
20/12/2012
O dossiê irá abordar sobre plantas daninhas, suas
características, impactos, competição com plantas cultivadas e os
métodos utilizados para controle.
FLORICULTURA
Agropecuária; calor; controle biológico; controle de praga;
herbicida; planta daninha; praga; praga agrícola; praguicida
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DOSSIÊ TÉCNICO
Sumário
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 3
2 OBJETIVO ......................................................................................................................... 3
3 PLANTAS DANINHAS ....................................................................................................... 3
3.1 Características das Plantas Daninhas.......................................................................... 4
3.2 Classificação de Plantas daninhas............................................................................... 6
4 ESTRATÉGIAS DE CONTROLE DAS PLANTAS DANINHAS .......................................... 8
4.1 Medidas preventivas ..................................................................................................... 8
4.2 Erradicação e controle .................................................................................................. 9
4.3 Medidas Mecânicas ....................................................................................................... 9
4.4 Medidas Físicas ........................................................................................................... 10
4.4.1 Calor ........................................................................................................................... 10
4.4.2 Inundação, drenagem e dragagem ............................................................................. 11
4.4.3 Cobertura morta.......................................................................................................... 11
4.5 Medidas Químicas ....................................................................................................... 12
4.6 Medidas Biológicas .................................................................................................... 12
4.7 Controle Cultural ......................................................................................................... 13
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES .............................................................................. 13
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 15
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DOSSIÊ TÉCNICO
Conteúdo
1 INTRODUÇÃO
O conjunto de plantas que infestam áreas agrícolas, pecuárias e de outros setores do
interesse humano, são conceituadas como daninhas, são plantas com características
pioneiras, ou seja, plantas que ocupam locais onde por qualquer motivo, a cobertura natural
foi extinta e o solo tornou-se total ou parcialmente exposto. Este tipo de vegetação, não é
exclusivo de ecossistema agrícola, sempre existiu e já foi muito importante na recuperação
de extensas áreas onde a vegetação original, foi extinta por um processo natural. (PITELLI,
1987)
Na agricultura, uma planta é considerada invasora quando ocorre em local e momento
indesejado, interferindo negativamente no cultivo. Em geral, é também conceituada como
sinônimo de planta daninha, erva daninha e planta espontânea. (ZILLER, 2001).
A invasão biológica constitui uma ameaça a todas as biotas nativas de todas as partes do
mundo, é ainda maior em regiões tropicais, sendo então um poderoso agente de
degradação e uma das consequências é a substituição de espécies nativas por exóticas, a
poluição genética e a perda de pools gênicos (SHEIL, 2001).
As primeiras translocações de espécies visavam basicamente suprir necessidades
agrícolas, florestais e outras de uso direto, agora as espécies também são usadas para fins
ornamentais, sendo que o numero das espécies invasoras com o passar do tempo é de
quase metade dos casos registrados. Além de finalidades ornamentais e de cultivo para a
introdução de espécies exóticas, há outras como produção florestal, controle de erosão,
experimentação científica, camuflagem de instalações militares e usos medicinais e
religiosos (BINGGELI, 2000).
O potencial das espécies exóticas em alterar sistemas naturais é tão grande que hoje é a
segunda maior ameaça à biodiversidade, perde apenas para a destruição do hábitat pela
exploração humana (ZILLER, 2001).
2 OBJETIVO
Apresentar informações sobre as características e classificação das plantas daninhas, os
seus impactos, competição com plantas cultivadas, os métodos utilizados para controle.
3 PLANTAS DANINHAS
Um conceito amplo de planta daninha é dado por SHAW (1956), que as enquadra como
"toda e qualquer planta que ocorre onde não é desejada". Um conceito mais voltado às
atividades agropecuárias é exaltado na definição proposta por BLANCO (1972) que define
como planta daninha, "toda e qualquer planta que germine espontaneamente em áreas de
interesse humano e que, de alguma forma, interfira prejudicialmente nas atividades
agropecuárias do homem. (PITELLI, 1987).
Planta daninha pode ser definida como toda planta cujas vantagens não têm sido ainda
descobertas ou como a planta que interfere com os objetivos do homem (Fisher, 1973).
Ashton & Mônaco (1991) definem planta daninha como sendo a planta que cresce onde não
é desejada. Assim, uma planta de algodão, por exemplo, é considerada planta daninha num
plantio de mamona. (Figura 1) (EMBRAPA, 2003)
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Plantas daninhas
Figura 1. Planta daninha
Fonte: (EMBRAPA, 2003)
3.1 Características das Plantas Daninhas
As espécies daninhas podem germinar, crescer, desenvolver-se e reproduzir em condições
ambientais pouco favoráveis, como em estresse hídrico, umidade excessiva, temperaturas
pouco propícias, fertilidade desfavorável, elevada salinidade, acidez ou alcalinidade.
(EMBRAPA, 2003)
Em comunidades estabelecidas, as plantas daninhas possuem baixa capacidade em
competir por recursos, sendo encontradas. Essas espécies desenvolveram, ao longo do
tempo, características que proporcionam a sobrevivência em ambientes sujeitos aos mais
variados tipos de limitações ao crescimento e ao desenvolvimento das plantas. Essas
características tornam-se um impedimento à obtenção de um controle eficiente de plantas
daninhas, sendo chamadas de características de agressividade. (UFMS, 2001).
As plantas daninhas constituem-se, também, num problema sério para a agricultura porque
se desenvolvem em condições semelhantes às das plantas cultivadas. Se as condições
edafoclimáticas são propícias à lavoura, o são também para as espécies daninhas, mas, se
as condições ambientais são antagônicas às espécies cultivadas, as espécies daninhas, por
apresentarem elevado grau de adaptação, podem aí sobreviver e se perpetuar muito mais
facilmente. (EMBRAPA, 2003)
Segundo Ufms (2001) as plantas daninhas:
Possuem maior habilidade que as plantas cultivadas no recrutamento de
recursos do meio ambiente como nutrientes, luz, água e CO2. Na
competição pela luz, as plantas invasoras mostram desvantagem inicial,
pois apresentam sementes pequenas plantas de porte baixo. Nesse
período, as plantas cultivadas são mais altas e interceptam a luz com maior
facilidade entretanto, as espécies daninhas têm grande capacidade de
estiolamento quando sombreadas, fazendo com que rapidamente passem
de uma situação de desvantagem para uma nova situação em que
posicionam as suas folhas no mesmo nível ou acima das folhas da cultura,
interceptando a radiação solar.
Uma outra adaptação relevante é a desuniformidade do processo
germinativo, pois se as plantas daninhas concentrassem sua germinação
num mesmo período, o controle seria facilitado. Dessa forma, essas
espécies se valem de artifícios que lhes conferem desuniformidade no
processo germinativo, possibilitando a perpetuação.
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DOSSIÊ TÉCNICO
As plantas daninhas não são eficientes na competição por recursos
(nutrientes, água, luz e espaço) e por esse motivo não conseguem se
estabelecer com eficiência em comunidades estabelecidas, dando
preferência para áreas onde a vegetação natural fora retirada. Essas
espécies desenvolveram ao longo do tempo, características que
proporcionaram a sobrevivência em ambientes sujeitos aos mais variados
tipos de adversidades. Esses atributos desenvolvidos pelas plantas
tornaram-se um impedimento à obtenção de um controle eficiente de
plantas daninhas, sendo chamadas de características de agressividade.
(FARMACOGNOSIA, 2001).
As plantas daninhas reduzem a produção das lavouras e aumentam seus custos de
produção, mas podem, também, causar problemas de ordem social afetando a saúde, as
residências, as áreas de recreação e a manutenção de áreas não cultivadas. Além desses
aspectos, as plantas daninhas podem afetar a eficiência da terra, o controle de pragas e
doenças, produtos agrícolas, o manejo da água na irrigação e a eficiência humana (Ashton
& Mônaco, 1991). (EMBRAPA, 2003).
Segundo UFMS (2001) as características das plantas daninhas:
Habilidade Competitiva
Maior habilidade que as plantas cultivadas no recrutamento de recursos do
meio ambiente. Na competição pela luz, as plantas daninhas mostram
desvantagem inicial, pois apresentam sementes pequenas e plântulas de
porte baixo se comparadas às cultivadas, que interceptam a luz com maior
facilidade.
Entretanto, as espécies daninhas têm grande capacidade de estiolamento
quando sombreadas, fazendo com que rapidamente passem de uma
situação de desvantagem para uma nova situação em que posicionam as
suas folhas no mesmo nível ou acima das folhas da cultura, interceptando a
radiação solar.
Desuniformidade do processo germinativo:
Se as plantas daninhas concentrassem sua germinação num mesmo
período, o controle seria facilitado. Porém, isso geralmente não acontece,
pois essas espécies se valem de artifícios que lhes conferem
desuniformidade no processo germinativo capaz de garantir a perpetuação.
Dois aspectos importantes podem ser salientados. A primeira está
relacionado aos mecanismos de dormência dos propágulos e o outro
relativo à distribuição deles no perfil do solo. Em função dessa distribuição,
ficam sujeitos a diferentes intensidades de estímulos necessários à quebra
dos mecanismos de dormência.
O tempo em que os propágulos se mantêm viáveis no solo é devido a
coexistência de inúmeros mecanismos de dormência. Pois se essas
sementes não possuíssem grande longevidade, seriam facilmente
combatidas e o impacto sobre suas densidades populacionais seria muito
grande.
Assim, a dormência evoluiu como um mecanismo de sobrevivência das
espécies para determinadas condições climáticas. Em regiões de clima
temperado, a maior ameaça à sobrevivência é o inverno. As sementes
amadurecem na primavera, no verão e no outono. E se elas germinassem
imediatamente, o inverno as surpreenderia em um estágio vulnerável de
plântula e a espécie seria extinta.
A dormência pode ser definida como um processo pelo qual as sementes de
determinadas espécies, mesmo sendo viáveis e tendo todas as condições
ambientais para germinar, deixam de fazê-lo.
Capacidade de germinar e emergir a grandes profundidades, algumas
espécies desenvolveram a capacidade de germinar e emergir a partir de
grandes profundidades no perfil do solo.
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Plantas daninhas
Viabilidade dos propágulos em condições desfavoráveis, para sobreviver,
algumas plantas daninhas desenvolveram características que possibilitaram
que suas estruturas de propagação continuassem vivas mesmo após a
passagem pelo trato intestinal de animais ou grandes períodos de imersão
em água.
Mecanismos alternativos de reprodução, as plantas invasoras
desenvolveram uma série de mecanismos alternativos para se
reproduzirem, e assim evitar sua extinção. Dentre eles, os principais são a
reprodução seminífera, reprodução vegetativa por meio de rizomas, de
tubérculos e de bulbos. (FARMACOGNOSIA, 2001).
3.2 Classificação de plantas daninhas (APOSTILA ... , [2006-2012])
3.2.1 - Quanto ao ciclo: Anuais, bienuais, perenes
Anuais: germinam, desenvolvem, florescem, produzem sementes e morrem dentro de um
ano. Propagam por frutos e sementes. Melhor época de controle - antes de produzir
sementes. Ex.: carurú (Amaranthus hibridus).
Bianuais: plantas cujo completo desenvolvimento se dá em 2 anos. No primeiro germinam e
crescem. No segundo, produzem flores, frutos, sementes e morrem. Devem ser combatidas
no 1º ano. Podem ser anuais em uma região e bianuais em outra. Ex.: Rubim (Leonurus
sibiricus), flor das almas, carrapichão.
Perenes (ou vivazes): podem dar flores e frutos durante anos consecutivos.
Reproduzem por sementes e por meios vegetativos. São melhor controladas através de
herbicidas sistêmicos pois, sistema mecânico de controle fazem com que se multipliquem
ainda mais através de suas partes vegetativas. Ex.: guaxuma (Sida rhombifolia).
Guanxuma, cuscuta.
Dentro das perenes, tem-se:
Perenes simples – reproduzem apenas por sementes. De fácil controle. Ex.: Perenes
complexas – órgãos subterrâneos, superficiais. Ex. grama seda, sapé.
Além desta classificação de perenes, pode-se considerar ainda:
Perenes rizomatosas - produzem caule subterrâneo (rizoma) que se propaga e se reproduz
à certa distância da planta mãe. Controle através de herbicida sistêmico. Ex.: capim
massambará (Sorghum halepense).
Perenes estoloníferas - produzem estólons, os quais emitem nós e daí raízes e a nova
planta. Ex.: capim angola (Brachiaria purpuracens).
Perenes tuberosas - reproduzem basicamente por tubérculos (ou batatinhas). Ex.: tiririca
(Cyperus rotundus).
Lenhosas: perene, de porte maior. Infestam normalmente pastagens. Ex.: assa-peixe
(Vermonia ferruginea).
3.2.2 - Quanto ao hábito de crescimento
Herbácea - tenra, de porte baixo. Arbustiva - ramificação desde a base. Arbórea ramificação acima da base caule bem definido. Trepadeira - usa outras plantas como
suporte. Hemiepífita - iniciam seu desenvolvimento sobre outra e depois emitem sistema
radicular.
Epífita - cresce sobre outra sem, no entanto utilizar do fotossintato do hospedeiro. Parasita cresce sobre outra utilizando do seu alimento.
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Uma outra nomenclatura ou classificação quanto ao hábito de crescimento: Erva – planta de
caule pouco desenvolvido ou aparentemente acaule (haste achatada ou caules
subterrâneos), geralmente não ultrapassa a 1m de altura, herbácea.
Subarbusto – planta de caule pouco desenvolvido, geralmente não ultrapassa a 1m de
altura, na base é lenhosa e no restante herbácea.
Arbusto – planta de caule resistente, lenhosa ou semi-lenhosa, variando entre 1m e 5m de
altura, ramificada desde a base.
Arvoreta – planta de caule resistente, lenhosa ou mais raramente semi-lenhosa, variando
entre 1m e 5m de altura, não ramificada na base, ou seja, formando um eixo central definido
por um certo espaço na altura.
Árvore – planta com caule muito desenvolvido, resistente, lenhosa, com altura superior a
5m.
Liana – planta com caule de pouca resistência, cresce em comprimento e não em altura
(trepadeira, cipós trepadores, rastejantes).
3.2.3 - Quanto ao habitat
Plantas daninhas terrestres: Vivem sobre o solo. Algumas se desenvolvem melhor sobre
solo mais fértil.
Exemplos: carurú (Amaranthus spp), beldroega (Portulaca oleracea). São consideradas
indicadoras de solo fértil, sendo que sua presença valoriza a terra.
Ao contrário, existem as espécies que se desenvolvem em solos de baixa fertilidade.
Exemplos: capim barba de bode (Aristida pallens), guanxumas (Sida spp). São indicadoras
de solo pobre e desvalorizam a terra. Existem ainda aquelas indiferentes à fertilidade.
Exemplo: tiririca (Cyperus spp).
Plantas daninhas de baixada São aquelas espécies que se desenvolvem melhor em solos
orgânicos e úmidos.
Exemplos: sete sangrias (Cuphea carthaginensis), tripa de sapo (Alternanthera
philoxeroides).
Plantas daninhas aquáticas Podem ser: Aquáticas marginais (ou de talude) - são terrestres
que ocorrem às margens de rios, lagoas, represas, etc. Exemplos: tiririca, capim fino
(Brachiaria purpurascens).
Aquáticas flutuantes - ocorrem livremente nas superfícies da água, com as folhas fora da
água e as raízes submersas. Ex. aguapé (Eichornia crassipes).
Aquáticas submersas livres - vivem inteiramente abaixo do nível da água. Ex. algas
Aquáticas submersas ancoradas - submersas com as raízes presas ao fundo. Ex. elódea
(Egeria densa).
Aquáticas emergentes - possuem as folhas na superfície da água e as raízes ancoradas no
fundo. Ex. taboa (Typha angustifolia).
Plantas daninhas de ambiente indiferente Vivem tanto dentro como fora da água. Exemplo:
capim arroz (Echinochloa spp).
Plantas daninhas parasitas Vivem sobre outras plantas e vivendo às custas delas.
Exemplos: cipo chumbo (Cuscuta racemosa), erva de passarinho (Phoradendrum rubrum)
Classificação Taxonômica Cronskuist (Antiga, até 2000)
Reino
1. Monera (bactérias, núcleo difuso) 2. Protista (protozoários) 3. Fungo 4. Animal 5. Vegetal
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Plantas daninhas
Dentro do Reino Vegetal:
Algas
Briófitas
Gymnospermae
Angiospermae
Divisão – Pteridófitas
Dentro das Angiospermae:
Dicotiledoneae
Classe – Monocotiledoneae
Classificação do Picão Preto:
Divisão – Angiospermae Classe – Dicotiledoneae Ordem – Sapindales Família –
Compositae Gênero – Bidens Espécie – Bidens pilosa
Atualmente, nova classificação foi estabelecida com bases moleculares (DNA e RNA):
Grupos: Filoganita e Angiospermae
Angiospermae:
Monocotiledoneae
Grupo Basal
Eudicotiledoneae
O Grupo Basal é representado por mais ou menos 3% das Angiospermae, as
Monocotiledoneae por 2% e as Eudicotiledoneae por 75%.
Algumas outras pequenas mudanças na classificação das plantas também aconteceram,
sendo: 1 – Famílias Malvaceae, Bombacaceae, Tiliaceae, e Sterculiaceae, pertencem a uma
única Família Malvaceae. 2 – Famílias Cesalpinaceae, Fabaceae e Mimosaceae são
consideradas como Subfamílias da Classe Monocotiledoneae.
Reino (Vegetal) Divisão (Espermatophitae) Subdivisão (Angiospermae) Classe
(Dicotiledoneae) Subclasse (Polipetalae) Ordem (Rosales) Família (Rosaceae)
Subfamília (Rosaideae) Tribo (Roseae) Genero (Rosa) Espécie (Rosa arkansana) Variedade
(suffulta)
4 ESTRATÉGIAS DE CONTROLE DAS PLANTAS DANINHAS
4.1 Medidas preventivas
A prevenção consiste em impedir ou evitar que as plantas daninhas sejam transportadas
para áreas agrícolas onde elas ainda não existem. É, em geral, o meio mais prático de
combate às plantas daninhas. (EMBRAPA, 2003).
Podem-se considerar as medidas preventivas sob dois aspectos distintos: em primeiro lugar,
impedindo que as populações de plantas daninhas presentes incrementem suas populações
e, em segundo lugar, evitando a introdução de novos propágulos. (PITELLI, 1987).
No primeiro caso, as próprias medidas adotadas na condução das culturas, ajudam a
diminuir a capacidade reprodutiva das plantas daninhas. No entanto, é necessário que se
adotem medidas complementares como é o controle das populações no período de
entressafra, inclusive instando-se culturas neste período, ou mesmo o plantio de adubos
verdes, impedindo o desenvolvimento de plantas daninhas nas áreas adjacentes à cultura,
etc. (PITELLI, 1987).
Segundo Pitelli (1987) o segundo aspecto, embora não tão importante em termos de
dinâmica das populações existentes na área, controla a introdução de novas espécies:
que poderão aumentar em muito os problemas para agricultura, como é o
caso de Cyperus rotundus e de Sorghum halepense. Estas medidas
incluem, por exemplo, o uso de sementes e mudas certificadas, nas quais o
controle da quantidade e qualidade dos propágulos são de plantas daninhas
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DOSSIÊ TÉCNICO
é muito rigoroso. Nesta análise, alguns propágulos considerados proibidos e
outros tolerados até uma determinada quantidade por amostra de semente
ou dê muda.
A limpeza dos equipamentos utilizados em outros locais também é de
fundamental importância. Arados, grades e cultivadores utilizados em áreas
infestadas por Cynodon dactylon, Cyperus rotundus e Sorghum halepense
podem levar, quando não devidamente limpos, propágulos vegetativos à
outros campos em que estas espécies não ocorrem. No caso de sementes
isto é possível também.
Os equipamentos de colheita, geralmente pertencentes a Cooperativas ou
mesmo particulares, mas que operam em várias propriedades, recolhem e
acumulam vários propágulos, disseminando-os em outros campos em que
for operar. Assim, também acontece com caminhões de transporte de
insumos agrícolas.
Especial atenção também deve ser dispensada à limpeza dos canais de
irrigação e diques, onde muitas espécies podem desenvolver e disseminar
seus propágulos através do manejo da água em cultivos irrigados.
Os fertilizantes orgânicos quando parcialmente humificados também
constituem importantes meios de disseminação de plantas daninhas. O
ácido lático e acético constituem um dos principais compostos que na cura
do esterco atuam sobre os propágulos de plantas daninhas. Quando a cura
do esterco é completa, a grande maioria das espécies é eliminada.
Recomenda-se ainda, para limpar o esterco, o uso de calor e fumigações,
triturações, etc. (PITELLI, 1987).
As medidas preventivas ainda atingem um largo espectro de técnicas, com a quarentena de
animais introduzidos e outras que devem ser determinadas e utilizadas por técnicos, em
cada condição particular. (PITELLI, 1987)
4.2 Erradicação e controle
A erradicação consiste na eliminação de todas as plantas e seus órgãos, inclusive das
sementes. Este método é difícil de ser realizado, e só é economicamente viável em
pequenas hortas e jardins, onde toda massa do solo (1,2m a 2m de profundidade) é
removida ou peneirada; no caso de plantio extensivo de culturas é quase impossível o uso
da erradicação, pois os custos seriam bastante elevados (EMBRAPA, 2003).
O método de controle é o mais utilizado de combate de plantas daninhas na agricultura e
consiste em interromper temporariamente o crescimento e o desenvolvimento das referidas
plantas durante o ciclo da cultura, especialmente no período crítico de competição.
(EMBRAPA, 2003).
4.3 Medidas mecânicas
A medida mecânica primária é o preparo para o plantio. Inicialmente a aração com a
inversão da leiva, muitas sementes que estavam depositadas na superfície do solo eram
enterradas e, em sua maioria, morriam. No entanto, com os anos de agricultura tradicional,
as plantas daninhas evoluíram rapidamente adaptando-se à este tipo de distúrbio do solo,
através de inúmeros e complexos mecanismos de dormência de seus propágulos,tanto
vegetativos corno sementes, resistência aos decompositores do solo, grande
descontinuidade na germinação e emergência das plântulas, capacidade de germinar e
emergir das camadas mais profundas do solo. (PITELLI, 1987)
Além disso, é interessante considerar que com os anos seguidos de aração e gradagem,
existe urna certa uniformidade na distribuição das sementes por todo perfil de camada
arável. Assim sendo, hoje considera-se que os cultivos que destroem as plantas daninhas
após o processo germinativo, sejam mais eficientes como técnicas de controle. (PITELLI,
1987)
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Plantas daninhas
São vários implementos de cultivo, como enxadinha de linha, cultivadores de disco,
cultivadores de lâminas, grades, etc. O tipo de cultivador a ser utilizado em cada condição
depende de inúmeros fatores como: os ciclos de vida da cultura e das plantas daninhas
(anual, bianual ou perene), profundidade e distribuição do sistema radicular, idade e
magnitude da infestação, espécie cultivada na área, tipo de solo e topografia e condições
climáticas. (PITELLI, 1987)
Segundo Pitelli (1987) no controle de "seedlings" de plantas anuais ou perenes provenientes
de sementes:
os cultivos visam desalojá-las de seu contato íntimo com o solo, provocar a
morte da muda ou retardar seu crescimento inicial, favorecendo a cultura na
ocupação do meio. Por isso, o cultivo deve ser aplicado na época certa, pois
o atraso pode diminuir a eficiência, uma vez que plantas podem ter
acumulado quantidade suficiente de reservas que as permitem sobreviver
ao impacto do trato cultural e rapidamente voltar a crescer. No caso de
espécies perenes de propagação vegetativa, o problema é maior.
Apenas um cultivo não é suficiente para eliminar a espécie, mas pode,
através de cultivos sucessivos, diminuir significativamente o seu
crescimento, impedindo uma maior competição com a cultura. A frequência
dos cultivos é extremamente importante, pois visa exaurir, ao máximo, as
reservas das plantas, através do aceleramento do uso das mesmas pelo
forçamento de nova brotação e impedir que a planta volte a acumulá-las.
Por exemplo, estudos realizados nos Estados Unidos da América,
mostraram que quando se destrói a parte aérea de Convolvulus arvensis, a
rebrota continua exaurir reservas da parte subterrânea, até
aproximadamente duas semanas após o corte, época em deve-se realizar
nova operação.
O intervalo entre cultivos depende principalmente de quantidade de
reservas armazenadas nas plantas daninhas no início da operação, o
andamento das condições climáticas no período abrangido por elas e a
eficácia destrutiva do tipo de cultivo utilizado. A ceifa é um processo
comumente utilizada em pastagens, pomares e campos de recreação. A
eficiência deste processo, à exemplo das culturas, depende das espécies
de plantas daninhas, da freqüência de ceifa e do estágio de
desenvolvimento das plantas. (PITELLI, 1987).
4.4 Medidas físicas
4.4.1 Calor
O calor aparentemente atua sobre a planta por coagulação do protoplasma em células das
folhas e do caule. O ponto térmico letal para a maioria das células vegetais é entre 45 e
55°C, e as sementes são bastante tolerantes. O calor não só mata a parte aérea, mas a
parte superior do sistema radicular, devido a translocação de subprodutos tóxicos
resultantes do termo-degradação de componentes da parte aérea. (PITELLI, 1987)
Quando utilizado de maneira não seletiva, geralmente o fogo é mais eficiente despojando o
solo de vegetação existente de que na prevenção de instalação de novas populações, a não
ser que durante sua ação, existam, nas plantas adultas, grandes quantidades de
dissemínulos. Várias aplicações subsequentes são necessárias para que se consiga um
eficiente controle de plantas daninhas. O uso do fogo, geralmente é mais eficiente quando
utilizado integrado com outros métodos, no controle global das plantas daninhas. (PITELLI,
1987)
O uso do calor apresenta grandes vantagens. A primeira por ser um método que não deixa
qualquer resíduo no solo ou na planta. Quando o lança-chamas é bem ajustado,
praticamente o controle é pouco influenciado por condições ambientais. Existe muita
segurança com relação as culturas vizinhas. Além disso, o fogo contribui no controle de
insetos, ácaros e moléstias. É eficiente no controle do mato quando a cultura anteriormente
à colheita, apresenta grande massa verde permitindo eliminação das espécies que
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DOSSIÊ TÉCNICO
prejudicam a operação. Além disso, o fogo permite inspeção quase que imediata da
eficiência do controle. (PITELLI, 1987)
A grande desvantagem deste processo atualmente é o alto custo do material de combustão,
em sua maioria, derivados de petróleo e o fato de eliminar muitos animais e vegetais úteis.
Na cultura do algodão, o fogo pode ser usado seletivamente à partir do momento em que o
diâmetro do colo da planta atinge 3/16 de plantas de polegada. A partir deste estágio, a
casca do caule funciona como isolante térmico. As plantas daninhas, geralmente menores e
mais suculentas no estágio de “seedling" não apresentam tal proteção e morrem. (PITELLI,
1987)
A intensidade e duração das chamas são os principais fatores determinando a
eficiência do processo. Devem ser regulados de acordo com a espécie e cultivar utilizada, a
fase de cultura e das plantas daninhas, o espaçamento e outros. (PITELLI, 1987)
4.4.2 Inundação, drenagem e dragagem
Em algumas culturas inundadas, como o arroz, a cobertura com lamina de água constitui-se
num eficiente processo de controle de plantas daninhas. Permite o controle de várias
espécies perenes o que é difícil por outros processos. A eficiência no controle destas
espécies depende da completa submersão das plantas daninhas por um período variável
entre 1 a 12 meses, dependendo da espécie e do tipo de solo. Pequenas porções de planta
que consigam submergir podem determinar o fracasso parcial do controle. (PITELLI, 1987)
Em solos arenosos a inundação é mais eficiente. As diferentes espécies apresentam grande
variação na susceptibilidade à inundação. (PITELLI, 1987)
Quando as espécies presentes são susceptíveis e o terreno é adequado, a inundação
apresenta grandes vantagens em relação ao controle químico, pois não deixa resíduo no
solo e a área pode ser reaproveitada imediatamente após a colheita. As desvantagens são
devido ao grande custo na construção e manutenção dos diques e canais, deficiência na
disponibilidade de água em algumas áreas e a instalação de flora adequada a estas
condições. (PITELLI, 1987)
Em alguns canais de irrigação ou de drenagem, em condições de baixo fluxo de água, existe
grande deposição do lodo o que propicia vigoroso crescimento de plantas aquáticas. Nestas
condições utilizam-se com bastante eficiência a dragagem destes canais ou passagem de
correntes ligadas a dois tratores em ambas as margens do canal. É um método
extremamente caro e só utilizado como um dos últimos recursos nestes canais ou na borda
de tanques. O sucesso deste processo no controle de espécies perenes consiste na
remoção das estruturas de reprodução com rizomas, tubérculos e outros. (PITELLI, 1987)
A drenagem de áreas inundadas é bastante eficiente no controle de hidrófitas. Além disso,
nestas condições as espécies hidrófitas ou mesófitas são mais susceptíveis às outras
medidas de controle. É um processo que, dependendo das condições topográficas, pode ser
extremamente eficiente e econômico. (PITELLI, 1987)
4.4.3 Cobertura morta
(PITELLI, 1987) a cobertura morta é utilizada, desde muito tempo, em diversas culturas:
dentre vários objetivos, também para controle de plantas daninhas. É um
método bastante eficiente, principalmente na prevenção de crescimento
inicial de "seddlings" de espécies anuais, prejudicando a fotossíntese nesta
fase jovem levando, na maioria das vezes, à morte da planta. Contra
espécies perenes, com grande quantidade de reservas no sistema radicular
ou em órgãos de armazenamento, o método torna-se menos eficiente, pois
apenas provoca uma depleção nas reservas da planta, que logo se
recupera.
Anualmente, vários estudos têm demonstrado que, além do efeito de
cobertura, os resíduos vegetais liberam substâncias com propriedades
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Plantas daninhas
alelopáticas que aumentam, em muito, a ação de controle das plantas
daninhas. Vários materiais podem ser utilizados para tal fim. Materiais
orgânicos relativamente resistentes a decomposição como palha de arroz,
casca de arroz e café, limalhas de madeiras e outras, tem sido
freqüentemente utilizados. No entanto, materiais que formam lâminas
contínuas coroas placas de papel e filmes de polietileno são mais eficiente,
embora mais onerosos também. No entanto, questiona-se ainda neste
processo, e relação benefícios/custos, pois em algumas situações pode
inclusive afetar a espécie cultivada. São exemplos, excessiva temperatura
do solo em cobertura com o polietileno e a grande incidência de fungos de
solo em coberturas com material orgânico.
4.5 Medidas químicas
Este tipo de controle é realizado através do uso de herbicidas que são produtos químicos
que, aplicados em concentrações convenientes às plantas daninhas, matam ou retardam o
seu crescimento em benefício das plantas cultivadas. É o método mais empregado na
cotonicultura do cerrado. Os herbicidas podem constituir-se num insumo de grande
eficiência no controle de plantas daninhas. (EMBRAPA, 2003).
As medidas químicas de controle de plantas daninhas hoje são as mais difundidas. No
entanto, é interessante esclarecer que os herbicidas seletivos atuam como potentes agentes
de seleção da composição específica das comunidades infestantes. Com isso, em regiões
de monocultura e anos sucessivos de utilização dos mesmos produtos haverá uma
alteração de flora, predominando amplamente aquelas espécies altamente tolerantes aos
produtos empregados. Além disso, estas espécies selecionadas, geralmente apresentam
características botânicas muito próximas ã espécie cultivada e, em conseqüência, podem
apresentar alto potencial competitivo com a cultura. Por isso, num programa de manejo
integrado de plantas daninhas, a rotação de culturas e de produtos herbicidas, é prática
fundamental. (PITELLI, 1987).
4.6 Medidas biológicas
Devem-se encarar as medidas biológicas de controle sob dois aspectos distintos: o primeiro
propiciado através da própria cultura que impõe certa interferência à comunidade e, com
isso limita seu poder de crescimento e desenvolvimento. O segundo é através de inimigos
naturais, sejam eles insetos, fungus, bactérias, ácaros ou outros que predam ou parasitam
as plantas daninhas limitando, também, seu crescimento e desenvolvimento. (PITELLI,
1987)
Segundo Pitelli (1987) com relação ao controle biológico:
Através de inimigos naturais, devem-se considerar duas alternativas: a
primeira utilizando-se um inimigo específico de uma determinada espécie ou
gênero. Neste caso, deve-se considerar que as comunidades infestantes,
mesmo em pequenas áreas, são bastante diversificadas e densas. Com
isso, o crescimento total da comunidade é controlada pela disponibilidade
de recursos do meio e não pelo potencial de crescimento de cada indivíduo
componente, que tem seu crescimento proporcional aos recursos que
conseguiu recrutar na competição com os demais. Assim, a utilização de um
inimigo específico, em termos de comprometimento da capacidade
competitiva da comunidade infestante, tem eficiência duvidosa, uma vez
que as espécies restantes podem remanejar os recursos que não são
aproveitados pela espécie predada ou parasitada e a comunidade teria
praticamente o mesmo potencial de crescimento. (PITELLI, 1987)
No entanto, quando integrado com outros sistemas de controle pode ser vantajoso. Por
exemplo, em áreas onde se utilizam herbicidas e a diversidade das comunidades decrescem
drasticamente, a utilização de um inimigo especifico pode ser um completo e extremante útil.
(PITELLI, 1987)
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DOSSIÊ TÉCNICO
Além disso, deve-se considerar que em certas espécies que causam problema específico, o
uso deste tipo de inimigo natural é bastante desejável. Por exemplo, o controle biológico de
certas plantas trepadeiras, como as do gênero Ipomoea que prejudicam a colheita mecânica
do milho, resolve um problema operacional de grande importância nesta cultura. O controle
biológico de plantas aquáticas como o aguapé, infestantes de pastagens como a Opuntia e
outras, são exemplos atuais da utilização eficiente de inimigos naturais. (PITELLI, 1987)
A segunda alternativa, utilizando-se um inimigo pouco específico tem suas limitações.
Embora afetasse um número maior de espécies provocando maior impacto sobre a
comunidade, a sua baixa especificidade poderá constituir perigo potencial a culturas
próximas da área ou subseqüentes. (PITELLI, 1987)
A interferência imposta pela cultura sobre a comunidade infestante constitui, sem dúvida,
numa das mais poderosas estratégias de controle das plantas daninhas. A cultura pode
interferir sobre o crescimento e desenvolvimento da comunidade infestante através dos
processos bióticos: a competição e 8 alelopatia. Neste ponto deve-se considerar que as
espécies de plantas que infestam áreas agrícolas possuem grande agressividade mas
normalmente, têm dificuldades em se estabelecer em meios eficientemente Ocupadas por
outras plantas. Assim, torna-se fácil entender que toda a atitude tomada a favor da planta
cultivada que conduza a uma mais eficiente ocupação do meio pela cultura, produz efeitos
negativos no crescimento e desenvolvimento de comunidade infestante. Por isso, é muito
importante que se conheçam os fatores que afetam grau de interferência entre as
comunidades infestantes e culturas agrícolas. (PITELLI, 1987)
4.7 Controle Cultural
O método cultural normalmente é utilizado pelos agricultores mas não como uma técnica de
manejo de plantas daninhas, visa aumentar a capacidade competitiva da cultura em
detrimento das plantas daninhas. Menor espaçamento entre linhas, maior densidade de
plantio, época adequada de plantio, uso de variedades adaptadas as regiões, uso de
cobertura morta, adubações adequadas, irrigação bem manejada, rotação de culturas, são
técnicas que permitem a cultura tornar-se mais competitivas com as plantas daninhas.
(KARAM; MELHORANÇA, 2000).
O plantio direto tem auxiliado no controle das plantas daninhas, especialmente no milho
safrinha, semeado após a lavoura de verão. Nesse sistema, sem revolvimento do solo, o
banco de sementes na parte superficial do solo tende a reduzir, reduzindo a germinação dos
propágulos. (KARAM; MELHORANÇA, 2000).
Conclusões e recomendações
Planta daninha pode ser compreendida como a planta que cresce onde não é desejada.
Assim, uma planta de algodão, por exemplo, é considerada planta daninha num plantio de
mamona. O controle de plantas daninhas é uma prática.
As plantas daninhas surgiram de um processo dinâmico de evolução ao adaptarem-se às
perturbações ambientais provocadas pela natureza ou pelo homem por meio da agricultura.
Sua perpetuação, como infestante em áreas agropecuárias, está condicionada a um
compromisso entre a plasticidade de cada indivíduo e aqueles processos que, em longo
prazo, outorgam-lhe flexibilidade adaptativa diante das eventuais modificações do ambiente
e aquelas que ocorrem em condições naturais em todo o sistema, através do tempo.
(EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL, 2006).
Recomenda-se a leitura do boletim da SBCPD sobre ciência das plantas daninhas.
Disponível em:
<http://www.sbcpd.org/portal/images/stories/downloads/pdf/boletim_12_3.pdf>. Acesso em:
19 dez. 2012.
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2012 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT
Plantas daninhas
Recomenda-se o acesso ao banco de sementes de plantas daninhas do Centro de Ciências
Agrárias da Universidade Federal de São Carlos. Disponível em:
<http://www.cca.ufscar.br/servicos/banco-de-sementes/>. Acesso em: 19 dez. 2012.
Sugere-se acessar o site <www.respostatecnica.org.br> e realizar busca no Banco de
Respostas, utilizando os códigos das respostas 17519 para encontrar arquivos disponíveis.
Recomenda-se, a leitura das seguintes Respostas Técnicas:
SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS. Controle de pastagens tóxicas
para o gado. Resposta elaborada por Edésio Rodrigues Alvarenga Júnior. Belo Horizonte:
CETEC, 2011. (Código da Resposta: 17519). Disponível em: <www.respostatecnica.org.br>.
Acesso em: 18 dez. 2012.
www.respostatecnica.org.br
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DOSSIÊ TÉCNICO
Referências
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<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAtTgAE/apostila-plantas-daninhas>. Acesso em: 14
dez. 2012.
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ambiente. Rio Grande do Sul, 2011. Disponível em:
<http://www.unicruz.edu.br/seminario/artigos/saude/O%20IMPACTO%20DE%20PLANTAS%
20EX%C3%93TICAS%20PARA%20A%20BIODIVERSIDADE%20E%20MEIO%20AMBIENT
E.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2012.
BINGGELI, P. The human dimensions of invasive woody plants. [S.I], 2000. Disponível
em: <http://members.tripod.co.uk/WoodyPlantEcology>. Acesso em: 10 dez. 2012.
EMBRAPA. Cultura do Algodão no cerrado: Recomendações técnicas para o uso de
herbicidas no controle de plantas daninhas na cultura do algodoeiro no cerrado. Paraíba,
2003. Disponível em:
<http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Algodao/AlgodaoCerrado/planta
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EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL. Manejo de plantas daninhas de áreas de pastagens
cultivadas. Pará, 2006. Disponível em:
<http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/BovinoCorte/BovinoCortePara/p
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KARAM, Décio; MELHORANÇA, André Luiz. Plantas daninhas. Embrapa Milho e Sorgo,
[S.I], 2000. Disponível em:
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