A Presença Estrangeira no Período Colonial. A Disputa pelas Novas

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A Presença Estrangeira no
Período Colonial.
A Disputa pelas Novas Terras
O “descobrimento” de novas terras e riquezas (o
pau-brasil) estimulou a cobiça de várias nações
européias que iniciavam as suas aventuras
marítimas.
Contrabando de madeira, o saque
das feitorias e povoamentos ou a
conquista de territórios por meio do
estabelecimento de colônias.
Os “visitantes” do território
brasileiro nesse período foram
franceses, ingleses e holandeses.
A presença francesa foi a mais
constante no nosso litoral, entre os
séculos XVI e XVIII.
As invasões inglesas limitaram-se a ataques a portos
brasileiros e ao apresamento de cargas de açúcar.
Thomas Cavendish e James Lancaster –
saques dos portos de Santos e Recife
A invasão que teve
maior tempo de
permanência, foram as
holandesas.
As lnvasões Francesas
Governo português enviou duas EXPEDIÇÕES
GUARDA-COSTAS entre 1516 e 1528.
Comandante
Cristóvão Jacques
Os franceses desafiaram abertamente os domínios portugueses
estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas.
O sol brilha para todos e desconheço a
cláusula do testamento de Adão que
dividiu o mundo entre portugueses e
espanhóis.
(Francisco I, Rei França)
O rei de Portugal tentou uma aliança com a França,
oferecendo a mão de sua irmã em casamento...
D. João III
Isabel
Durante séculos portugueses e franceses disputaram o
Brasil...
O bom relacionamento com os
indígenas era fundamental nesses
primeiros tempos.
Os índios...
-Realizavam comércio de
madeira com os europeus. - Forneciam mão-de-obra.
- Farinha de mandioca
(farinha de pau ou pão da
terra).
Mas não foram só
interesses econômicos e
expansionistas que
justificaram a presença
francesa no litoral
brasileiro.
Entre 1555 e 1567, os franceses fundaram, na Baía da
Guanabara, uma Colônia chamada de França Antártica e um
forte denominado Coligny.
Villegaignon conseguiu estabelecer uma aliança com
os tupinambás (tamoios), chefiados por Cunhambebe,
que entendia a união com os franceses como uma
forma de se fortalecer contra as tribos inimigas.
Nicolau Durand de Villegaignon
Cunhambebe
Somente a partir de 1560
os portugueses
começaram a se mobilizar
para expulsar os invasores
da Baía de Guanabara.
O Governador-Geral Mem de Sá
liderou um ataque que provocou
a rendição dos franceses.
Mem de Sá organizou outra expedição com o auxílio de seu
sobrinho, Estácio de Sá (que fundou, ao lado do morro do Pão
de Açúcar, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (1565).
Apesar de expulsos do
Rio de Janeiro, os
franceses continuavam a
incomodar os portugueses
por todo o Norte e
Nordeste.
Os franceses interessados na fundação de uma França
Equinocial fundaram o Forte de São Luís, originando
a cidade que hoje é a capital do Estado.
Os franceses ainda atacaram a costa do Rio de Janeiro,
em 1710 e 1711.
O Governador-Geral teve de pagar 610 mil cruzados,
cem caixas de açúcar e duzentos bois para que o
corsário francês Duguay Trouin deixasse o Brasil.
Em 1580, Portugal e Brasil
passaram ao domínio espanhol,
em face de uma questão
sucessória. Essa situação
perdurou até 1640 e ficou
conhecida como União
Ibérica.
Não esqueça que os HOLANDESES eram sócios do
lucrativo comércio do açúcar. Com a atitude
espanhola, tal negócio ficaria inviabilizado.
Diante dessa situação, os comerciantes holandeses
decidiram invadir o Nordeste açucareiro.
No entanto, a resistência dos colonos e o auxílio de uma
poderosa frota luso-espanhola inviabilizaram os planos de
conquista e, em 1625, os holandeses deixaram as terras
brasileiras.
Matias de Albuquerque
Por quase sete anos, o Arraial do Bom Jesus (entre
Olinda e Recife) ofereceu grande resistência aos
invasores, impedindo que consolidassem
suas posições.
Porém, o auxílio de um senhor de engenho, Domingos
Fernandes Calabar, foi decisivo para a “virada”
holandesa.
Desbaratar o esquema defensivo de Matias de
Albuquerque. O Arraial do Bom Jesus ainda resistiu
por três meses, mas também caiu.
O curioso é que, durante a retirada das tropas de
Matias de Albuquerque, — que consegue escapar para
a Europa — Fernandes Calabar foi feito prisioneiro.
Julgado traidor, foi enforcado e esquartejado.
Vencida a resistência, os holandeses estenderam seus
domínios territoriais até o Maranhão. Além disso,
apoderaram-se das principais fontes de fornecimento
de escravos para o Brasil.
Na costa africana, passou a controlar as duas
principais atividades coloniais portuguesas: açúcar e
tráfico.
Um dos principais responsáveis pela consolidação do
domínio holandês foi Maurício de Nassau.
Foi demitido em 1644
por ter se oposto às
novas determinações
da Companhia das Índias
Ocidentais de aumentar
os impostos e cobrar
os empréstimos dos
Senhores de Engenho.
- Fez empréstimos aos
fazendeiros.
-Realizou obras de infra-estrutura,
como drenagem de pântanos,
construção de pontes, palácios.
-Construiu o primeiro observatório
astronômico.
-Incentivou as artes.
-Patrocinou a vinda de médicos,
pintores.
-Tolerância religiosa.
-Câmara dos Escabinos (brasileiros e
holandeses).
A administração exemplar
de Maurício de Nassau
alimentou a idéia de que a
presença holandesa era
“melhor” que a
portuguesa .
A nova postura da Holanda
gerou uma série de reações
dos senhores de engenho,
desencadeando um
movimento de expulsão que
contou com o apoio da
população.
Insurreição Pernambucana (1645-1654), foram lideres: o
fazendeiro João Fernandes Vieira, o chefe militar André Vidal
de Negreiros, o negro Henrique Dias e o índio Filipe Camarão.
Batalha do Monte das Tabocas – 1645
Em 1648, ocorreu a Primeira Batalha dos
Guararapes. Os holandeses foram derrotados e
cercados em Recife.
Em 1652, Holanda e
Inglaterra iniciaram
uma guerra pela
posse do comércio
marítimo.
A ausência da Holanda
foi também muito
importante. Deixando o
Brasil, os holandeses
passaram a produzir
açúcar nas Antilhas.
Oferta de açúcar na
Europa e,
consequentemente, uma
diminuição do valor de
venda do produto.
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