Qual é o maior inimigo da saúde a nível mundial? É o mesmo com

Propaganda
Qual é o maior inimigo da saúde a nível
mundial? É o mesmo com que a humanidade
se confrontava há já 100.000 ou há 10.000 anos
– a fome e as doenças provocadas pela fome.
O número de pessoas que morreram de fome
ou subnutrição no ano passado foi superior ao
número total das vítimas da SIDA, malária e
tuberculose. Esta é uma verdade que muitos
desconhecem.
Os habitantes do mundo industrializado
esqueceram quase completamente a fome, que
para eles não passa de uma imagem efémera
num ecrã de televisão ou de uma fotografia de
imprensa. Mas a verdade é que, numa era em
que podemos comunicar instantaneamente
com pessoas que se encontram nos
antípodas, um ser humano em cada oito não
tem acesso à quantidade de alimentos
necessária para se manter de boa saúde. E a
maior parte desses seres humanos são
crianças.
©Sheila McKinnon
A FOME E AS CRIANÇAS
Estima-se que todos os anos 17 milhões de bebés
nascem com peso abaixo da média. São crianças
que herdam assim a fome de mães subalimentadas.
Se viverem tempo suficiente, os seus filhos
também passarão fome. Para os pobres deste
mundo a fome é uma herança que passa de geração
em geração.
Actualmente 300 milhões de crianças não comem o
suficiente para terem um crescimento saudável.
A fome e as carências de vitaminas e minerais que
lhe estão associadas podem causar cegueira, atraso
mental ou deficiências físicas. O sistema
imunológico dessas crianças fica debilitado, pelo
que doenças vulgares como o sarampo e a diarréia
podem matá-las. Todos os anos 6,5 milhões de
crianças com menos de cinco anos morrem porque
a fome as deixa fracas para resistir às doenças.
A cada cinco segundos morre uma criança.
Quem sabe quantos potenciais cientistas, estadistas,
artistas e estrelas do desporto se perdem assim?
O Futuro brilhante de Ndeye
Ndeye, uma menina de sete anos,
anuncia orgulhosamente aos visitantes
que está a aprender a ler. Até há pouco
tempo ficava em casa, a ajudar a mãe na
lida doméstica. Mas a oferta de livros
escolares gratuitos na escola da sua
aldeia da Região de Kaolack, no
Senegal, e de uma refeição quente e
nutritiva fornecida pelo PAM convenceu
os pais a matriculá-la na escola.
Quando chega a hora do almoço, há
uma grande agitação no recreio da
escola. As meninas mais velhas ajudam
os mais pequenos a lavarem as mãos e
a sentarem-se à mesa para o almoço, um
guisado de arroz com ervilhas.
Com a barriga cheia, Ndeye e os seu
colegas podem concentrar-se nos
estudos. E uma instrução sólida
prepara-os melhor para os desafios da
vida.
HÁ ALIMENTOS EM QUANTIDADE
SUFICIENTE PARA TODOS
Ora todo este sofrimento, a perda de todas estas
potencialidades podem perfeitamente ser evitados.
Há muitas dezenas de anos que existem no mundo
alimentos em quantidade suficiente para dar de
comer a toda a gente.
Claro que não é possível erradicar totalmente os
problemas de abastecimento de alimentos. As
inundações, os terramotos e os grandes
movimentos de populações que fogem de guerras
são fenómenos que podem estar na origem da
fome. O PAM, a maior agência humanitária do
mundo, transporta os alimentos para as pessoas
que deles necessitam – e fá-lo rapidamente. A
capacidade logística da agência abrange todo o
espectro tecnológico – desde o transporte em
burros e iaques, até às pontes aéreas e à criação de
redes de telecomunicações por satélite, para
acompanhar as distribuições.
Só 8% das vítimas da fome morrem em situações
de emergência, dramáticas e com grande
visibilidade.
Existem hoje no mundo mais de 800 milhões de
pessoas que sofrem de fome crónica: mulheres,
crianças, doentes e velhos. Mais de nove em cada
dez pessoas que morrem devido à fome são
pessoas que não conseguem escapar à pobreza,
habitantes de zonas rurais isoladas ou de bairros
urbanos degradados. Não são notícia – morrem
silenciosamente.
O PAM auxilia em média todos os anos 90
milhões de pessoas que, em 80 países, passam
fome, fornecendo-lhes feijão, arroz, óleo
alimentar, sal e farinhas enriquecidas com
vitaminas e minerais. Sempre que possível, tenta
apoiar as economias em desenvolvimento,
comprando os alimentos a nível local ou regional.
O PAM é o maior comprador de cereais africanos.
A nossa ajuda alimentar destina-se a satisfazer as
necessidades nutricionais específicas de mulheres e
crianças, que são as grandes vítimas da fome. Os
nossos projectos de alimentação escolar
beneficiam mais de 5 milhões de crianças em
idade escolar, a quem são fornecidas refeições que
custam apenas 19 cêntimos de dólar por dia. Não
pode haver melhor investimento na paz, na
prosperidade e na justiça do que dar de comer às
crianças na escola, como o demonstra o aumento
espectacular das taxas de frequência das escolas
em causa.
É um princípio, mas podemos ir mais longe.
Continuamos a não poder ajudar centenas de
milhões de pessoas que vivem com fome. O nosso
objectivo é reduzir para metade o número dessas
pessoas, em todo o mundo. E com a sua ajuda,
vamos conseguir.
Ajudar Marie a viver coma SIDA
Marie Rose Vervenet habita no Haiti.
Tem 45 anos, dois filhos crescidos, uma
filha de 11 anos e um filho adoptivo de 5
anos. Descobriu há nove anos que era
seropositiva. Há cinco anos começou a
tomar remédios que ela e toda a família
faziam grandes sacrifícios para pagar.
Agora o seu tratamento é subsidiado
pela Associação Nacional Haitiana de
Pessoas Infectadas e Afectadas pelo
VIH/SIDA, uma organização não
governamental apoiada pelo PAM.
Marie diz que os alimentos fornecidos
pelo PAM a ajudaram a recuperar as
forças. Juntamente com os remédios,
esses alimentos também a ajudaram a
ter mais tempo de vida para passar com
os filhos.
Programa Alimentar Mundial
Via Cesare Giulio Viola, 68/70 - 00148 Roma, Itália
Tel.: +39-066513-2628 - Fax: +39-066513-2840
E-mail: [email protected]
Download