121 1. INTRODUÇÃO O rabanete Raphanus sativus L., pertencente

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121
RESPOSTA MORFOLÓGICA DO RABANETE À APLICAÇÃO DE DIFERENTES DOSES DE SILÍCIO NA
LINHA DE SEMEADURA
LUANA MARA VIVAN DE FARIA1
MARCELO BARCELO GOMES2
THAIS RAMOS DA SILVA2
RESUMO: Objetivou-se com o referente estudo avaliar a composição morfológica e produtividade do rabanete à
aplicação de diferentes doses de fertilizante filossilicatado aplicadas na linha de semeadura. Foram aplicadas doses de 0,
10, 20 e 30% definidas em porcentagem de disponibilização de silício a partir da aplicação do P, em delineamento em
blocos casualizados com três repetições. Foi observado que as doses de silício não interferiram positivamente na cultura
de rabanete, possivelmente devido ao ciclo curto da cultura, o que não afetou na produtividade final na qual atingiu
níveis ótimos. As variedades Cometa e Saxa apresentou maior eficiência de produção que a variedade Margaret
Hibrido. Sugere-se novos estudos com o nutriente na cultura.
Palavras – chaves: hortaliças, fertilizantes silicatado, fertilidade do solo.
ABSTRACT: The objective of the survey was related to morphological composition and productivity of radish
applying different fertilizer rates applied filossilicatado in the row. Were fertilized with 0, 10, 20 and 30% defined as a
percentage of available silicon from the application of P, in randomized block design with three replications. It was
observed that the levels of silicon did not affect positively the culture of radish, possibly due to the short cycle of
culture, which did not affect the final yield which reached optimal levels. The varieties Comet and Saxa showed higher
production efficiency that variety Margaret Hybrid. New studies suggest the nutrient culture.
Key words: vegetables, silicate fertilizers, soil fertility.
Curso de Agronomia, Universidade Estadual de Mato Grosso – Campus Nova Xavantina-MT.
Curso de Agronomia, Faculdades Unidas do Vale do Araguaia, Barra do Garças-MT.
E-mail: [email protected]
1
2
1. INTRODUÇÃO
O rabanete Raphanus sativus L., pertencente
à família Brassicaceae, apresentando raiz com
coloração avermelhada, polpa branca e de formato
globular, que é a parte comercial da planta
(FILGUEIRA, 2003; 2007).
Segundo Cecílio Filho et al. (1998), a
nutrição mineral da cultura de rabanete apresenta
grande influência na qualidade da raiz da planta e
principalmente na sua produtividade, bem como a
adubação orgânica proveniente de esterco bovino que
além de disponibilizar nutrientes como nitrogênio,
fósforo, potássio e enxofre, melhora a aparência física
do solo formando agregados, propiciando uma melhor
aeração e armazenamento de água (KIEHL, 1985).
Cardoso e Hikari (2000) afirmam que o
rabanete, assim como a maioria das hortaliças
produzidas, ao se tratar de nutrição de plantas tem
respondido de forma positiva as aplicações de
fertilizantes. Porém essa cultura é, ainda, pouco
contemplada com pesquisas realizadas nessa área.
LIMA FILHO (2005) relata que alguns problemas
podem ser solucionados com a suplementação
silicatada, como os estresses nutricionais, uma vez que
há interações do silício com outros elementos,
favorecendo assim a nutrição vegetal.
Uma alternativa é o uso de fontes naturais de
silício como os filossilicatos, que são compostos
minerais silicatados (GODOY et al., 2009), como o
fertilizante Microton® que apresenta seis tipos de
filossilicatos, balanceados de forma natural e que
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disponibiliza 60% de SiO2, onde é todo natural, não
possibilitando a alteração do pH e podendo também ser
utilizado na agricultura orgânica.
Objetivou-se
avaliar
a
composição
morfológica e produtividade do rabanete à aplicação de
diferentes doses de fertilizante filossilicatado aplicadas
na linha de semeadura.
2. MATERIAL E MÉTODOS
A pesquisa foi conduzida na área
experimental da Universidade do Estado de Mato
Grosso – UNEMAT, no Campus de Nova Xavantina MT, localizado na reserva de preservação ecológica do
Parque Mário Vianna. A posição geográfica da área é
de latitude de 14º41’46’’S, longitude 52º21’02’’W e
altitude de 297 m.
O clima da região é classificado como
tropical continental e de acordo com a classificação de
Köppen como AW, possuindo uma precipitação média
por ano de 1.600 mm e temperatura média anual de
24°C. A região apresenta um solo que segundo o
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, é
predominantemente como Latossolo VermelhoAmarelo com textura média, (EMBRAPA, 2006;
SANTOS et al., 2003).
Para determinação da composição química
do solo, onde se formaram os canteiros, foi coletada
uma amostra composta de 15 subamostras em uma
profundidade de 0 – 20 cm da área experimental de
65m², encaminhada para o Laboratório Agropecuário
Ago 2013, n.º 10, Vol – 2, p. 121 –128.
122
Plante Certo em Várzea Grande – MT, no qual
determinou-se: pH(CaCl2): 5,50 mol L-1; M.O.: 15,00 g
dm-3; P (resina): 6,90 mg dm-3; K: 0,22 cmolc dm-3; Ca:
2,19 cmolc dm-3; Mg: 1,61 cmolc dm-3; H+Al: 2,00
cmolc dm-3; SB: 4,00 cmolc dm-3; CTC (pH 7): 6,00
cmolc dm-3; V: 66,80%; B: 0,24 mg dm-3; Cu: 1,80 mg
dm-3; Fe: 56,00 mg dm-3; Mn: 7,10 mg dm-3; Zn: 3,00
mg dm-3, S: 8,30 mg dm-3 e Si: 30,40 mg dm-3
determinado com o extrator ácido acético.
Foram avaliados 12 tratamentos, resultantes
da combinação de 3 cultivares de rabanete: Saxa,
Cometa e Margaret hibrido, com 4 doses do fertilizante
Microton (0, 10, 20 e 30%) definidas em porcentagem
de disponibilização de silício a partir da aplicação do P
(71,42 g m-²), proporcionando doses de 0 g; 3,84 g m-²;
7,62 g m-² e 11,53 g m-² respectivamente. Segundo
estudos o silício possui a capacidade de deslocar o
fósforo da argila do solo para a planta, dessa forma, os
silicatos conseguem fazer a troca de solução entre o
solo e os adubos fosfatados podendo substituí-los em
determinada quantidade (GODOY et al., 2009; LIMA
FILHO, 2004). O adubo utilizado como fonte de
fósforo foi o formulado NPK 04-14-08.
O experimento foi conduzido em
delineamento em blocos casualizados, em um arranjo
fatorial de 3x4x5, com 3 repetições e as avaliações
realizadas em 5 épocas do ciclo da cultura 11º, 16º, 21º,
26º e 31º DAS (dias após emergência), resultando em
36 parcelas com área de 1m² e 4 linhas de semeadura
com espaçamento de 0,25m. A irrigação foi frequente
com duração de quatro horas diárias.
Foram colocados, um dia antes da
semeadura, nas duas linhas centrais de cada parcela,
cinco copos perfurados casualizados, onde foi semeada
duas sementes de rabanete, para o controle das épocas
de avaliação destrutivas no tempo, assim, a planta foi
retirada intacta sem que houvesse danos na raiz,
tubérculo e parte área.
As características avaliadas foram: diâmetro
da haste, por meio de paquímetro manual para
determinar o desenvolvimento do inicio ao final do
ciclo, definindo seu valor a cada avaliação em
milímetros (mm); profundidade da raiz, a qual foi
retirada do tubérculo e sobreposta a uma régua
milimétrica para determinar seu tamanho em
comprimento, obtendo seu valor final a cada avaliação
em centímetros (cm); volume da raiz, após pesadas
foram colocadas em 10 ml de água em uma proveta
milimétrica onde a diferença superior determinava seu
volume em mililitro (cm³); índice de Área foliar, as
folhas assim que retiradas do copo foram separadas do
tubérculo e escaneadas em scanner para determinação
de sua área no programa de computador “Sistema para
determinação da área de superfícies foliares (BiTArea
2.0)” (ASSUNÇÃO et al., 2001) especializado na
identificação da cor verde presente na imagem, que no
final determina a área foliar da planta em centímetros
quadrado (cm²). A partir dos dados da área foliar podese determinar o índice de área folia em (cm²) ao dividilos pela área superficial do copo; massa seca da folha,
tubérculo e raiz: assim que obtidos os pesos frescos,
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cada parte da planta foi colocada em sacos de papel
devidamente identificados e levados à estufa com
circulação forçada de ar a uma temperatura de 65° C
por 72 horas, e em seguida foram pesadas novamente
na balança de precisão para determinar seu peso seco
em gramas (g); produtividade final: foram colhidos e
pesados as 2 linhas centrais das parcelas para
determinar em t ha-1 a produtividade comercial de cada
tratamento.
Foi realizada análise de variância (ANAVA)
pelo teste F, com o auxílio do programa estatístico
ASSISTAT 7.6 (SILVA e AZEVEDO, 2002). As
médias das variáveis foram agrupadas pelo critério de
Tukey a 5% de significância e as doses de silício foram
submetidas ao ajuste de regressão.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Houve interação entre os fatores doses de
silício e variedades de rabanete para avaliação de
massa seca da folha (MSF), para esse mesmo
parâmetro foram significativos os fatores variedades e
épocas de avaliação isoladamente (Tabela 1). Na
mesma tabela observa-se que para o parâmetro massa
seca do tubérculo (MST) foi significativo o fator
épocas de avaliação e houve interação entre o mesmo e
as doses de silício. Para a massa seca da raiz (MSR)
houve interação entre as variedades e épocas de
avaliação, sendo esses fatores significativos também de
forma isolada, sendo o mesmo observado para
diâmetro do tubérculo (DT) e volume de raiz (VR).
Ainda para o diâmetro do tubérculo (DT) observa-se
interação entre os fatores doses de silício, variedades
de rabanete e épocas de avaliação.
Conforme a Tabela 2 observa-se para o
comprimento da raiz (CR) que houve significância dos
fatores variedades e épocas de avaliação. Já para o
índice de área foliar (IAF) apenas o fator épocas de
avaliação foi significativo. Em relação à produtividade
final não houve significância entre os fatores
analisados, sendo observada para os blocos.
Para o fator doses de silício não houve
significância em relação aos parâmetros, apresentados
na Tabela 3. Para a massa seca de folha (MSF) a
variedade Cometa e Saxa foram significativamente
superiores, o mesmo foi observado para massa seca da
raiz (MSR) e volume da raiz (VR). Em relação ao
diâmetro do tubérculo (DT) a variedade Margaret
Hibrido foi superior às demais. As últimas épocas de
avaliação, 21º, 26º e 31º dias do ciclo mostraram
resultados superiores quanto à massa seca da folha,
massa seca da raiz e volume da raiz, já para o diâmetro
do tubérculo a última apresentou melhores resultados.
As interações entre as variedades de
rabanete e doses de silício para massa seca de folhas
mostraram resultados não significativos, exceto para a
dose de 10% que mostrou resultado superior (0,94 g
parcela-1) para a variedade Cometa.
A interação entre doses de silício e épocas
de avaliação para massa seca de tubérculo mostrou
resultados significativamente superiores aos 31º dias do
Ago 2013, n.º 10, Vol – 2, p. 121 –128.
123
ciclo (1,32, 1,59, 1,35, 1,37 g parcela-1) para 0, 10, 20 e
30% respectivamente.
Para a massa seca do tubérculo as épocas de
avaliação
apresentaram
resposta
quadrática
significativa (y = 0,1313x² - 0,4858x + 0,476, R² =
0,96) , com valores crescentes a partir do 11º dia após a
emergência.
Para massa seca de raiz a interação entre
épocas de avaliação e as variedades de rabanete
demonstraram efeito significativo a partir do 21º dia do
ciclo com o aumento do desenvolvimento da raiz. Ao
26º dia, as variedades Saxa e Cometa apresentaram
maiores produções de massa seca de raiz em relação à
variedade Margaret Hibrido (0,32; 0,30 e 0,21 g
parcela-1 respectivamente).
Para o diâmetro do tubérculo a interação
entre variedades e épocas de avaliação apresentou
resultados significativos a partir do 21º dia de avaliação
após a emergência, sendo os valores superiores no 31º
dia, 5,21, 5,02, e 5,54 mm para Saxa, Cometa e
Margaret Hibrido respectivamente.
A interação entre doses de silício, épocas de
avaliação e variedades, para diâmetro do tubérculo, a
variedade Saxa apresentou ao 31º dia maiores
diâmetros com a dose de 10 e 20% de silício (5,51 e
5,82 mm, respectivamente).
Já para a variedade Cometa a interação entre
doses de silício, épocas de avaliação e as variedades
houve resultados superiores nas ultimas avaliações ao
26º e 31º dias do ciclo para as doses 10 e 30% de silício
(4,39 e 4,10 mm; 5,77 e 5,62 mm, respectivamente).
Enquanto que para as doses 0% e 20% de silício os
maiores diâmetros foram encontrados na avaliação
realizada ao 31º dia (5,32 e 5,38 mm, respectivamente).
A interação entre doses de silício, épocas de
avaliação e as variedades, a Margaret Hibrido
apresentou resultados significativamente superiores nas
ultimas avaliações ao 26º e 31º dias do ciclo para todas
as doses de silício 0, 10, 20 e 30% (5,29, 4,60, 3,30 e
5,03 mm; 6,00, 5,62, 5,60 e 4,95 mm respectivamente),
uma vez que esta apresenta ciclo mais longo que as
demais variedades.
Para o diâmetro do tubérculo a interação
entre épocas de avaliação, doses de silício e a variedade
Saxa apresentaram resultados superiores para as doses
0 e 30% nas duas ultimas avaliações aos 26º e 31º dias
do ciclo (Tabela 5). Já para as doses 10 e 20% os
melhores resultados foram para a interação com a
última avaliação. Na mesma tabela a interação entre
épocas de avaliação, doses de silício e a variedade
Cometa, mostrou resultados significativamente
superiores para as doses de 0, 10 e 30% na última
avaliação, enquanto que a dose de 20% mostrou
resultado satisfatórios com a interação entre as
avaliações aos 21º, 26º e 31º dias do ciclo.
Na Tabela 6, observa-se que para o diâmetro
do tubérculo a interação entre épocas de avaliação,
doses de silício e variedade Margaret Hibrido mostrou
resultados significativamente superiores para as doses
0, 10 e 20% nas ultimas épocas de avaliação, aos 26º e
31º dias. Para a dose de 30% os resultados foram
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semelhantes nas três ultimas avaliações, ao 21º, 26º e
31º dias do ciclo.
A interação entre doses de silício, épocas de
avaliação e variedades para o parâmetro diâmetro do
tubérculo mostrou resultados significativos para a
interação entre a variedade Saxa, a dose de 20% aos
21º e 26º dias e na dose 30% aos 31º dias do ciclo. Para
a variedade Cometa houve resultados satisfatórios na
interação com a dose 30% aos 21º dias do ciclo da
cultura. Para a variedade Margaret Hibrido houve
significância nas interações entre a dose 20% e 30%
aos 21º dias, e também na dose 30% aos 31º dias
(Tabela 7).
Na Tabela 8, para o volume de raiz observase que na interação entre variedades e épocas de
avaliação as variedades Saxa e Cometa mostraram
resultados significativamente superiores aos 16º, 26º e
31º dias do ciclo. As mesmas variedades apresentaram
as maiores medias significativamente a partir da
terceira época de avaliação. Já a variedade Margaret
Hibrido mostrou resultado superior ao 21º dia, com
médias significativamente decrescentes nas avaliações
seguintes.
Para o comprimento radicular houve
diferença significativa entre as variedades sendo que a
Saxa e a Cometa apresentaram maiores resultados, e
entre as épocas de avaliação, com resultados
semelhantes e superiores para os 21º, 26º e 31º dias do
ciclo (Tabela 9). Na mesma tabela observa-se que o
índice de área foliar apresentou diferença significativa
apenas entre as épocas de avaliação, onde as três
últimas
avaliações
mostraram
resultados
significativamente superiores às demais. Para o
parâmetro produtividade final não houve diferença
significativa entre os fatores doses de silício e
variedades utilizadas.
A produção de massa seca de folha,
comprimento, volume e massa seca de raiz tiveram
resposta positiva nas variedades Saxa e Cometa onde
houve uma estabilização do crescimento. Na variedade
Margaret Hibrido teve maior concentração de produção
no tubérculo como se pode notar no resultado do
diâmetro, podendo ser característica predominante da
cultivar. Cortez (2009), ao avaliar produção de
rabanete à diferentes doses de adubação também
constatou que o híbrido apresentou maior produção na
massa seca do tubérculo e menor produção de massa
seca da folha e raiz.
A estabilização do crescimento da planta a
partir da terceira avaliação mostra que todas
disponibilizaram maiores nutrientes para a produção de
tubérculo nessa fase, como se pode observar na
produção de massa seca, comprimento e volume da
raiz, massa seca da folha e o índice de área foliar. Silva
et al. (2006), avaliando a taxa de assimilação aparente e
a taxa de crescimento relativo das plantas de rabanete,
relata que a senescência das plantas pode ter
ocasionado declínio na produção das partes aéreas e
radicular da planta, fazendo com que os
fotoassimilados fossem remobilizados para o tubérculo.
Ago 2013, n.º 10, Vol – 2, p. 121 –128.
124
Segundo Costa et al. (2006), os quais
avaliaram a produtividade final de rabanete à
incorporação de diferentes doses de adubos, a não
expressão das doses de silício aplicadas pode se
relacionar com o teor de silício e outros
micronutrientes já disponíveis no solo, no qual foi
suficiente para o desenvolvimento das variedades de
rabanete com uma produção final elevada. O que pode
sustentar os resultados observados neste trabalho, uma
vez que as doses de silício adicionadas podem não ter
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expressados os resultados satisfatórios por já existir
uma quantidade suficiente no solo (30,40 mg dm-3).
4. CONCLUSÃO
As doses de silício aplicadas modificaram as
respostas da composição morfológica do rabanete sem
afetar no ganho de produtividade. Sugerem-se novos
estudos em solos com teores baixos de silício para a
avaliação responsiva das variedades.
Ago 2013, n.º 10, Vol – 2, p. 121 –128.
125
TABELA 1. Análise de variância para massa seca de folhas (MSF), massa seca do tubérculo
(MST), massa seca da raiz (MSR), diâmetro do tubérculo (DT) e volume de raiz (VR)
de diferentes variedades de rabanete submetidas a doses de silício em variadas épocas
de avaliação.
QUADRADO MÉDIO
FV
GL
MSF
MST
MSR
DT
VR
DS
3
0,308 -0,411 -0,008 -0,778 -0,088 -VR
2
0,568 *
0,345 ns
0,034 **
3,773 **
0,634 **
**
**
**
**
EA
4
1,562
10,855
0,429
143,374
6,261 **
*
ns
ns
ns
DSxVR
6
0,382
0,266
0,003
0,514
0,083 ns
ns
**
ns
ns
DSxEA
12
0,101
0,030
0,004
0,291
0,110 ns
ns
ns
*
**
VRxEA
8
0,145
0,509
0,010
1,032
0,393 **
ns
ns
ns
*
DSxVRxEA
24
0,142
0,274
0,003
0,629
0,084 ns
**
**
**
**
Tratamentos
59
0,278
0,963
0,034
10,395
0,569 **
*
ns
ns
ns
Blocos
2
0,479
0,189
0,002
0,829
0,111 ns
Resíduo
118
0,149
0,268
0,005
0,373
0,108
**
significativo ao nível de 1% de probabilidade. * significativo ao nível de 5% de probabilidade. ns não significativo. -os tratamentos são quantitativos, o teste de tukey não se aplica. DS- dose; VR-variedade; EA-época de aplicação.
TABELA 2. Análise de variância para comprimento da raiz (CR), índice de área foliar (IAF) e
produtividade final (PF) de diferentes variedades de rabanete submetidas a doses de
silício em variadas épocas de avaliação.
QUADRADO MÉDIO
FV
GL
CR
IAF
PF
DS
3
0,429 -0,658 -0,105 -VR
2
3,197 **
0,728 ns
0,017 ns
**
**
EA
4
10,573
33,786
___
DSxVR
6
0,366 ns
0,464 ns
0,570 ns
DSxEA
12
0,285 ns
0,342 ns
___
ns
VRxEA
8
0,351
0,346 ns
___
DSxVRxEA
24
0,469 ns
0,404 ns
___
Tratamentos
59
1,181 **
2,677 **
0,098 ns
Blocos
2
1,464 *
1,709 *
1,511 **
Resíduo
118
0,438
0,467
0,212
**
significativo ao nível de 1% de probabilidade. * significativo ao nível de 5% de probabilidade. ns não significativo.
os tratamentos são quantitativos, o teste de tukey não se aplica. DS- dose; VR-variedade; EA-época de aplicação.
--
TABELA 3. Massa seca de folhas (MSF), massa seca de raiz (MSR), diâmetro do tubérculo (DT) e
volume de raiz (VR) de plantas de rabanete, em função de diferentes doses de silício,
blocos, variedades e épocas de avaliação.
Variedades
Saxa
Cometa
Margaret H.
DMS
Épocas de avaliação
11º
16º
MSF
0,39 ab
0,54 a
0,36 b
0,167
MSR
0,23 a
0,22 a
0,18 b
0,31 a
DT
2,72 b
2,80 b
3,19 a
0,265
VR
1,00 a
0,98 a
0,81 b
0,143
0,13 c
0,31 bc
0,08 b
0,10 b
0,53 e
1,28 d
0,33 c
0,65 b
Interdisciplinar: Revista Eletrônica da Univar.
On-line http://revista.univar.edu.br
ISSN 1984-431X
Ago 2013, n.º 10, Vol – 2, p. 121 –128.
126
21º
0,52 ab
0,27 a
3,10 c
26º
0,59 a
0,28 a
4,35 b
31º
0,62 a
0,32 a
5,26 a
DMS
0,252
0,046
0,399
Médias seguidas pela mesma letra minúscula para cada fator avaliado, não diferem estatisticamente entre
de Tukey ao nível de 5% de significância. Para as doses de silício foi realizada regressão polinomial.
1,21 a
1,22 a
1,24 a
0,215
si pelo teste
TABELA 4. Diâmetro do tubérculo (mm) de plantas de rabanete em função da interação de
diferentes épocas de avaliação entre doses de silício e as variedades Saxa e Cometa.
Doses (%) x Variedades
Épocas
de avaliação
Saxa
Cometa
(dias)
0
10
20
30
0
10
20
30
0,589 c
0,557 d
0,569 d
0,866 c
0,421 c
0,526 c
0,459 b
0,625 c
11º
1,149 c
1,334 cd
1,042 cd
1,109 c
1,194 c
0,999 c
1,172 b
1,346 c
16º
2,535 b
2,333 c
2,150 c
2,715 b
3,138 b
3,202 b
3,064 a
3,478 b
21º
4,955 a
3,915 b
3,811 b
3,973 ab
3,717 b
4,387 b
4,119 a
4,101 b
26º
4,709 a
5,505 a
5,824 a
4,803 a
5,319 a
5,771 a
3,378 a
5,621 a
31º
Médias seguidas pela mesma letra minúsculas nas colunas, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey ao
nível de 5% de significância.
TABELA 5. Diâmetro do tubérculo (mm) de plantas de rabanete em função da interação de
diferentes épocas de avaliação entre doses de silício e a variedade Margaret Hibrido.
Doses (%) x Variedades
Margaret Hibrido
0
10
20
30
0,427 d
0,475 c
0,472 c
0,403 b
11º
1,998 c
1,369 c
1,562 c
1,104 b
16º
3,764 b
3,794 b
3,194 b
3,861 a
21º
5,291 a
4,602 ab
4,301 ab
5,027 a
26º
5,999 a
5,624 a
5,597 a
4,952 a
31º
Médias seguidas pela mesma letra minúsculas nas colunas, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey ao
nível de 5% de significância.
Épocas de avaliação
(dias)
TABELA 6. Diâmetro do tubérculo (mm) de plantas de rabanete em função da interação de
variedades, doses de silício e diferentes épocas de avaliação.
Variedades
Doses de silício (%) x
0
10
20
Épocas de avaliação (dias)
11º
16º
21º
26º
31º
11º
16º
21º
26º
31º
11º
16º
21º
26º
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ISSN 1984-431X
Saxa
0,589 A
1,149 A
2,535 A
4,955 A
4,709 A
0,421 A
1,194 A
3,138 A
3,717 A
5,319 A
0,427 A
1,998 A
3,764 A
5,291 A
Cometa
0,526 A
0,999 A
2,202 A
4,387 A
5,771 A
0,475 A
1,369 A
3,794 A
4,602 A
5,624 A
0,569 A
1,042 A
2,150 B
3,811 B
Margaret Hibrido
0,472 A
1,562 A
3,194 A
4,301 A
5,597 A
0,866 A
1,109 A
2,715 A
3,973 A
4,803 A
0,625 A
1,346 A
3,478 A
4,101 B
Ago 2013, n.º 10, Vol – 2, p. 121 –128.
127
5,999 A
5,824 A
5,621 A
31º
0,557 A
0,459 A
0,403 A
11º
1,334 A
1,171 A
1,104 A
16º
2,333 B
3,064 AB
3,861 A
30
21º
3,915 A
4,119 A
5,027 A
26º
5,505 A
3,378 B
4,952 A
31º
Médias seguidas pela mesma letra minúscula nas colunas, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey ao
nível de 5% de significância.
TABELA 7. Volume de raiz (cm³) de plantas de rabanete em função da interação entre diferentes
variedades e épocas de avaliação.
Épocas de avaliação (dias)
11º
16º
21º
26º
31º
0,848 aB
1,084 aAB
1,396 aA
1,391 aA
Saxa 0,284 aC
0,663 abB
1,176 aA
1,318 aA
1,364 aA
Cometa 0,356 aB
0,435 bC
1,372 aA
0,935 bB
0,965 bB
Margaret Hibrido 0,351 aC
Médias seguidas pela mesma letra maiúscula nas linhas e minúscula nas colunas, não diferem estatisticamente entre si
pelo teste de Tukey ao nível de 5% de significância.
Variedades
TABELA 8. Comprimento da raiz (CR), índice de área foliar (IAF) e produtividade final (PF) de
plantas de rabanete, em função de diferentes doses de silício, blocos, variedades e
épocas de avaliação.
PF (t ha-1)
Doses de Si (%)
CR (cm)
IAF (cm²)
0
3,86 a
1,70 a
16,34 a
10
4,05 a
1,54 a
14,23 a
20
4,09 a
1,59 a
14,46 a
30
3,10 a
1,80 a
15,36 a
DMS
------------------PF (t ha-1)
Variedades
CR (cm)
IAF (cm²)
Saxa
4,17 a
1,65 a
15,06 a
Cometa
4,10 a
1,77 a
14,89 a
Margaret H.
3,74 b
1,55 a
15,34 a
DMS
0,287
0,296
0,472
PF (t ha-1)
Épocas de avaliação
CR (cm)
IAF (cm²)
11º
3,35 b
0,246 c
-----16º
3,48 b
1,083 b
-----21º
4,40 a
2,043 a
-----26º
4,33 a
2,432 a
-----31º
4,45 a
2,484 a
-----DMS
0,432
0,446
-----Médias seguidas pela mesma letra minúscula para cada fator avaliado, não diferem estatisticamente entre si pelo teste
de Tukey ao nível de 5% de significância. Para as doses de silício foi realizada regressão polinomial.
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Ago 2013, n.º 10, Vol – 2, p. 121 –128.
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www.cnps.embrapa.br/solosbr/pdfs/doc53_2003_revisa
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2003. 412 p.
FILGUEIRA, F. A. R. Novo manual de olericultura:
Agrotecnologia
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na
produção
e
comercialização de hortaliças. 3 ed. Viçosa. UFV,
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