Aula 01 Aplicação do acento gráfico Todas as palavras PROPAROXÍTONAS levam acento gráfico. Acentuação da sílaba tônica Todas as palavras são acentuadas tonicamente, isto é, uma de suas sílabas é pronunciada mais fortemente. Ex.: caderno – a sílaba pronunciada com mais força é “der” – essa é a sílaba tônica. As palavras proparoxítonas têm como sílaba tônica a antepenúltima, as paroxítonas, a penúltima e as oxítonas a última. Entretanto algumas palavras necessitam de acento gráfico em sua sílaba tônica. Isso se deve ao fato de essas palavras saírem do padrão natural de pronúncia da língua portuguesa – 80% das palavras de nossa língua são paroxítonas, como as palavras lua, bola, cabeça, espelho, etc. Utilidade do acento gráfico Evidenciar o deslocamento da tonicidade da sílaba de determinada palavra do padrão natural de pronúncia para outro diferente. Aqui se inserem os vocábulos paroxítonos terminados em ditongo crescente (ea, eo, ia, ie, io, ua, ue),por se considerar, para fins de acentuação, que estas palavras são proparoxítonas relativas ou eventuais. Por serem mais comuns as palavras paroxítonas terminadas em A(s), E(s), O(s), EM e ENS, estas não recebem acento gráfico, já as paroxítonas com outras terminações como l, n, r, x, ps, t, ã(s), ão(s), ei(s), i(s), on(s), um, uns, u, us, receberão o acento gráfico. A partir dessa distribuição se estabelecerá, então, a acentuação gráfica das oxítonas: a inversão da regra. Ou seja: Quanto à acentuação, assinale: a) se apenas III está correta. b) se apenas I está correta. c) se todas estão corretas. d) se apenas II está correta. e) se todas estão incorretas. Exercícios: 3. (Puccamp 1997) A frase em que o sinal de acentuação está corretamente empregado é: 1. (G1 - IFSC 2012) Quanto à ortografia e à acentuação, assinale a alternativa CORRETA. a) Rapidamente foi resolvido o impasse criado pelos atendentes. a) Após um gesto de comando, os que ainda estão de pé sentão-se e fazem silencio para houvir o diretor. b) O minissubmarino, cujo pilôto viaja de bruços, pode atingir a profundidade de 1 000 metros. b) Mesmo que sofresse-mos uma repreenção por queixa de algum professor mais cioso de suas obrigações, a oférta parecia-nos irrecusável. c) Os japonêses são peritos em fabricar instrumentos de alta precisão. c) Marta nunca deicha o filho sózinho na cosinha, temerosa de que ele venha a puchar uma panela sobre sí. d) À excessão de meu primo, que se mostrava um tanto pretencioso, todos os garotos eram bastante humildes. e) A perícia analisaria a flecha, em busca de vestígios que pudessem fornecer indícios sobre sua trajetória. d) Mesmo com o carro muito avariado, foi capaz de conduzí-lo por mais de 1 000 metros. e) O momento mais belo foi aquele em que as aves levantaram voo. 4. (Uece 1996) Devem ser acentuados todos os vocábulos de: a) bau, rainha, restituiste b) construimos, distraido, substituia c) faisca, gaucho, viuvez 2. (Mackenzie 1997) I - Pacaembú - dinamarquêsa - juíz - mêses II - pudico - ítem - moinho - vêz d) saisse, saiu, uisque 5. (G1 1996) Marque a alternativa em que todas as palavras devem ser acentuadas: III - Anhangabaú - táxi - mês - estáveis a) parabens - tambem - idem - porem b) ninguem - holandes - atras - cipo c) Parana - nuvem - vezes - fuba d) armazen - talvez - atraves - ingles e) japonesa - marques - ole - apos Gabarito 1–E 2 –A 3–E 4–B 5–B Aula 02 FORMAÇÃO DE PALAVRAS Derivação Prefixal: formação de nova palavra mediante acréscimo de prefixo. Família de palavras Derivação Sufixal: formação de nova palavra mediante acréscimo de sufixo. Há dois processos de formação de palavras na Língua Portuguesa: formação por derivação e formação por composição. Derivação Prefixal e Sufixal: formação de nova palavra mediante acréscimo de prefixo e sufixo em sequência. Derivação Parassintética: formação de nova palavra mediante acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo. Derivação Regressiva (ou deverbal): formação de nova palavra mediante decréscimo de um sufixo ou de desinências do radical. Há dois processos de composição: composição por justaposição e composição por aglutinação. Composição por Justaposição: os radicais componentes da composição mantêm sua integridade sonora. Derivação Imprópria: formação de nova palavra mediante modificação da classe morfológica original em função do contexto frasal. Composição por Aglutinação: os radicais componentes da composição não mantêm sua integridade sonora. Composição Erudita: radicais de mesma origem. composição com Hibridismo: derivação ou composição através de radicais de diferentes idiomas. Exercícios: 01. (UEL) Assinale a alternativa em que todas as palavras são formadas pelo mesmo processo. a) embarque - pernoitar - lobisomem b) burocracia - enraivecer - ateu c) hipermercado - tique-taque - cabisbaixo d) planalto - pernalta - embora e) bígamo - noroeste - remarcação 02. (UEL-PR) Assinale, a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada. .......... e .......... são palavras que se formaram pelo processo de derivação prefixal. a) Contradizer - bananal b) Superpovoado - prefácio c) Folhagem - previsão d) Subalterno - facada e) Febril – ilegal 03. (Fuvest-SP) Um dos recursos expressivos de Guimarães Rosa consiste em deslocar palavras da classe gramatical a que elas pertencem. Destas frases de "Sorôco, sua mãe, sua filha", a única em que isso NÃO ocorre é: d) desigualdade, endurecer, alfabetiza, abençoar, chuviscar. e) administração, entretela, contrabalançar, semiocondutor. a) "... os mais detrás quase que corriam. Foi o de não sair mais da memória". b) "... não queria dar-se ao espetáculo, mas representava de outroras grandezas". c) "... mas depois puxando pela voz ela pegou a cantar". d) "... sem jurisprudência, de motivo nem lugar, nenhum, mas pelo antes, pelo depois". e) "... ela batia com a cabeça, nos docementes". 04. (Cesgranrio) Assinale a opção em que o processo de formação de palavras está indevidamente caracterizado: a) pão-nosso - composição por justaposição. b) aventuroso - derivação sufixal. c) embonecar - composição por aglutinação. d) descanso - derivação regressiva. e) incerto - derivação prefixal. 5. (ITA-SP) Assinale a opção que apresenta somente palavras formadas por derivação parassintética: a) desvalorização, avistar, resfriado, reintegração, infelizmente. b) expropriar, entortar, amanhecer, desalmado, ensurdecer. c) escolarização, antiinflamação, retrospectivo, comilão, corpanzil. Gabarito: 1–D 2–B 3–C 4–C 5–B É importante salientar que a Polissemia Aula 03 SEMÂNTICA é geralmente neutralizada pelo falante ou pelo redator através da definição de um determinado CONTEXTO. O SIGNO LINGÜÍSTICO VERBAL Signo Linguístico é uma estrutura mínima linguística constituída por duas partes: significante e significado. CONTEXTO Contexto é uma unidade linguística de âmbito maior, na qual se insere outra de âmbito menor. Dessa forma: Significante: parte perceptível do signo linguístico, constituída de sons que podem ser representados por letras. É também classificado como plano de expressão. Significado: parte inteligível do signo linguístico, constituída de um conceito. É também classificado como plano de conteúdo. POLISSEMIA A Polissemia (poli = “muitos”; sema = “sentido”) acontece quando um plano de expressão (SIGNIFICANTE) é suporte para mais de um plano de conteúdo (SIGNIFICADO). Portanto todo significado é definido pelo contexto. A esse constante processo linguístico chamamos de SIGNIFICADO CONTEXTUAL. Exercícios: Defina qual é a denotação e a conotação presentes nas frases ou expressões abaixo. 1. Janjão caiu do cavalo. 2. Xexéu saiu com o rabo entre as pernas. 3. Ele é um analfabeto. 4. Burro! 5. Janjão só dá moral de cueca. 6. Aquela mulher é uma madrasta. 7. Acho melhor você ir tirando o cavalinho da chuva. 8. Cão que ladra não morde. 9. Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. 10. Em terra de cego, quem tem um olho é rei. “Em terra de cego quem tem um olho é caolho”. (Millôr Fernandes) Hiponímia: relação entre uma palavra de sentido mais específico com uma outra de sentido mais abrangente, genérico. Hiperônimo: relação entre uma palavra de sentido mais abrangente, genérico com uma outra de sentido mais específico Acento: sinal gráfico Assento: local próprio pra sentar-se A princípio: inicialmente Em princípio: teoricamente Acerca de: sobre A cerca de: proximidade (distância) Há cerca de: referência a tempo Afim: semelhante A fim (de): finalidade Amoral: indiferente à moral Imoral: contrário à moral Ao encontro de: a favor De encontro a: contra Ao invés de: ao contrário de Em vez de: no lugar de À-toa: sem vergonha (adjunto adnominal) À toa: sem rumo (adjunto adverbial de modo) Casual: por acaso Causal: indica causa Cassar: anular Caçar: perseguir Cavaleiro: homem a cavalo Cavalheiro: homem gentil Censo: contagem Senso: juízo Cessão: ato ou efeito de ceder Sessão: reunião Secção ou seção: parte de um todo Comprimento: medida Cumprimento: saudação, ato ou efeito de cumprir Concerto: sessão musical, harmonização Conserto: ato de arrumar Cozer: cozinhar Coser: costurar Sustar: suspender Suster: manter Delatar: denunciar Dilatar: ampliar Tachar: censurar, acusar de defeito Taxar: regular preço Descrição: ato ou efeito de descrever Discrição: modéstia Tráfego: movimentação de veículos Tráfico: negócio ilícito Despercebido: desatento, não notado Desapercebido: desprovido Emergir: subir à tona Imergir: afundar Eminente: importante Iminente: próximo de acontecer Emigrar: que sai de lugar Imigrar: que entra em lugar Estada: permanência de pessoa Estadia: permanência de veículo Flagrante: evidência Fragrante: aromático Fosforescente: pouco luminoso Florescente: florido Fluorescente: luminoso Incipiente: iniciante Insipiente: ignorante Infligir: aplicar pena Infringir: transgredir Mandato: delegação de poder Mandado: ordem judicial Prescrever: determinar, regular Proscrever: desterrar, abolir Ratificar: confirmar Retificar: corrigir Exercícios: 01. (ENEM-2003) No ano passado, o governo promoveu uma campanha a fim de reduzir os índices de violência. Noticiando o fato, um jornal publicou a seguinte manchete: CAMPANHA CONTRA A VIOLÊNCIA DO GOVERNO DO ESTADO ENTRA EM NOVA FASE A manchete tem um duplo sentido, e isso dificulta o entendimento. Considerando o objetivo da notícia, esse problema poderia ter sido evitado com a seguinte redação: a) Campanha contra o governo do Estado e a violência entram em nova fase. b) A violência do governo do Estado entra em nova fase de Campanha. c) Campanha contra o governo do Estado entra em nova fase de violência. d) A violência da campanha do governo do Estado entra em nova fase. e) Campanha do governo do Estado contra a violência entra em nova fase. 02. (FUVEST-SP) Agora os parlamentares concluem sua obra com a anuência unânime àquele dispositivo inconstitucional. A paráfrase correta do texto é: a) A maioria dos parlamentares aprova um certo dispositivo inconstitucional. b) Os parlamentares, sem exceção, aprovam o dispositivo inconstitucional anteriormente mencionado. c) Todos os parlamentares reprovam o dispositivo inconstitucional anteriormente mencionado. d) A maioria absoluta dos parlamentares boicotou um certo dispositivo inconstitucional. e) A maioria dos parlamentares conclui sua obra com indiferença à aprovação ou não de um certo dispositivo inconstitucional. 03. (AFA-2001) Leia: I. “A parança que foi – conforme estou vivo lembrado – numa vereda sem nome nem fama, corguinho deitado demais, de água muito simplificada.” II. “... penetrar no universo do grande sertão é trilhar as veredas da poesia e, com Riobaldo propor-se grandes questionamentos." 05. (FUVEST-SP) I. Uma andorinha não faz verão. II. Nem tudo que reluz é ouro. III. Quem semeia ventos colhe tempestades. IV. Quem não tem cão caça com gato. As ideias centrais dos provérbios acima são, respectivamente: a) solidariedade - aparência - vingança dissimulação b) cooperação - aparência - punição adaptação c) egoísmo - ambição - vingança - falsificação d) cooperação - ambição - consequência dissimulação e) solidão - prudência - punição - adaptação III. “Após a batalha os jagunços pararam para descansar num curso d’água orlado de buritis.” Observando as relações entre as expressões grifadas é correto afirmar que ocorre a) homonímia entre I e II e antonímia entre I e III. b) polissemia entre I e II e sinonímia entre I e III. c) paronímia entre I e II e homonímia entre I e III. d) homonímia entre I e II e sinonímia entre II e III. 04. Assinale a opção que contraria a ordenação partindo dos hiperônimos para os hipônimos. a) ser vivo, mamífero, racional, homem. b) local, cidade, subúrbio, bairro. c) humanidade, comunidade, família, indivíduo. d) literatura, romance, prosa, “Senhora”. Gabarito: 1–E 2–B 3–B 4–D 5–B Aula 04 Flexões: gênero, número e grau. Exemplo: inteligente, rápido, feio, loira, magra,etc. Flexões: gênero, número e grau. CONJUNÇÃO: estabelece ligação entre termos de mesma função e orações. Ex.: porém (conetivo de orações sindéticas coordenadas adversativas). Flexões: não flexiona. INTERJEIÇÃO: exprime apelo, emoções súbitas ou sentimentos. Palavra-frase. Ex.: Cuidado!, Socorro!, Verdade?, Tchau! Flexões: não flexiona. NUMERAL: denota a quantidade, ordenação ou proporção dos seres. Ex.: três, terceiro, terço, triplo. Flexões: gênero, número, grau (alguns). Flexões: grau (em alguns). Tipos de Numeral Cardinais: um, dois, três, quatro, cinco, etc. VERBOS: indica um processo - ação, estado ou fenômeno da natureza – situando – em função do tempo. Flexões: modo, tempo, número, pessoa, voz. Ordinais: primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto, etc. Multiplicativos: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, etc. Fracionários: meio, terço. ARTIGO: antecede o substantivo, indicando seu gênero e número, determinando-o ou generalizando-o. Os Artigos Definidos são: o(s), a(s). Os Artigos Indefinidos são: um, uma, uns, umas. Flexões: gênero e número. PRONOME: acompanha ou substitui o nome. Flexões: gênero, número, pessoa, caso. 02. (FUVEST) "...um mal que mata e não se vê". "que mal me tirará o que eu não tenho". "O homem, mal vem ao mundo, já começa a padecer." PREPOSIÇÃO: liga termos de uma oração. Serve para estabelecer relações entre os termos. Dividem-se em: Preposições Essenciais: funcionam apenas como preposições – A, ANTE, APÓS, ATÉ, COM, CONTRA, DE, DESDE, EM, ENTRE, PARA, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE, TRÁS. Preposições Acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem funcionar como preposições – COMO, SEGUNDO, EXCETO, SALVO, MENOS, AFORA, MEDIANTE, FORA, etc. Flexões: não flexionam Exercícios: 01. (ITA) Indique a alternativa em que há erro gramatical: a) Não vá sem eu. b) Ele é contra eu estar aqui. c) Ele é contra mim, estar aqui é crime. d) Com eu estar doente, não houve palestra. e) Não haveria entre mim e ti entendimento possível. Nas três citações, a palavra mal é, pela ordem: substantivo, advérbio e conjunção. Assinalar a alternativa em que esta palavra venha convenientemente substituída por equivalentes destas três categorias gramaticais, na mesma ordem: a) Por castigo dos meus pecados. Fala e escreve erradamente. Logo que você saiu, ele chegou. b) A custo conseguiu pronunciar umas poucas palavras. Agiu irregularmente em relação a este processo. Falou de sua doença. c) Calculou erradamente o resultado da experiência. Assim que se retiraram, desabou o temporal. Riu-se do sofrimento que te causou. d) Pediu-lhe escusas pelo aborrecimento que lhe trouxe. Tão logo ganhou a rua, foi vítima de atropelamento. Julgou injustamente a atitude que tomamos. e) Para surpresa nossa, apenas recebeu o pacote, saiu. Está muito doente. Não imaginava que lhe causaria tanto prejuízo. 03. (PUC) Assinale a alternativa em que NÃO há correspondência semântica entre as duas palavras. a) gelo - glacial b) cabeça - cefálico c) fogo - ígneo d) pele - capilar e) costas – dorsal 05. (UFC) No trecho: "Eu não creio, não posso mais acreditar na bondade ou na virtude de homem algum; todos são mais ou menos ruins, falsos, e indignos; há porém ALGUNS que sem dúvida com o fim de ser mais nocivos aos outros, e para produzir maior dano, têm o merecimento de dizer a verdade nua e crua, (...)": I - ALGUM e ALGUNS são pronomes indefinidos. II - ALGUNS é sujeito do verbo haver. III - ALGUM equivale a nenhum. 04. (ITA) Durante a Copa do Mundo deste ano, foi veiculada, em programa esportivo de uma emissora de TV, a notícia de que um apostador inglês acertou o resultado de uma partida, porque seguiu os prognósticos de seu burro de estimação. Um dos comentaristas fez, então, a seguinte observação: "Já vi muito comentarista burro, mas burro comentarista é a primeira vez." Percebe-se que a classe gramatical das palavras se altera em função da ordem que elas assumem na expressão. Assinale a alternativa correta sobre as assertivas acima: a) Apenas I é verdadeira. b) Apenas II é verdadeira. c) Apenas I e II são verdadeiras. d) Apenas I e III são verdadeiras. e) I, II e III são verdadeiras. Assinale a alternativa em que isso NÃO ocorre: a) obra grandiosa b) jovem estudante c) brasileiro trabalhador d) velho chinês e) fanático religioso Gabarito: 1–A 2–A 3–D 4–A 5–D Aula 05 VOZES DO VERBO Veja: O professor examinou as provas. sujeito verbo obj. direto As provas foram examinadas pelo professor. sujeito verbo agente da passiva Exercícios: 01. Passando o texto a seguir para a voz passiva, assinalar a alternativa que contenha as formas verbais corretas: No próximo dia 15, os comerciantes anunciarão as promoções dos brinquedos para o Natal. Algumas lojas prometem descontos surpreendentes. a) vão anunciar; prometerão; b) são anunciados; são prometidas; c) serão anunciadas; são prometidos; d) seriam anunciadas; serão prometidos; e) anunciam; estão prometendo. 02. Transpondo-se para a voz ativa a frase: "O trabalho deve ser elaborado pelos especialistas dentro do menor prazo possível", obtém-se a forma verbal: 04. Transpondo para a voz passiva a frase "Os examinadores teriam questionado os vestibulandos", obtém-se a forma verbal ..... . a) seriam questionados b) tinham sido questionados c) questionariam d) teriam sido questionados e) haveriam de ser questionados 05. Transpondo para a voz ativa a frase "As datas das provas estavam sendo fixadas pela comissão de exames", obtém-se a forma verbal ..... . a) estava fixando b) fixavam-se c) eram fixadas d) fixava e) estavam fixando a) deve-se elaborar; b) será elaborado; c) devem elaborar; d) elaborarão; e) devia ter sido elaborado. 03. Assinalar a alternativa que apresenta a voz passiva da forma verbal da frase a seguir: "Dentro de alguns anos já teremos avaliado os resultados do tratamento adequado do lixo", a) se avaliarem; b) se avaliarão; c) serão avaliados; d) foram avaliados; e) terão sido avaliados. Gabarito: 1–C 2–C 3–E 4–D 5–A Aula 06 Para tornar nossas análises mais claras, faremos outro tipo de abordagem no estudo dos termos da oração. Termos associados ao nome: adjunto adnominal, aposto, predicativo e complemento nominal. Termos associados ao verbo: sujeito, predicado, objeto direto, objeto indireto, agente da passiva e adjunto adverbial. Termo isolado da oração: vocativo. Classificação Tradicional (sugerida pela NGB) Termos essenciais da oração: sujeito, predicado e predicativo. (figuram usualmente na oração) Termos integrantes da oração: objeto direto, objeto indireto, complemento nominal e agente da passiva. (constituem a oração mediante o aparecimento de outro termo) Termos acessórios da oração: adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto e vocativo*. (são dispensáveis na estrutura da oração) * O vocativo é um termo isolado da oração, pois não se liga a nenhum outro termo dela. 1. TERMOS ASSOCIADOS AO NOME Adjunto Adnominal: termo satélite do núcleo do sintagma nominal. É um termo subordinado ao núcleo a que se refere. É a função própria dos artigos, dos pronomes adjetivos, dos numerais adjetivos, dos adjetivos e das locuções adjetivas. O aluno responsável estuda. O juiz considerou o réu inocente. (Predicativo do Objeto) As mulheres do Rio de Janeiro são muito Complemento bonitas. Aqueles assuntos não foram abordados. Dois problemas atingiam o Governo. Predicativo: termo atributivo de estados, de qualidades, de modos de ser dos substantivos o qual não se liga a eles de maneira adjunta. O predicativo é um termo subordinado ao nome a que se refere. Pode ser um sintagma nominal, um sintagma adjetival ou um sintagma preposicional. Nominal: termo complementar de sentido do nome. Assim como há verbos transitivos, há nomes transitivos, que requerem complemento. Estes são sempre abstratos. O complemento nominal pode complementar o sentido de um adjetivo, de um advérbio, ou de um substantivo, sempre com auxílio de preposição. Era fiel aos amigos. (CN de adjetivo) Agia independentemente de princípios. (CN de advérbio) Tinha necessidade de apoio. (CN de substantivo abstrato) Ele é inteligente. (S. Adj. Predicativo do Sujeito) Ele é um homem inteligente. (S.N. – Predicativo do Suj.) O predicativo pode se referir ao sujeito ou ao objeto. Ele é louco. (Predicativo do Sujeito) Chamei-o de louco. (Predicativo do Objeto) Agora observe os seguintes exemplos: O amor de mãe é eterno. (adjunto adnominal) O amor à mãe é eterno. (complemento nominal) Aposto: termo que tem a função de explicar, especificar, explicitar, resumir, enumerar, identificar outro termo já expresso na oração. È um termo subordinado ao núcleo nominal a que se refere e é acessório, isto é, sua presença não é obrigatória para estrutura frasal. Existem vários tipos de aposto. Para fins didáticos, vamos estudar um a um. O aposto explicativo é um sintagma nominal que dá uma explicação a um núcleo de sintagma nominal. A primavera, estação do amor e das flores, começou ontem. (aposto explicativo) Luís, sujeito inescrupuloso, veio pedir-me a mão de minha filha. (aposto explicativo) 2. TERMOS ASSOCIADOS AO VERBO Sujeito: termo sobre o qual é feita uma declaração verbal e com o qual o verbo concorda. Está ligado ao verbo e, portanto, é subordinado a ele. O homem encontrou a esposa na praia. Eu não compareci à festa. O aposto especificativo particulariza e identifica o termo a que se refere. O rio Amazonas é o maior do mundo. (aposto especificativo) O presidente Lula participou de um debate ontem. (aposto especificativo) A cidade de São Paulo estava alagada. (aposto especificativo) A Avenida Paulista é o coração comercial do Brasil. (aposto especificativo) Hoje é dia três de maio. (aposto especificativo) O sujeito é o sintagma nominal fundamental na oração. Vimos que só não têm sujeito os verbos ditos impessoais. Quando eles aparecem, diz-se que há oração sem sujeito. Choveu muito ontem. Fazia um calor insuportável naquela manhã de domingo. Amanheceu. Está uns dez graus agora. Fez cinco graus na serra gaúcha. Havia pessoas insatisfeitas com o resultado do jogo. Não houve muitos festivais de música nessa década. Haverá muitos acidentes nesse feriadão. Faz quinze anos que não o vejo. Não venho a Minas Gerais há quinze anos. São vinte e duas horas. Deviam ser umas sete horas. É dia quinze de abril. Passou das dez. Basta de discussão! “Chega de saudade...” Se o verbo não é impessoal, o sujeito existe e pode ser determinado ou indeterminado. Sujeito indeterminado é aquele que existe, mas que se desconhece, seja por não se conhecer o autor da ação verbal, seja por não se querer sua menção. Vimos que, em português, há duas maneiras de se indeterminar o sujeito: com o verbo na terceira pessoa do plural sem contexto; ou na terceira pessoa do singular acompanhado do índice de indeterminação do sujeito “se”. verbo já dá o indício do sujeito, devido à conjugação verbal: - “eu” em “pude vir”; “nós” em “esperamos”. Quando o sujeito está escrito (expresso), ele pode ter um núcleo ou mais. Se tem um núcleo é disto sujeito simples; se tem mais de um, sujeito composto. Eu não pude vir ontem. (suj. simples) Vós não quisestes vir. (suj. simples) Todos compareceram à festa. (suj. simples) O assassino não escolheu a vítima. (suj. simples) Falaram mal de você na festa. Ambos saíram com os pais. (suj. simples) Encontraram uma galinha no quintal. O não-ser corrói-me a alma. (suj. simples) Precisa-se de funcionários. Você e ele não sairão sozinhos. (suj. composto) Não se chegou a lugar algum. O pai e a filha viveram aqui por um ano. (suj. composto) Não podem estar ausentes a lua e as estrelas Sujeito elíptico (ou desinencial) é aquele que existe, que se determina, mas que não aparece expresso claramente. Fica implícito graças ao contexto ou à desinência verbal. em nosso céu hoje. (suj composto) Observação: também é chamado oculto, terminologia hoje desusada. Choveram rios de lágrimas em seu rosto. (suj. sujeito Ela, o marido e a filha foram internados numa clínica de tratamento antidrogas. (suj. composto) simples) Maria dormia um sono profundo. Sonhava com os anjos. João amanheceu cansado. (suj. simples) Não pude vir ontem Observe os períodos que seguem: Esperamos por você. Note que o sujeito do verbo sonhar é determinado pelo contexto: só pode ser “Maria” o termo que com o qual o verbo concorda. Nos dois exemplos seguintes, o Isso é preciso. É preciso que se façam tais observações rapidamente. Complementos verbais: termos que complementam o sentido de verbos transitivos. Os complementos verbais são os seguintes sintagmas nominais: o objeto direto e o objeto indireto. Objeto direto é o complemento de um VTD e, portanto, é subordinado ao verbo. Objeto indireto é o complemento de um VTI e, portanto, é subordinado ao verbo. No caso de VTDIs, ocorrem os dois objetos simultaneamente. A) OBJETO DIRETO Comprei o carro. Gostaria de vê-los agora. Ela fumou um cigarro fedorento. Ela bebeu um uísque vagabundo. Observe os dois exemplos abaixo: Ele precisava disso. Ele precisava de que o ajudassem nas tarefas. Adjunto adverbial: termo complementar circunstancial. É acessório, ou seja, aparece apenas para indicar uma circunstância à ação verbal. É a função própria do advérbio, das locuções e das expressões adverbiais. A maçã caiu da árvore. (lugar) Àquela hora, as opiniões eram contraditórias. (tempo) Chegamos ao colégio pontualmente. (lugar; tempo) O menino morreu de fome. (causa) Observe os dois exemplos abaixo: Quero isso. Quero que vocês venham à festa amanhã. Ele falou conosco sobre sua mulher. (assunto) Ele veio a pé. (meio) Ele falou com calma. (modo) Ele é um homem muito bom. Fala muito, mas fala muito bem. (intensidade) B) OBJETO INDIRETO Talvez ele seja escritor. (dúvida) Ela desobedeceu às regras da instituição. Queria passear contigo. (companhia) Ela assistiu ao último filme de seu ídolo. Nunca me falaram a respeito. (tempo) Gosto dessa música. Ele nunca me perguntou nada. Ela concordou comigo. Agente da passiva: termo que, na voz passiva, realiza a ação verbal, já que o sujeito a sofre. Lembre-se de que, na passagem da voz passiva para a ativa, o agente da passiva tornase sujeito da oração. Exercícios: 01. (FUVEST-SP) Nos enunciados abaixo, há adjuntos adnominais e apenas um complemento nominal. Assinale a alternativa que contém complemento nominal: A História é feita por grandes homens. Os sindicatos são formados de trabalhadores. A mulher foi morta pelo marido. Os jovens ficam entusiasmados com essas ideias. a) faturamento das empresas. b) ciclo de graves crises. c) energia desta nação. d) história do mundo. e) distribuição de poderes de renda. 02. (FMU) Observe os termos destacados na passagem: "O rio vai às margens. Vem com força de açude arrombado." Os termos sublinhados são, respectivamente: Caro amigo, recebe meus pêsames sinceros a ti. Senhor Deus, por que nos abandonastes? Desejo, minha musa, que fiques para sempre comigo. Ó Maria, onde está você? “Meu canto de morte, guerreiros, ouvi!” (G.D.) a) predicativo do sujeito e adjunto adnominal de modo b) adjunto adverbial de modo e adjunto adnominal c) adjunto adverbial de lugar e adjunto adverbial de modo d) adjunto adverbial de modo e objeto indireto e) adjunto adverbial de lugar e complemento nominal 03. (UE-BA) Assinale a alternativa correspondente ao período onde há predicativo do sujeito: a) Como o povo anda tristonho! b) Agradou ao chefe o novo funcionário. c) Ele nos garantiu que viria. d) No Rio, não faltam diversões. e) O aluno ficou sabendo hoje cedo de sua aprovação. 04. (MACK) Na oração "Esboroou-se o balsâmico indianismo de Alencar ao advento dos Romanos", a classificação do sujeito é: a) oculto b) inexistente c) simples d) composto e) indeterminado 05. (PUC) No sintagma verbal: "... foi espantar as moscas do rosto do anjinho.", temos três sintagmas nominais que funcionam respectivamente como a) objeto direto, objeto indireto, adjunto adnominal do objeto indireto. b) objeto direto, adjunto adverbial de lugar, complemento nominal. c) objeto indireto, complemento nominal, adjunto adnominal do complemento nominal. d) objeto indireto, objeto indireto, complemento nominal. e) objeto direto, adjunto adverbial de lugar, adjunto adnominal do adjunto adverbial. Gabarito: 1–E 2–B 3–A 4–C 5–E Aula 07 Predicativa: exerce a função de predicativo. A verdade é que te amo. Completiva Nominal: desempenha a função de complemento nominal. Tenho necessidade de que você me ame. Uma oração Subordinada Adjetiva introduzida por pronome relativo. é Restritiva: é aquela que restringe particulariza o nome a que se refere. ou Pedra que rola não cria limo. Explicativa: é aquela que não restringe nem particulariza o nome a que se refere. Indica uma propriedade pressuposta como pertinente a todos os elementos do conjunto a que se refere. Apositiva: desempenha a função de aposto em relação a um nome. Só te faço um pedido: que venhas logo. Agente da Passiva: exerce função de agente da passiva. O trabalho foi competência. feito por quem tinha A pedra, que é dura, resiste ao tempo. As orações subordinadas adverbiais desempenham a função de adjunto adverbial. Subjetiva: exerce a função de sujeito do verbo da oração principal. É bom que você estude. Objetiva Direta: exerce a função de objeto direto da oração principal. CAUSAIS - porque, visto que, uma vez que, como Ela faz sucesso porque é muito inteligente. Como era muito esperto, sempre achava um jeitinho de escapar. Desejo que você passe. CONDICIONAIS - se, caso, a menos que, a não ser que, desde que Objetiva indireta: exerce a função de objeto indireto do verbo principal. Irei à festa, se vierem me buscar de carro em casa. Necessitamos de que você saia. TEMPORAIS - quando, enquanto, logo que, assim que, desde que ADVERSATIVAS contudo O Paulo, quando fica sozinho com o cão do vizinho, morre de medo. Ela é muito linda, mas não arranja namorado. FINAIS - para (que), a fim de que Trabalha muito para que os filhos possam estudar. COMPARATIVAS - como, (mais do) que, (menos do) que, quanto - mas, porém, todavia, É uma mulher pobre, porém usa roupas de marca, tem carro do ano e mora numa cobertura... ALTERNATIVAS - ou, ora ... ora, quer ... quer Se vier a guerra, ou mato ou morro. A garota era linda como uma deusa. CONCLUSIVAS - logo, portanto, por isso, pois, então CONFORMATIVAS - conforme, como, segundo Você não tem experiência; então, escute. Fiz tudo como mandaste. EXPLICATIVA - porque, pois CONSECUTIVAS (exprimem consequência) que (antecedido de tão, tanto, tal, tamanho) O carro devia estar sem bateria, porque não pegava. O carro vinha tão depressa que atropelou uma velhinha. PROPORCIONAIS - à medida que À medida que crescia, ia ficando cada vez mais bonita. CONCESSIVAS - embora, ainda que, mesmo que, apesar de (que), conquanto Embora estude pouco, sempre sai bem nas provas. Exercícios: 01. (FAAP) "Não compreendíamos a razão por que o ladrão não montava o cavalo". A oração em destaque é a) subordinada adjetiva restritiva. b) subordinada adjetiva explicativa. c) subordinada adverbial causal. d) substantiva objetiva indireta. e) substantiva completiva nominal. ADITIVAS - e, nem É muito esforçado: estuda e trabalha. É um vagabundo: não estuda nem trabalha. 02. (UFSCAR) Marque a opção que contém oração subordinada substantiva completiva nominal. a) "Tanto eu como Pascoal tínhamos medo de que o patrão topasse Pedro Barqueiro nas ruas da cidade." b) "Era preciso que ninguém desconfiasse do nosso conluio para prendermos o Pedro Barqueiro." c) “Para encurtar a história, patrãozinho, achamos Pedro Barqueiro no rancho, que só tinha três divisões: a sala, o quarto dele e a cozinha." d) "Quando chegamos, Pedro estava no terreiro debulhando milho, que havia colhido em sua rocinha, ali perto." e) "Pascoal me fez um sinalzinho, eu dei a volta e entrei pela porta do fundo para agarrar o Barqueiro pelas costas." 04. (ITA-SP) Em qual dos períodos abaixo há uma oração subordinada adverbial que expressa ideia de concessão? a) Diz-se que a obra de arte é aberta; possibilita, portanto, várias leituras. b) Pode criticar, desde que fundamente sua crítica em argumentos. c) Tamanhas são as exigências da pesquisa científica, que muitos desistem de realizá-la. d) Os animais devem ser adestrados, ao passo que os seres humanos devem ser educados, visto que possuem a faculdade de inteligência. e) Não obstante haja concluído dois cursos superiores, é incapaz de redigir uma carta. 05. (UERJ) "A Internet é o portal da nova era, mas apenas 3% da população brasileira têm hoje acesso à rede." ("O Globo", 09/07/2000) 03. (FUVEST-SP) No período: "É possível discernir no seu percurso momentos de rebeldia contra a estandardização e o consumismo", a oração grifada é Analisando o emprego do conectivo MAS na construção acima, é possível concluir que, além de ligar duas partes da frase, ele desempenha a seguinte função: a) reafirmar o significado da primeira parte a) subordinada adverbial causal, reduzida de particípio. b) permitir a compreensão interna das duas frases b) subordinada objetiva direta, reduzida de infinitivo. c) desfazer a ambiguidade de sentido da primeira parte c) subordinada objetiva direta, reduzida de particípio. d) evidenciar uma relação de sentido entre as duas partes. d) subordinada substantiva subjetiva, reduzida de infinitivo. e) subordinada substantiva reduzida de infinitivo. predicativa, Gabarito: 1–A 2–A 3–D 4–E 5–D Aula 08 b) Queira o não os administradores da fundação hospitalar, o risco de que se repitam os erros do passado são reais. c) O ex-comandante da Polícia Militar não perdoa o Secretário, a quem exige que seje refeito o inquérito. d) Informei-o logo cedo que a temperatura aumentaria muito durante o dia. 02. Leia como o dicionário Aurélio explica o significado e o uso dos seguintes verbos. Atender. V. t. i. 1. Dar, prestar atenção: Não atendeu à observação que lhe fizeram. 2. Tomar em consideração; levar em conta; ter em vista; considerar: Não atende a súplicas. 3. Atentar, observar, notar: Atendia, de longe, aos acontecimentos. T. d. 4. Acolher, receber com atenção ou cortesia: Sempre atende aqueles que o procuram. Dar ou prestar atenção a. Tomar em consideração; considerar: Atende antes de tudo as suas conveniências. Desfrutar. V. t. d. 1. V. usufruir (2): Agora desfruta benefícios prestados; 2. Deliciar-se com; apreciar: Sádico, desfrutou as cenas brutais do filme. 3. Viver à custa de. 4. Zombar de; troçar, chacotear. T. i. 5. Fruir (3): Desfruta de bom conceito no meio científico. Exercícios: 01. Assinale a frase que está de acordo com a norma padrão escrita da língua portuguesa. a) Depois de deixar evidentes alguns pontos relevantes sobre a mobilidade urbana, o texto ficou em condições satisfatórias. Precisar. V. t. d. 1. Indicar com exatidão; particularizar, distinguir, especializar: Não sabe precisar a época de sua viagem. 2. Ter precisão ou necessidade de; necessitar: (...) precisa espairecer. 3. Citar ou mencionar especialmente: a testemunha precisou o criminoso. T. i. 4. Ter necessidade; carecer, necessitar: Precisa de dinheiro. Int. 5. Ser pobre, necessitado. Trabalha porque precisa. Proceder. V. t. i. 1. Ter origem; originar-se, derivar(-se): O amor não procede do hábito. (...) 2. Provir por geração; descender: Segundo o cristianismo, todos os homens são irmãos porque procedem de Adão e Eva. 3. Instaurar processo: O governo procederá contra os agiotas. 4. Levar a efeito; executar, realizar: As juntas apuradoras procederam à contagem dos votos. (...) possibilidade de uso segundo a norma culta da língua portuguesa, que períodos estariam adequados a essa norma? Revidar. V. t. d. 1. Responder ou compensar (uma ofensa física ou moral) com outra maior: O rapaz revidou os socos do agressor. 2. Responder, replicar, contestando: O deputado revidou o discurso que o incriminava. T. d. e i. e Int. 3. Vingar uma ofensa com outra maior: b) Somente os períodos 2 e 4. Revidou a alusão pérfida com as mais violentas injúrias. Visar. V. t. d. 1. Dirigir a vista fixamente para; mirar: visar um alvo. 2. Apontar arma de fogo contra: Visou o ladrão, imobilizando-o. 3. Pôr o sinal de visto em: visar um cheque. 4. Ter por fim ou objetivo; ter em vista: Ao escrever esta novela, visava um fim moral. T. i. 4. Ter por fim ou objetivo; ter em vista: Estas medidas visavam ao bem público. Agora, considere os seguintes períodos: 1. O caçador, depois de visar ao lobo na floresta, parou para revidar ao chamado dos companheiros de caça. 2. Depois de precisar os detalhes do contrato, o vendedor pediu aos interessados que aguardassem, pois teria de atender o chamado do escritório. 3. Para revidar as investidas dos clientes, o gerente adiou o início da liquidação e procedeu a investigação do percentual de aumento de preços praticado pela loja, o que permitiu que os funcionários desfrutassem de algumas horas extras de descanso. a) Somente o período 3. c) Somente os períodos 1 e 3. d) Somente os períodos 1 e 4. e) Somente os períodos 2, 3 e 4. 03. Preencha as lacunas das frases com uma das alternativas sugeridas entre parênteses, considerando a norma padrão da língua portuguesa. – Quase sempre ela saía _________, mas desta vez preferiu não aceitar o convite. (com nós, conosco) – Se você ______ ao chefe uma promoção, certamente seria atendido. (requeresse, requisesse) – Cuide para que todas as peças do vestuário ________ em ordem, nos respectivos armários. (estejam, estejem) – Meu pai, _______ pouco se esperava, foi o primeiro a concordar com a proposta de partilha. (a quem, de quem) A sequência correta, de cima para baixo, é: a) conosco - requeresse - estejam – de quem 4. Os representantes do povo demoram a atender a demandas dos cidadãos, mas sabem desfrutar as benesses do poder. b) com nós - requisesse - estejem – de quem Assumindo que as explicações sobre os verbos disponibilizadas acima constituem a única d) conosco - requisesse - estejam – de quem c) com nós - requeresse - estejam – a quem 04. Leia o texto. Dimitria cursava a oitava série no colégio e desapareceu durante as férias de julho de 2008. Segundo a polícia, a garota avisou que iria viajar em companhia do caseiro, mas nunca mais foi vista. (...) De acordo com a polícia, [o caseiro] Silva disse que matou a menina porque era apaixonado por ela, mas ela não o correspondia. (Folha de S.Paulo, 16.08.2010.) No texto, há um erro gramatical. O tipo de erro e a versão que o corrige estão, respectivamente, em a) uso de conectivo – Silva disse no depoimento o qual matou a menina (...) b) uso de pronome – (...) porque era apaixonado por ela, mas ela não correspondia. c) uso de conectivo – (...) iria viajar em companhia do caseiro, porém nunca mais foi vista. d) uso de adjetivo – (...) porque era obcecado por ela, mas ela não o correspondia. e) uso de verbo – Dimitria frequentava a oitava série no colégio (...) 05. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Quando a rede vira um vício Com o titulo "Preciso de ajuda", fez-se um desabafo aos integrantes da comunidade Viciados em Internet Anônimos: "Estou muito dependente da web, Não consigo mais viver normalmente. Isso é muito sério". Logo obteve resposta de um colega de rede. "Estou na mesma situação. Hoje, praticamente vivo em frente ao computador. Preciso de ajuda." Odiálogo dá a dimensão do tormento provocado pela dependência em Internet, um mal que começa a ganhar relevo estatístico, à medida que o uso da própria rede se dissemina. Segundo pesquisas recémconduzidas pelo Centro de Recuperação para Dependência de Internet, nos Estados Unidos, a parcela de viciados representa, nos vários países estudados, de 5% (como no Brasil) a 10% dos que usam a web — com concentração na faixa dos 15 aos 29 anos. Os estragos são enormes. Como ocorre com um viciado em álcool ou em drogas, o doente desenvolve uma tolerância que, nesse caso, o faz ficar on-line por uma eternidade sem se dar conta do exagero. Ele também sofre de constantes crises de abstinência quando está desconectado, e seu desempenho nas tarefas de natureza intelectual despenca. Diante da tela do computador, vive, aí sim, momentos de rara euforia. Conclui uma psicóloga americana: "O viciado em internet vai, aos poucos, perdendo os elos com o mundo real até desembocar num universo paralelo — e completamente virtual". Não é fácil detectar o momento em que alguém deixa de fazer uso saudável e produtivo da rede para estabelecer com ela uma relação doentia, como a que se revela nas histórias relatadas ao longo desta reportagem. Em todos os casos, a internet era apenas "útil" ou "divertida" e foi ganhando um espaço central, a ponto de a vida longe da rede ser descrita agora como sem sentido. Mudança tão drástica se deu sem que os pais atentassem para a gravidade do que ocorria. "Como a internet faz parte do dia a dia dos adolescentes e o isolamento é um comportamento típico dessa fase da vida, a família raramente detecta o problema antes de ele ter fugido ao controle", diz um psiquiatra. A ciência, por sua vez, já tem bem mapeados os primeiros sintomas da doença. De saída, o tempo na internet aumenta — até culminar, pasme-se, numa rotina de catorze horas diárias, de acordo com o estudo americano. As situações vividas na rede passam, então, a habitar mais e mais as conversas. É típico o aparecimento de olheiras profundas e ainda um ganho de peso relevante, resultado da frequente troca de refeições por sanduíches — que prescindem de talheres e liberam uma das mãos para o teclado. Gradativamente, a vida social vai se extinguindo. Alerta outra psicóloga: "Se a pessoa começa a ter mais amigos na rede do que fora dela, é um sinal claro de que as coisas não vão bem". Os jovens são, de longe, os mais propensos a extrapolar o uso da internet. Há uma razão estatística para isso — eles respondem por até 90% dos que navegam na rede, a maior fatia — , mas pesa também uma explicação de fundo mais psicológico, à qual uma recente pesquisa lança luz. Algo como 10% dos entrevistados (viciados ou não) chegam a atribuir à internet uma maneira de "aliviar os sentimentos negativos", tão típicos de uma etapa em que afloram tantas angústias e conflitos. Na rede, os adolescentes sentem-se ainda mais à vontade para expor suas ideias. Diz um outro psiquiatra: "Num momento em que a própria personalidade está por se definir, a internet proporciona um ambiente favorável para que eles se expressem livremente". No perfil daquela minoria que, mais tarde, resvala no vicio se vê, em geral, uma combinação de baixa autoestima com intolerância à frustração. Cerca de 50% deles, inclusive, sofrem de depressão, fobia social ou algum transtorno de ansiedade. É nesse cenário que os múltiplos usos da rede ganham um valor distorcido. Entre os que já têm o vicio, a maior adoração é pelas redes de relacionamento e pelos jogos on-line, sobretudo por aqueles em que não existe noção de começo, meio ou fim. Desde 1996, quando se consolidou o primeiro estudo de relevo sobre o tema, nos Estados Unidos, a dependência em internet é reconhecida — e tratada — como uma doença. Surgiram grupos especializados por toda parte. "Muita gente que procura ajuda ainda resiste à ideia de que essa é uma doença", conta um psicólogo. O prognóstico é bom: em dezoito semanas de sessões individuais e em grupo, 80% voltam a níveis aceitáveis de uso da internet. Não seria factível, tampouco desejável, que se mantivessem totalmente distantes dela, como se espera, por exemplo, de um alcoólatra em relação à bebida. Com a rede, afinal, descortina-se uma nova dimensão de acesso às informações, à produção de conhecimento e ao próprio lazer, dos quais, em sociedades modernas, não faz sentido se privar. Toda a questão gira em torno da dose ideal, sobre a qual já existe um consenso acerca do razoável: até duas horas diárias, no caso de crianças e adolescentes. Quanto antes a ideia do limite for sedimentada, melhor. Na avaliação de uma das psicólogas, "Os pais não devem temer o computador, mas, sim, orientar os filhos sobre como usá-lo de forma útil e saudável". Desse modo, reduz-se drasticamente a possibilidade de que, no futuro, eles enfrentem o drama vivido hoje pelos jovens viciados. Silvia Rogar e João Figueiredo, Veja, 24 de março de 2010. Adaptado. Assinale a opção que apresenta a regência de verbos e nomes em conformidade com a modalidade padrão da língua. a) Muitos adolescentes desconhecem as regras que precisam obedecer para uso saudável e produtivo da Rede. b) A dependência em internet faz com que as pessoas se esqueçam que o mundo virtual não pode substituir o real. c) O mundo virtual em que o dependente em internet vive é extremamente prejudicial à saúde e às relações sociais. d) É preferível estabelecer limites quanto ao uso da internet do que sofrer as consequências advindas de uma possível dependência. e) O primeiro passo para cura visa em reconhecer a dependência em internet como uma doença que deve ser tratada de forma responsável. Gabarito: 1–A 2–B 3–A 4–B 5–C Aula 09 3. Antes de artigo indefinido; Levou o automóvel a uma oficina. 4. Antes de pronomes pessoais, demonstrativos ou indefinidos; DEFINIÇÃO: Crase é a contração de preposição e artigo definido feminino ou a contração de preposição e pronomes demonstrativos “aquele(s)”, aquela(s), “aquilo”. Dei a ela o prêmio merecido. A ninguém é lícito fugir do trabalho. Refiro-me a esta moça. 5. Antes de expressão de tratamento introduzia pelo possessivo "VOSSA" ou "SUA"; 1. Antes de substantivo masculino; Trouxe a V. Sra a mensagem fatal. Andar a cavalo. Vendeu a prazo. Chegou a tempo. 2. Antes de verbo; Começou a chover. Ficou a contemplar a paisagem. Quedou-se a meditar. 6. Quando o "a" estiver no singular e a palavra seguinte no plural; Refiro-me a lendas antigas. 7. Depois de preposições. Compareceu perante a banca examinadora. A reunião foi marcada para as cinco horas. Observação: excetua-se o caso da preposição a seguir: Foi até a praia, ou foi até à praia. SUBSTITUIÇÃO DE TERMO FEMINO POR TERMO MASCULINO: Não ocorrendo qualquer dos casos anteriores, pode haver crase ou não. Para verificarmos, basta substituir a palavra feminina que vem após o "a" por um termo masculino. Feita essa substituição, três coisas podem acontecer: 1. O “a” transforma-se em “o": Releu a revista. Releu o livro. A) Crase e Topônimos “Quem vai a e volta da, crase há.” = à “Quem vai a e volta de, crase para quê?”= a Fomos à Bahia. Fomos a Salvador. Quando há determinante, ocorre a crase. Fomos a bela Salvador. 2. O “a” permanece inalterado: Elas estavam cara a cara. Elas estavam lado a lado. 3. O “a” transforma-se em “ao”: Refiro-me a moça. Refiro-me ao moço B) Crase e os pronomes demonstrativos AQUELE(S), AQUELA(S), AQUILO. Substituir por este(s), esta(s), isto. Caso surja “a”, ocorre crase. Nada devo àquele homem. C) Crase com “A QUE”, “A QUAL”, “ A DE” Com “a qual”, substituir o antecedente por termo masculino. Nesse caso, ocorre a fusão; portanto, temos a crase e o acento grave é indispensável. Refiro-me à moça. A mulher à qual me referi saiu. O homem ao qual me referi saiu. Com “a que” e “a de”, basta subentender o termo. A rua que passamos é paralela à (rua) que passamos. D) Crase e “à moda de”, “à maneira de” = “ao estilo de” e termos subentendidos Basta subentender a expressão. Comemos filé (à moda) milanesa. Fomos à editora X e à (editora) Y. G) Crase com HORAS Ocorre crase apenas com horário. Observe se há, ou não, preposição antecedente, o que impede a crase. Chegamos às duas horas. Estamos aqui desde as duas horas. H) “A” ou “HÁ” E) Crase (dita) facultativa Com pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo, por isso pode ou não ocorrer a crase. Preposição “A” indica futuro. Verbo “haver” indica passado. Daqui a pouco, sairemos. Há dias não estudamos. Refiro-me à nossa irmã. Refiro-me a nossa irmã. Com pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo, por isso pode ou não ocorrer a crase. Refiro-me à Maria. Refiro-me a Maria. F) Crase com as palavras “TERRA”, “CASA” e “DISTÂNCIA” Caso tais palavras estejam determinadas, corre a crase. Caso não estejam determinados, não ocorre a crase. Fomos a casa. Fomos à casa da vovó. Exercícios: 01. (Cescem-SP) Garanto ......... você que compete ......... ela, pelo menos ......... meu ver, tomar as providências para resolver o caso. a) a - a - a. b) à - à - a. c) a - à - à. d) a - à - a. e) à - a - à. 02. (FAAP) Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas da seguinte frase: Ficaram frente ......... frente, ......... se olharem, pensando no que dizer ......... outra. a) à - à - a. b) a - à - a. c) a - a - à. d) à - a - a. e) à - a - à. 03. (FASP) Assinale a alternativa com erro de crase: a) Você já esteve em Roma? Eu irei a Roma logo. b) Refiro-me à Roma antiga, na qual viveu César. c) Fui a Lisboa de meus avós, pois gosto da Lisboa de meus avós. d) Já não agrada ir a Brasília. A gasolina... 04. (Cásper Líbero) Qual, na sua opinião, é a forma correta? a) Cheguei em casa as dez horas. b) Cheguei a casa às dez horas. 05. (ESPM) Preencha os espaços vazios com a ou as, marcando ou não com acento grave, indicador de crase: “Eu já conhecia ........ fazenda, por isso fui ........ cidade apreciar ........ praças onde fiz referências ........ V.Sa. e não ........ Sra. que o acompanha. Gabarito: 1–A 2–C 3–C 4–B 5 - “Eu já conhecia a fazenda, por isso fui à cidade apreciar as praças onde fiz referências a V.Sa. e não à Sra. que o acompanha.” Aula 10 Em locuções verbais, o verbo haver, sendo principal, contamina o verbo auxiliar. > Deve haver muitas pessoas no auditório. > Está havendo coisas estranhas aqui. O verbo haver sem o sentido de existir, acontecer ou ocorrer, não é impessoal, seguindo, então as regras convencionais de concordância. > Eles se houveram bem na prova. CONCORDÂNCIA VERBAL EXCEÇÕES 1. Chegar de, passar de, bastar de são expressões impessoais, logo ficam na 3ª pessoa do singular. > Chega de mentiras. > Os professores haviam iniciado a reunião. 2.2. Fazer: quando indica tempo ou fenômeno meteorológico. > Faz frios rigorosos na Alemanha. > Faz três anos que não nos vemos. > Já passa das quinze horas. > Basta de reclamações. Em locuções verbais, o verbo fazer, sendo principal, contamina o verbo auxiliar. 2. Verbos Impessoais Os verbos impessoais (aqueles que não têm primeira, segunda ou terceira pessoa) não possuem sujeito, por isso não seguem a regra de concordância padrão. 2.1. Haver: apenas com o sentido de existir, acontecer, ocorre. > Havia muitas pessoas no auditório. > Houve acidentes estranhos aqui. > Deve fazer frios rigorosos na Alemanha. > Deve fazer três anos que não nos vemos. 2.3 Ser: é impessoal quando indica hora, data > Foram eles QUE fizeram o trabalho. e distância. Nessas ocasiões, concorda sempre com o predicativo. > Fui eu QUE fiz o trabalho. > Eram dezessete horas quando partiu. > Fomos nós QUEM fez o bolo. > Hoje são 16 de outubro. > Fomos nós QUEM fizemos o bolo. > Hoje é dia 16 de outubro. > Hoje é 1° de julho. 5. Plural aparente: deve-se observar a > Daqui até lá são três quilômetros presença ou ausência de artigo. Com artigo: plural. Sem artigo: singular. > Os Estados Unidos atacam o Irã. 3. Concordância com verbos na voz passiva sintética e com verbos pronominais: faz-se normalmente a concordância com o sujeito da voz passiva ou do verbo pronominal. > Estados Unidos ataca Irã. 6. Verbos ter e vir na terceira pessoa do > Nós nos queixamos da secretária. singular e do plural do Presente do Indicativo: no singular não recebem acentuação gráfica; no singular, acento circunflexo diferencial. > Vendem-se terrenos aqui. Derivados (manter, conter, intervir): no > Vende-se terreno aqui. singular recebem acento agudo em função de serem oxítonas terminadas em –em; no plural, recebem acento circunflexo diferencial. > Compram-se e trocam-se livros. > Eles têm a mesma idade. > Anunciou-se a nova medida. > Ele tem a mesma idade da prima. > Anunciaram-se as novas medidas. > Os professores intervêm na educação das crianças. 4. Pronomes QUE e QUEM: com o pronome que deve-se observar o sujeito anterior; com o pronome quem há a possibilidade de dupla concordância, ou com o sujeito anterior ou com a terceira pessoa do singular, em razão de “quem” significar “aquele que”. > O professor intervém na educação das crianças. 7. Expressões partitivas: a concordância pode dar-se com o sujeito ou com a expressão partitiva. De todas as classes gramaticais citadas, aquela que apresenta algumas especificidades de concordância são os adjetivos. > A maioria dos eleitores votou. > A maioria dos eleitores votaram. 1. Adjetivo anteposto a mais de um substantivo: a concordância acontece com o substantivo mais próximo. > Belas blusas e calçados. > Belo calçado e blusa. ADJETIVO – palavra variável que modifica o sentido de um substantivo. Expressa uma qualidade (característica) do substantivo. ADVÉRBIO – palavra invariável que modifica o sentido de um verbo, um adjetivo ou outro advérbio. Expressa uma circunstância (tempo, lugar, modo, intensidade, etc.). REGRA GERAL Os adjetivos, os artigos, os pronomes adjetivos, e os numerais adjetivos concordam em número e gênero com o substantivo a que se referem. Atenção: Quando a referência é a substantivos próprios o adjetivo vai para o plural. > Meigas Chimene e Andrômaca. > Os inseparáveis chegaram. Orestes e Astíanax 2. Adjetivo posposto a mais de um substantivo: a concordância acontece com ambos (no masculino, quando há pelo menos um termo masculino), ou com o substantivo mais próximo. > Comprei um casaco e uma camisa brancos. > Comprei um casaco e uma camisa branca. Ex.: As duas belas meninas e seus dois espertos cachorrinhos saíram para passear no grande cemitério. Atenção: desde que o contexto da frase exija, o adjetivo, mesmo posposto aos substantivos, concordará somente com o mais próximo. > Andava na fazenda quando vi um boi e uma casa destelhada. 3. Especificidades 3.3. Em anexo, menos e alerta: como são expressões adverbiais, são invariáveis. 3.1. Expressões do tipo “é bom”, “é necessário”, “é proibido”: o adjetivo fica invariável quando o sujeito não estiver indeterminado. Caso o substantivo esteja determinado, o adjetivo concorda com ele. > Envio em anexo os arquivos restantes. > Era menos corajosa do que nós. > Os 25 alunos estavam alerta. 3.4. Meio: quando adjetivo (significando > Tranquilidade é necessário para realizar a prova. “metade”) concorda com o substantivo. Quando advérbio (significando “um pouco”) permanece invariável. > A tranquilidade é necessária para realizar a prova. > Sua tranquilidade é necessária para realizar a prova. > É proibido entrada de animais. > É proibida a entrada de animais. Adjetivo > Ouvimos meias verdades. > Agora era meio-dia e meia (hora). Advérbio > A mulher estava meio cansada. 3.2. Anexo, incluso, mesmo, obrigado, próprio, quite: concordam com o substantivo > Meio enterradas estavam as ferramentas. a que se referem, como quaisquer outros adjetivos. > As pastas seguem inclusas. 3.5. Toda, todo (sentido de “qualquer”); toda a, todo o (sentido de “inteira”, “inteiro”). > Eles mesmos fizeram a casa. > Todo homem é mortal. > Muito obrigada, respondeu a menina. > Toda mulher quer ter um casamento feliz. > Elas próprias arrumaram a casa. > Todo o prédio foi demolido. > Eu estou quite contigo. > Comeram toda a torta da vovó. > Foram enviados anexos os arquivos. Atenção: depois de todas / todos deve-se colocar artigo quando houver substantivo. > Todos os alunos compareceram à aula. > Avisei todas as pessoas do desconto que haveria. Exercícios: 01. Qual a frase com erro de concordância? a) Para o grego antigo a origem de tudo se deu com o caos. b) Do caos, massa informe, nasceu a terra, ordenadora e mãe de todos os seres. 3.6. Bastante e muito: quando adjetivos, concordam com o substantivo. advérbios, permanecem invariável. Quando c) Com a terra tem-se assim o chão, a firmeza de que o homem precisava para seu equilíbrio. d) Ela mesma cria um ser semelhante que a protege: o céu. Adjetivo Havia bastantes / muitas cadeiras no auditório. e) Do céu estrelado, em amplexo com a terra, é que nascerá todos os seres viventes. Advérbio 02. Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal. Estavam bastante / muito tristes. Elas eram bastante / muito espertas. a) Devem haver outras razões para ele ter desistido. 3.7. Particípios: equivalem a adjetivos, logo concordam com o substantivo a que se referem. > Dadas economizar. as circunstâncias, devemos > Vista a cena, ninguém teve dúvidas. > Feitos os cálculos, nada sobrou para o empregado. b) Foi então que começou a chegar um pessoal estranho. c) Queria voltar a estudar, mas faltava-lhe recursos. d) Não se admitirá exceções. e) Basta-lhe dois ou três dias para resolver isso. 03. A alternativa que contém forma verbal INADEQUADA à norma culta é: a) Vai fazer dois meses que não nos vemos. 05. Preencha as lacunas com a forma adequada das palavras entre parênteses, fazendo a flexão de gênero e número quando necessário: b) Chegam de besteiras, pensem em coisas sérias! a) Por .......... que sejam as consequências, esta é a única tentativa possível. (pior) c) Choveu três dias sem parar um minuto. b) Seus propósitos (bastante) d) Nessa cidade, faz frio e calor no mesmo dia. e) Pelo que nos consta, há duas páginas ilegíveis. estão .......... claros. c) As informações prometidas seguem .......... a esta carta. (anexo) 04. Observe a concordância: 1) Entrada proibida. 2) É proibido entrada. 3) A entrada é proibida. 4) Entrada é proibido. 5) Para quem a entrada é proibido? a) a número 5 está errada. b) a 4 e a 5 estão erradas. c) a 2 está errada. d) todas estão certas. e) a 2 e a 5 estão erradas. Gabarito: 1–E 2–B 3–B 4–A 5 – a) piores / b) bastante / c) anexas > Os mantimentos andavam cada vez mais escassos, e doenças de várias espécies dizimavam grande parte da população. Aula 11 d) para separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), quando enunciadas antes da oração principal e adjuntos adverbiais. > Aberta a sessão, o secretário abriu a ata. USA-SE VÍRGULA > Visto que assim queres, faremos tua vontade. a) nas enumerações. > Se queres a paz, prepara-te para a guerra. > Era uma pessoa bonita, inteligente e simpática. > Havia, naquela loja, grande sortimento de livros. > Janjão possuía imóveis em Casca, Picada Café, Quintão e Presidente. > Fizemos, na semana passada, uma grande festa. b) para separar orações conjunções coordenativas e) para isolar aposto. ligadas por > A prova foi fácil, mas ninguém gabaritou. > Janjão, o zagueiro, está muito fora de forma. > Tomei uma decisão importante, por isso vou cumpri-la. > Lula, o presidente do Brasil, é o atacante do time. > Ou vocês terminam esse serviço agora, ou serão dispensados no fim do mês. f) para separar ou isolar vocativo. > Janjão, vá falar com sua avó. c) antes da conjunção E somente quando os sujeitos das duas orações forem diferentes. > Chegamos cedo, e todos ficaram surpresos. > Gostaria de dizer-lhes, meus amigos, que nada fiz além do que era minha obrigação. g) para separar quaisquer outros elementos intercalados. NÃO SE USA VÍRGULA > Os sapos, todos sabem, vivem na lagoa. > O professor aceitou, isto é, tolerou a brincadeira. > Ela é, além disso, excelente pintora. > Veja-se, por exemplo, o que dizem os jornais de hoje. > O próximo número sairá amanhã, aliás, depois de amanhã. > Você, com a nota deste mês, não conseguiu somar vinte pontos. a) entre verbo e sujeito. > O Ministro do Planejamento e Coordenação virá à Porto Alegre. > O diretor da Faculdade de Educação foi a Brasília. > Reuniram-se o diretor e os professores e decidiram conceder aos alunos faltosos mais uma chance de recuperarem as notas do segundo bimestre. b) entre o verbo e seus complementos. h) para separar orações adjetivas explicativas. > O Fusca, que foi considerado carro do ano, possui várias soluções mecânicas econômicas. > Quero apresentar-te minha única irmã, que mora no Rio de Janeiro. > Aos amigos dedicados oferecemos esta prova de afeto e gratidão. > Informamos a Vossa Senhoria que as provas foram adiadas. c) antes de oração subordinada substantiva. i) para indicar a supressão de um verbo. > Eu cuido das crianças; tu, das malas. > Tu preferes a serra, e eu, o mar. j) para separar, nas datas, o nome do lugar. > Porto Alegre, 31 de outubro de 2009. > Os jornais afirmam que a crise do petróleo está chegando ao seu final. > Lembrei-me de que teria de ir a uma reunião do clube. d) antes de complemento nominal. > Ensinei-lhes culturais. o respeito aos valores > Sempre insisto na obediência às normas de trânsito. e) antes de termos de significação restritiva. e) Explicitação > O juiz de futebol Armando Marques goza de grande conceito. > Os rapazes pareciam uniformizados: quase todos sem camisa, descalços e de bermudas. > O jogador brasileiro Pelé transferiu-se para os Estados Unidos. a) Para separar orações coordenadas adversativas e conclusivas cujo conetivo esteja deslocado. > Ontem foi um dia muito cansativo; amanhã, porém, teremos um dia melhor. a) Antes de uma citação. > Indignada, a jovem ruiva respondeu-lhe: "Não aceitaria isso nem que fosses o último homem da face da Terra" > Nosso tempo é muito escasso; evitaremos, portanto, assumir novos compromissos. b) Para separar orações de sentido oposto que se ligam sem conjunção. b) Antes de uma enumeração. > Ela teve três filhos: Godofredo, Godogildo e o Godomundo. > Para uns, a liberdade é um direito; para outros, ela é apenas um sonho. c) Para separar grupos de orações. c) Antes dos apostos. > Só fiz um pedido: que me amasse para sempre. d) Antes de uma explicação. > Deveria estar frio: todos estavam de casaco. > Chorarão as mulheres, vendo que não se guarda decoro à sua modéstia; chorarão os velhos, vendo que não se guarda respeito às suas cãs; chorarão os nobres, vendo que não se guarda cortesia à sua qualidade. PONTUAÇÕES EQUIVALENTES Em algumas circunstâncias, sinais de pontuação podem ser trocados. Os mais comuns são os seguintes: a) Vírgula, ponto-e-vírgula e ponto. Orações coordenadas, que geralmente se separam por vírgulas, podem também ser separadas por ponto-e-vírgula. > Ontem tivemos um dia muito cansativo, porém amanhã teremos um dia melhor. (Aqui, poderíamos usar ponto-e-vírgula.) Quando a pausa é maior, em certas frases, pode-se usar ponto-e-vírgula ou ponto. > "O Romantismo era a apoteose do sentimento; o Realismo é a anatomia do caráter”. (Aqui, poderíamos usar ponto.) b) Nas complementações e no caso de alguns apostos, pode-se usar vírgula, dois-pontos ou travessão. > "A cidade era pequena, as ruas esvaziavamse à noite, e o povo dado à boemia recanteavase em um ponto só, o Alto do Lobo." (A última vírgula poderia ser substituída por dois-pontos ou travessão. Nesse caso, destacaríamos mais a expressão "Alto do Lobo".) c) Dois-pontos ou ponto-e-vírgula. Nas explicações (quando se subentende o nexo "pois"), podem-se usar dois-pontos ou pontoe-vírgula. > Para os cristãos da Idade Média, ao contrário, não existia alternativa: eles acreditavam que os judeus pagãos e os hereges estavam condenados às penas do inferno. (Nesse exemplo, poderíamos substituir os dois-pontos por ponto-e-vírgula.) d) Travessão, parênteses e vírgulas. Dois travessões sempre podem ser trocados por dois parênteses (e vice-versa) e, muito frequentemente, por vírgulas. > Há três milhões de anos, os pandas eram carnívoros; depois não se sabe por que trocaram a carne pelos bambus. (O segmento em negrito poderia ser separado por vírgulas, parênteses ou travessões.) Exercícios: Cada um dos períodos seguintes foi pontuado de cinco formas diferentes. Leia-os todos e selecione a letra que corresponde ao período de pontuação correta: 01. (FCC-BA) a) Prezados colegas deixemos agora a boa conversa, de lado! b) Prezados colegas deixemos agora, a boa conversa de lado! c) Prezados, colegas, deixemos agora, a boa conversa de lado! d) Prezados colegas deixemos agora a boa conversa de lado! e) Prezados colegas, deixemos agora a boa conversa de lado! 02. (FCC-BA) a) Apesar de toda a atenção o fato passou despercebido a todos. 04. (FAAP) Justifique a pontuação do texto: “Entre lojas de flores e de sapatos, bares, mercados, butiques, viajo num ônibus Estrada de Ferro-Leblon. Volto do trabalho, a noite em meio, fatigado de mentira.” 05. (Fuvest-SP) “Donde houveste, ó pélago revolto, Esse rugido teu?” Explique o emprego das vírgulas no texto acima: b) Apesar de, toda a atenção, o fato, passou despercebido a todos. c) Apesar de, toda a atenção o fato passou, despercebido a todos. d) Apesar de toda a atenção o fato, passou despercebido, a todos. e) Apesar de toda a atenção, o fato passou despercebido a todos. Gabarito: 1–E 03. (FCC-BA) a) Imagine, comadre quem é que morreu? b) Imagine comadre, quem é que morreu? c) Imagine comadre, quem é, que morreu? d) Imagine, comadre, quem é que morreu? e) Imagine comadre quem é, que morreu? 2–E 3–D 4 – As vírgulas depois de sapatos, bares, mercados servem para separar entre si elementos coordenados dispostos em enumeração. A virgula após butiques serve para marcar o deslocamento do adjunto adverbial (anteposto ao verbo). As duas últimas vírgulas servem para marcar a intercalação de um conjunto adverbial. 5 – A vírgula está isolando o vocativo (ó pélago revolto) Aula 12 Exercícios: TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Sendo este um jornal por excelência, e por excelência dos precisa-se e oferece-se, vou pôr um anúncio em negrito: precisa-se de alguém homem ou mulher que ajude uma pessoa a ficar contente porque esta está tão contente que não pode ficar sozinha com a alegria, e precisa 2reparti-la. Paga-se extraordinariamente bem: minuto por minuto paga-se com a própria alegria. É urgente, pois a alegria dessa pessoa é fugaz como estrelas cadentes, que até parece que só se as viu depois que tombaram; precisa-se urgente antes da noite cair porque a noite é muito perigosa e nenhuma ajuda é possível e fica tarde demais. Essa pessoa que atenda ao anúncio só tem folga depois que passa o horror do domingo que fere. Não faz mal que venha uma pessoa triste porque a alegria que se dá é tão grande que se tem que a repartir antes que se transforme em drama. Implorase também que venha, 1implora-se com a humildade da alegria-sem-motivo. Em troca oferece-se também uma casa com todas as luzes acesas como numa festa de bailarinos. Dá-se o direito de dispor da copa e da cozinha, e da sala de estar. P.S. Não se precisa de prática. E se pede desculpa por estar num anúncio a dilacerar os outros. Mas juro que há em meu rosto sério uma alegria até mesmo divina para dar. Clarice Lispector (http://pensador.uol.com.br/frase. Acesso dia 30/05/2012, 17h03min) 01. Quanto à classificação do gênero textual e à função da linguagem predominante no texto, pode-se dizer que se trata de uma/um a) carta com função da linguagem apelativa. b) anúncio referencial. com função da linguagem c) poema com função da linguagem poética. d) classificados com função da linguagem emotiva. 02. Para fazer um poema dadaísta Pegue num jornal. Pegue numa tesoura. Escolha no jornal um artigo com o comprimento que pretende dar ao seu poema. Recorte o artigo. Em seguida, recorte cuidadosamente as palavras que compõem o artigo e coloque-as num saco. Agite suavemente. Depois, retire os recortes uns a seguir aos outros. Transcreva-os escrupulosamente pela ordem que eles saíram do saco. O poema parecer-se-á consigo. E você será um escritor infinitamente original, de uma encantadora sensibilidade, ainda que incompreendido pelas pessoas vulgares. Tristan Tzara A metalinguagem, presente no poema de Tristan Tzara, também é encontrada de modo mais evidente em: a) Receita de Herói Tome-se um homem feito de nada Como nós em tamanho natural Embeba-se-lhe a carne Lentamente De uma certeza aguda, irracional Intensa como o ódio ou como a fome. Depois perto do fim Agite-se um pendão E toque-se um clarim Serve-se morto. FERREIRA, Reinaldo. Receita de Herói. In: GERALDI, João Wanderley. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991, p.185. b) c) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: d) 03. Pode-se definir “metalinguagem” como a linguagem que comenta a própria linguagem, fenômeno presente na literatura e nas artes em geral. e) O quadro A perspicácia, do belga René Magritte, é um exemplo de metalinguagem porque: a) destaca a qualidade do traço artístico b) mostra o pintor no momento da criação c) implica a valorização da arte tradicional d) indica a necessidade de inspiração concreta 04. (UNIFESP-2004) Fora de si eu fico louco eu fico fora de si eu fica assim eu fica fora de mim eu fico um pouco 05. Analise a capa do livro. depois eu saio daqui eu vai embora eu fico fora de si eu fico oco eu fica bem assim eu fico sem ninguém em mim A leitura do poema permite afirmar corretamente que o poeta explora a ideia de a) buscar a completude no Outro, conforme atesta a função apelativa, reforçando que o Eu, quando fora de si, necessariamente se funde com o Outro. b) sair de sua criação artística, retratando, pela função poética, a contradição do fazer literário, que não atinge o poeta. c) perder a noção de si mesmo, e também perder a noção das outras pessoas, o que se mostra num poema metalinguístico. d) extravasar o seu sentimento, como denuncia a função emotiva, reafirmando a situação de desencanto e desengano do poeta. e) criar literariamente como brincar com as palavras, o que se pode comprovar pela função fática da linguagem. Pode-se afirmar, corretamente, que nela há a) paródia e metonímia. b) metáfora e metalinguagem. c) metonímia e intertextualidade. d) metalinguagem e intertextualidade. Gabarito: 1–D 2–C 3–B 4–C 5–D