XVI Reunião Clínico - Radiológica “ Dr. RosalinoDalasen” www.digimaxdiagnostico.com.br CASO 1 • Paciente: M. G. A., 38 anos, sexo feminino. • Queixa: Infecção do trato urinário de repetição. • Realizou ultrassonografia de rins e vias urinárias. Pequena dilatação do ureter distal direito, em situação intravesical, medindo 0,7 x 0,6 cm. (URETEROCELE) Resultado do laudo ultrassonográfico: • Rim direito apresenta topografia, forma, superfícies e dimensões normais, com eixo longitudinal de 10,2 cm. • O parênquima é normoecogênico, com boa diferenciação córtico medular, apresentando dimensões preservadas. • Sistema coletor preservado, exceto por identificarmos pequena dilatação do ureter distal, em situação intravesical, medindo 0,7 x 0,6 cm (ureterocele). • Adjacente ao polo renal inferior direito, sem caracterização de plano de clivagem com o mesmo, ainda em sua loja no flanco direito, delimitamos imagem com aspecto ecográfico renal, a qual nos parece representar o rim esquerdo (ectopia renal), o qual se apresenta com dimensões normais, medindo cerca de 9,1 cm no eixo longitudinal. • O parênquima é normoecogênico, com boa diferenciação córtico medular, apresentando dimensões preservadas. • Sistema coletor e ureter sem sinais de dilatação. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA: Conclusão: • - Rim esquerdo não identificado em sua topografia habitual, delimitando-se duas imagens com aspecto renal à direita, estas ao íntimo contato, uma delas inferiormente, ao passo que caracterizamos jato ureteral à esquerda, achados que nos parecem traduzir ectopia renal cruzada. • - Aspecto de pequena ureterocele à direita. • Obs.: Os achados descritos podem ser melhor caracterizados por estudos complementares (considerar TC), preferencialmente com uso de contraste em fase excretora. • Imagem do nosso caso. • Ureterocele: dilatação cística do ureter submucoso intra-vesical. • Imagem da literatura. Ectopia Renal Cruzada • Um dos rins se encontra contralateral à inserção de seu ureter na bexiga urinária. • O rim normal pode manter-se separado do rim ectópico ou formar massa única com ele. • Quando em fusão, 85% dos casos, podem ser identificada em diversas formas de apresentação, sendo mais comum a fusão do polo superior do rim ectópico com o polo inferior do outro rim. Maranhão COM, Miranda CMNR, Santos CJJ, Farias LPG, Padilha IG. Anomalias congênitas do trato urinário superior: novas imagens das mesmas doenças. Radiol Bras. 2013 Jan/Fev; 46(1):43-50 Ectopia Renal Congênita – Posição mais baixa do rim – Ureter mais curto – Vasos renais com origem ectópica – Algum grau de malformação do sistema coletor Refluxo Infecções Litíase Quadros obstrutivos Maranhão COM, Miranda CMNR, Santos CJJ, Farias LPG, Padilha IG. Anomalias congênitas do trato urinário superior: novas imagens das mesmas doenças. Radiol Bras. 2013 Jan/Fev; 46(1):43-50 Anomalia da forma • Fusão parcial: rins em ferradura e na ectopia renal cruzada com fusão. • Fusão total: rim em panqueca Anomalias da Forma Rim em Ferradura • Anomalia renal mais comum. • Mais encontrada entre os homens. • Grau de fusão renal é variável e ocorre, geralmente, entre os polos inferiores dos rins, que se encontram mais próximos da linha média do que os rins normais. • O istmo, situado na frente da aorta ou da veia cava inferior, une as duas massas renais e pode conter parênquima funcionante ou corresponder a uma faixa de tecido fibroso. Maranhão COM, Miranda CMNR, Santos CJJ, Farias LPG, Padilha IG. Anomalias congênitas do trato urinário superior: novas imagens das mesmas doenças. Radiol Bras. 2013 Jan/Fev; 46(1):43-50 Anomalias da Forma Rim em Ferradura • A maioria dos pacientes é assintomática e o achado é incidental durante exames de imagem. • Quando sintomáticos, geralmente são relatados hidronefrose, infecção ou formação calculosa. • Associada a uma maior propensão para neoplasias malignas, como o tumor de Wilms, assim como malformações sistêmicas, como na síndrome de Turner. Maranhão COM, Miranda CMNR, Santos CJJ, Farias LPG, Padilha IG. Anomalias congênitas do trato urinário superior: novas imagens das mesmas doenças. Radiol Bras. 2013 Jan/Fev; 46(1):43-50 • Imagem da literatura. Maranhão COM, Miranda CMNR, Santos CJJ, Farias LPG, Padilha IG. Anomalias congênitas do trato urinário superior: novas imagens das mesmas doenças. Radiol Bras. 2013 Jan/Fev; 46(1):43-50 Anomalias da Forma Rim em “Panqueca" • Massa única, mediana, situada na cavidade pélvica ou ao nível da bifurcação aórtica, de aspecto achatado, lobulado, com o sistema coletor anteriorizado e ureteres curtos, que drenam em orifícios independentes ou em ureter único. • Sua irrigação sanguínea, também anômala, é fator de risco para o compressão vascular renal, desde uma simples gestação até traumas pélvicos. Maranhão COM, Miranda CMNR, Santos CJJ, Farias LPG, Padilha IG. Anomalias congênitas do trato urinário superior: novas imagens das mesmas doenças. Radiol Bras. 2013 Jan/Fev; 46(1):43-50 • Imagem da literatura. Anomalias da Posição • Ectopia renal cruzada Maranhão COM, Miranda CMNR, Santos CJJ, Farias LPG, Padilha IG. Anomalias congênitas do trato urinário superior: novas imagens das mesmas doenças. Radiol Bras. 2013 Jan/Fev; 46(1):43-50 • Imagens da literatura. • Imagem da literatura. • Imagem do nosso caso. • Imagem da literatura. CASO 2 • Paciente: M. P. M., 33 anos, sexo feminino. • Queixa: Alteração urinária e dor abdominal. • Realizou Tomografia de Abdome Total com contraste. Laudo Aspecto compatível com anomalia congênita do trato urinário superior, se traduzindo por heterotopia renal cruzada com fusão do pólo inferior do rim direito com o pólo superior do rim esquerdo. Presença de ureter único, desembocando à esquerda da bexiga. A fusão renal está localizada no hipocôndrio / fossa ilíaca direita, anteriormente em relação ao psoas, destacando-se neste exame captação heterogênea do contraste ao nível do parênquima renal, além de leve densificação da gordura perirrenal adjacente e a presença de alguns pequenos gânglios, que pode estar relacionado a pielonefrite aguda, a correlacionar aos dados clínicos. Ectasia do ureter único descrito acima, sem fator obstrutivo identificado. Referências Bibliográficas • http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010128002012000300011 • http://www.scielo.br/pdf/rb/v46n1/v46n1a13 • http://pt.slideshare.net/urovideo/uroradiologia