Modelo de TCC para o Curso de Ciência da Computação da UNIVALI

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO
MAR
CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
SISTEMA WEB DE COLETA SELETIVA GEORREFERENCIADA
Guilherme Quadros Grüdtner
Helton M. Kraus, M.Sc.
São José, Novembro de 2013.
ii
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO
MAR
CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
SISTEMA WEB DE COLETA SELETIVA GEORREFERENCIADA
Guilherme Quadros Grüdtner
São José, Novembro 2013.
Orientador: Helton M. Kraus, Mestre em Computação Aplicada.
Co-Orientadora: Anita Maria da Rocha Fernandes, Dra. Eng.
Área de Concentração: Sistema de Informação Geográfica
Linha de Pesquisa: Sistema de Informação Geográfica
Palavras-chave: Sistema de informação geográfica, geoprocessamento, coleta seletiva
Número de páginas: 97
RESUMO
Até o advento da informática, a manipulação de dados geográficos era feita através de
mapas e outros documentos impressos ou desenhados. Foi a partir do século XX que os dados
geográficos passaram a ser tratados por um conjunto de técnicas matemáticas e computacionais
denominadas de geoprocessamento. Hoje, através de Sistemas de Informação Geográfica (SIG), é
possível desenvolver sistemas baseados em mapas capazes de calcularem rotas, exibirem posições
geográficas, determinar distâncias e muitas outras funcionalidades. O presente trabalho apresenta o
desenvolvimento de um Sistema Web que possibilita a interação de qualquer usuário através de um
mapa interativo, facilitando o acesso a informações sobre a coleta seletiva através da exibição de
rotas e dias da coleta, bem como contribuindo com a criação de novas rotas e novos pontos de
coleta através de pontos de interesse cadastrados pelos usuários. Este trabalho tem foco em
empresas de coleta de material reciclável. A escolha por este ramo de mercado se deve ao fato da
grande preocupação e o incentivo do cuidado com o meio ambiente. Este sistema utiliza a API de
mapas da Google para criar e mostrar rotas, pontos de entrega voluntária e área de abrangência. O
Sistema Web foi desenvolvido utilizando as linguagens de programação C#, JavaScript, ASP.NET e
HTML e a estrutura de banco de dados Microsoft SQL Server 2008. O desenvolvimento deste
projeto resultou em um Sistema Web, dividido em dois ambientes, que possibilita aos usuários
interessados cadastrar pontos de interesse e visualizar os serviços da empresa e aos administradores
da empresa, divulgar de uma forma dinâmica seus serviços através do mapa interativo e analisar os
pontos de interesse cadastrados a fim de tomadas de decisão.
iii
ABSTRACT
Until the advent of computer technology , the manipulation of geographic data was done
through maps and other documents printed or drawn . It was from the twentieth century that spatial
data were treated by a set of mathematical and computational techniques called geoprocessing.
Today, through Geographic Information Systems ( GIS ) , it is possible to develop systems based on
maps able to calculate routes , exhibit geographic locations , determining distances , and many other
features . This paper presents the development of a web system that allows any user interaction via
an interactive map , providing easy access to information about the selective collection through the
display of routes and collection days , as well as contributing to the creation of new routes and
collection points through points of interest by registered users . This work focuses on companies
collecting recyclable material . The choice of this branch of the market is because of the great
concern and encouragement of caring for the environment . This system uses the Google Maps API
to create and show routes , points of voluntary surrender and coverage area . The system was
developed using Web programming languages C# , JavaScript , HTML and ASP.NET and structure
database Microsoft SQL Server 2008 . The development of this project resulted in a web system ,
divided into two modules , which enables users to register interested points of interest and view the
services of the company and the directors of the company , disclose dynamically its services
through the interactive map and analyze the registered points of interest to decision-making.
iv
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado a vida e a oportunidade de poder estudar e chegar
até aqui.
Aos familiares que sempre me apoiaram, deram força e torceram por mim, em especial a minha
avó, Neusa, que é sempre presente e me ajuda em tudo o que é possível.
A minha futura sogra, Mariza, que me auxiliou na definição do tema para minha monografia.
Aos amigos que sempre souberam compreender os momentos em que não pude estar presente.
Ao meu professor e orientador, Helton M. Kraus, por me auxiliar ao longo do desenvolvimento
deste trabalho.
Aos meus chefes Marcos A. Schmitt e Ricardo Antunes pela força, compreensão e incentivo em
concluir a graduação.
Aos meus colegas de trabalho, que acompanharam minha luta e me incentivaram, especialmente o
meu colega Martiliano, que me passou muita experiência de vida e ao colega Ricardo Amorim que
me ajudou nas dúvidas que surgiram durante o desenvolvimento do sistema.
Aos professores de Ciência da Computação da Univali por toda a experiência acadêmica e
profissional repassada durante todo curso.
v
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais, Neusi e
Giovani, e ao meu irmão, Vinícius, pelo
incentivo, cooperação e apoio e, em especial, à
minha
noiva
Talita
Daiane,
pois
compartilharam comigo os momentos de
alegrias e também de tristezas, nesta etapa, em
que, com a graça de Deus, está sendo vencida.
vi
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Estrutura geral de um SIG .......................................................................................................20
Figura 2 - Camadas temáticas representando o mundo real. ...................................................................22
Figura 3 - Características fundamentais do dado geográfico. .................................................................24
Figura 4 - Estruturas de armazenamento de dados espaciais. .................................................................25
Figura 5- Esquema de armazenamento de dados em estrutura matricial em múltiplas camadas ou
bandas (A) Esquema de armazenamento em Banda Sequencial (BSQ), (B) Esquema de
armazenamento em Banda Intervalada por Linha (BIL) e (C) Esquema de armazenamento em
Banda Intervalada por Pixel (BIP). .................................................................................................26
Figura 6 - Representações vetoriais em duas dimensões. .......................................................................27
Figura 7 - Gráfico do aumento no número de municípios brasileiros com coleta seletiva .....................31
Figura 8 - Percentual de utilização dos modelos de coleta seletiva no Brasil .......................................32
Figura 9 - Agentes executores da coleta seletiva ....................................................................................32
Figura 10 - Rotas da Associação de catadores ........................................................................................35
Figura 11 - Setores de coleta de lixo, cenário atual - Ituiutaba (MG).....................................................37
Figura 12 - Imagem do Google ...............................................................................................................39
Figura 13 - Tela do Yahoo ......................................................................................................................42
Figura 14 - Tela do Nokia .......................................................................................................................45
Figura 15 - Demonstrativo de funcionalidades do ArcGIS.....................................................................49
Figura 16 - Tela principal do ambiente Web Site ...................................................................................53
Figura 17 - Pontos de solicitação de coleta de materiais ........................................................................54
Figura 18 - Diagrama de casos de uso do Usuário Comum. ...................................................................58
Figura 19 - Diagrama de casos de uso do Usuário Administrativo ........................................................61
Figura 20 - Modelo lógico do banco de dados ........................................................................................64
Figura 21 - Módulo Web Site - Página Inicial ........................................................................................66
Figura 22 - Mapa Iterativo do sistema GeoColeta ..................................................................................66
Figura 23 - Ícones dos Pontos de Entrega Voluntária .............................................................................67
Figura 24 - Rota e informações sobre o material e os dias coletados .....................................................67
Figura 25 - Demonstração da Área de abrangência ................................................................................68
Figura 26 - Solicitação de Interesse na Coleta Seletiva ..........................................................................68
Figura 27 - Módulo Web Site - Página Empresa ....................................................................................69
Figura 28 - Módulo Web Site - Página Contato......................................................................................69
Figura 29 - Módulo Administrativo - Página Login ...............................................................................70
Figura 30 - Módulo Administrativo - Página Cadastro...........................................................................71
Figura 31 - Página de cadastro de usuários .............................................................................................71
Figura 32 - Cadastro de notícias .............................................................................................................72
Figura 33 - Página de alteração de dados da empresa.............................................................................72
Figura 34 - Página de cadastro da área de abrangência ..........................................................................73
Figura 35 - Página de cadastro dos Pontos de Entrega Voluntária .........................................................74
Figura 36 - Página de cadastro de rotas ..................................................................................................74
Figura 37 - Tabela de rotas existentes .....................................................................................................75
Figura 38 - Página de visualização dos Pontos de Interesse ...................................................................75
Figura 39 - Gráfico dos itens avaliados no ambiente Web site ...............................................................79
Figura 40 - Gráfico dos itens avaliados no ambiente Administrativo.....................................................82
vii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Esquema conceitual de dados geográficos armazenados em estrutura matricial.................. 26
Tabela 2 - Dados coletados no levantamento de campo......................................................................... 35
Tabela 3 - Comparação entre API de mapas.......................................................................................... 52
viii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
API
ASPX
BIL
BIP
BSQ
CAD
CEMPRE
COMCAP
CSS
DAO
DGN
DHTM
DXF
DWG
GPS
HTML
JPEG
LR
PEV
PNRS
SIG
SGBD
SQL
TCC
UNIVALI
VPF
Application Programming Interface
Active Server Pages (.NET)
Banda Intervalada por Linha
Banda Intervalada por Pixel
Banda Sequencial
Computer-Aided design
Compromisso Empresarial Para Reciclagem
Companhia de Melhoramentos da Capital
Cascading Style Sheets
Data Access Object
Downers Grove North
Dynamic HiperText Markup Language
Drawing Exchange Format
Distillers wet grains
Global Positionong system
HiperText Markup Language
Joint Photographic Expert Group
Logística Reversa
Ponto de Entrega Voluntária
Política Nacional de Resíduos Sólidos
Sistema de Informação Geográfica
Sistema Gerenciador de Banco de Dados
Structured Query Lenguage
Trabalho de Conclusão de Curso
Universidade do Vale do Itajaí
Vector Product Format
9
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 11
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA........................................................................... 13
1.1.1 Solução Proposta ............................................................................................. 13
1.1.2 Delimitação de Escopo .................................................................................... 14
1.1.3 Justificativa ...................................................................................................... 15
1.2 OBJETIVOS ...................................................................................................... 15
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 15
1.2.2 Objetivos Específicos ...................................................................................... 15
1.3 METODOLOGIA .............................................................................................. 16
1.3.1 Metodologia da Pesquisa ................................................................................ 16
1.3.2 Procedimentos Metodológicos........................................................................ 16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................... 18
2.1 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA .......................................... 18
2.1.1 Histórico ............................................................................................................ 18
2.1.2 Definições........................................................................................................... 19
2.1.3 Dados Geográficos ............................................................................................ 20
2.1.4 Estruturas e Formatos de Dados Geográficos ............................................... 24
2.1.4.1 Estrutura Matricial (Raster) ......................................................................... 25
2.1.4.2 Estrutura Vetorial ......................................................................................... 27
2.2 COLETA SELETIVA E RECICLAGEM DE MATERIAIS ......................... 29
3 TRABALHOS E FERRAMENTAS RELACIONADAS ................. 34
3.1 TRABALHOS RELACIONADOS .................................................................... 34
3.1.1 Logística reversa: a utilização de um sistema de informações
geográficas na coleta seletiva de materiais recicláveis ........................................... 34
3.1.2 Avaliação do serviço de coleta de resíduos sólidos domiciliares em
cidade de médio porte utilizando sistemas de informação geográfica e
receptores de sistema de posicionamento por satélite. ........................................... 36
3.2 ANÁLISE DOS TRABALHOS RELACIONADOS ........................................ 38
3.3 FERRAMENTAS DE MAPAS .......................................................................... 38
3.3.1 API de mapas Google ....................................................................................... 39
3.3.2 API de mapas Yahoo ........................................................................................ 42
3.3.3 API de mapas NOKIA ..................................................................................... 45
3.3.4 API de mapas ESRI (ArcGIS)......................................................................... 49
3.4 COMPARATIVO ENTRE AS FERRAMENTAS ........................................... 51
4 DESENVOLVIMENTO ....................................................................... 53
4.1 VISÃO GERAL DO SISTEMA ......................................................................... 53
4.2 ANÁLISE DOS REQUISITOS .......................................................................... 55
4.2.1 Requisitos Funcionais....................................................................................... 55
10
4.2.2 Requisitos Não Funcionais............................................................................... 57
4.3 MODELAGEM DO SISTEMA ......................................................................... 57
4.3.1 Casos de Uso...................................................................................................... 58
4.3.2 Modelagem do Banco de Dados ...................................................................... 63
4.3.3 Telas do sistema ................................................................................................ 65
5 RESULTADOS ...................................................................................... 77
6 CONCLUSÕES ..................................................................................... 85
6.1 CONTRIBUIÇÕES ............................................................................................. 87
6.2 TRABALHOS FUTUROS .................................................................................. 87
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................... 88
ANEXO A – Notícia divulgada no site da COMCAP ........................... 91
ANEXO B - Coleta Seletiva - Dias e horários por bairros da capital . 92
ANEXO C - Dias e horários da coleta seletiva por bairro ................... 95
ANEXO D – Roteiro de avaliação do Sistema GeoColeta ................... 97
11
1 INTRODUÇÃO
A necessidade em buscar uma vida mais plena através de recursos naturais e saudáveis faz-se
presente com mais intensidade no mundo atual. O ser humano após anos de destruição voltou a
acalentar o sentimento de respeito pelo meio ambiente, conquanto, uma notória preocupação é a
grande incidência de lixo. O Instituto GEA (2012) descreve o lixo como responsável por um dos mais
graves problemas enfrentados em nossa atualidade, tendo por base um volume excessivo e
progressivamente aumentado, principalmente em grandes centros urbanos. Todo esse detrito não
encontra um local propício para seu depósito, e os poucos locais ainda encontrados, tais como aterros
sanitários, vem esgotando-se pelo acúmulo iminente de resíduos.
Todo tipo de detrito produzido pela sociedade, mesmo após seu recolhimento não deixa de
existir, apenas é levado para outro lugar. É preciso que o material descartado seja tratado para que não
venha a causar problemas ao meio ambiente.
Uma das soluções para auxiliar na resolução do conflito, é a separação do material em nichos
de similaridade, tais como vidro, papel, plástico, metal, e lixo orgânico, o que viabiliza a reutilização
do material coletado após um árduo processo de reciclagem.
Os detritos, cada qual em seus nichos, são coletados por empresas específicas a cada um, para
que estes detritos tenham seus devidos fins. Porém, independente do tipo de material o processo de
coleta é praticamente o mesmo. As empresas de materiais recicláveis, como papel, plástico, vidro e
metal, na sua maioria, possuem suas rotas e horários e realizam sistematicamente suas coletas.
Empresas de demais materiais como baterias, lixo eletrônico, medicamentos e outros, também
possuem seus itineres e/ou realizam a coleta mediante a solicitação.
A coleta seletiva do lixo está intimamente ligada ao processo de Reciclagem, auxiliando no
recolhimento dos resíduos que podem ser transformados e reutilizados, contribuindo para a
preservação do meio ambiente.
A coleta seletiva é de grande importância a sociedade. Além de gerar renda para as pessoas e
economia para as empresas, é de vital importância ao meio ambiente, uma vez que diminui a poluição
de solos e rios, e contribui para o desenvolvimento sustentável do planeta. Vargas (2002) destaca que o
“desenvolvimento sustentável pressupõe participação, diálogo, respeito às diferenças, reconhecimento
12
das capacidades e uma visão integrada de suas várias dimensões econômicas, políticas cultural,
tecnológica e ambiental”.
Corroborando com o conceito anterior, Philippi e Pelicioni (2000) descrevem a educação
ambiental como um processo de educação política que possibilita a aquisição de conhecimentos e
habilidades, bem como a formação de atitudes que se transformam necessariamente em práticas de
cidadania, que garantam uma sociedade sustentável.
Segundo dados da Recicloteca (2013), em Florianópolis, Santa Catarina, a coleta seletiva é feita
porta a porta, com frequência semanal, abrangendo 86,85% da população – 297.301 mil habitantes em 45 bairros, incluindo as principais praias, recolhendo 133t/mês. Esta operação mobiliza ao todo 12
trabalhadores, com quatro caminhões-baú e um compactador, além de um microtrator. Este tipo de
coleta se dá em dias diferentes da coleta convencional. São recolhidos os materiais ‘secos’ como
plásticos, papéis e metais numa única embalagem. Há orientação para que o vidro seja entregue
separado dos demais.
Visando difundir a ideia da reciclagem e criar a interação entre a sociedade e as empresas
recicladoras é criou-se um projeto que visa a aproximação entre empresa e sociedade. Bringhenti
(2004) aponta a coleta seletiva como uma estratégia importante a ser adotada no gerenciamento de
resíduos sólidos urbanos, a qual visa recuperar os dejetos ora inúteis otimizando as etapas de
tratamento e destinação final, o que torna a reduzir os impactos sanitários e ambientais.
O projeto proposto consiste em um Sistema Web que mostra os trajetos realizados pela empresa
coletora, seus dias de coleta e informações da empresa, como história e demais informações que a
empresa julgar relevantes, tendo como principal objetivo exibir de uma maneira simples e dinâmica os
meios de atuação da empresa. Para mostrar os trajetos, de forma dinâmica aos usuários, foi
desenvolvido, com base nos Sistema de Informações Geográficas (SIG) e a API do Google Maps, um
mapa interativo.
Segundo Câmara et al (1996), o SIG, é um sistema composto por software, usuário, hardware,
dados e técnicas de análise, que permite o uso integrado de dados georreferenciados com uma
finalidade específica.
Através do mapa interativo, qualquer usuário pode indicar um local que tenha interesse na
coleta seletiva. Por sua vez, a empresa coletora receberá as informações dos locais de interesse e
13
mediante análise irá verificar a possibilidade de disponibilizar um ponto de coleta ou reformular a rota
de seus veículos para atender os interesses demonstrados.
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA
A crescimento da conscientização de que reclicar é preciso para melhorar o planeta vem
fazendo muitas pessoas melhorarem seus hábitos em relação ao meio ambiente. Com isso, é crescente
o número de pessoa que cuidam da separação do lixo orgânico do não orgânico.
A boa vontade destas pessoas por si só não é suficiente se não existirem coletores e/ou locais de
coleta para estes resíduos que são separados. E é graças a empresas de coleta seletiva que estes
materiais recicláveis são destinados a locais específicos onde serão tratados e reciclados.
Porém, o serviço de coleta seletiva ainda não se encontra presente em todos os lugares como no
caso da coleta do lixo comum. Para muitas pessoas que querem começar a reciclar seu lixo, a
disponibilidade da coleta seletiva torna-se uma dificuldade visto que os dias de coleta e trajetos, por
vezes, podem não ser rotineiros ou de fácil conhecimento.
Hoje, a principal empresa de coleta de lixo de Florianópolis/SC, a COMCAP (Companhia de
Melhoramentos da Capital), possui uma página junto ao site da Prefeitura Municipal de Florianópolis,
onde são divulgadas suas informações, horários, ruas e locais atendidos, todos em arquivos PDF.
1.1.1 Solução Proposta
Tendo por base o problema descrito, desenvolveu-se um projeto que auxilia e divulga o
trabalho realizado pelas empresas de coleta seletiva.
O projeto proposto consiste em um Sistema Web que mostra os trajetos realizados pela empresa
coletora, seus dias de coleta, pontos de entrega voluntária e área de abrangência dos serviços, tendo
como principal objetivo informar através de um mapa interativo as rotas percorridas e locais da coleta
seletiva.
Através do mapa, é possível visualizar a ruas contempladas pelo serviço de coleta e também
possibilitará a qualquer usuário apontar um local de interesse na coleta seletiva. Por sua vez, a empresa
coletora alimentará a base de dados com suas informações e receberá as indicações dos usuários e
14
mediante análise irá verificar a possibilidade de implantar pontos de coleta seletiva próximo aos pontos
de interesse ou até redefinir suas rotas.
O sistema permite que sejam criadas quantas rotas forem necessárias, bastando que o coletor
informe os pontos, informe o identificador e indique o material que aquela rota coleta. Será possível
informar também os dias de coleta de cada rota e uma observação. Com isso, o sistema irá gerar o
itinere da rota mostrando todas as informações quando o usuário clicar nela.
É possível, também, que a empresa delimite sua área de abrangência. Desta forma, só serão
aceitas solicitações feitas dentro da região de atendimento, a qual foi definida pela empresa. É valido
resaltar que os demais cadastros, como rotas e pontos de entrega voluntária também só poderão ser
criados dentro da área de abrangência
A empresa pode cadastrar pontos de entrega voluntária (PEV). É possível cadastrar quantos
pontos a empresa quiser, bastando que para cada ponto seja informado o material coletado.
1.1.2 Delimitação de Escopo
O Sistema Web proposto não possuí algoritmos que definam melhor rota para os veículos. Para
definição das rotas são utilizados os recursos da própria Application Programming Interface (API) de
mapas escolhida para o projeto.
Através do sistema, nomeado por GeoColeta (Sistema de Coleta Seletiva Georreferenciado), a
empresa alimentará o banco de dados com todo o seu itinerário de serviços, cadastrando as rotas, PEV
e área de abrangência.
A empresa pode cadastrar usuários a partir do primeiro usuário que foi criado pelo
desenvolvedor do sistema.
O sistema GeoColeta não possui rastreamento via satélite dos veículos da empresa.
O Sistema Web GeoColeta ituliza a API de mapas da empresa Google (Google Maps). E foi
desenvolvido utilizando a linguagem C# para classes e métodos, JavaScript, ASP.NET e HTML para
as páginas e a estrutura de banco de dados Microsoft SQL Server 2008. Optou-se por ferramentas da
Microsoft devido produtividade oferecida, pois utilizando um conjunto de produtos Microsoft se tem
um ambiente integrado, além de que o Visual Studio é uma ferramenta muito completa oferecendo
15
uma grande diversidade de componentes e frameworks para desenvolvimento de sistemas. Levou-se
em consideração também o fato da universidade oferecer todas as ferramentas Microsoft sem custo aos
alunos e a experiência já possuída com estas ferramentas e linguagens.
1.1.3 Justificativa
Visando um apelo maior a conscientização do cidadão à importância da coleta seletiva e da
reciclagem de materiais, é válida a criação de uma ferramenta que crie uma interação entre empresa e
sociedade.
Desta forma foi criado um Sistema Web que facilita ao cidadão ter o conhecimento dos locais
em que ocorrem a coleta seletiva, os pontos de entrega de material reciclável e que permite a ele
informar à empresa coletora seu interesse na coleta seletiva.
Acredita-se que com esta forma interativa, tem-se como resultado uma maior facilidade e
esclarecimento ao usuário do que os abordados hoje através de arquivos e tabelas. Com isso, espera-se
que aumente o número de pessoas a praticarem a separação do lixo reciclável.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
Desenvolver um Sistema Web para auxiliar na identificação de pontos e rotas de coleta seletiva
de lixo.
1.2.2 Objetivos Específicos
1. Analisar as principais características dos Sistemas de Informações Geográficas (SIG);
2. Analisar as APIs disponíveis para desenvolvimento de SIGs;
3. Definir os requisitos para elaboração do Sistema Web;
4. Modelar a ferramenta proposta;
5. Desenvolver a ferramenta; e
6. Realizar testes e avaliar a ferramenta.
16
1.3 METODOLOGIA
Com a definição dos objetivos e o escopo do trabalho, nesta seção é apresentada uma síntese da
metodologia da pesquisa e os procedimentos metodológicos utilizados durante a realização do projeto.
1.3.1 Metodologia da Pesquisa
A metodologia da pesquisa tem o intuito de descrever de maneira detalhada a ações
desenvolvidas no método de trabalho da pesquisa, sendo aplicada neste trabalho a pesquisa aplicada,
na qual geram-se conhecimentos para aplicação prática dirigida à solução do problema.
A natureza da pesquisa refere-se ao método qualitativo, que considera que há uma relação
dinâmica entre o mundo real e o usuário, que não pode ser traduzida em números.
Dentro da pesquisa qualitativa, este trabalho classifica-se como uma pesquisa exploratória, que
tem como objetivo estabelecer critérios, métodos e técnicas para a elaboração de uma pesquisa e a
partir desta pesquisa criar novos produtos e processos.
1.3.2 Procedimentos Metodológicos
Os procedimentos metodológicos apresentam como o trabalho foi desenvolvido para atingir os
objetivos propostos. Os procedimentos realizados seguiram etapas, sendo que cada uma resultou em
artefatos, sejam eles revisão bibliográfica, documentação ou parte da codificação do Sistema Web. A
sequencia de etapas realizadas para este trabalho foram:

Análise do funcionamento dos SIG: nesta etapa foi realizada a pesquisa bibliográfica
dos conceitos que envolvem os sistemas de informação geográfica, buscando identificar
as formas de representação do conhecimento, as formas de aplicação nas soluções deste
trabalho e demais definições pertinentes necessárias para elaboração do sistema
proposto. Esta etapa resultou em uma documentação formal de parte dos requisitos do
sistema, e também definiu parte do escopo geral do projeto.

Análise de soluções similares: nesta etapa foram identificadas e analisadas as principais
API de mapas disponíveis no mercado, onde identificou-se as suas principais
características e deficiências, que serviram como base para definição da API utilizada e
a elaboração da ferramenta proposta. Também foi realizada a consulta e análise de
trabalhos similares que compartilhem dos mesmos assuntos aqui abordados. O resultado
17
desta etapa foi uma documentação formal sobre as APIs juntamente com uma tabela
comparativa entre elas e como consequência a definição da API utilizada no projeto.
Por parte dos trabalhos similares, foi criada uma documentação analítica dos projetos
realizados.

Modelagem: os requisitos foram avaliados, desde as tecnologias utilizadas até as
características finais, visando detalhar cada componente da ferramenta utilizando as
linguagens C#, Active Server Pages (ASPX), HiperText Markup Language (HTML),
JavaScrip e Cascading Style Sheets (CSS). Este tipo de modelagem é composto por
diagramas que descrevem as características de estrutura, comportamento e interação de
sistemas computacionais.

Desenvolvimento: mediante modelagem, foi implementado o Sistema Web utilizando as
linguagens C#, JavaScript e ASP.NET e criado o banco de dados a ser utilizado pela
aplicação, no qual foi optado pelo Microsoft SQL Server 2008.
 Avaliação: como forma de avaliação foram realizados testes com pessoas em busca de
informações sobre coleta seletiva selecionadas aleatórias. A avaliação foi realizada com 28
pessoas, onde cada uma utilizou as funcionalidades do sistema Web, cadastrando pontos de
interesse, rotas, PEV e área de abrangência. Posteriormente a avaliação foi dado um
feedback sobre o sistema.
Tentou-se realizar uma avaliação com profissionais da área de coleta seletiva, porém
não houve retorno das partes quanto a possibilidade de um encontro para a demonstração
do sistema.
18
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Desde a criação do primeiro sistema simples para aplicação da cartografia por meio de sistemas
informatizados em 1950, até a recente massificação do acesso à SIG (como o Google Earth), as
tecnologias para captura, armazenamento, tratamento e recuperação de informações georreferenciadas
tem melhorado cada vez mais e possibilitado um leque cada vez maior de aplicações.
A Seção 2.1 apresenta a história e definição dos Sistemas de Informação Geográfica, dando
ênfase principalmente na estrutura de dados geográficos onde são apresentadas as estruturas que são
utilizadas pelos SIG e descrevendo suas características.
Na Seção 2.2 é discutido sobre a coleta seletiva e o processo da reciclagem abordando sua
abrangência no cenário nacional e a importância e benefícios de sua prática.
2.1 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA
O Geoprocessamento denota do tratamento de informações geográficas utilizando técnicas
matemáticas e computacionais. Os instrumentos computacionais do Geoprocessamento, chamados de
Sistemas de Informações Geográficas, permitem a realização de análises complexas ao integrar dados
de diversas fontes e ao criar bancos de dados georreferenciados (CÂMARA & MEDEIROS, 1998). As
técnicas matemáticas representam as transformações e distorções geométricas necessárias durante a
transformação de coordenadas (FERREIRA, 2006).
2.1.1 Histórico
Segundo Câmara e Medeiros (1998), a observação e a representação da superfície terrestre
tornaram-se fundamentais na organização das sociedades. Desde a mais remota antiguidade até os dias
atuais, as informações espaciais tem sido descritas de forma gráfica pelos antigos cartógrafos.
Originalmente, os mapas foram usados para descrever locais distantes, para assim, auxiliar a
navegação e as estratégias militares.
Ainda de acordo com os referidos autores, com o inicio das navegações nos séculos XIV e XV,
os governos europeus resgataram a importância dos mapas e começou-se a realização de mapeamentos
sistemáticos em seus territórios. No século XX, a elaboração de mapas topográficos e temáticos foi
intensificada. Surgiram os métodos matemáticos e estáticos para o tratamento de informações
geográficas contidas nos mapas. E foi nas décadas de 1970 e 1980 que graças a evolução
computacional, houve um grande avanço nas técnicas de produção e análise cartográfica.
19
O primeiro SIG informatizado foi desenvolvido no Canadá em 1962, mas só tornou-se
totalmente aplicável em 1971, sendo denominado Canada Geographic Information Systems. As
instituições públicas e áreas de domínio militar foram os primeiros usuários destes produtos. O
objetivo inicial era disponibilizar informações georeferenciadas para apoiar a gestão pública na
prestação de serviços à sociedade, como por exemplo, a realização de inventários de terras que
envolviam aspectos socioeconômicos e ambientais. No Brasil as primeiras aplicações do SIG foram
direcionadas aos setores de energia e meio ambiente (NAZÁRIO, 1998).
Ao final da década de 70, houve um grande amadurecimento na indústria do SIG, ocorrendo
principalmente nos Estados Unidos. Após este evento, acompanhou-se um rápido crescimento durante
a década de 80, onde os SIG ganharam a aceitação mundial. Dados os fatos, na década de 90 os SIG
tiveram sua aplicação ampliada para o setor privado e disseminaram novas áreas e enfoques, como por
exemplo: geo-marketing, gestão de território, áreas de cartografia, análise de recursos naturais,
licenciamentos e impactos ambientais, transportes, comunicação, energia, hidrogeologia, zoneamento,
e planejamento urbano e regional etc. (CALIJURI & ROHM, 1995; DOMINGUES & FRANÇOSO,
2008; LOPES, 2005; NAZÁRIO, 1998; ROSE, 2001; PINTO & MONTEZANO, 2005).
2.1.2 Definições
Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) são softwares que fornecem armazenagem,
recuperação, análise, visualização e também a criação de mapas dotados de informações espaciais, tais
como logradouros, informações territoriais, localização de informações censitárias, dentre outros
(CHURCH, 2002). Para Nazário (1998), os SIG tratam de uma coleção de software, hardware, dados
geográficos e pessoal para facilitar o processo de tomada de decisão que envolve o uso de informações
georreferenciadas na organização.
Mark et al. (2013) afirmam que SIG são sistemas informatizados para o armazenamento,
recuperação, manipulação, análise e visualização de dados geograficamente referenciados. Uma vez
que eles podem incluir informações física, biológica, cultural, demográfica, ou econômica, eles são
ferramentas valiosas nas ciências naturais, sociais, médicas e de engenharia, bem como em negócios e
planejamento.
Câmara e Queiroz (2004) apresentaram, numa visão abrangente, o relacionamento hierárquico
dos principais componentes ou subsistemas de um SIG (Figura 1). No nível mais próximo ao usuário
(interface homem-máquina) é definido como o sistema será operado e controlado. Desde a sua
20
concepção, um SIG deve ser compreendido como uma ferramenta para apoiar a tomada de decisão por
parte do usuário.
Figura 1- Estrutura geral de um SIG.
Fonte: Câmara e Queiroz (2004).
Fitz (2008) afirma que, nesse sentido, a estrutura de um SIG deve ser muito bem planejada para
que essa interação homem-máquina ocorra de maneira eficiente e atenda às necessidades dos usuários.
No nível intermediário, um SIG deve ter mecanismos de processamento de dados espaciais (entrada,
edição, análise, visualização e saída). Finalmente, no nível mais interno, um sistema de gerenciamento
de bancos de dados geográficos oferece armazenamento e recuperação dos dados espaciais e dos seus
atributos. Para Câmara e Queiroz (2004), cada software, em função de seus objetivos e necessidades,
implementa estes componentes de forma distinta, mas todos os subsistemas citados devem estar
presentes em um SIG.
2.1.3 Dados Geográficos
Para que seja possível produzir informações geográficas a partir dos Sistemas de Informações
Geográficas, é necessário “alimentar” os computadores e os programas computacionais com dados
sobre o mundo real. Desta forma, é necessário produzir uma representação ou um modelo
21
computacional do mundo real, que é extremamente complexo em seu detalhamento e em sua dinâmica
temporal.
Ferreira (2006) explica que existem 3 grandes implicações na construção de uma representação
do mundo real, sendo elas: redução da complexidade geométrica do mundo real, através da aplicação
de escala, amostragem e seleção de elementos; a redução da complexidade temporal do mundo real,
através de um corte temporal ou da observação de fenômenos em intervalos discretos de tempos e, por
fim, a identificação e categorização dos elementos existentes na superfície terrestre, através de cortes
temáticos. O autor divide a superfície terrestre em três grandes categorias de elementos as quais se
distinguem por suas características geométricas relacionadas ao mapeamento.
Elementos Contínuos: Elementos da natureza que se caracterizam pela dificuldade na
localização das bordas (limites) entre suas classes. Exemplos destes elementos são: solos, o relevo, a
vegetação, a geologia, a geomorfologia, a temperatura, a paisagem, a pluviometria, etc.
Os elementos com características contínuas podem ser representados por elementos de estrutura
vetorial, tais como, conjuntos de ponto regularmente ou irregularmente espaçados, isolinhas (curvas de
mesmo valor), redes de polígonos regulares ou irregulares, e também por elementos de estrutura
matricial, conjuntos de pixels ou células (tesselação, imagens digitais).
Elementos Discretos: Elementos que apresentam facilidade na localização das bordas entre
suas classes. Exemplos destes são os objetos construídos pelo homem, tais como elementos do sistema
viário (ruas, rodovia, avenidas, aeroportos, portos, pontes, etc.), edificações em geral, áreas agrícolas,
equipamentos de infraestruturas (postes, linhas de transmissão e de comunicação, etc.).
Os elementos de característica discreta podem ser representados em SIG ou em cartografia
preferencialmente por estruturas vetoriais (pontos, linhas e polígonos), no entanto, também é possível
representar tais elementos utilizando-se estruturas matriciais (pixels, células).
Elementos abstratos: Elementos que apresentam características discretas, mas nem sempre
são fisicamente identificáveis por meio de observação terrestre, aérea e orbital. Os elementos abstratos
possuem bordas entre suas classes, porém essas bordas nem sempre estão materializadas sobre a
superfície terrestre, mas sim em convenções jurídicas e administrativas. Como exemplo de elementos
de característica abstrata, se pode citar zoneamentos eleitorais, limites políticos, áreas de preservação
ambiental, zonas militares, etc.
22
Os elementos de característica abstrata são representados em SIG e cartografia,
referencialmente através de estruturas vetoriais (pontos, linhas e polígonos), porém também podem ser
representadas por estruturas matriciais (pixels, células).
Através dos SIG e também em outros programas computacionais que tratam elementos gráficos
digitais, o mundo real é representado por conjuntos de camadas temáticas, conforme pode-se observar
na Figura 2.
Figura 2 - Camadas temáticas representando o mundo real.
Fonte: Ferreira (2006).
A organização computacional das camadas suprademonstradas depende da arquitetura dos
programas computacionais, podendo estes trabalharem com um único arquivo ou não. Cada camada
trata de um subconjunto de dados dentro deste arquivo, sendo que outros programas consideram cada
camada como um arquivo separado. Sob o óbice de abordagens tecnológicas mais recentes, o conjunto
de camadas é visto como um banco de dados geográficos, onde cada tabela integrante deste banco é
uma camada temática (FERREIRA, 2006).
23
Corroborando com o conceito acima, Fitz (2008) enfatiza que um procedimento muito
relevante existente nos SIG é a capacidade do sistema executar a sobreposição de camadas (layers) de
dados espaciais, conhecido como overlay. Essas camadas são georeferenciadas e podem ser livremente
manipuladas, o que permite gerar informações adicionais às preexistentes. A sobreposição de camadas
pode ser feita tanto em arquivos matriciais, quanto em arquivos vetoriais. Em geral, os SIG são
considerados a principal ferramenta utilizada pelo “geoprocessamento” ou “geoinformática”. Sobre
essas terminologias, Câmara e Queiroz (2004) afirmam que os termos Geographical Information
Systems e Geographical Information Science deram origem a vários termos em Português que são
utilizados de forma equivalente, embora existam diferenças sutis entre eles, a citar:
 Geotecnologias - usado de forma genérica para referir-se às tecnologias de tratamento
computacional da informação geográfica. Inclui as tecnologias SIG, GPS e dispositivos
móveis;
 Geoprocessamento - foi uma tentativa de traduzir Geographical Information Science para o
português, em que se une o prefixo “geo” ao termo "processamento" para se referir aos SIG, ou
seja, aos
tratamentos computacionais de dados geográficos. Para o autor, o termo
“Geoinformática” deve ser utilizado em detrimento ao geoprocessamento.
 Geoinformática - é uma melhor forma de descrever a disciplina científica que lida com teorias,
métodos e técnicas para representação computacional de dados geográficos. O termo
"informática" tem uma conotação ampla em Português e inclui as atividades de ciência e
tecnologia de informação. Assim, Geoinformática é um conceito amplo para incluir muitas
atividades que tem em comum o uso de TI (Tecnologia de Informação) para tratar dados
geográficos.
Câmara, Monteiro e Medeiros (2004) enfatizam que a Ciência da Geoinformação ainda não se
consolidou como disciplina científica independente. Para que isto aconteça, será preciso estabelecer
um conjunto de conceitos teóricos, de aplicação genérica e independente de aspectos de
implementação. Para os autores, a tecnologia SIG evoluiu de maneira muito rápida a partir da década
de 1970, mas esse desenvolvimento não foi acompanhado por um correspondente avanço nas bases
conceituais da geoinformação. Como resultado, o
aprendizado da geoinformática tornou-se
singularmente difícil e as raízes deste problema estão na própria natureza interdisciplinar da Ciência da
Geoinformação.
24
2.1.4 Estruturas e Formatos de Dados Geográficos
Segundo Ferreira (2006), dados geográficos são definidos como dado espacial cuja dimensão
espacial esta associada à sua localização na superfície da Terra num determinado instante ou período
de tempo. O autor ainda complementa que dados geográficos possuem
quatro características
fundamentais, a primeira delas é a característica espacial (posição geográfica e geometria do elemento
representado), a segunda é a característica não espacial (descrição alfanumérica, pictórica e sonora do
elemento representado), ou seja, além de textos descritivos, a tecnologia atual permite a associação de
imagens, filmes, sons e hiperlinks aos elementos representados. A terceira característica fundamental é
a característica temporal, que trata do tempo de validade do dado geográfico, além de suas variações
sobre o tempo. Finalmente, a última característica fundamental é a sua documentação (metadados), que
pode conter um grande conjunto de informações úteis para a correta utilização do dado geográfico,
precisão e acurácia do dado, restrições e regras para distribuição e acesso, descrição de cada atributo
não espacial, etc. A Figura 3 apresenta as quatro características fundamentais de um dado geográfico.
Figura 3 - Características fundamentais do dado geográfico.
Fonte: Ferreira (2006).
A componente espacial do dado geográfico pode ser armazenada em uma estrutura vetorial ou
matricial. A Figura 4 ilustra dados espaciais armazenados em estrutura vetorial e estrutura matricial.
25
Figura 4 - Estruturas de armazenamento de dados espaciais.
Fonte: Ferreira (2006).
2.1.4.1 Estrutura Matricial (Raster)
Na estrutura matricial, também conhecida como estrutura raster, a representação é feita através
de uma matriz onde cada célula tem uma valor correspondente ao atributo analisado e pode ser
localizada pelo cruzamento entra as linhas e colunas. Ferreira (2006) define uma estrutura matricial
como sendo uma matriz bi-dimensional, que pode ser matematicamente definida como sendo uma
função f(x,y), composta por linhas e colunas, onde cada elemento desta estrutura contém um número
inteiro ou real, podendo ser negativo ou positivo.
O autor ainda destaca que cada elemento da estrutura matricial recebe o nome de célula ou
pixel (picture element) e pode representar qualquer elemento do mundo real, por exemplo temperatura
(pode conter valores positivos para regiões quentes ou negativos para regiões extremamente frias),
altitudes (valores positivos para locais acima do nível médio dos mares, ou negativos para locais
abaixo do nível médio dos mares), reflectâncias (valores positivos e reais entre 0 e 1), níveis de cinza
(valores positivos inteiros, variando de 0 a 255, para imagens de oito bits 28, 0 a 65535 para imagens
de dezesseis bits 216, e assim por diante). Os valores de dados armazenados em estrutura matricial
podem representar também categorias temáticas do mundo real, por exemplo, no caso do tema
vegetação, todas as células com valor 10 podem pertencer a categoria floresta, as células com valor 11
podem pertencer a categoria cerrado e assim por diante.
O armazenamento de dados geográficos em uma estrutura matricial ocorre através de um
arquivo, conforme exemplificado na Tabela 1.
26
Coord. X
Coord. Y
Res. X
Res. Y
N. Linhas
N. Colunas
428000
7325000
30
30
10
10
200, 124, 234, 244, 145, 34, 12, 45, 345, 123, 321, 124, 122, 300, 301, 302, 40, 1, 2, 34, 54, 45, 12,
13, 54, 65, 67, 34, 43, 23, 0, 11, 24, 32, 24, 55, 36, 47, 28, 27, 45, 65, 76, 78, 98, 9, 25, 23, 434, 56,
764, 34, 234, 234, 21, 32, 34, 54, 67, 78, 89, 90, 45, 32, 23, 11, 22, 34, 55, 445, 12, 23, 44, 55, 55, 12,
12, 32, 34, 45, 56, 65, 67, 76, 76, 45, 34, 45, 56, 12, 34, 45, 657, 12, 23, 44, 55, 65, 12, 12, 43, 45
Tabela 1- Esquema conceitual de dados geográficos armazenados em estrutura matricial
Fonte: Ferreira (2006).
Os arquivos em estrutura matricial podem conter ainda várias camadas, mais especificamente
bandas, no caso de imagens obtidas por sensores remotos, ou por câmaras fotográficas digitais, ou
ainda por meio de dispositivos de digitalização matricial, denominados scanners. Neste caso, os
arquivos matriciais podem ser estruturados de três formas distintas, sendo elas: Banda Sequencial
(BSQ), Banda Intervalada por Linha (BIL) ou Banda Intervalada por Pixel (BIP). Nestes três casos, o
cabeçalho da imagem também contém o número de bandas da imagem, além é claro, do esquema de
armazenamento (BSQ, BIL ou BIP), em seguida estão armazenados os valores das células de cada
banda. A Figura 5 ilustra os esquemas de armazenamentos BIL, BIP e BSQ.
Figura 5- Esquema de armazenamento de dados em estrutura matricial em múltiplas camadas
ou bandas (A) Esquema de armazenamento em Banda Sequencial (BSQ), (B) Esquema de
armazenamento em Banda Intervalada por Linha (BIL) e (C) Esquema de armazenamento em
Banda Intervalada por Pixel (BIP).
Fonte: Adaptado de Ferreira (2006).
27
Os arquivos matriciais são armazenados nos mais diversos formatos, porém os mais utilizados
são: Tiff, GeoTiff, Jpeg, BMP, IMG, GRIB, GRID, MrSid, entre outros. Todos esses formatos são
armazenados em estrutura binária, no entanto, é possível utilizar um editor de textos simples e produzir
um arquivo em formato ASCII.
2.1.4.2 Estrutura Vetorial
Dados espaciais armazenados na estrutura vetorial tem a localização e os atributos gráficos de
cada objeto representadas por pelo menos um par de coordenadas. Nesta estrutura as entidades podem
ser representadas na forma de pontos, linhas (arcos e demais elementos lineares) e polígonos (Áreas).
Na Figura 6 pode-se observar graficamente estas formas.
Figura 6 - Representações vetoriais em duas dimensões.
Fonte: Câmara (2013).
Corroborando com o conceito supracitado, Ferreira (2006) define as estruturas vetoriais como a
localização e aparência gráfica de cada elemento do mundo real, representados por um ou mais pares
de coordenadas. Adicionalmente, esses elementos também são caracterizados por atributos descritivos
(não espaciais).
28
O autor comenta ainda que este tipo de representação não é exclusivo de programas SIGs, que
programas de CAD e outros tipos de programas de computação gráfica também utilizam esta
representação. Porém, o uso de estruturas vetoriais por programas computacionais de SIG são mais
sofisticados que programas CAD, pois tratam da topologia, associação de atributos alfanuméricos e
indexação espacial.
Para se entender melhor como são tratados os dados da estrutura vetorial pelos SIGs, são
apresentados os esquemas de armazenamento dos dados vetoriais pontuais, lineares e poligonais, bem
como as noções de topologia.
 Feição Pontual - Elementos do mundo real, tais como postes da rede elétrica, sinalização
vertical de trânsito, transformadores e outros equipamentos elétricos e hidráulicos, árvores,
entre outros elementos geralmente são representados como pontos. Nascentes de rios, alguns
pequenos lagos, algumas pequenas cidades e localidades, edificações, conforme a escala de
representação, podem ser representados por feições pontuais.
As feições pontuais são utilizadas para representar elementos do mundo real, que conforme a
escala possui área e comprimento de inviável representação gráfica, ou que ainda para atender os
objetivos, sua área e comprimento não necessitam ser graficamente representados (FERREIRA, 2006).
 Feição Linear - Elementos do mundo real, tais como linhas de distribuição elétrica, cabos de
telefonia fixa, encanamentos de água, esgoto e gás, eixos de logradouro, eixos da rede de
drenagem, são representados por feições lineares. Riachos, rios e estradas, conforme a escala
de representação, podem ser representados por feições lineares.
Ferreira (2006) define que as feições lineares são utilizadas para representar elementos do
mundo real, que conforme a escala, possuem comprimento, porém sua área é de inviável representação
gráfica, ou que ainda para atender os objetivos, sua área não necessita ser graficamente representada.
Uma feição linear é graficamente definida por um conjunto de coordenadas (x1, y1, x2, y2,...,xn, yn),
sendo que o primeiro e o último par de coordenadas são denominados nós e desempenham a função de
terminais e/ou conectores das feições lineares, enquanto isso, os pares de coordenadas intermediárias
são os vértices da feição linear. Através dos pares de coordenadas que formam o conjunto de feições
lineares, é possível obter as propriedades topológicas de comprimento, direção, conectividade e
adjacência.
29
 Feição Poligonal - Elementos do mundo real, tais como limites políticos, corpos d’agua, lotes,
quadras, categorias de vegetação, de solos, de geologia e de geomorfologia, entre outros, são
representados por estruturas vetoriais poligonais. Os arquivos vetoriais são armazenados nos
mais diversos formatos, porém os mais utilizados são: Shapefile, Distillers wet grains (DWG),
Drawing Exchange Format (DXF), Downers Grove North (DGN), coverage, Vector Product
Format (VPF), entre outros. Atualmente, os bancos de dados geográficos podem conter dados
vetoriais.
As feições poligonais são utilizadas para representar elementos do mundo real, que possuem
área e perímetro e podem ser representados graficamente. Uma feição linear é graficamente definida
um conjunto de feições lineares (L1, L2, .., Ln), que por sua vez são graficamente definidas por
conjuntos de coordenadas (x1, y1, x2, y2, ...,,xn, yn). Através desta estruturação, são definidas as
seguintes propriedades topológicas: área, perímetro, adjacência, contingência e o polígono envelope
(FERREIRA, 2006).
2.2 COLETA SELETIVA E RECICLAGEM DE MATERIAIS
A coleta do material residual segregado consiste na separação e recolhimento de resíduos
descartados por empresas e casas, os materiais que podem ser reciclados, como vidros, metais, papéis e
plásticos são separados do lixo orgânico.
Mediante entendimento aduzido por Bringheti (2004), a coleta seletiva pode ser definida como
"a etapa de coleta de materiais recicláveis presentes nos resíduos sólidos urbanos, após sua separação
na própria fonte geradora, seguido de seu acondicionamento e apresentação para coleta em dias e
horários pré-determinados, ou mediante entrega em Postos de Entrega Voluntária, em Postos de Troca,
a catadores, a sucateiros ou a entidades beneficentes". O autor ainda defini a coleta seletiva como um
"instrumento de gestão ambiental que deve ser implementado visando à recuperação de material
reciclável para fins de reciclagem".
Não somente papéis, plásticos, metais e vidros merecem a devida atenção, outros resíduos –
tais como pilhas, baterias e medicamentos – também devem ser separados, pois quando descartados no
meio ambiente provocam a contaminação do solo. Conceitua-se como "resíduo tóxico" qualquer
substância tóxica capaz de causar danos à saúde e/ou ao meio ambiente quando depositado em um
local inadequado (BALDISSARELLI et. al., 2009).
30
É válido ressaltar que todo “medicamento” de modo algum deve ser descartado junto com o
lixo orgânico, pois possui substâncias químicas que podem contaminar o solo e a água. O usuário deve
entregar os frascos de medicamentos não mais utilizados nos postos de coleta, os quais são dispostos
em redes de farmácias. Salienta-se que diversos dos componentes encontrados em remédios são
resistentes a ação da água, e caso não sejam tratados acabam voltando para rede de água pluvial
(NASCIMENTO, 2008).
É de suma importância que os seres humanos se sensibilizem e reduzam o seu consumo,
reutilizem ou reciclem os resíduos sólidos, eliminando assim a degradação do meio ambiente. A
sociedade em que vivemos tem como hábito extrair da natureza a matéria-prima e, depois de utilizada,
descartá-la em lixões, caracterizando uma relação depredatória com o seu habitat. Assim, grande
quantidade de produtos recicláveis que poderiam ser reaproveitados a partir dos resíduos, são
inutilizados na sua forma de destino final. “Isso implica em uma grande perda ambiental, devido ao
potencial altamente poluidor do mau gerenciamento dos resíduos gerados, comprometendo a qualidade
do ar, solo e, principalmente as águas superficiais e subterrâneas”, (AZEVEDO, 1996).
Vê-se que a coleta seletiva é de grande importância á sociedade. Além de gerar renda para as
pessoas e economia para as empresas, é de vital importância ao meio ambiente, uma vez que diminui a
poluição de solos e rios. A coleta seletiva é de vital importância para o desenvolvimento sustentável do
planeta. Vargas (2002) destaca que o “desenvolvimento sustentável pressupõe participação, diálogo,
respeito às diferenças, reconhecimento das capacidades e uma visão integrada de suas várias
dimensões econômicas, políticas cultural, tecnológica e ambiental”.
A Coleta Seletiva do lixo está intimamente ligada ao processo de Reciclagem, auxiliando no
recolhimento dos resíduos que podem ser transformados e reutilizados, contribuindo para a
preservação do meio ambiente.
A palavra “reciclagem” descrita pelo Dicionário Michaelis significa:
sf (reciclar+agem) 1 Modificação, mais ou menos profunda, nos períodos, métodos de
avaliação etc. escolares. 2 Reaproveitamento (de algum material).
Dados da pesquisa Ciclosoft do trazem avanços na reciclagem brasileira pós aprovação da
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). O Compromisso Empresarial para Reciclagem
(CEMPRE) anuncia os resultados da Pesquisa Ciclosoft 2012.
31
A edição atual do estudo aponta que 27 milhões de brasileiros e 766 municípios do País já
contam com coleta seletiva. Realizada a cada dois anos, a pesquisa está em sua décima edição e tem
por objetivo traçar um panorama da reciclagem no país e servir de instrumento para iniciativas que
visam o desenvolvimento do setor.
Os números apontam avanços deste serviço no País, principalmente após a aprovação da
PNRS. Dos 5.565 municípios brasileiros, 14% já contam com o serviço estruturado. Em comparação
com os resultados obtidos em 2010, houve um incremento de, aproximadamente, 73% no número de
cidades que realizam a coleta, saltando de 443 para 766 (CEMPRE, 2012).
Figura 7 - Gráfico do aumento no número de municípios brasileiros
com coleta seletiva
Fonte: CEMPRE (2012)
Existem três diferentes modelos de coleta seletiva: Cooperativas de catadores, Postos de
Entrega Voluntária e porta-a-porta. Os programas com maior êxito são aqueles em que há uma
combinação destes modelos. Segundo levantamento realizado pela Ciclosoft, Figura 8 - Percentual de
utilização dos modelos de coleta seletiva no BrasilFigura 8, a maior parte dos municípios brasileiros
ainda realiza a coleta porta-a-porta, o que totaliza um total de 88% dos 766 municípios mencionados.
72% dos municípios utilizam o modelo de cooperativas e 53% utilizam os pontos de entrega voluntária
(PEV).
32
Figura 8 - Percentual de utilização dos modelos de coleta
seletiva no Brasil
Fonte: CEMPRE (2012)
Seguindo o levantamento realizado, conforme a Figura 9, a Ciclosoft aponta que a coleta de
resíduos sólidos municipais é feita pela própria prefeitura em 48% das cidades pesquisadas; Empresas
particulares são contratadas para executar a coleta em 26%; E 65% apoia ou mantém cooperativas de
catadores como agentes executores da coleta seletiva.
Figura 9 - Agentes executores da coleta seletiva
Fonte: CEMPRE (2012)
Acompanhando o crescimento na coleta seletiva e o interesse da população em fazer sua parte
neste processo, crescem os investimentos nesta área. Em Florianópolis/SC, a principal empresa
33
responsável pela coleta de lixo e também da coleta seletiva, Companhia de Melhoramentos da Capital COMCAP, anunciou no dia 29/11/2012, um projeto, em parceria com a Prefeitura Municipal e o
Governo Federal, para criação de um Sistema Web, com características muito semelhantes a propostas
neste projeto, ANEXO A.
Hoje, a COMCAP possuí um site1 que está no domínio da Prefeitura Municipal de
Florianópolis. Neste site são disponibilizadas informações sobre a companhia, projetos e serviços. É
disponibilizado também um documento em formato pdf, conforme ANEXO B, onde são apresentados
dias e horários por bairros do atendimento da coleta seletiva na capital catarinense.
Além dos horários e bairros, há também um outro documento em formato pdf, ANEXO C, que
instrui as pessoas a o que separar para a coleta seletiva.
1
http://www.pmf.sc.gov.br/entidades/comcap/
34
3 TRABALHOS E FERRAMENTAS RELACIONADAS
Foram realizadas pesquisas encima de trabalhos com os mesmos objetivos do projeto aqui
proposto. Nesta pesquisa foram encontrados trabalhos que relacionavam em suas proposta o sistema de
coleta Seletiva. Dentre estes trabalhos foram selecionados dois que abordavam o uso de sistemas de
informação geográfica para criação de melhores rotas para os caminhões da coleta seletiva.
Nas subseções que seguem tem-se uma breve descrição do estudo realizado e as características
de cada trabalho.
3.1 TRABALHOS RELACIONADOS
Nesta seção serão comentados trabalhos similares que foram desenvolvidos com a intenção de
encontrar o melhor e menor caminho a se realizar pelos caminhões das empresas de coleta de lixo.
Ambos os autores mapearam as rotas percorridas pelos caminhões através de GPS e
posteriormente utilizaram o sistema GPS TrackMaker para simular e encontrar o melhor caminho.
3.1.1 Logística reversa: a utilização de um sistema de informações geográficas na
coleta seletiva de materiais recicláveis
Oliveira (2011), apresenta em sua dissertação, a utilização de um Sistema de Informações
Geográficas para Transportes no planejamento da logística reversa (LR) de um programa de coleta
seletiva de materiais recicláveis em meio urbano, tendo como objeto de estudo uma associação de
catadores de materiais recicláveis localizada na cidade de Itajubá/MG. O método de pesquisa adotado
é a modelagem e simulação.
Xanthopoulos e Iakovou (2009 apud OLIVEIRA 2011) descreve que a LR é uma disciplina
integrada e sistemática da cadeia de suprimentos e tem como meta promover o desenvolvimento
sustentável, o manejo dos produtos em fim de vida de forma eficiente, lucrativa e em conformidade
com as regulamentações ambientais. Já para Srivastava (2007), a LR integra um conceito mais amplo
denominado “Gestão Verde da Cadeia de Suprimentos” (Green Supply Chain Management) que tem
suas raízes na gestão ambiental inserida na cadeia de suprimentos e visa discutir a influência e conexão
entre ambas as áreas. Conforme o autor, a LR é incentivada pela crescente deterioração do meio
ambiente, como a diminuição de fontes de matérias-primas, esgotamento da vida útil dos aterros e
aumento dos níveis de poluição.
35
A pesquisa realizada utilizou a Associação de Catadores Itajubenses de Materiais Recicláveis
como fonte de dados e para captação destes dados um aparelho GPS. Oliveira(2013) captou os dados
com base em objetivos montados por ela, conforme Tabela 2.
OBJETIVO
1) Informações básicas do
funcionamento do sistema
2) Localização, Roteirização e
Programação de Veículos
INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS
- Localização do depósito
-Frota de veículos
-Tipo de resíduos coletados
-Volume total coletado
- Abrangência da coleta
- Mapa digital da cidade e sentido
de tráfego das vias
- Capacidade do veículo
- Trajetos percorridos
- Distância total percorrida por
cada veículo de coleta
- Frequência da coleta
-Horário da coleta
-Periodicidade da coleta
-Ponto de disposição final
-Equipe de trabalho
- Velocidade nos trajetos
- Restrição de janela de tempo
- Pontos de passagem obrigatórios
- Sequência de visitas
- Tempo gasto em cada trajeto
- Volume coletado em cada trajeto
Tabela 2 - Dados coletados no levantamento de campo
Fronte: Oliveira (2011)
Após os dados coletados, os arquivos gerados pelo GPS foram tratados no software GPS
Trackmaker PRO e convertidos para um arquivo compatível com o transCAD.
Na avaliação realizada por Oliveira (2011), conforme Figura 10, foi percebido que o veículo da
associação precisava atravessar a cidade inteira até chegar ao aterro, e que ocorre dos associados
chegarem aos bairros após o caminhão da coleta convencional, o que acabava prejudicando a coleta do
material reciclável e denegrindo a imagem da associação.
Figura 10 - Rotas da Associação de catadores
Fonte: Oliveira (2011)
Após a conclusão dessa etapa de coleta dos dados onde Oliveira (2011) identificou e conheceu
as principais características do objeto de estudo, partiu-se para uma etapa de modelagem e simulação.
36
Nesta etapa foram criados cenários de simulação, com base em hipóteses assumidas para a
elaboração dos mesmos. Frente aos cenários criados, estes foram divididos em cinco grupos, onde em
cada qual se enquadravam cenários com características semelhantes.
Após a simulação dos cenários, a pesquisadora analisou os resultados obtidos e demonstrou
através de um tabela os resultados obtidos dos melhores cenários simulados.
Diante das análises, Oliveira (2011) conclui dizendo "A logística reversa, alternativa para a
destinação dos materiais recicláveis presentes nos Resíduos Sólidos Urbanos, devido a sua
peculiaridade de trabalhar em muitos casos, com produtos de baixo valor agregado (pós-consumo),
requer tanto (ou até mais) atenção e planejamento quanto à logística direta. Assim, o objetivo geral
desta pesquisa foi utilizar um Sistema de Informações Geográficas para Transportes no planejamento
da logística reversa de um programa de coleta seletiva de materiais recicláveis em meio urbano, tendo
como objeto de estudo uma associação de catadores de materiais recicláveis na cidade de Itajubá/MG."
O intuito principal deste trabalho foi descrever o método utilizado para o planejamento e
dimensionamento de um programa de coleta seletiva, uma vez que os valores das variáveis e
parâmetros podem ser modificados e simulados novamente no SIG à medida que novas necessidades e
restrições forem estabelecidas.
3.1.2 Avaliação do serviço de coleta de resíduos sólidos domiciliares em cidade de
médio porte utilizando sistemas de informação geográfica e receptores de sistema
de posicionamento por satélite.
Castro (2006) elaborou um estudo de caso do serviço de coleta de lixo na cidade de Ituiutaba
(MG). O estudo foi elaborado com o intuito de melhorar o serviço da coleta, diminuindo o distância
percorrida, a mão de obra e a repetição de trechos.
Para caracterizar o problema, foram realizados mapeamentos dos setores e das rotas de coleta
de lixo da área de estudo com a utilização de sistema GPS e o software GPS TrackMaker para o
tratamento e obtenção dos dados de distâncias percorridas, tempos e velocidade de percurso.
No estudo de casos, Castro (2006) utiliza o SIG como ferramenta para roteirização de veículos
de coleta de resíduos sólidos domiciliares aliados a receptores do sistema GPS.
Para início de estudo, precisou-se identificar a situação da coleta de lixo, visto que a Secretária
Municipal de Obras e Serviços Públicos não possuía sequer uma planta, adequada, da cidade.
37
Elaborou-se então uma planta da cidade com os setores de coleta de lixo conforme a Figura 11. Foi
identificado que os roteiros realizados pelos caminhões de coleta não seguiam nenhum estudo e
haviam sido definidos pelos próprios motoristas que executavam os serviços há vários anos.
Figura 11 - Setores de coleta de lixo, cenário atual - Ituiutaba (MG).
Fonte: Castro (2006).
Tendo a definição dos setores e levantamento dos recursos disponíveis, deu-se início à captação
dos dados como percurso, tempo e velocidades máxima, média e mínima. Após os levantamentos, foi
aplicado o software TransCAD para elaboração de um novo cenário para a coleta de lixo.
Para Cairns (1998 apud CASTRO, 2006), o software TransCAD possibilita a definição de
redes, viagens, matrizes e tem uma série de algoritmos desenvolvidos para transporte, fornecendo uma
38
funcionalidade adicional às tradicionais ferramentas disponíveis em SIG, como rotinas específicas para
solução de problemas de logística, pesquisa operacional e de transporte em geral.
No sistema TransCAD foram criados diferentes cenários, os quais foram simulados utilizando
uma rotina de roteamento em arco. Com os resultados obtidos, Castro (2006) conclui que as aplicações
das rotinas do TransCAD mostraram que grandes melhorias nos serviços de coleta de lixo podem ser
implantadas. Os resultados oriundos do estudo apontaram melhorias significativas, com redução de
trajetos e mão de obra.
3.2 ANÁLISE DOS TRABALHOS RELACIONADOS
Nota-se que a intenção dos dois autores foi a de achar a melhor rota a ser percorrida pelos
caminhões das empresas de coleta de lixo. Para tal processo, eles captaram os trajetos realizados
através de um sistema GPS e posteriormente simularam situações através de um software.
Os autores, coincidentemente, utilizaram o software TransCAD para desenhar o mapa e todo o
trajeto realizado. Com isso foi possível observar e agregar ao projeto aqui proposto as formas de
delimitação utilizadas para demarcar setores e também o processo de roteamento que será de grande
importância ao mapa interativo do Sistema Web.
Os autores explicam em seus trabalhos como foi o processo de captação das informações e
como utilizá-las posteriormente em sistemas de informação geográfica. Com isso, muitas dúvidas
acerca deste processo foram sanadas e serão mais facilmente resolvidas na etapa de modelagem do
Sistema Web.
3.3 FERRAMENTAS DE MAPAS
A análise de ferramentas de mapas baseou-se sobre as principais ferramentas de mapas
disponíveis no mercado. A partir destas foi realizada uma análise sobre cada uma e levantou-se suas
principais características o que resultou em uma tabela comparativa que auxiliou na decisão pela
ferramenta a ser adotada para o desenvolvimento deste projeto.
As ferramentas de mapas são as API de mapas oferecidas no mercado, dentre as quais
destacam-se 4 principais APIs, são elas: a) API de mapas da Google, b) API de mapas da Yahoo, c)
API de mapas da NOKIA e d) API de mapas da ESRI.
39
Nas subseções que seguem tem-se uma breve descrição das características e principais
funcionalidades de cada um destes serviços.
3.3.1 API de mapas Google
O Google Maps possui uma ampla gama de APIs, as quais permitem incorporar a
funcionalidade e a utilidade diária do Google Maps em seus aplicativos e websites, bem como
adicionar dados seus sobre os mapas (GOOGLE, 2013).
Figura 12 - Imagem do Google
Fonte: Google (2013)
A interface da API da Google é clara e de fácil entendimento conforme observa-se na Figura
12. É possível utilizar esta API utilizando JavaScript para incorporar seus mapas iterativos às páginas
Web. Para poder utilizar os serviços disponíveis pela Google o desenvolvedor necessitará criar uma
chave de autenticação. Esta chave serve para monitoramento do uso da API e para que a empresa
Google entre em contato com o desenvolvedor caso necessário (GOOGLE, 2013).
A chave é gratuita e permite que a aplicação ou página Web carregue até 25.000 vezes o mapa
no mesmo dia. O carregamento é considerado somente quando o mapa é iniciado em uma página da
Web. Não é considerada forma interativa com o mapa, por exemplo, a criação de rotas, as mudanças
na visualização, dentre outras. É válido destacar que, caso o site exceda o valor de 25.000
carregamentos, não significa que o mapa será travado a partir daquele momento. A empresa Google
esta ciente que podem haver dias de pico onde o mapa é carregado inúmeras vezes, podendo
ultrapassar o limite outrora estipulado. Portanto, só será considerado que o mapa excedeu o limite de
carregamento caso ele ultrapasse o número limite de carregamentos durante 90 dias consecutivos
(GOOGLE, 2013).
40
Os tipos de visualizações disponíveis na API são, de acordo com GOOGLE (2013) são:
1. ROADMAP (Mapa de ruas): esta visualização oferece ao usuário uma visão em duas
dimensões do globo, apresentando as ruas, avenidas e demais tipos de logradouros com seus
nomes;
2. SATELLITE (Satélite): oferece ao usuário a visão real, mas não atual, do globo. Com ela é
possível ver cidades inteiras com todos os objetos que a compõe (casas, prédios, ruas, florestas,
parque, etc.). Através de recursos como Visualização 3D e visualização 45°, disponíveis em
algumas cidades do mapa, é possível visualizar construções em três dimensões e ter a visão do
mapa a partir de fotos tiradas de avião, respectivamente.
3. HYBRID (Híbrido): exibe uma mistura dos mapas de ruas e do mapa satélite.
4. TERRAIN: exibe blocos de relevo físico para exibir recursos de elevação e água (montanhas,
rios etc.).
5. Imagens em 45°: A API do Google Maps suporta imagens especiais em 45° somente de alguns
locais. Tratam-se de imagens em alta resolução, as quais fornecem visualizações em
perspectiva, direcionando a cada ponto cardeal (norte, sul, leste e oeste). As imagens estão
disponíveis em níveis de zoom maiores para os tipos de mapa aceitos.
A API trabalha com objetos de sobreposição, ou seja, é possível colocar objetos no mapa, como
ícones e caixas de texto. Sobreposições são objetos no mapa ligados à coordenadas de
latitude/longitude, portanto, elas se movimentam quando o usuário arrasta ou amplia o mapa. As
sobreposições refletem objetos que são adicionados ao mapa para designar pontos, linhas, áreas ou
coleções de objetos.
A API do Google Maps possui vários tipos de sobreposições, segundo GOOGLE (2013).
Exemplos destas são:
1. Localizações simples: são exibidas com o uso de "marcadores", os quais podem exibir imagens
de ícones personalizados;
2. Linhas: são exibidas com o uso de "polilinhas", representando uma sequência ordenada de
localizações.
41
3. As áreas de forma arbitrária no mapa são exibidas com o uso de "polígonos", os quais são
semelhantes às polilinhas. Os polígonos são uma sequência ordenada de localizações e definem
uma região delimitada por eles.
4. As camadas do mapa podem ser exibidas utilizando "tipos de mapa de sobreposição", é
possível criar um conjunto de blocos próprio, criando tipos de mapas personalizados, os quais
substituem conjuntos básicos de blocos de mapas ou podendo ser exibidos na parte superior
desses mesmos conjuntos.
5. A "janela de informações" trata também de um tipo de sobreposição para a exibição de
conteúdo, normalmente sob forma textual ou de imagem, dentro de um quadro pop-up na parte
superior de um mapa determinada localização.
A API oferece ao usuário diversos controles do mapa, que por sua vez tornam a navegação
mais fácil e dinâmica, o que permite ao usuário maior interatividade com a ferramenta. Estes controles
são visualizados na tela e são de fácil entendimento e interpretação, sendo possível incluir variações
dos mesmos na API do Google Maps, permitindo que o usuário deixe que a API do Google Maps
manipule todo o comportamento do controle (GOOGLE, 2013). A seguir são apresentados os controles
disponíveis:
1. Controle de Zoom: no caso de grandes mapas é exibida uma barra de deslizamento, ou
pequenos botões "+/-" quando tratar de mapas pequenos, o que viabiliza o controle do nível de
zoom do mapa. O padrão aparencial é que este controle fique no canto superior esquerdo do
mapa, no caso de dispositivos sem tela sensível ao toque, ou no canto inferior esquerdo nos
dispositivos sensíveis.
2. Controle Panorâmico: exibe botões para a obtenção de uma imagem panorâmica do mapa. Por
padrão, esse controle fica no canto superior esquerdo do mapa em dispositivos sem tela
sensível ao toque. Em determinados casos, é possível que o controle panorâmico permita girar
a imagem até 45°.
3. Controle de Escala: exibe a escala do mapa, sendo necessário a ativação do mesmo para ser
visualizado.
4. Controle
do
tipo
de
mapa: permite
alterar
entre
tipos
de
mapa
(exemplo,
ROADMAP e SATELLITE). Por padrão, o controle aparece no canto superior direito do mapa.
42
5. Controle Street View: contém um ícone de Pegman que pode ser arrastado para o mapa a fim
de ativar o Google Street View, o controle aparece no canto superior esquerdo do mapa, e
fornece uma visualização panorâmica das ruas e estradas situadas em sua área de cobertura
(GOOGLE, 2013).
6. Controle Girar: é um pequeno ícone circular que permite girar os mapas que contêm imagens
oblíquas. Normalmente esse controle aparece no canto superior esquerdo do mapa.
7. Controle Mapa de Visão Geral: exibe uma miniatura da visão geral do mapa, a qual reflete a
janela de visualização atual do mapa em uma área mais ampla. Tem-se por padrão o controle
aparecer no canto inferior direito do mapa e ser mostrado em seu estado recolhido.
A API do Google Maps possuí o serviço de geocodificação o qual converte endereços (por
exemplo: “298 Rua Koesa, Kobrasol, São José” ) em coordenadas geográficas (Por exemplo latitude:
-27.591285, longitude: -48.613483), assim podem ser usadas para inserir marcadores ou para
posicionar o mapa (GOOGLE, 2013).
Presente na API de Mapas do Google, as rotas podem especificar origens e destinos como
sequências de texto (por exemplo, "Florianópolis, São José", ou Florianópolis, Biguaçu, Balneário
Camboriu) ou como valores de Latitude e Longitude. O Serviço da Google Directions pode retornar
rotas em diversas partes, usando uma série de pontos de referência. As rotas são exibidas como uma
polilinha desenhando o trajeto em um mapa ou como uma série de descrições textuais.
3.3.2 API de mapas Yahoo
"A API de mapas da Yahoo permite incorporar mapas ricos e interativos, em sites e aplicativos
de desktop usando as plataformas Flash, Ajax e APIs de imagens de mapas" (YAHOO, 2013).
Figura 13 - Tela do Yahoo
Fonte: Yahoo(2013).
43
A API de mapas da Yahoo, conforme exibida da Figura 13, oferece outras ferramentas que
incorporam a API de mapas. Com estas ferramentas é possível adicionar aos mapas informações
geográficas, informações climáticas e fotos. A API do Yahoo pode adicionar conteúdos relevantes
geograficamente em seus mapas, tais como Yahoo! Lista de locais, tráfego, e os relatórios do tempo,
eventos e fotos do Flickr. Além disso, suporta o padrão GeoRSS e permite estender esta
funcionalidade de mapas para consumir qualquer outro API (YAHOO, 2013).
A API da Yahoo permite que o desenvolvedor adicione mapas para seus sites usando DHTML
e JavaScript. Os mapas são totalmente incorporáveis e programáveis usando a linguagem de
programação JavaScript. A API é compatível com os navegadores Firefox 2, Internet Explorer 6 ou 7,
Opera 9, Safari 3 e Google Chrome. Versões mais recentes desses navegadores também são suportadas
(YAHOO, 2013).
O site Yahoo! Developer Network não fornece documentação necessária nem referência
documental sobre as características da API de mapas. É possível encontrar referências técnicas de
como programar a API e com base nisso será descrito as características relevantes encontradas na API
de mapas da Yahoo.
Os tipos de visualizações disponíveis na API são:
1. ROADMAP: (Mapa de ruas) esta visualização oferece ao usuário uma visão em duas
dimensões do globo, apresentando as ruas, avenidas e demais tipos de logradouros com seus
nomes;
2. SATELLITE: (Satélite) esta visualização oferece ao usuário a visão real, mas não atual, do
globo. Com ela é possível ver cidades inteiras com todos os objetos que a compõe (casas,
prédios, ruas, florestas, parque, etc.).
3. HYBRID: (Híbrido) esta visualização exibe uma mistura dos mapas de ruas e do mapa satélite.
A API oferece ao usuário diversos controles ao mapa que por sua vez tornam a navegação mais
fácil e dinâmica. Estes controles são visualizados na tela e são de fácil entendimento e interpretação.
Abaixo os controles disponíveis:
1. Controle de Zoom exibe uma barra de deslizamento e pequenos botões "+/-" para
controlar o nível de zoom do mapa.
44
2. Controle de tipo de Mapa permite que o usuário alterne entre tipos de mapa (por
exemplo, MAP e SATELLITE).
3. Controle de posicionamento permite que o usuário mova o mapa nos sentidos cima,
baixo, esquerda e direita.
A API permite a colocação de marcadores no mapa. Os marcadores podem ser etiquetas
simples, SmartWindows, ou ambos. A SmartWindow é um pequeno balão que se abre quando o usuário
clica no marcador. Todos os marcadores podem ser indexados de modo que você pode usar JavaScript
para percorrê-las como uma matriz. É possível usar HTML para ambos SmartWindow e etiquetas
simples.
A API do Yahoo possuí o serviço de geocodificação o qual converte endereços (por exemplo:
“298 Rua Koesa, Kobrasol, São José” ) em coordenadas geográficas (Por exemplo latitude: -27.59128,
longitude: -48.613483), assim podem ser usadas para inserir marcadores ou para posicionar o mapa.
Presente na API de Mapas do Yahoo, as rotas podem especificar origens e destinos como
sequências de texto (por exemplo, "Florianópolis, São José", ou Florianópolis, Biguaçu, Balneário
Camboriu) ou como valores de Latitude e Longitude. A API pode retornar rotas em diversas partes,
usando uma série de pontos de referência. As rotas são exibidas como uma polilinha desenhando o
trajeto em um mapa ou como uma série de descrições textuais.
Infelizmente a API de mapas da Yahoo não será uma ferramenta a ser adotada neste projeto,
pois a empresa Yahoo, no dia 13 de setembro de 2011, encerrou as atividades de desenvolvimento da
ferramenta (YAHOO, 2013).
45
3.3.3 API de mapas NOKIA
A API de mapas da Nokia permite a criação de aplicações web interativas, Figura 14,
utilizando sua biblioteca JavaScript de classes e métodos. Trata-se de um conjunto de interfaces de
programação que permitem ao desenvolvedor criar aplicações Web com um sistema rico em recursos e
mapas interativos (NOKIA, 2013).
Figura 14 - Tela do Nokia
Fonte: Nokia (2013).
Os tipos de visualizações do mapa oferecidas pela API são:
1. NORMAL: Esta é a visualização padrão mostrando um mapa convencional.
2. NORMAL_COMMUNITY: Esta é uma visualização que apresenta um mapa convencional
com edições da comunidade.
3. SATELLITE: Esta é uma visualização que oferece uma vista do mapa com base em imagens
de satélite.
4. SATELLITE_COMMUNITY: Esta é uma visualização que oferece uma vista do mapa com
base em imagens de satélite com as edições da comunidade.
5. SMARMAP: Esta é uma visualização que apresenta um mapa de contraste reduzido
semelhante ao mapa de rua normal; seu conjunto cor otimizado torna-o adequado para ser
utilizado com sobreposições.
46
6. SMART_PT: Esta é uma visualização que apresenta um mapa de contraste reduzido,
mostrando as linhas do transporte público.
7. TERRAIN: Esta é uma visualização que apresenta um mapa com base em imagens de perfil de
elevação (um mapa topográfico, com sombreamento indicando a forma do terreno).
8. TRAFFIC: Esta é uma visualização que mostra um mapa com informações de trânsito.
A API de mapas da Nokia para JavaScript oferece a possibilidade de criar objetos geográficos,
como círculos, retângulos e polígonos, além de permitir que se desenhe objetos sobre o mapa, e sua
colocação com precisão sobre o mapa (NOKIA, 2013).
A ferramenta possuí o serviço de geocodificação o qual converte endereços em coordenadas
geográficas (Por exemplo latitude: -27.591285, longitude: -48.613483) e também a geocodificação
reversa, a qual transforma coordenadas geográficas em endereços (Por exemplo: “298 Rua Koesa,
Kobrasol, São José”).
É oferecida uma cobertura global de ruas e rodovias, o que permite que sejam criadas rotas que
refletem modos personalizáveis, como o mais rápido, mais curto, evitando estradas com pedágio ou
balsas, etc, também há suporte para a utilização de padrões de velocidade históricos como uma
otimização de rotas em função do tempo do dia (NOKIA, 2013).
A API apresenta uma funcionalidade interna que aproveita a API do Geolocation W3C
suportado por muitos navegadores (NOKIA, 2013).
O Nokia Maps API é modular e contém pacotes separados para mapas, lugares,
posicionamento, direções (roteamento) e processamento de dados. Se um aplicativo não exige certos
pacotes, você pode reduzir a pegada e tempo de carga, excluindo-o (NOKIA, 2013).
A API foi projetada para atender às demandas do desenvolvimento moderno de aplicações web.
Os padrões comuns de desenvolvimento que implementa ajudam a melhorar a eficiência e reduzir o
ciclo de desenvolvimento (NOKIA, 2013).
1. Início rápido: É excelente em termos de consumo de memória devido ao pequeno tamanho do
framework JavaScript subjacente. O mapa começa rápido assim como carregamento conteúdo.
47
2. Carregamento rápido: Fornece carregamento dos recursos por pacotes, como rota e pesquisa e até mesmo dos dados do mapa em si. O conteúdo é baixado do servidor apenas quando
necessário.
3. Navegação rápida: Utiliza o cache do navegador. Uma vez que o conteúdo foi baixado do
servidor, é reutilizado, tanto quanto possível para minimizar o uso de banda.
O uso desta API requer uma chave de identificação que pode ser conseguido fazendo o cadastro
no site da Nokia. Cadastrado o usuário pode adquirir uma licença gratuita que lhe da direito de utilizar
a API de mapas.
A licença oferece ao desenvolvedor, visualizações (carregamentos) ilimitadas dos mapas, sendo
limitada apenas a utilização dos recursos. Por exemplo, um recurso como roteamento de percurso pode
ser utilizado 2.500 vezes num dia (NOKIA, 2013).
API Nokia possui um conjunto de componentes básicos para a navegação do usuário. Com isso
é possível melhorar uma aplicação construída em torno de um mapa interativo. Os componentes de
interface permitem que o usuário amplie ou reduza, desloque o mapa ou altere sua escala, altere o tipo
de mapa, etc.
Os componentes de interface do usuário são:
1. O comportamento do mapa possui uma coleção de componentes que permitem interação do
usuário com o mapa geral através do mouse ou touch (os tipos de interação incluem zoom,
panorâmica, etc).
2. Barra de zoom: um componente que fornece um controle deslizante no mapa, permitindo ao
usuário fazer zoom in / out - clicando no sinal de mais aumenta o nível de zoom e as causas do
mapa para mostrar mais detalhes, enquanto o clicando no sinal de menos tem o efeito oposto.
3. Barra de escala: encontrasse na parte inferior do mapa. O usuário pode expandi-lo para ver
uma régua que mostra como alterar as unidades entre metros e milhas.
4. TypeSelector: exibe os tipos de visualizações do mapa, no canto superior direito do mesmo.
5. Visão geral: exibe a área na visualização do mapa atual em um contexto mais amplo,
mostrando menos detalhes, mas permitindo que o usuário veja o que está além da visualização
48
do mapa atual. O panorama se expande a partir do canto inferior direito, quando o usuário clica
no ícone Panorama.
6. Posicionamento: é um componente que faz parte do pacote de posicionamento. Ele fornece um
botão que aciona um pedido para determinar a localização do usuário. Em caso de sucesso, o
mapa é centrado na localização obtida e um círculo é mostrado em torno dele. O tamanho do
círculo indica a precisão com que a posição do utilizador foi obtida.
7. Transporte público: é um componente que fornece uma sobreposição do mapa para exibir as
linhas de transporte público. A sobreposição pode ser alternada pelo usuário do mapa, porém a
exibição de informações de transporte público se limita a uma série de níveis de zoom
específicos para o local / cidade.
8. Tráfego: é um componente que exibe informações de trânsito no mapa como uma
sobreposição. A sobreposição pode ser alternada pelo usuário do mapa, porém a exibição de
informações de trânsito está confinada a uma série de níveis de zoom específicos para o local /
cidade.
Além destes componentes, uma opção mais comum é mostrar pontos de interesse em um local.
Esta API permite usar marcadores para fazer exatamente isso. A API oferece dois tipos de marcadores:
1. StandardMarker (Marcador Padrão): é um marcador que usa ícones de plataforma padrão e um
conjunto pré-definido de propriedades cujos valores podem ser controlados através da API.
2. Marker (Marcador): que permite que você use uma imagem de ícone personalizado para
indicar um ponto no mapa.
É possível modificar os marcadores existentes e a criação de outros marcadores personalizados,
utilizando imagens SVG ou bitmaps. Além dos marcadores é possível adicionar formas geométricas,
baseadas em coordenadas, ao mapa (NOKIA, 2013).
A API permite que você exiba as sobreposições na parte superior do mapa. Nos cenários mais
simples, as sobreposições são imagens estáticas que são solicitadas pelo aplicativo cliente do servidor
de mapa e sobrepostas no mapa na tela do lado do cliente. Tais peças podem ser imagens que
apresentam uma visão alternativa de uma área do mapa ou destacar certas características do terreno,
etc.
49
A API possui a opção de mapa de calor, com esta funcionalidade é possível mostrar
informação geográfica no mapa de uma forma que reflete a frequência de ocorrência de locais com
características específicas ou os valores relativos associados com locais. Marcadores, círculos ou
polígonos são úteis quando você quer simplesmente mostrar onde locais ou áreas são, mas para indicar
de valores relativos como a ocorrência ou intensidade, é melhor usar os mapas de calor.
3.3.4 API de mapas ESRI (ArcGIS)
A API ArcGIS foi criada para ser uma ferramenta ubíqua e com funcionalidade de coleta,
organização, gerenciamento, análise, comunicação e distribuição de informação geográfica. Além
disso, a API é usada por pessoas de todo o mundo para colocar o conhecimento geográfico para
trabalhar no governo, negócios, ciência, educação e mídia. ArcGIS permite que a informação
geográfica a ser publicada possa ser acessada e usada por qualquer pessoa (ESRI, 2013).
A API é mais que uma ferramenta de mapas. A API é uma coleção de ferramentas de software
utilizadas para desenvolver projetos de sistemas de informação geográfica profissionais. A ferramenta
ArcGIS, conforme observado na Figura 15, inclui uma infraestrutura baseada em cloud computing,
ferramentas profissionais, modelos de aplicação, base de mapas e conteúdo compartilhado (ESRI,
2013).
Figura 15 - Demonstrativo de funcionalidades do ArcGIS.
Fonte: ESRI (2013).
A empresa ESRI (Environmental Systems Research Institute) hospeda a API JavaScript no
servidor ArcGIS Online. Este servidor é monitorado 24 horas todos os dias. Entregues através de uma
rede de distribuição de conteúdo (CDN - content delivery network). CDN é uma coleção de servidores,
web distribuídos geograficamente, que trazem conteúdo de forma eficiente (ESRI, 2013).
O desenvolvimento da API para JavaScript utiliza Dojo para simplificar e garantir o mesmo
comportamento nos diferentes navegadores. Ferramentas como Dojo, jQuery, YUI, Prototype, e
50
muitos outros são projetados para abstrair as idiossincrasias do navegador de modo que não seja
necessário tratá-los todos no código.
Dojo é um kit de ferramentas de código aberto que ajuda você a escrever código JavaScript
robusto e eficiente. JavaScript é uma linguagem que roda dentro de um navegador web, e há vários
tipos de navegadores que interpretam JavaScript de forma ligeiramente diferente (ESRI, 2013).
A API inclui a função Geocode an address (Geocodificar um endereço) que passado um
endereço, exibe a localização de endereços correspondentes. Isto é vulgarmente conhecido como
geocodificação.
O Widget de editor é um objeto altamente personalizável capaz de criar e editar recursos. O
construtor Widget recebe por parâmetro a funcionalidade da aplicação irá incluir. Neste caso, apenas as
opções necessárias estão definidas (ESRI, 2013).
Os tipos de visualização dos mapas são:
1. Imagens do Mundo: exibe imagens de satélite para o mundo e imagens de alta resolução para
os Estados Unidos, Grã-Bretanha, e muitas áreas metropolitanas de todo o mundo.
2. Mapa de ruas: Abrangente todo o mundo com dados a nível de estradas para o mundo e a
nível da rua para os Estados Unidos, Canadá e vários países europeus. Atualizações são
publicadas duas vezes por ano.
3. Topográfico: Compilado de melhores fontes disponíveis; inclui limites, cidades, características
da água, as características fisiográficas, parques, monumentos, transportes e edifícios. As
atualizações são publicadas mensalmente.
4. Relevo Sombreado: Elevação da superfície apresentada como relevo sombreado, destinados
para uso como uma camada de base cartográfica para adicionar relevo sombreado para mapas.
5. Mapa Físico: Um mapa natural do solo do planeta, inclui relevo sombreado, cobertura do solo,
e parques.
6. Terreno: Imagens de relevo sombreado, batimetria, e as características da água costeiras.
7. Oceanos: Batimetria, nomes de água marinha do corpo, os nomes dos recursos submarinos, e
os valores de profundidade derivados em metros.
51
8. Cinza Claro: Este mapa base chama a atenção para o seu conteúdo temático, proporcionando
um fundo neutro com cores mínimas.
9. National Geographic World Map: Projetado como um mapa de referência geral para fins
educativos e de informação e como uma base cartográfica para uso por profissionais de GIS e
outros para a criação de mapas da web e aplicações web.
De acordo com o site da empresa ESRI é possível identificar os seguintes serviços na API
Javascript ArcGIS:
1. Geosearch (Busca Geográfica): através deste serviço é possível localizar um endereço, ou
encontrar um lugar, recurso ou ponto de interesse. O resultado da pesquisa é apresentado no
mapa, mas não armazenada para uso posterior.
2. Serviços de geocodificação exigem uma assinatura ArcGIS Online. Com estes serviços é
possível converter um endereço para uma coordenada XY e acrescentar o resultado a um
registro existente em um banco de dados. Todos os resultados de geocodificação são
armazenados para uso posterior.
3. O serviço de tarefa Geométrica é um serviço gratuito que os desenvolvedores podem usar em
conjunto com o ArcGIS. Ele contém métodos utilitários que fornecem acesso a sofisticados e a
operações geométricas, por exemplo, a geometria tampão, projeto e simplificar, calcular áreas e
comprimentos para geometria, e determinar as relações espaciais e pontos de etiqueta.
3.4 COMPARATIVO ENTRE AS FERRAMENTAS
Frente à pesquisa realizada sobre as principais ferramentas de mapas disponíveis, elaborou-se a
Tabela 3 comparando as funcionalidades mais relevantes a este projeto. Considerou-se a linguagem
JavaScript como primeiro e mais importante item, pois para o desenvolvimento deste projeto possuise maior familiaridade com esta linguagem além da vasta documentação disponível na internet. Como
demais critérios, adotou-se funcionalidades para a criação de uma mapa iterativo para os usuários.
Logo escolheu-se os Marcadores, para que seja possível a colocação de marcas e assim
informar pontos de coletas e também para que o usuário possa marcar o local que deseja o
atendimento. Geocodificação (Geocode), que é um funcionalidade indispensável quando se trabalha
com banco de dados geográficos. Roteamento (Routing), para a criação das rotas oferecidas pelas
52
empresas de coleta de material reciclável e por fim, as três visualizações básicas (Ruas, Satélite e a
mistura dos dois).
Empresa
JavaScript
Marcadores
Geocode
Routing
Visualizações
Básicas2
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Tabela 3 - Comparação entre API de mapas.
Mediante comparação realizada entre as APIs foi percebido que os elementos básicos como
suporte a linguagem JavaScript e métodos de sobreposição por marcadores, geocodificação e
roteamento são comuns as APIs de mapas estudadas.
Entretanto outros pontos foram determinantes para escolha da API a ser utilizada no projeto.
Por exemplo: A API de mapas da YAHOO foi descontinuada em 2011. Com isso, o suporte a esta
ferramenta se tornou inviável o que inviabiliza e dificulta a escolha desta API. A API da Nokia tem
apenas informações superficiais sobre os mapas do Brasil. Além de que suas opções não possuem
tradução, forçando desta maneira que o usuário final do sistema tenha conhecimento na língua inglesa.
A API da ESRI tem seu foco voltado principalmente a geoprocessamento de aplicações mais
complexas, o que a torna uma ferramenta mais complexa de uso. A API da Google, se mostrou mais
aplicável ao projeto, pois além de possuir os elementos básicos ao projeto, contempla todos os
requisitos esperados para implementação da ferramenta. Além disso, possui um recurso que tornará a
aplicação mais dinâmica, o Google Street View.
Dadas as comparações, fica definida como API de mapas para o projeto GeoColeta a API de
mapas da Google.
2
Visualização de Satélite, Ruas e Híbrido.
53
4 DESENVOLVIMENTO
Foi desenvolvido um sistema web para empresas de coleta seletiva, visando auxiliar, informar e
interagir com os usuários a fim de promover maior interesse destes para a reciclagem e também
facilitando ao acesso a informações, como dias da coleta e rotas das empresas executoras da coleta. O
desenvolvimento deste projeto visou atrair mais participantes para o processo de separação do material
a ser reciclado e assim diminuir o impacto destes na natureza e com isso melhorar a sustentabilidade
do meio ambiente.
4.1 VISÃO GERAL DO SISTEMA
O Sistema Web GeoColeta é composto por dois ambientes distintos. Um ambiente é destinado
ao público em geral e o segundo é destinado especificamente para a empresa de coleta seletiva.
No ambiente destinado ao público em geral, tratado como ambiente Web Site, Figura 16, está o
principal componente deste projeto, o mapa interativo. Neste ambiente também estão disponíveis
informações sobre a empresa coletora de material reciclável, um espaço para contato, onde qualquer
pessoa poderá enviar dúvidas, sugestões e/ou reclamações, além de um mural de novidades, onde a
empresa poderá divulgar notícias, projetos ou qualquer informativo que desejar.
Figura 16 - Tela principal do ambiente Web Site
54
Através do mapa interativo, os usuários interessados na coleta seletiva poderão cadastrar este
interesse, informando a localização desejada. Esta localização é conhecida como Ponto de Interesse e
para informá-lo basta que o interessado clique no mapa para que seja exibido uma janela onde ele
preencherá seu nome, e-mail e o material da coleta e automaticamente a ferramenta reconhecerá o
endereço do ponto clicado.
O ambiente administrativo, o qual será exclusivo para a empresa de coleta seletiva, permite
que sejam cadastrados usuários, notícias, dados da empresa, PEV, rotas e a área de abrangência.
Referente ao mapa interativo, uma rota será o trajeto realizado pelos veículos da empresa, a
qual será exibida como uma sequencia de retas, na cor do material coletado naquela rota, passando por
todas as ruas contempladas.
Um PEV é um ponto no mapa, o qual será representado por um ícone de lixeira, na cor do
material coletado, e é exibido no endereço pertencente ao ponto de entrega voluntária.
A área de abrangência é um polígono que é exibido em um tom escuro porém que transparece o
mapa interativo. Esta área marca toda a região atendida pela empresa de coleta seletiva.
Além dos cadastros, a empresa conta com uma rotina que exibe no mapa os pontos de interesse
na coleta, cadastrados pelos interessados. Desta forma, feitas as análises, a empresa poderá tomar
decisões quanto a criação de novos PEV ou definição de novas rotas. Os pontos são exibidos em cores
pré definidas aos tipos de material coletado.
Figura 17 - Pontos de solicitação de coleta de materiais.
55
O ambiente administrativo disponibiliza ainda uma opção para troca de senha do usuário
cadastrado.
Definidos os ambientes, o funcionamento do sistema ocorre da seguinte forma: a empresa,
através do ambiente administrativo alimentará a base de dados com suas informações, cadastrando
seus dados, criando sua rotas, definindo sua área de abrangência, cadastrando seus PEV e incluindo
seus usuários.
4.2 ANÁLISE DOS REQUISITOS
Segundo Brennan (2009), o uso da análise de requisitos tem como propósito descrever tarefas e
técnicas, com o intuito de definir as capacidades requeridas de uma solução potencial para atender as
necessidades do cliente ou usuário.
Os requisitos são caracterizados em funcionais e não funcionais. Segundo Martins (2007),
requisitos funcionais definem o comportamento do sistema, capturados através do Caso de Uso, que
documentam as entradas de dados, os processos e as saídas geradas. Por sua vez, requisitos não
funcionais, têm como objetivo descrever as funcionalidades requeridas para um sistema, com sua
usabilidade e características de desempenho (BRENNAN, 2009).
4.2.1 Requisitos Funcionais
Os requisitos funcionais descrevem os serviços que o sistema deve oferecer e suas funções ao
fim do seu desenvolvimento, como devem se comportar a certas entradas, as mais variadas situações.
RF 01 - Dois Ambientes Distintos
O sistema deverá possuir dois ambientes distintos. Um para os administradores e outro para os
usuários comuns.
RF 02 - Acesso ao ambiente administrativo através de autenticação
O acesso ao ambiente administrativo deverá ser realizado através do CPF e senha de usuários
cadastrados.
RF 03 - Usuário e Senha distintos por administrador
O sistema deverá gerar uma senha única para cada usuário administrador cadastrado no
sistema. Cada usuário deverá se autenticar utilizando o seu CPF.
RF 04 - Ambiente Web Site deverá apresentar informações da empresa.
56
O ambiente Web Site deverá exibir informações sobre a empresa, sua localização, missão,
visão, objetivos e demais informações que a empresa julgar relevantes.
RF 05 - Cadastrar Notícias
O sistema deverá permitir o cadastro de notícias. Os cadastro de uma notícia será realizado
através do preenchimento do título, do resumo e do texto da notícias.
RF 06 - Cadastrar Usuários
O sistema deverá permitir o cadastro de usuários. Os dados cadastrados serão o CPF, nome, email e telefone. Cada usuário cadastrado terá uma senha distinta que deverá ser enviada por email assim que o cadastro for realizado.
RF 07 - Alterar Dados da Empresa
O sistema deverá permitir a alteração de dados da empresa. Os dados empresariais serão
telefone, e-mail, CPF/CNPJ, Razão Social, Nome Fantasia, Endereço Completo e Logotipo.
RF 08 - Cadastrar Rotas
O sistema deverá permitir o cadastro de rotas. Através de pontos indicados no mapa iterativo o
sistema deverá desenhar a rota. Ainda será possível cadastrar o tipo de material coletado por
esta rota e os dias da mesma.
RF 09 - Cadastrar Pontos de Entrega Voluntária
O sistema permitirá o cadastro de PEV. O ponto será cadastrado a partir de um ponto indicado
no mapa e a seleção do tipo de material coletado.
RF 10 - Cadastrar Área de Abrangência
O sistema permitirá o cadastro da área de abrangência da empresa. A área será cadastrada a
partir de pontos indicados no mapa iterativo.
RF 11 - Cadastrar Pontos de Interesse
O sistema permitirá o cadastro de pontos de interesse na coleta seletiva. O ponto de interesse
será cadastrado a partir de um ponto indicado no mapa iterativo, o nome do interessado, o email e o material a ser coletado.
57
RF 12 - Exibir Informações da Empresa
O sistema deverá exibir uma página contendo informações sobre a empresa, como sua história,
missão, visão, objetivo e outros.
RF 13 - Enviar E-mail
O sistema deverá enviar e-mail com as senhas dos usuários cadastrados e com mensagem
enviadas pelos visitantes do Sistema Web pela página de Contato.
4.2.2 Requisitos Não Funcionais
Requisitos não funcionais são as características e aspectos internos do sistema, envolvendo
especificamente a parte técnica.
RNF 01 - O sistema será desenvolvido utilizando as linguagens de programação C#,
JavaScript, ASPX, CSS, HTML de modo a executar na plataforma web.
RNF 02 - O sistema utilizará a API de mapas da empresa GOOGLE.
RNF 03 - O sistema utilizará um sistema gerenciador de banco de dados open source, porém de
grande aceitação no mercado o MSSQL.
RNF 04 - A interface do Sistema Web será desenvolvidas utilizado-se padrões ergonômicos.
Suas funcionalidades e informações devem estar bem visíveis e disponíveis.
RNF 05 - Comunicação sistema e usuário com mensagens simples, explicativas do erro gerado.
Evitando termos técnicos.
RNF 06 - O ambiente administrativo deverá ser acessado somente mediante a autenticação por
usuário e senha.
4.3 MODELAGEM DO SISTEMA
Realizada a definição dos requisitos não funcionais, elaborou-se um diagrama de casos de uso.
Este diagrama descreve as funcionalidades propostas no sistema, representando por unidades discretas
da interação entre usuário e sistema.
Elaborou-se também a modelagem do banco de dados. Neste modelo estão representadas todas
as estruturas de tabelas necessárias para o armazenamento dos dados do sistema.
58
4.3.1 Casos de Uso
O diagrama de caso de uso representa as principais funcionalidades que a ferramenta dispõe no
ponto de vista do usuário. Na Figura 18 seguem os casos de uso do Ator Usuário Comum descritos
para este TCC.
O ator usuário comum representa qualquer pessoa que acesse o site da empresa. O ator usuário
Administrativo representa os usuários cadastrados pela empresa para terem acesso aos cadastro do
banco de dados.
uc Casos de Uso - Usuário Comum
CSU02 - Env iar
e-mail de contato
CSU01 - Cadastrar
Ponto de Interesse
CSU10 - Ler Notícias
CSU11 - Visualizar
Pontos de Entrega
Voluntária
Usuário Comum
CSU12 - Visualizar
Rotas
CSU14 - Visualizar
Área de Atuação
CSU13 - Visualizar
Dados da Empresa
Figura 18 - Diagrama de casos de uso do Usuário Comum.
Caso de Uso CSU01: Cadastrar Ponto de Interesse
Deve ser permitido ao usuário comum, cadastrar no mapa iterativo, um
ponto de seu interesse na coleta seletiva.
Breve Descrição:
Usuário Comum
Ator Primário:
Que o usuário esteja acessando o ambiente web site.
Pré-Condições:
Fluxo Principal:
Fluxo Alternativo e
Exceções:
Pós-Condições:
1. Acessar a página.
2. Clicar no local desejado dentro da área de abrangência da empresa
3. Preencher os dados solicitados.
4. Clicar em ‘Solicitar Interesse’.
Fluxo Exceção – O sistema não valida campos não preenchidos
a. O sistema apresenta uma mensagem de erro.
Ponto de Interesse cadastrado no banco de dados.
59
Caso de Uso CSU02: Enviar e-mail de contato
Deve ser permitido ao usuário comum enviar mensagem de e-mail a
empresa coletora.
Breve Descrição:
Usuário Comum
Ator Primário:
Que o usuário esteja acessando o ambiente web site.
Pré-Condições:
Fluxo Principal:
Fluxo Alternativo e
Exceções:
Pós-Condições:
1. Acessar a página.
2. Clicar na aba "Contato".
3. Preencher o seu e-mail e escrever a sua mensagem.
4. Clicar em ‘Enviar’.
Fluxo Exceção – O sistema não valida campos não preenchidos
a. O sistema apresenta uma mensagem de erro.
Mensagem do usuário comum enviada à empresa.
Caso de Uso CSU010: Ler Notícia
Deve ser permitido ao usuário comum ler as notícias cadastradas pela
empresa
Breve Descrição:
Usuário Comum
Ator Primário:
Que o usuário esteja acessando o ambiente web site.
Pré-Condições:
Fluxo Principal:
Fluxo Alternativo e
Exceções:
Pós-Condições:
1. Acessar a página.
2. Visualizar o título e o resumo na coluna de notícias a direita da
página.
3. Clicar em "Ler Notícia".
O texto completo da notícia é exibido.
Caso de Uso CSU11: Visualizar Pontos de Entrega Voluntária
Deve ser permitido ao usuário comum visualizar no mapa interativo os PEV
cadastrados.
Breve Descrição:
Usuário Comum
Ator Primário:
Que o usuário esteja acessando a página.
Pré-Condições:
Fluxo Principal:
Fluxo Alternativo e
Exceções:
Pós-Condições:
1. Acessar a página.
2. Clicar na aba "Início".
3. Marcar a opção de visualização de PEV no mapa interativo.
PEV exibidos no mapa interativo.
60
Caso de Uso CSU12: Visualizar Rotas
Deve ser permitido ao usuário comum visualizar no mapa interativo as rotas
cadastradas.
Breve Descrição:
Usuário Comum
Ator Primário:
Que o usuário esteja acessando a página.
Pré-Condições:
Fluxo Principal:
Fluxo Alternativo e
Exceções:
Pós-Condições:
1. Acessar a página.
2. Clicar na aba "Início".
3. Marcar a opção de visualização de rotas no mapa interativo.
Rotas exibidas no mapa interativo.
Caso de Uso CSU13: Visualizar Dados da Empresa
Deve ser permitido ao usuário comum visualizar no Sistema Web os dados
da empresa
Breve Descrição:
Usuário Comum
Ator Primário:
Que o usuário esteja acessando a página.
Pré-Condições:
Fluxo Principal:
Fluxo Alternativo e
Exceções:
Pós-Condições:
1. Acessar a página.
2. Clicar na aba "Empresa".
Dados da empresa exibidos na página web.
Caso de Uso CSU14: Visualizar Área de Abrangência
Deve ser permitido ao usuário comum visualizar no mapa interativo a área
de abrangência da empresa.
Breve Descrição:
Usuário Comum
Ator Primário:
Que o usuário esteja acessando a página.
Pré-Condições:
Fluxo Principal:
Fluxo Alternativo e
Exceções:
Pós-Condições:
1. Acessar a página.
2. Clicar na aba "Início".
3. Marcar a opção de visualização da área de abrangência da empresa
no mapa interativo.
Área de abrangência exibida no mapa interativo.
61
O diagrama a seguir representa as funcionalidades específicas do Ator Usuário Administrativo:
Figura 19 - Diagrama de casos de uso do Usuário Administrativo
Caso de Uso CSU04:
Breve Descrição:
Ator Primário:
Pré-Condições:
Fluxo Principal:
Fluxo Alternativo e
Exceções:
Pós-Condições:
Caso de Uso CSU05:
Breve Descrição:
Ator Primário:
Pré-Condições:
Fluxo Principal:
Fluxo Alternativo e
Exceções:
Pós-Condições:
Cadastrar Dados da Empresa
Deve ser permitido ao usuário administrativo cadastrar, alterar e consultar
dados da empresa
Usuário Administrativo
Que o usuário esteja acessando o ambiente administrativo e esteja
autenticado nele.
1. Clicar no menu "CADASTRO".
2. Selecionar a opção "Dados da empresa".
3. Preencher os dados.
4. Clicar em ‘Salvar.
Fluxo Exceção – O sistema não valida campos não preenchidos
a. O sistema apresenta uma mensagem de erro.
Dados da empresa cadastrado ou atualizados no banco de dados.
Cadastrar Rotas
Deve ser permitido ao usuário administrativo cadastrar, alterar e consultar
Rotas
Usuário Administrativo
Que o usuário esteja acessando o ambiente administrativo e esteja
autenticado nele.
1. Clicar no menu "CADASTRO".
2. Selecionar a opção "Rotas".
3. Marcar os pontos que formarão a rota.
4. Informar o tipo de material coletado.
5. Informar os dias da coleta.
6. Clicar em ‘Salvar.
Fluxo Exceção – O sistema não valida campos não preenchidos
a. O sistema apresenta uma mensagem de erro.
Rota cadastrada ou atualizada no banco de dados.
62
Caso de Uso CSU06:
Breve Descrição:
Ator Primário:
Pré-Condições:
Fluxo Principal:
Fluxo Alternativo e
Exceções:
Pós-Condições:
Cadastrar Área de Abrangência
Deve ser permitido ao usuário administrativo cadastrar, alterar e consultar
a área de abrangência da empresa.
Usuário Administrativo
Que o usuário esteja acessando o ambiente administrativo e esteja
autenticado nele.
1. Clicar no menu "CADASTRO".
2. Selecionar a opção "Área de Abrangência".
3. Marcar os pontos que formarão a área.
4. Clicar em ‘Salvar.
Área de Abrangência cadastrada ou atualizada no banco de dados.
Fluxo Principal:
Fluxo Alternativo e
Exceções:
Cadastrar Usuários
Deve ser permitido ao usuário administrativo cadastrar, alterar, excluir e
consultar Usuários
Usuário Administrativo
Que o usuário esteja acessando o ambiente administrativo e esteja
autenticado nele.
1. Clicar no menu "CADASTRO".
2. Selecionar a opção "Usuário".
3. Preencher o CPF, Nome, e-mail e telefone do usuário.
4. Clicar em ‘Salvar.
Fluxo Exceção – O sistema não valida campos não preenchidos
a. O sistema apresenta uma mensagem de erro.
Pós-Condições:
Fluxo Exceção – O sistema não aceita usuários já cadastrados
a. O sistema apresenta uma mensagem de erro.
Usuário cadastrado, atualizado ou excluído no banco de dados.
Caso de Uso CSU07:
Breve Descrição:
Ator Primário:
Pré-Condições:
Caso de Uso CSU08:
Breve Descrição:
Ator Primário:
Pré-Condições:
Fluxo Principal:
Fluxo Alternativo e
Exceções:
Pós-Condições:
Cadastrar Pontos de Entrega Voluntária
Deve ser permitido ao usuário administrativo cadastrar, alterar, excluir e
consultar Pontos de entrega voluntária (PEV)
Usuário Administrativo
Que o usuário esteja acessando o ambiente administrativo e esteja
autenticado nele.
1. Clicar no menu "CADASTRO".
2. Selecionar a opção "Pontos de Entrega Voluntária".
3. Marcar o ponto no mapa interativo.
4. Selecionar o tipo de material coletado.
5. Clicar em ‘Salvar.
PEV cadastrado, atualizado ou excluído no banco de dados.
63
Caso de Uso CSU09:
Breve Descrição:
Ator Primário:
Pré-Condições:
Fluxo Principal:
Fluxo Alternativo e
Exceções:
Pós-Condições:
Caso de Uso CSU15:
Breve Descrição:
Ator Primário:
Pré-Condições:
Fluxo Principal:
Fluxo Alternativo e
Exceções:
Pós-Condições:
Cadastrar Notícias
Deve ser permitido ao usuário administrativo cadastrar, alterar, excluir e
consultar Notícias
Usuário Administrativo
Que o usuário esteja acessando o ambiente administrativo e esteja
autenticado nele.
1. Clicar no menu "CADASTRO".
2. Selecionar a opção "Notícias".
3. Preencher os dados.
4. Clicar em ‘Salvar.
Fluxo Exceção – O sistema não valida campos não preenchidos
a. O sistema apresenta uma mensagem de erro.
Notícia cadastrada, atualizada ou excluída no banco de dados.
Cadastrar Logo da Empresa
Deve ser permitido ao usuário administrativo cadastrar, alterar, excluir e
consultar a logo da empresa.
Usuário Administrativo
Que o usuário esteja acessando o ambiente administrativo e esteja
autenticado nele.
5. Clicar no menu "CADASTRO".
6. Selecionar a opção "Dados da Empresa".
7. Fazer o upload da imagem.
8. Clicar em ‘Salvar.
Fluxo Exceção – O sistema não valida imagens com tamanho superior a
4Mb
a. O sistema apresenta uma mensagem de erro.
Logo cadastrada, atualizada ou excluída no banco de dados.
4.3.2 Modelagem do Banco de Dados
A modelagem do banco de dados responsável por representar o ambiente observado,
documentar e normalizar, fornecer processos de validação e observar processos de relacionamento
entre objetos. Assim o modelo físico representado na Figura 20, representa o relacionamento entre as
tabelas do banco de dados do projeto aqui apresentado.
O modelo físico leva em consideração os limites impostos pelo Sistema Gerenciador de Banco
de Dados (SGBD) e pelos requisitos não funcionais dos programas que acessam os dados.
64
ENTIDADELOGO
ENTIDADEENDERECO
AREAATUACAO
ENE_Tid
ENL_Tid
ARA_Tid
ENL_ENT_TidEntidade
ENL_MarcaGestao
ARA_Latitude
ARA_ENT_TidEntidade (FK)
ARA_Longitude
NTC_Tid
ENT_Tid
NTC_Assunto
NTC_Resumo
NTC_Texto
NTC_Data
NTC_ENT_TidEntidade (FK)
NTC_Ativo
ENT_CpfCnpj
ENT_RazaoSocial
ENT_NomeFantasia
ENT_Telefone
ENT_Slogan
ENT_Email
ENT_ENE_TidEndereco (FK)
ENT_ENL_TidLogo (FK)
ENT_EmailRemetente
ENT_EmailRemetenteHost
ENT_EmailRemetentePort
ENT_EmailRemetenteSSL
ENT_EmailRemetenteUser
ENT_EmailRemetentePassword
INTERESSADO
INT_Tid
INT_Nome
INT_Email
INT_DataCadastro
INT_ENT_TidEntidade (FK)
USU_Tid
ENE_Logradouro
ENE_Complemento
ENE_NumeroPorta
ENE_CEP
ENE_Bairro
ENE_Cidade
ENE_UF
ENE_URL
ENE_Latitude
ENE_Longitude
ENE_ENT_TidEntidade
ENTIDADE
NOTICIA
USUARIO
USU_Nome
USU_CPF
USU_Email
USU_Telefone
USU_DataInclusao
USU_Senha
USU_Ativo
USU_ENT_TidEntidade (FK)
PONTOENTREGAVOLUNTARIA
PEV_Tid
PEV_Longitude
PEV_Latitude
PEV_ENT_TidEntidade (FK)
PEV_MTC_TidMaterialColetado (FK)
PONTOROTA
POT_Tid
MATERIALCOLETADO
POT_Latitude
POT_Longitude
POT_ROT_TidRota (FK)
MTC_Tid
PONTOINTERESSE
MTC_Nome
MTC_Descricao
ROTA
POI_Tid
ROT_Tid
POI_Latitude
POI_Longitude
POI_INT_TidInteressado (FK)
POI_MTC_TidMaterialColetado (FK)
ROT_Horario
ROT_Observacoes
ROT_Identificador
ROT_MTC_TidMaterialcoletado (FK)
ROT_ENT_TidEntidade (FK)
Figura 20 - Modelo lógico do banco de dados
Frente aos dados necessários para as representações no mapa interativo e as características e
funcionalidades da API de mapas escolhida, não foi necessária a utilização de um banco de dados
geográficos. Na modelagem adotada, o uso de um banco de dados convencional supriu as necessidades
pois os dados que são representados no mapa interativo necessitam basicamente de pontos de latitude e
longitude que neste caso puderam ser armazenados em uma tabela de dados normal.
A modelagem do banco de dados considerou o fato de possuir um banco de dados único onde
várias empresas de coleta seletiva possam ser inseridas. Diante disso, a tabela ENTIDADE funciona
como principal identificadora das demais tabelas, permitindo assim em um mesmo banco de dados
existirem mais de uma empresa sem que haja conflito entre os dados. Nesta tabela são cadastradas as
principais informações que representam a empresa como por exemplo o CPF/CNPJ, a Razão social e o
Nome Fantasia.
65
Os dados de endereço da empresa são armazenados na tabela ENTIDADEENDERECO que é
identificado na tabela ENTIDADE através de uma chave estrangeira do mesmo modo que a logo da
empresa, que é armazenada na tabela ENTIDADELOGO e também se relaciona com a tabela
ENTIDADE.
A tabela ROTA armazena todas as rotas criadas pela empresa. Uma rota possuí uma
identificação, os dias em que ela ocorre, uma observação e um conjunto de pontos onde estes são
armazenados na tabela PONTOROTA. Cada ponto da rota é formado por uma posição latitudinal e
uma posição longitudinal e o relacionamento de qual rota este ponto pertence.
A área de abrangência, é gravada na tabela AREAATUACAO, possuí apenas pontos formados
por latitude e longitude e o relacionamento com a ENTIDADE.
Os pontos de interesse cadastrados pelos usuários são gravados na tabela PONTOINTERESSE
e os dados deste usuário na tabela INTERESSADO.
Os usuários administrativos, que a empresa cadastrar, são armazenados na tabela USUARIO e
estes serão vinculados a tabela ENTIDADE. Desta maneira os usuários só podem acessar os dados da
empresa (ENTIDADE) a qual estão vinculados.
Finalizando, tem-se a tabela MATERIALCOLETADO que contém os tipos de material
coletados (metal, plástico, vidro, papel, etc.).
4.3.3 Telas do sistema
Inicialmente foi criada uma empresa fictícia chamada de Companhia de Reciclagem de
Florianópolis para ser utilizada como empresa modelo para as telas do sistema.
No ambiente Web Site tem-se uma tela base onde são exibidas as informações do cabeçalho,
que são a logomarca, a razão social, o nome fantasia e o slogan da empresa, e o rodapé que mostrará a
razão social da empresa como link, que direcionará para o site da empresa, e o telefone e assinatura do
sistema GeoColeta. Além disso, existe a coluna de notícias fixada no canto direito da página. Esta
página fica estática e somente o corpo é alterado.
66
Quando o usuário acessar o sistema ele será direcionado para a página "Início" (Figura 21).
Nesta página está o mapa interativo. Abaixo do mapa interativo estão as opções de Geo Localização e
de visualização das informações da coleta, como rotas, área de abrangência e PEV.
Figura 21 - Ambiente Web Site - Página Inicial
A opção de geo localização irá levar o usuário até o endereço que for digitado. Para utilizar este
recurso o usuário precisa no mínimo digitar um endereço, como por exemplo, Av. Ivo Silveira e clicar
em Buscar. A API irá utilizar o serviço de geocodificação onde o endereço digitado será transformado
em coordenadas geográficas que serão utilizadas para posicionar o mapa no local desejado. O usuário
também poderá complementar o endereço, colocando o número da casa, por exemplo, para ter um
resultado mais preciso.
Figura 22 - Mapa Iterativo do sistema GeoColeta
67
No mapa estão disponibilizados os Pontos de Entrega Voluntária (PEV). Este pontos são
exibidos através de ícones, cada qual com as cores do material que referência. A Figura 23 mostra os
ícones e a qual material cada um representa.
Figura 23 - Ícones dos Pontos de Entrega Voluntária
A legenda da Figura 23 pode ser visualizada na tela de ajuda do ponto de entrega voluntária.
As rotas são exibidas através de um conjunto de pontos que formam uma sequência de retas,
conforme Figura 24. Ao clicar na rota é exibido uma caixa com informações sobre o tipo de material
coletado, o identificador da rota, os dias em que aquela coleta é realizada e se existir, alguma
observação.
Figura 24 - Rota e informações sobre o material e os dias coletados
68
É possível também visualizar a área de abrangência da empresa. Esta área é exibida no mapa
através de um polígono, formado por pontos informados pela empresa, que estão sobrepostos no mapa.
A Figura 25 representa a exibição da área de abrangência.
Figura 25 - Demonstração da Área de abrangência
Além disso, o mapa permite que qualquer usuário cadastre um ponto de interesse dentro da área
de abrangência da empresa. Os pontos de interesse cadastrados servem de base para que a empresa crie
novos PEV ou redefina sua rotas para atendê-los. Ao clicar em qualquer ponto do mapa (dentro da área
de abrangência da empresa) é exibida uma área, conforme Figura 26, para que seja informado o nome,
o e-mail e o material reciclável que o interessado dispõe, além de exibir o endereço do ponto clicado.
Ao enviar a solicitação a informação do ponto cadastrado é enviada ao banco de dados da empresa.
Figura 26 - Solicitação de Interesse na Coleta Seletiva
69
A Figura 27 demonstra a página da opção EMPRESA onde são exibidas informações sobre a
empresa, como a história da empresa, por exemplo.
Figura 27 - Ambiente Web Site - Página Empresa
A página de contato, representada na Figura 28, possibilita aos interessados enviar um e-mail a
empresa de coleta seletiva. Nesta tela o usuário preencherá o nome completo, o e-mail, telefone e a
mensagem que deseja enviar a empresa.
Figura 28 - Ambiente Web Site - Página Contato
No ambiente específico da empresa, tratado como ambiente Administrativo, estão todos os
cadastros necessários e as informações sobre os pontos de interesse enviados pelos voluntários. Este
70
ambiente está restrito apenas a usuários cadastrados e para acessá-lo será necessário informar o CPF e
a senha.
No ambiente Administrativo também há uma página base, onde o cabeçalho contém a logo e o
nome do sistema GeoColeta e a informação ADMINISTRATIVO para identificar o ambiente. Quando
o usuário se autenticar, aparecerá no canto superior direito o nome da empresa e abaixo o nome do
usuário e a opção "Sair" para encerrar a sessão do sistema. No rodapé aparecem as informações do
desenvolvedor e a assinatura do sistema GeoColeta.
Ao acessar o ambiente administrativo o usuário é direcionado a página de login (Figura 29). Ao
realizar a autenticação a opção de alterar a senha é liberada e a página é direcionada para a guia
Cadastros.
Figura 29 - Ambiente Administrativo - Página Login
A página de Cadastro possibilita ao usuário administrativo cadastrar, alterar, excluir e consultar
usuários e notícias e alterar os dados da empresa. A representação do menu de opções pode ser
observada na Figura 30.
71
A estrutura de menus do ambiente administrativo é: Para as categorias (Cadastro, Mapa e
Login) um menu horizontal de guias. Ao acessar uma guia é exibido um sub menu horizontal com as
funções e para as funções pode existir um menu vertical de opções.
Figura 30 - Ambiente Administrativo - Página Cadastro
Para cadastrar um usuário basta que outro usuário já cadastrado acesse a guia Cadastro, nisso
serão exibidas as opções dentre as quais esta Usuários. Ao colocar o mouse sobre esta opção um menu
vertical será exibido e nela conterá a opção Inserir. A clicar nela será exibida a página para que sejam
inseridos o CPF, nome, e-mail e telefone do novo usuário. Preenchido os dados basta clicar em Salvar
para que o novo usuário seja habilitado.
Figura 31 - Página de cadastro de usuários
O cadastro de notícias, da mesma forma que o cadastro de usuários, esta contido na guia
Cadastro e quando o usuário posiciona o mouse sobre a opção Notícias é exibido o menu vertical com
as opções de manipulação das notícias onde a primeira opção é Inserir. Para inserir uma nova notícia o
72
usuário autenticado precisa informar o assunto, o resumo e o texto da notícia. É possível alterar a data
de cadastro se assim desejar o usuário, caso contrário ela vem preenchida com data e hora atual.
Figura 32 - Cadastro de notícias
A página de Cadastro ainda permite que sejam alteradas as informações da empresa e o
logotipo. Para alterar estes dados, basta que o usuário posicione o mouse sobre a opção Dados da
Empresa e selecione a opção Alterar Dados para mudar os dados como Razão social, Nome Fantasia,
CNPJ e dados referente ao endereço.
Figura 33 - Página de alteração de dados da empresa
A guia Mapa contém opções referente ao cadastro de dados no mapa interativo. Nela encontrase as opções Abrangência dos Serviços, Pontos de Entrega Voluntária, Rotas e Pontos de Interesse.
73
As páginas referentes ao mapa contam com botões de ajuda ao usuário. Este botões possuem o
símbolo "?" e ao usuário clicar neles é exibida uma caixa de ajuda explicando o que seria a opção
escolhida ou como cadastrá-la.
A área de abrangência refere-se ao perímetro atendido pelos serviços da empresa. Os demais
cadastros como PEV, rotas e pontos de interesse só podem ser cadastrados dentro desta área. Desta
maneira, o cadastro da área de abrangência seria o primeiro e mais importante cadastro do mapa
interativo.
Para cadastra a área de abrangência o usuário irá clicar marcando pontos nos limites da
abrangência dos serviços, conforme observado na Figura 34. Logo, os limites desta área serão os
pontos informados pelo usuário. É possível ainda arrastar este pontos posicionando-os em outros
locais.
Figura 34 - Página de cadastro da área de abrangência
74
Os Pontos de Entrega Voluntária determinam locais de recolhimento oferecidos pela empresa
de coleta seletiva. Para exibição destes pontos foram criados ícones de lixeiras, cada qual nas cores do
material que as representa. Ressalta-se que a legenda destes materiais encontra-se na Figura 23.
Figura 35 - Página de cadastro dos Pontos de Entrega Voluntária
Para cadastrar um PEV basta que o usuário selecione o tipo de material coletado nele e clique
no mapa no local onde ele esta estabelecido. Para excluir um PEV o usuário precisa apenas clicar com
o botão direito sobre ele.
As rotas expressam o trajeto realizado pelos veículos da empresa coletora. As rotas são
diferenciadas por cores, cada qual representada pelo material coletado e estas cores são as mesmas
representadas para as ícones dos PEV.
Figura 36 - Página de cadastro de rotas
75
Cada rota possuí informações tais como identificador, dias da coleta, observações e o material
coletado que podem ser visualizadas ao clicar sobre a rota. Para cadastrar uma rota é necessário
informar o material coletado e o identificador e desenha-la no mapa. Para desenhar a rota basta que o
usuário marque pontos no mapa. a cada novo ponto inserido a rota vai sendo desenhada e quando
concluída basta clicar em Salvar rota para que ela seja salva.
Além de visualizar as rotas no mapa, existe uma tabela, conforme Figura 37, com todas as rotas
existentes, logo abaixo das opções de visualização. Através desta tabela o usuário poderá excluí-las ou
consultar suas informações.
Figura 37 - Tabela de rotas existentes
Os pontos de interesse são cadastrados pelos interessados através do Web site e posteriormente
são visualizados e analisados pela empresa. Estes pontos são representados por ícones de esferas cada
qual diferenciado pela cor do material que o interessado selecionou ao realizar sua solicitação.
Figura 38 - Página de visualização dos Pontos de Interesse
76
Cada Ponto de interesse possui informações sobre o interessado que podem ser visualizadas
clicando-se sobre o ícone do ponto.
A análise realizada pela empresa é feita de forma visual: dados os pontos exibidos no mapa, a
empresa poderá notar concentrações de pontos e a partir disto tomar suas decisões. A exibição destes
pontos de interesse também é possível nas páginas de cadastro de rotas e PEV de modo a facilitar o
cadastro destes novos dados.
77
5 RESULTADOS
O desenvolvimento deste projeto seguiu as etapas planejadas, e teve como resultado um sistema
dividido em dois ambientes. O ambiente administrativo que possibilita a empresa cadastrar as
informações pertinentes a coleta dos materiais, como rotas, informando os dias e o tipo de material
coletado, os pontos de entrega voluntária, informando o tipo de material que cada ponto recolhe e a
área de abrangência. O ambiente Web Site possibilita aos usuários visualizarem as informações da
coleta seletiva cadastradas pela empresa e também cadastrar pontos de interesse.
O sistema foi avaliado tomando como meta a corretude das funcionalidades programadas. A
cada passo dado, o sistema era testado para verificar se as funcionalizadas estavam de acordo com o
especificado, se estavam mostrando os dados realmente como foram cadastrados e principalmente, em
relação ao mapa, se as informações cadastradas estavam sendo exibidas fielmente a suas localizações
cadastradas. O mapa interativo foi desenvolvido utilizando ícones e cores vivas de modo que sua
exibição atraia a atenção dos usuários.
Ao término do desenvolvimento o sistema foi disponibilizado na internet de modo que as
avaliações que venham a advir possam ser realizadas e também para testes de desempenho. O
ambiente Web Site foi disponibilizado através da URL geocoleta.admsistemas.com.br e o ambiente
Administrativo através da URL geocoleta-admin.admsistemas.com.br.
Para avaliar a usabilidade do sistema, foram realizados testes com 43 pessoas, onde foram
levantados primeiramente dados como sexo, idade, grau de instrução, se possui ou não computador em
casa, o nível de conhecimento de informática o qual foi avaliado em 3 níveis: baixo, médio e
avançado.
Em relação ao sexo, das 43 pessoas pesquisadas:
 11 pessoas do sexo Feminino;
 31 pessoas do sexo Masculino
Em relação a idade:
 3 pessoas entre 15-20 anos;
 12 pessoas entre 21-25 anos;
78
 13 pessoas entre 26-30 anos;
 4 pessoas entre 31-35 anos;
 6 pessoas entre 36-40 anos;
 5 pessoas acima dos 40 anos.
Em relação ao grau de instrução:
 16 pessoas com superior incompleto;
 27 pessoas com superior completo
Em relação ao conhecimento de informática:
 1 pessoa considerou tem conhecimento baixo;
 24 pessoas consideraram ter um conhecimento médio e
 18 pessoas consideraram ter um conhecimento avançado;
Em relação a possuírem ou não computador em casa, todos os pesquisados possuem.
Para a avaliação destes usuários foram observados alguns itens em relação ao ambiente que era
realizado os testes. O roteiro da avaliação pode ser visualizado no ANEXO D. Para o ambiente Web
Site foram observados os seguintes pontos:

Compreensão de como utilizar o ambiente;

Compreensão de como utilizar a ferramenta (Mapa);

Visualização das informações das rotas

Cadastro de um ponto de interesse;

Navegação entre as guias do site; e

Leitura de notícias na coluna Novidades.
Para o ambiente Administrativo, foram observados os seguintes pontos:
 Compreensão de como utilizar o ambiente;
 Navegação entre as guias do ambiente;
 Cadastro de um usuário;
 Cadastro de uma notícia;
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 Alteração de logotipo;
 Cadastro da área de abrangência;
 Cadastro de uma rota;
 Cadastro de um ponto de entrega voluntária; e
 Visualização dos pontos de interesse.
Para início da avaliação cada usuário foi orientado sobre os itens que estariam sendo
observados e que ao final da avaliação de cada item fosse assinalado o grau de dificuldade que eles
encontraram e o tempo que levaram para realizar a avaliação. As opções de dificuldade eram Baixa,
Média e Alta. Foi também orientado a cada participante que lesse a mensagem exibida ao acessar cada
ambiente do sistema.
Durante cada avaliação foi observada a utilização do sistema pelos participantes a fim de
levantar pontos que pudessem ser melhorados ou ajustados de modo a melhorar e facilitar a utilização
para os usuários.
Ao final dos testes no ambiente Web Site foi coletado o formulário de avaliação do participante
e analisado os itens avaliados, sendo estas informações representadas no gráfico da Figura 39.
Figura 39 - Gráfico dos itens avaliados no ambiente Web site
A dificuldade elevada na leitura de notícias deu-se devido ao texto não possuir formatação.
Desta forma uma notícia muito extensa acaba ficando ruim de ler. Em média os usuário levaram 43
segundo para visualizar e ler algumas notícias.
Para resolver o problema é necessário alterar o componente utilizado para exibir as notícias
por um que permita a inserção da tag de texto formatado. Esta alteração não será possível neste
80
momento pois o componente é limitado e é necessária a criação de um novo componente para exibição
das mesmas.
Na navegação entre as guias do site, no cadastro de um ponto de interesse, na visualização das
informações das rotas e na compreensão de como utilizar o ambiente não houve nenhuma dificuldade
relatada pelos avaliadores. O tempo médio que levou-se para navegar entre as guias do site foi de 15
segundos. O tempo médio para a visualizar as informações das rotas, analisando-se os locais por onde
elas passavam foi de 21 segundos. Para compreensão de como utilizar a ferramenta considerou-se o
tempo em que o usuário interagiu com o mapa visualizando as informações, navegando e cadastrando
pontos de interesse. Em média obteve-se 1 minuto e 26 segundos. Já a compreensão de como utilizar o
ambiente considerou-se todo o tempo da avaliação onde registrou-se uma média de 3 minutos e 23
segundos.
O cadastro de um ponto de interesse também não gerou nenhuma dificuldade. Oito
participantes comentaram que tiveram uma dificuldade média pois para visualizar o endereço é
necessário rolar a barra de rolagem, porém não se trata realmente de uma dificuldade. O ponto relatado
porém se dá devido ao tamanho da janela exibida ser limitada pela própria API e neste caso não foi
possível aumentá-la mais. Em média levou-se 38 segundo para cadastrar um ponto de interesse.
Durante a avaliação do ambiente Web site foi levantado quantos participantes já haviam
utilizado uma ferramenta de mapas na web. Dos 43 participantes, 25 já haviam utilizado e 18 nunca.
Os dezoito participantes que nunca haviam utilizado uma ferramenta de mapa na web receberam uma
ajuda básica de como utilizar a API de mapas, onde foram demonstrados aspectos simples como
movimentação utilizando o clicar e arrastar e aproximação do zoom utilizando o botão scroll do mouse
ou o recurso do touth pad dos notebooks.
Prezando-se por uma avaliação de usabilidade com comparativos mais significantes foi
comparado com o site da empresa COMCAP o tempo que o usuário levaria para conseguir uma
informação sobre a coleta de lixo.
A COMCAP não possui um sistema Web para a divulgação dos serviços da coleta seletiva.
Alguns dados como bairros atendidos e horários são fornecidos através de um documento que pode ser
baixado pelo site.
81
Para um usuário saber se seu bairro é atendido é necessário que ele baixe o arquivo
disponibilizado e percorra o documento até encontrar, se existir, o seu bairro ou através da combinação
de teclas CTRL + F, digite o nome do bairro. Em média os usuários levaram 1 minuto e 23 segundos
para acessar o site, encontrar e acessar a área de coleta seletiva, baixar o arquivo e consultar o bairro.
Em contrapartida, no sistema GeoColeta, utilizando o mecanismo de geolocalização o usuário
leva em média 15 segundos para acessar o site, digitar o endereço e analisar no mapa interativo rotas e
PEV próximos ao endereço digitado. O mecanismo de geolocalização ainda reconhece o endereço caso
o usuário digite alguma letra errada.
Através da opção COMCAP ambiental localizada no menu esquerdo do portal da COMCAP é
possível localizar informações sobre um PEV. Nesta área existe um resumo sobre o ponto informando
a localização e ainda um material em vídeo. Na apresentação da empresa é possível entender que a
área de abrangência da empresa é a região da grande Florianópolis.
Todos estes dados, porém estão separados e demandam de tempo e certa pesquisa para que
sejam conhecidos. Em média, gastou-se 3 minutos e 31 segundos navegando no site da COMCAP em
busca destas informações. Já no sistema GeoColeta, todos estes dados são concentrados e exibidos de
forma dinâmica no mapa interativo. Desta maneira os usuários levaram em média 35 segundos para
visualizar e analisar estes dados.
Ainda mais especificamente, usuários entre 15 e 30 anos levaram em média 2 minutos e 40
segundos pesquisando estas informações no site da COMCAP. Usuários acima dos 31 anos, levaram
em média 4 minutos e 23 segundos. No sistema GeoColeta, a média entre os usuários de 15 a 30 anos
foi de 26 segundos e os usuários acima de 31 anos levaram em média 44 segundos.
Finalizada a avaliação do ambiente Web Site iniciou-se a avaliação do ambiente
Administrativo. Da mesma maneira que o ambiente anterior foi observada a utilização do sistema
pelos participantes a fim de levantar pontos que pudessem ser melhorados ou ajustados de modo a
melhorar e facilitar a utilização para os usuários.
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Ao final dos testes no ambiente Administrativo foi coletado o formulário de avaliação do
participante e observado os itens avaliados conforme apresentado no gráfico da Figura 40.
Figura 40 - Gráfico dos itens avaliados no ambiente Administrativo
Na avaliação do ambiente Administrativo houve uma pequena dificuldade na manipulação da
ferramenta do mapa para os usuários que utilizaram o navegador Internet Explorer, pois a API da
Google acaba não sendo estável como é quando se utiliza o navegador Google Chrome ou o FireFox.
Porém nada que impedisse a utilização das funcionalidades do ambiente.
Ocorreu certa dificuldade no cadastro de rotas devido a quantidade maior de informações que
devem ser cadastradas, além da definição de todos os pontos que definem o trajeto que são marcados
por vários clicks , que exigem maior atenção do usuário. Considerando uma rota com pelo menos 50
pontos, os usuários levaram em média 2 minutos e 53 segundos para acessar a página, preencher os
dados, marcar os pontos e salvar a rota.
Na alteração da logotipo a única dificuldade foi encontrar uma imagem que não excedesse os
limites do upload. A funcionalidade limita que não sejam carregadas imagens com dimensões maiores
que 120x80 pixels e que o formato seja JPEG (ou JPG). Os tempos desta atividade tiveram grande
variação, para os usuários que já possuíam uma imagem apropriada o tempo médio foi de 25 segundos
e para os usuários que precisaram encontrar uma imagem o tempo médio foi de 1 minuto e 28
segundos.
83
O cadastro da área de abrangência também necessita que sejam marcados vários pontos para
que seja coberta uma área real e precisa da abrangência dos serviços. Considerando uma área com pelo
menos 50 pontos os usuários levaram em média 2 minutos e 41 segundos.
A visualização dos pontos de interesse não gerou nenhuma dificuldade, cada usuário acessava a
página e visualizava os pontos cadastrados no mapa assim como as informações contidas em cada um.
Foi registrado um tempo médio de 1 minuto e 10 segundos na analises e visualizações dos pontos de
interesse;
O cadastro de um PEV considerava que cada participante acessasse a página correspondente,
localizasse um endereço através da geolocalização, selecionasse o tipo de material coletado e marcasse
o ponto no mapa. O tempo médio registrado nesta avaliação foi de 34 segundos.
Para cadastrar uma notícia foi orientado que o avaliador utilizasse notícias de qualquer site
desejado e as transferisse para o sistema GeoColeta. Não houve nenhuma dificuldade registrada e o
tempo médio para este cadastro foi de 1 minuto e 40 segundos.
Utilizando seus dados pessoas cada avaliador se cadastrou no sistema. Feito o cadastro, cada
usuário recebeu sua senha por e-mail e realizou uma autenticação no ambiente Administrativo. Foi
registrado um tempo médio de 25 segundos apenas para o cadastro do usuário.
A compreensão de como utilizar o ambiente, assim como no ambiente Web Site, considerou
todo o tempo que o usuário levou para avaliar o site o que em médio resultou em 10 minutos e 51
segundos.
Entre os usuários de 15 à 30 anos registrou-se uma em média 4 minutos e 40 segundos na
avaliação do ambiente Administrativo. Já os usuários acima dos 31 anos, levaram em média 6 minutos
e 11 segundos.
Ao final da avaliação os participantes comentaram qual percepção tiveram com o uso da
ferramenta, principalmente quanto as dificuldades, dúvidas ou sugestões. No geral não houveram
dificuldades significativas relatadas por nenhum dos participantes. As janelas de ajuda sanaram as
dúvidas durante a utilização e também não houve críticas ao sistema.
Durante o mês de novembro entrou-se em contato com as empresas de coleta seletiva
COMCAP, PROACTIVA e AMBIENTAL com a intenção de poder demonstrar e realizar testes do
84
sistema GeoColeta junto a profissionais da área. O contato ocorreu através de ligações telefônicas e emails. Nos contatos telefônicos foi explicado o motivo do contato, informando que se tratava de um
trabalho de conclusão de curso e que para melhores resultados seria de grande valia a orientação e
avaliação de profissionais que lidam com o processo da coleta seletiva.
A empresa COMCAP orientou que fosse entrado em contato com a coordenadora da coleta
seletiva, a qual foi referida como Flávia, através de e-mail. No mesmo instante foi elaborado um email explicando o motivo do contato e dando uma explicação sobre o projeto desenvolvido. Neste email também foi enviado as URL do sistema de modo que propiciasse uma noção inicial do que seria
apresentado e concluiu-se o e-mail agradecendo a atenção e pedindo que fosse dada uma resposta tanto
em caso positivo como em negativo a visita.
A empresa PROACTIVA orientou que fosse entrado em contato com a técnica da coleta
seletiva, a qual foi referida como Fernanda, através do e-mail. Seguindo o mesmo e-mail montado para
a empresa COMCAP, foi explicado o motivo, a intenção da visita e pedido que houvesse um retorno.
A empresa AMBIENTAL não identificou o responsável, mas solicitou que fosse enviado um email para o setor de atendimento que a responsável, a qual estava intercedendo no telefonema, iria
repassar ao responsável da coleta seletiva. Novamente, seguindo o mesmo padrão de e-mail, foi
enviado o e-mail para a atendente.
Nos três casos não houve retorno dos e-mails enviados. Desta forma ficou-se impossibilitado de
ser realizado o teste com profissionais da área de coleta seletiva.
A aplicabilidade do sistema aqui desenvolvido necessitaria de um opinião profissional, assim
como seria muito importante uma avaliação de usabilidade por parte de profissionais da coleta
seletiva. Infelizmente, dado o motivo supracitado, não puderam ser realizados os testes e avaliações
previsto para esta etapa do projeto.
85
6 CONCLUSÕES
A proposta deste trabalho foi desenvolver uma ferramenta que auxilie na divulgação dos
serviços oferecidos pelas empresas de coleta seletiva através de um mapa interativo. O sistema
desenvolvido esta voltado ao nicho da coleta seletiva porém a ideia pode ser estendida a outras área
que utilizem serviços de localização através de um mapa, como por exemplo, táxis, ônibus, redes de
restaurantes, entre outros.
Para o desenvolver a ferramenta foi inicialmente realizada a revisão bibliográfica sobre SIGs,
apresentando os conceitos e definições envolvidos. Através desta revisão foram elucidados conceitos
referente a estruturas de dados e formas de representação, assim como técnicas para aplicação de SIGs
no sistema, alcançando assim o objetivo específico de analisar as principais características dos
Sistemas de Informações Geográficas (SIG).
Através do levantamento das ferramentas de mapas forma levantadas quatro diferentes APIs
existentes no mercado, nas quais foram levantadas suas principais características e funcionalidades
relevantes ao desenvolvimento deste sistema. Com o estudo realizado pode-se então fazer uma
comparação destas ferramentas de modo a decidir pela ferramenta que melhor se encaixaria no
desenvolvimento do projeto e alcançando assim o objetivo específico de analisar as APIs disponíveis
para desenvolvimento de SIGs.
Além das ferramentas, pesquisou-se sobre trabalhos relacionados à coleta seletiva, onde foram
selecionados dois projetos que buscavam o melhoramento das rotas para as empresas de coleta
seletiva. Para estes projetos foi realizado uma análise onde descreveu-se os principais fatos descritos
pelos autores. A análise proporcionou um entendimento sobre a forma de representação e organização
dos dados assim como contribuiu com a forma de representação e construção de rotas.
Os requisitos do sistema foram definidos levando em consideração cadastros simples de um
sistema e o material disponibilizado pela empresa COMCAP em seu site. Através deste material foi
possível definir que tipos de informações exibir no mapa interativo e desta forma colocá-los como
requisitos funcionais do sistema. Baseado no conhecimento e experiência de uso, forma definidos os
requisitos não funcionais, os quais buscou-se utilizar ferramentas da Microsoft para se obter uma
melhor compatibilidade e performance do sistema como um todo. Desta forma foi possível alcançar o
objetivo específico de definir os requisitos para elaboração do sistema Web.
86
Para a modelagem foi utilizada a linguagem UML para criar os casos de uso e o software
ERwin para a modelagem do banco de dados. Seguindo esta modelagem o sistema foi desenvolvido
utilizando para o desenvolvimento do sistema a linguagem C# na classes de entidades, negócio e Data
Access Object (DAO) onde todos os requisitos, apoiados pelos casos de uso, foram transformados em
funções para os usuários e para o banco de dados foi utilizado a linguagem SQL.
Vale ressaltar que foi utilizado um banco de dados convencional em decorrência da API de
mapas da Google possuir um grande conjunto de ferramentas possibilitando assim que os dados
necessários para as visualizações criadas pudessem ser armazenados em tabelas de dados
convencionais.
Totalmente apoiado pela modelagem e juntamente com a criação das classes que compõe a
parte do sistema não visível aos usuários, foram criadas as telas do sistema web as quais foram
desenvolvidas utilizando linguagens como HTML, ASP.NET, JavaScript e CSS. Com a modelagem e
o desenvolvimento do sistema proposto alcançou-se os objetivos específicos de modelar e desenvolver
a ferramenta.
A avaliação da ferramenta foi realizada com 28 pessoas distintas, onde cada participante
utilizou todas as funcionalidades do sistema e principalmente da ferramenta mapa, cadastrando e
visualizando as informações. Para realizar esta avaliação o sistema foi disponibilizado na internet
através dos sites geocoleta.admsistemas.com.br, para o ambiente Web Site e geocoletaadmin.admsistemas.com.br, para o ambiente administrativo. A avaliação foi concluída através de um
formulário de usabilidade onde os participantes marcaram o grau de dificuldade de utilização de cada
item especificado.
Tentou-se avaliar o sistema com profissionais da coleta seletiva entrando em contato com
empresas como a COMCAP, PROACTIVA e AMBIENTAL, porém, infelizmente não houve um
retorno de nenhuma das empresas e desta forma ficou-se impossibilitado de avaliar a aplicabilidade e
usabilidade por estes profissionais.
De forma geral o objetivo do trabalho foi desenvolver um sistema Web para auxiliar na
identificação e roteamento de pontos de coleta seletiva de lixo, o qual foi alcançado e a seguir mostrase pontualmente as contribuições do trabalho.
87
6.1 CONTRIBUIÇÕES
As principais contribuições deste trabalho foram:

Ferramenta para as empresas de coleta seletiva exibirem de forma simples e dinâmica
seus serviços.

Ferramenta para permitir a interação entre usuários e empresa sobre o interesse na
coleta seletiva.
6.2 TRABALHOS FUTUROS
Ao longo do desenvolvimento deste trabalho e das avaliações realizadas, puderam ser
identificadas algumas possibilidades de melhoria as quais incluem:

Análise automatizada dos pontos de interesse: criar uma função que a partir dos pontos
de interesse cadastrados seja verificado a incidência de interesses de mesmo tipo de
material próximos e que isso seja indicado automaticamente a empresa de modo que
esta precise apenas confirmar ou não a criação de um novo PEV, por exemplo.

Acompanhamento via GPS dos veículos: atrelados a dispositivos de rastreamento via
GPS é válida a criação de um mecanismo que faça o acompanhamento da frota de
veículos das empresas de coleta seletiva e mostre em tempo real suas localizações.

Roteirização dos veículos de coleta: criar uma funcionalidade que dada uma área seja
criada uma rota, buscando sempre o melhor caminha, onde todas as ruas desta área
sejam contempladas com o serviço da coleta seletiva.

Controle de pontos inválidos: criar um tratamento que verifique os pontos informados
pelos usuários para que sejam localizações válidas não permitindo cadastrar
informações em oceanos, montanhas ou qualquer local inválido a prestação de serviços.
88
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91
ANEXO A – Notícia divulgada no site da COMCAP
Fonte: http://www.pmf.sc.gov.br/entidades/comcap/?pagina=notpagina&menu=&noti=7695
92
ANEXO B - Coleta Seletiva - Dias e horários por bairros da capital
93
94
95
ANEXO C - Dias e horários da coleta seletiva por bairro
96
97
ANEXO D – Roteiro de avaliação do Sistema GeoColeta
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