D' Assunção CF, Santos ALD, Lino FA, et al. Nursing and relationships with… ARTIGO DE PESQUISA A ENFERMAGEM E O RELACIONAMENTO COM OS CUIDADORES DOS PORTADORES DE ESQUIZOFRENIA NURSING AND RELATIONSHIPS WITH CAREGIVERS OF PATIENTS WITH SCHIZOPHRENIA ENFERMERÍA Y LAS RELACIONES CON LOS CUIDADORES DE PACIENTES CON ESQUIZOFRENIA Cinthia Feliciano D' Assunção1, Ana Laura Dias dos Santos1, Fabiane Azevedo Lino1, Edilene Aparecida Araujo Silveira2 RESUMO Objetivo: identificar as representações sociais que os profissionais de enfermagem possuem a respeito do relacionamento com os cuidadores dos portadores de esquizofrenia. Métodos: De natureza descritiva, qualitativa, aborda as representações sociais segundo Mary Jane Spink. Os dados foram coletados no período defevereiro a junho de 2014, com população de amostra composta por 18 profissionais de enfermagem atuantes no SERSAM, em Divinópolis-MG. Todos os profissionais aceitaram participar da pesquisa e corresponderam aos critérios de inclusão. Foi utilizado questionário semiestruturado e as respostas foram gravadas por aparelho eletrônico. Resultados: Os sentimentos de respeito, empatia, amizade e paciência surgem como importantes e positivos durante o contato com o cuidador. A comunicação que ocorre no tempo curto junto com o relacionamento construído no tempo vivido tem consequências na continuidade do tratamento. Há destaque quanto ao aparecimento da família no tratamento após a Reforma Psiquiátrica. Conclusão: A partir do que se observou neste estudo, a equipe de saúde pode auxiliar a família e cuidadores a compreender o transtorno e enfrentar as demandas, contribuindo, assim, para o emponderamento. Descritores: Esquizofrenia; Enfermagem; Cuidador. ABSTRACT Objective: identify the social representations that nursing professionals have about the relationship with caregivers of patients with schizophrenia. Methods: The estudy is descriptive, qualitative and addresses to the social representations according to Mary Jane Spink. Data were collected between february to June 2014, with sample population composed of 18 nursing professionals active on SERSAM in Divinópolis-MG. All professionals agreed to participate and met the inclusion criteria. It used semistructured questionnaire and the answers were recorded by electronic device. Results: The feelings of respect, empathy, friendship and patience emerge as important and positive during contact with the caregiver. The communication that takes place in short time with the relationship built in the time lived has consequences in the continuity of treatment. There is emphasis on the family's appearance on the treatment after the Psychiatric Reform. Conclusion: From what was observed in this study, the health team may help family and carers to understand the disorder and cope with the demands, thus contributing to empowerment. Descriptors: Schizophrenia; Nursing; Caregiver. RESUMEN Objetivo: identificar las representaciones sociales que los profesionales de enfermería acerca de la relación con los cuidadores de los pacientes con esquizofrenia. Métodos: Descriptivo y cualitativo, se ocupa de las representaciones sociales de acuerdo con Mary Jane Spink. Los datos fueron recogidos entre de febrero a junio de 2014, con la población de la muestra compuesta por 18 profesionales de enfermería que trabajan en SERSAM en Divinópolis-MG. Todos los profesionales de acuerdo en participar y se reunieron los criterios de inclusión. Se utilizó un cuestionario semiestructurado y las respuestas se registraron por el dispositivo electrónico. Resultados: Los sentimientos de respeto, la empatía, la amistad y la paciencia surgen como importante y positivo durante el contacto con el cuidador. La comunicación que se lleva a cabo en el corto tiempo con la relación que se construye en el tiempo vivido tiene consecuencias en la continuidad del tratamiento. Hay un énfasis en la apariencia de la familia en el tratamiento después de la Reforma Psiquiátrica. Conclusión: Por lo que se observó en este R. Enferm. Cent. O. Min. 2016 jan/abr; 1(6):2034-2051 2034 D' Assunção CF, Santos ALD, Lino FA, et al. Nursing and relationships with… estudio, el equipo de salud puede ayudar a la familia y cuidadores a entender el trastorno y hacer frente a las demandas, lo que contribuye a la potenciación. Descriptores: Esquizofrenia; Enfermería; Cuidador. 1 Acadêmica de Enfermagem pela Universidade Federal de São Joao del Rei. Psiquiátrica. Docente na Universidade Federal de são João del Rei. 2 Graduada em Enfermagem. Doutora em Enfermagem associados a um prejuízo funcional nas INTRODUÇÃO relações A esquizofrenia atinge cerca de interpessoais e no autocuidado do paciente(1). e Os sinais e sintomas vivenciados habitualmente inicia-se entre o final alteram a vida do paciente e se da adolescência e meados dos 30 anos. refletem O início pode ser gradual ou agudo, portador de esquizofrenia, em sua vida embora a maioria das pessoas tenha familiar, afetiva, social, econômica. um desenvolvimento lento e manifeste Há destruição de sonhos e da rede vários sinais e sintomas, pode ser ou social. Ocorre disfunção em uma ou não mais áreas de funcionamento, como 1% da população precedido mundial de um evento na convivência estressante, como perdas familiares. O relações interpessoais, suicídio atinge cerca de 5 a 6% dos educação ou higiene(2). trajetória o trabalho portador e indivíduos acometidos. Os sintomas do A transtorno persistem perto do ciclo da esquizofrenia vida e atingem pessoas de todas as sofrimento culturas e classes socioeconômicas (1). significativas causadas pela doença na é do com marcada diante das de pelo mudanças Os sinais e sintomas indicativos vida. As mudanças e a vivência de de esquizofrenia devem ter a duração sintomas causam impacto na qualidade mínima de seis meses, com vivência de de vida. A equipe de saúde tem papel pelo menos um mês de sintomas da ativo na tomada de decisões que irão fase ativa e incluir dois ou mais destes: contribuir com a melhora da qualidade delírios, de vida de pacientes e familiares(2). alucinações, desorganizado, discurso A família se revela importante comportamento desorganizado ou catatônico, presença ferramenta de sintomas negativos. Ocorrem várias enfrentamento disfunções reabilitação e reinserção social do emocionais e cognitivas durante do o difícil transtorno, nas cliente, mas ela também passa pelo percepções de linguagem, controle sofrimento imposto pelo convívio com comportamental, a caracterizadas discursos, Estes por produtividade atenção sinais alterações e de esquizofrenia. As alterações e comunicação. comportamentais modificam a rotina sintomas da estão família, causando sobrecarga R. Enferm. Cent. O. Min. 2016 jan/abr; 1(6):2034-2051 2035 D' Assunção CF, Santos ALD, Lino FA, et al. Nursing and relationships with… emocional. A vivência com sinais e demandas de forma a contribuir no seu sintomas seu empoderamento. As dificuldades que sentimentos, permeiam o cotidiano do cuidador da esquizofrenia tratamento como mobiliza desesperança, e pesar e podem ser amenizadas com a presença preconceito, que nem sempre são constante dos profissionais de saúde. A compreendidos por quem vivencia. assistência direcionada aos familiares Essa convivência pode ser angustiante e cuidadores deve ser ajustada com as e permeada pela incerteza quanto ao experiências e as necessidades das futuro(2-4). famílias. Esse cuidado se justifica ao Há afastamento das pessoas da considerar a família rede social e isolamento do paciente e coparticipante cuidador provocados pelo transtorno e sentido, elas devem ser auxiliadas no por atitudes de estigma. A família e a cuidar e na promoção da saúde de seus sociedade membros(3). não conseguem do como cuidar. Neste compreender os comportamentos do A compreensão das necessidades paciente, principalmente quando estes experenciadas pela família permite são expressos de forma bizarra. A planejar uma assistência que tenha dificuldade dos familiares em entender como foco o cuidado ao doente e aos e aceitar as mudanças na rotina familiares. ocasionadas pela esquizofrenia, falta cuidadores não se sentirão sozinhos no de habilidade em lidar com a situação, enfrentamento dos problemas, o que bem como o processo de adoecimento beneficia a saúde(3,5). Assim, os familiares e e tratamento da pessoa acometida, Os Centros de Apoio Psicossocial pode fazer com que o ambiente (CAPS) possuem equipes de saúde que familiar permitem aos usuários permanecerem se torne (2,4) desorganizado que caótico e . junto às suas famílias e à sociedade No entanto, há outras famílias coma demonstram retomada da autonomia e a reinserção relações estruturação familiares e união. das O social. finalidade Nesses de promover serviços, a a equipe relacionamento afetivo e emocional multiprofissional oferece novas formas favorece a compreensão, aceitação e de cuidar, como atendimentos em solução das demandas que surgem por grupos causa da esquizofrenia(4). atividades A equipe de saúde pode auxiliar e individuais, físicas e oficinas, lúdicas. Os profissionais auxiliam no processo de a família e cuidadores a compreender tratamento biopsicossocial melhor o transtorno e enfrentar as reinserção social, e promovem na a R. Enferm. Cent. O. Min. 2016 jan/abr; 1(6):2034-2051 2036 D' Assunção CF, Santos ALD, Lino FA, et al. Nursing and relationships with… aproximação do paciente e sua família relação de ajuda. Esta técnica torna do comunidade, possível a observação de aspectos contribuem para o sucesso e adesão ao biopsicossociais do paciente e sua tratamento(6). família, além de permitir que as serviço e Dentro da dessas equipes, o intervenções realizadas auxiliem na enfermeiro tem como competência o reinserção social e na convivência de auxílio às demandas apresentadas pela pacientes família e o cuidado à pessoa com sociedade(4,9). e familiares com a transtorno mental. Ele deve avaliara Diante disso, torna-se importante sobrecarga que o familiar possa estar conhecer como se dá o relacionamento sendo estabelecer da equipe de enfermagem com os estratégias conjuntas com ele para familiares segundo a percepção dos minimizá-las ou até mesmo eliminá- componentes las. identificação é importância para submetido Ele e pode empoderamento promover da o família nos momentos de crise e incentivar a (7-8) convivência familiar harmônica . informações sobre a esquizofrenia e tratamento, como também fundamental que sejam enfermagem na rotina do Serviço de Referência de Saúde Mental. O presente estudo tem como objetivo tratamento. representações enfermagem de Essa estabelecidas estratégias para ajudá- estimular a perseverança e adesão ao A equipe. los na melhoria da assistência de Compete ao enfermeiro fornecer seu da deve geral identificar sociais que as os apoiar os familiares por meio da profissionais de enfermagem possuem escuta, auxílio nos momentos de crise a respeito do relacionamento com os e cuidadores incentivo processo à família de orientações durante reabilitação. do enfermeiro o As ajudam de portadores de esquizofrenia. MÉTODOS pacientes e familiares a identificar e manejar as demandas relacionadas à esquizofrenia (6-8) . Coleta de dados O presente estudo é de natureza Portanto, a enfermagem pode descritiva, qualitativa, com abordagem reduzir o impacto da doença através das representações sociais segundo do contato constante com familiares e Mary Jane Spink como referencial pacientes. Esses profissionais atuam na teórico e metodológico. efetividade da assistência e usam A coleta de dados foi realizada como uma de suas ferramentas a entre os meses de fevereiro e junho de R. Enferm. Cent. O. Min. 2016 jan/abr; 1(6):2034-2051 2037 D' Assunção CF, Santos ALD, Lino FA, et al. Nursing and relationships with… 2014, após aprovação do Comitê de transcrição é a escrita da gravação Ética da Universidade Federal de São oral. João del Rei. Inicialmente, ocorreu a A entrevista deve ser editada identificação do número de pessoas após a transcrição com o objetivo de que de tornar o texto mais claro, agradável, enfermagem do Serviço de Referencia aumentar o envolvimento do leitor e em Saúde Mental (SERSAM) e do turno valorizar em que eles trabalhavam. elemento comunicativo(10).Assim, foi compunham a equipe Os profissionais de enfermagem foram convidados a participar da a uma sala privativa, onde recebiam as melhorados. explicações referentes aos objetivos e eram novamente um palavras em peso semântico e os erros gramaticais estudo como realizada transcrição e, a seguir, as pesquisa. Eles eram direcionados a do narrativa foram retirados ou O sujeito social tem uma história social e pessoal, situadaem uma questionados quanto à anuência da determinada situação social e cultural participação. resposta que o influencia. Assim, o sujeito afirmativa, era lido e assinado pelo utiliza experiências do seu contexto participante e pesquisadores o Termo social de Consentimento Livre e Esclarecido conhecimentos (TCLE). histórico A Diante seguir, da o participante e cultural e de acordo produzidosno tempo com tempo vivido. Esses juntamente com respondia à entrevista semiestruturada conhecimentos composta pelas perguntas norteadoras: osacontecimentos atuais são utilizados 1) O que representa para você o para posicionamento em uma rede de relacionamento com o cuidador do relações paciente com esquizofrenia?;2) Como se dá o seu relacionamento com o presente epertença (11) no tempo . O tempo presente ou curto como cuidador?;3) Qual é a influência que o sendo seu relacionamento com o cuidador nívelpessoa tem contexto é marcado pela interação e sobre o comportamento do paciente? Essas aquele a que pessoa, ocorre no no qual o sua retórica. As experiências sociais norteadoras vividas pela pessoa durante sua vida foram cuidadosamente elaboradas com pertencem ao tempo vivido. Otempo base nos pressupostos do referencial longo ou histórico corresponde aos teórico conteúdos culturais acumulados da que perguntas norteia o estudo. A entrevista foi gravada com gravador sociedade(11). digital e posteriormente transcrita. A R. Enferm. Cent. O. Min. 2016 jan/abr; 1(6):2034-2051 2038 D' Assunção CF, Santos ALD, Lino FA, et al. Nursing and relationships with… Quando realizamos a entrevista, o sujeito assunto, se posiciona diante do tendo comobase os três tempos e a relação com os outros sujeitos. Ele representa Essaconsideração poderá basear cursos de educação continuada com o intuito de promovermelhorias na assistência de saúde mental. sua É preciso lembrar que a experiênciacontextualizada, subjetiva assistência da equipe de saúde, o e socialmente construída por meio da tratamento medicamentoso eo apoio linguagem falada e/ou escrita. Este familiar são importantes na redução discurso pode estender-se do passado das internações e na reinserção social. infinito Asestratégias ao futuro infinito, reabilitadoras e de utilizando,inclusive, falas de pessoas reinserção social aumentam as chances que não estão presentes. terapêuticas (6) . Dessa forma, justifica- se o estudo nestacidade cuja gestão Participantes e amostragem em saúde tem iniciado suas discussões A equipe de enfermagem do serviço era composta por 18 pessoas, sendo duasenfermeiras e 16 auxiliares e técnicos de enfermagem. Todos aceitaram participar dapesquisa e atenderam aos critérios de inclusão. Assim, a amostra do estudo foi constituída por todos os profissionais da equipe de enfermagem do SERSAM Divinópolis. O estudo foi realizado nesta cidade por ser este um importante polo da região do centro-oeste mineiro ereferência em saúde mental para municípios de seu entorno e serviçosda própria cidade. A rede de serviços de saúde mental está em processo de organizaçãoe percepção é importante do que profissional a no sentido de construir uma rede de saúde mental que seja consistente. Como critérios de inclusão, foi considerado o vínculo de trabalho na equipe de enfermagem do SERSAM da cidade de Divinópolis (MG), ter idade igual ou maior que 18 anos, ter contato com familiares de pessoas que vivenciavam a esquizofrenia. Em contrapartida, os critérios de exclusão têm como base a recusa em participar da entrevista,ter vínculo empregatício no serviço menor de um mês e nunca ter tido contado comfamiliares/cuidadores de pessoas com esquizofrenia. Cenário de O presente estudo desenvolveu- enfermagem quanto aorelacionamento se no SERSAM,com profissionais de interpessoal com enfermagem pacientes seja familiares e considerada. quetrabalhavam na modalidade CAPS. O SERSAM é uma R. Enferm. Cent. O. Min. 2016 jan/abr; 1(6):2034-2051 2039 D' Assunção CF, Santos ALD, Lino FA, et al. Nursing and relationships with… unidade de referência ambulatorialde sofrimento mental severo erecorrente, saúde mental, que, em outubro de substituindo a internação hospitalar. 1996, iniciou suas atividades como O tratamento desenvolvido no “Casa de SaúdeMental” e, em julho de SERSAM tem como finalidade a busca 1997, houve a inauguração do SERSAM, pela estabilizaçãodo quadro clínico, a bem reconstrução como representou localna o esforço descentralização, suporte da vida necessário pessoal, aos o familiares, desospitalização e compromisso do oconvívio e a reinserção social. O município com a reformapsiquiátrica atendimento brasileira da cidade de Divinópolis. O presença objetivo multiprofissional, oficinas e atividades era funcionar serviçosubstitutivo às como internações psiquiátricas, promovendo assistência especializada sofrimento aosportadores mental, voltada de para inclusão social, e reduzir o número deinternações em hospital psiquiátrico. Suas prioridades atendimento eram pacientes de com transtornos psicóticos, transtornos neuróticos acentuados graves e egressos dehospitais psiquiátricos. é constituído constante pela deequipe de cultura e reinserção social. Aspectos éticos O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (COEP) do CampusCentroOeste Dona Lindu – UFSJ, no dia 21 de janeiro de 2014, número 512.715. Atendendo à Resolução 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde, foram cumpridos osprincípios Atualmente, o SERSAM oferece éticos de não maleficência, três modalidades de assistência, sendo beneficência, justiça e autonomia dos elas:urgência/emergência que prestam participantes12. Os dados coletados atendimento aos pacientes em crises, serão mantidos em sigilo e arquivados, encaminhados pela rede de saúde ou juntamentecom TCLE, em um período espontânea; ambulatório, sendo este de cinco anos. mediante as consultasagendadas e egressas de hospitais psiquiátricos ou serviços de saúde mental; e CAPS(Centro de Atenção Psicossocial), Análise de Dados A interpretação dos dados segue os seguintes passos(11): conforme legislação Portaria GM nº 336 1. Transcrição da entrevista – Ouvir a -19/02 / 2002,tendo como prioridade gravação e transcrever. Em seguida, de atendimento conferir os portadores de o textotranscrito com a gravação a fim de conferir cada frase, R. Enferm. Cent. O. Min. 2016 jan/abr; 1(6):2034-2051 2040 D' Assunção CF, Santos ALD, Lino FA, et al. Nursing and relationships with… mudanças de entonação,silêncios e empatia, agressividade e paciência. outros detalhes. Eles 2. Leitura flutuante do material – A importantes leitura do material transcrito será relacionamento com os cuidadores intercalada com aescuta. fosse positivo. Abaixo apresentamos 3. Construção de mapas que transcrevem a entrevista, respeitando foram considerados para que o alguns relatos que exemplificam essa questão. “Às vezes a família conversa, a ordem do discurso -respeitando a ordem da fala original, o conteúdo tenta desabafar o problema. Em transcrito às alguns casos, quando a gente não diferentes pode resolver, encaminha para o será colunasrelativas dimensões da conteúdo alocado às representação: cognitivo, o as práticasrelatadas e o afeto emergente. psicólogo clara do objeto da encaminha para reunião de família que existe aqui.” (E13) “Pois é...a gente tem que 4. Retorno aos objetivos da pesquisa e definição ou cuidar também, antes de tudo, temos que cuidar do familiar do representação. 5. Transposição das associações para quadros. paciente, eles estão sofrendo. A gente tem que ter muita RESULTADOS E DISCUSSÃO porque porque paciência, eles muita estão calma, sofrendo e muitas vezes, chegam a ser tão As distribuídas categorias de foram acordo os acho que é o momento da gente diferentes tempos descritos por parar, refletir e se por no lugar SPINK, como o tempo histórico, o deles. Porque não é fácil ter uma vivido e o tempo curto (11) com agressivos quanto o paciente. Eu . pessoa com sofrimento mental em O tempo curto ou presente é o casa, principalmente com momento no qual as interações esquizofrenia. Então, você tem que entre o profissional e o cuidador ter ocorrem. Segundo os participantes, também. Na realidade você tem esse momento é permeado por que tratar o paciente e o familiar. diversos E a gente tem que pensar nisso, de sentimentos, como carinho de como tratá-lo R. Enferm. Cent. O. Min. 2016 jan/abr; 1(6):2034-2051 2041 D' Assunção CF, Santos ALD, Lino FA, et al. Nursing and relationships with… como seria se tivesse uma pessoa segurança de que... quando algum com esquizofrenia na sua casa. Será deles precisar, nós estamos aqui que você estaria na paz, calmo? A pra ajudá-los e também ... tem gente tem que sentar conversar e familiares que tem muitas dúvidas tentar entender.” (E17) sobre como se portar com o Os sentimentos presentes no paciente em casa. Então a gente tempo curto são interpretados e tira as dúvidas e ajuda naquilo que contextualizados pode.”(E9) conforme experiências decorrentes do tempo “Bom, a gente orienta né. A vivido e de acordo com o tempo gente não sabe se eles seguem as histórico. Diante dessa significação orientações dos orienta... sentimentos expressos pelo em que familiar, os participantes reagem orienta com participação paciência, principalmente, amizade e, a pois A gente equipe toda é importante da família a no a tratamento (...) que é importante finalidade de compreender melhor (...) os remédios na hora certa (...) o cuidador e fazer com que esse não deixar de tomar (...) fazer o momento seja positivo para ambos. acompanhamento no posto com As estratégias como a empatia, o psicólogo, diálogo, a reunião de família e o ambulatorial no serviço. Isso tudo a encaminhamento gente orienta.”(E3) profissionais possibilidades empatia com casa. para outros surgem como de atender às acompanhamento As informações e a busca de compreensão acerca necessidades expressas por meio de comportamentos exibidos sentimentos. paciente que permeiam o tempo O tempo presente é visto curto são consideradas pelo como como momento para fornecer e importantes obter informações, especialmente a embora respeito desconfiança de que o familiar não do podemos tratamento, observar nos como relatos abaixo. esteja pra eles também mais participante, presente a as segue integralmente. Entretanto, “É importante porque a gente passa pelo dos as informações fornecidas têm um propósito cujo fim é melhorar a convivência com o R. Enferm. Cent. O. Min. 2016 jan/abr; 1(6):2034-2051 2042 D' Assunção CF, Santos ALD, Lino FA, et al. paciente, ou seja, elas Nursing and relationships with… irão tratamento. Porque a informação influenciar o tempo vivido, como que o cuidador percebemos no relato abaixo. diagnóstico... dá, muito ajuda no importante. “Às vezes é muito importante Tem paciente que às vezes não tem relacionamento esse o apoio devido do cuidador, outros cuidador. Podemos passar às vezes, têm. É a questão assim... até dicas sobre como lidar com ele e medicação. Se o cuidador não tiver também explicar a doença. E nós bom vemos medicação ele cuida.” (E1) o que isso com influencia na maneira como o cuidador olha para relacionamento, “É... eu acho nem que da esse o esquizofrênico.”(E18) relacionamento é importante... a Portanto, a interação que ocorre no interação do profissional com o tempo curto influencia o tempo cuidador facilita o tratamento do vivido. paciente.”(E7) Tempo Vivido “Porque é o seguinte: ... a O tempo vivido abrange todas gente orienta de acordo com o que as relações sociais que a pessoa a vivenciou durante sua vida, seja precisando de orientação... mais com cuidado... e se a pessoa escuta, pessoas com ou psiquiátricos(11). transtornos sem O gente tem percebe uma que experiência positiva. construído ao longo do tempo. Essa negativa. A influência depende da trajetória é permeada por muitos assimilação do cuidador daquilo acontecimentos e interações, de que a gente coloca... porque se não forma que o profissional passa a assimilar, não vai resolver nada. perceber que a comunicação que Então é importante isso. Na medida ocorreu no tempo curto e no tempo em que você vai orientando e a vivido na assimilação dele é boa, é positiva tratamento, pros dois lados: tanto pra gente consequências continuidade do conforme podemos evidenciar nos relatos abaixo. “Representa seguinte: a mim segurança o no não for, é quanto pro paciente também.”(E1) A pra se boa... relacionamento com o cuidador é tem Mas está principal comportamento influência do no paciente, advinda do relacionamento com o R. Enferm. Cent. O. Min. 2016 jan/abr; 1(6):2034-2051 2043 D' Assunção CF, Santos ALD, Lino FA, et al. Nursing and relationships with… cuidador, é o impacto exercido percepção de que a família não pelas informações transmitidas sob está preparada para cuidar remonta a ao tempo asilar e se expressa nos forma de orientações. As orientações ou informações a serem fornecidas são pelo “É importante porque a gente impacto tem... Nosso serviço tenta não positivo ou negativo conforme a deixar que ele fuja da sociedade. aceitação do familiar. Elas são Só que muita das vezes, a família valorizadas como não está preparada para atendê- do los... A demanda daquilo que é tratamento. Desta forma, o familiar pedido pra eles. Aí o que acontece: deve acatá-las integralmente. a família pressionada, não consegue profissional escolhidas relatos a seguir. e terão e responsáveis indicadas pelo sucesso A excessiva importância das lidar com eles e não procura informações reduz a percepção de recursos. Então, um dos trabalhos outros seriam que eu observo que tem que ser relacionamento feito, não só aqui no Sersam mas com o familiar. As informações pela rede pública, é trabalhar estão prontas e são fornecidas do familiares desses cuidadores. Por profissional para o familiar. As que?! Eles, não sabem como lidar... reflexões como aspectos importantes no do que familiar são eles são rejeitados...na consideradas. Esse fato tem raízes sociedade, a família fica perdida e no não tempo histórico e sua compreensão faz parte da busca de novos comportamentos a serem sabe como deixa-los na sociedade (...).”(E2) “O único contato que eu tenho adotados no tempo vivido e curto. com o cuidador dele, que são os Tempo Histórico parentes em casa, é quando vem Os conteúdos culturais visita-lo no sábado ou domingo, que sociedade trazem roupas e à tarde quando histórico. eles os buscam para ir embora. Apesar de não termos elaborado Porque às vezes eles nem vem aqui nenhuma questão o no SERSAM na visita, eles deixam o tempo histórico, esses conteúdos paciente aqui e a gente liga, liga, aparecem durante a entrevista. A chama, vai em casa, pede pra acumulados pertencem pela ao tempo envolvendo R. Enferm. Cent. O. Min. 2016 jan/abr; 1(6):2034-2051 2044 D' Assunção CF, Santos ALD, Lino FA, et al. visitar e a família Nursing and relationships with… não muitos sentimentos, que podem ser ambíguos e que nem sempre são aparece.”(E11) A percepção de que a família não sabe cuidar está presente no ideário da sociedade. Ela justifica a importância do fornecimento de informações prontas presente, bem no tempo como sua compreendidos pela pessoa que os vivencia(3). A falta de ter uma pessoa para compartilhar os sentimentos despertados limita a qualidade de vida do cuidador. Os familiares devem ser acompanhados no processo de cuidar e valorização no tempo vivido. O viver com a pessoa esquizofrênica, compartilhamento permitindo de vivências, que metas sejam com vistas ao estímulo de reflexões estabelecidas, experiências sobre trocadas a o cotidiano não ocorre. com equipe sejam e seja Historicamente, a família esteve estabelecida uma forma de conviver no relegada lar com a pessoa esquizofrênica menos a segundo plano, chegando a ser considerada um obstáculo para o tratamento. No relacionamento enfermagem com estabelece-se uma o da familiar, relação de confiança e cumplicidade. Institui-se um espaço para que sejam expostas opiniões, pensamentos, trocas e enfrentamento de problemas. Por meio da comunicação é possível ao familiar expor suas dúvidas e buscar informações a respeito do paciente. A comunicação que ocorre no tempo curto direciona o relacionamento no tempo vivido(11). Os participantes perceberam o respeito, a amizade e a empatia como fatores que ajudam a apoiar e compreender os sentimentos expressos pelos familiares. A convivência com uma pessoa esquizofrênica desperta dolorosa. O executado cuidado de deve acordo com necessidades apresentadas familiar, não e determinação da equipe conforme (13) ser as pelo a . A enfermagem utiliza os aspectos da comunicação e os conhecimentos produzidos no tempo vivido para dar sentido às interações no tempo curto. A comunicação, ou seja, ouso da linguagem e de sinais tipo linguístico constitui as práticas discursivas que estão na base da produção de sentido. As pessoas utilizam o discurso para produzirem realidades psicológicas e sociais de forma ativa através da interação social(11). A experiência com as práticas discursivas levam os participantes a conhecer e valorizaras informações obtidas e fornecidas no tempo curto. O R. Enferm. Cent. O. Min. 2016 jan/abr; 1(6):2034-2051 2045 D' Assunção CF, Santos ALD, Lino FA, et al. Nursing and relationships with… discurso é utilizado para produzir e inconveniente no tratamento antes da modificar realidades com o objetivo de Reforma Psiquiátrica. potencializar o tratamento, manter o No final da década de 70, por paciente estável e auxiliar a família no meio cuidado. A esquizofrenia é uma doença Psiquiátrica, a desinstitucionalização grave que altera a vida da pessoa e traz exerce impacto negativo na realização família o convívio e o cuidado da das atividades diárias e no convívio pessoa com transtorno social. A assistência de enfermagem, o objetivo tratamento medicamentoso e o apoio reintegrar o portador de sofrimento familiar são importantes na redução mental à família e à sociedade, pois, das até então, internações e na reinserção social(7-8,11). movimento como de Reforma consequências desse para mental. movimento a O era este era confinado e excluído por meio da hospitalização(7). As apresentadas trazem do a práticas discursivas Nesse âmbito, a participação da pelos participantes família tem sido essencial para o interface com os processo cuidar(6-7). do Entretanto, conhecimentos do senso comum que essa função tem imposto importante circulam na sociedade e que foram sobrecarga. produzidos para dar sentido ao mundo. patologias Neles, a família não sabe cuidar do Alzheimer, paciente. desencadeia muitas modificações no A família (cuidador) de Igualmente como a outras doença a de esquizofrenia portador de esquizofrenia é vista pelo contexto profissional como não estando apta atitudes. para cuidar desse paciente devido a despertadas fazem com que o cuidado várias questões, como não saber lidar permaneça sob responsabilidade de um com sinais e sintomas, a falta de único cuidador, o que resulta em conhecimento e informações sobre a sobrecarga doença, mudanças provocadas pelo alterações transtorno no ambiente familiar. vivido (14) familiar, a As sentimentos diversas questões física/emocional no curso e do e tempo . Essa visão recebe a influência do A convivência e a dificuldade de ideário social sobre a participação da compreensão da doença podem fazer família no cuidado ao doente mental. com É possível perceber que a família comportamentos esteve relegada a segundo plano, abandonem o paciente. Informações sendo detalhadas considerada um fator que aspectos os familiares extremos sobre da tenham os ou diferentes esquizofrenia, como R. Enferm. Cent. O. Min. 2016 jan/abr; 1(6):2034-2051 2046 D' Assunção CF, Santos ALD, Lino FA, et al. Nursing and relationships with… tratamento, patologia e medicação, tempo curto. A implantação de grupos podem ser decisivas no cuidado com o psicoeducativos, visitas domiciliares, paciente(7).O plano de auxílio específico e individualizado direcionado aos envolvimento de cuidados familiares, enfrentamento sobrecarga familiar, manutenção de da estímulo outras à atividades, membros além do cuidado com o paciente, estão familiares, além do cuidador principal entre as estratégias que podem ajudar no cuidado, o emprego de estratégias a família a enfrentar as mudanças que e impostas na história e na convivência educativo podem minimizar o impacto cotidiana com um membro acometido. (5, Essas estratégias poderão propiciar visem ao outros o no apoio contínuo do adoecimento no contexto familiar 14) . No contexto Psiquiátrica, da alguns Pós-Reforma estudos momentos agradáveis relacionamento com o no paciente, têm proteger a saúde mental do cuidador e comprovado que a união estabelecida a família passará a se sentir cuidada(17- entreprofissionais 18) de saúde e familiares diminui a sobrecarga da . CONSIDERAÇÕES FINAIS família, uma vez que passama ter um apoio real do serviço de saúde e, assim, as recaídas durante A entrevista se apresentou como o um momento para que o participante . Os pensasse a respeito dessa relação e profissionais de saúde podem ajudar os tivesse oportunidade para ressignificar familiares a se sentirem seguros no o cuidado e convivência com o portador conhecimentos adquiridos durante o de esquizofrenia no ambiente familiar. tempo vivido. Isso favorece o emergir O relacionamento deve proporcionar a de um novo olhar em direção à oportunidade de o familiar expor seus qualidade do cuidado prestado no problemas âmbito do tempo curto. tratamento sãomenos propensas e receber (15) ajuda no enfrentamento das situações advindas (16) dessa convivência . com o O da interação relacionamento e os interpessoal entre o profissional e o cuidador é Portanto, a visão da família no cuidado momento portador de compartilhado por meio de sentimentos e emoções decorrentes da esquizofrenia tem mudado na história vivência recente motivando esquizofrenia. A busca por informações relacionamento é o meio que a família utiliza para mudanças da psiquiatria, no interpessoal no tempo vivido e no entender com os o portador acontecimentos de e R. Enferm. Cent. O. Min. 2016 jan/abr; 1(6):2034-2051 2047 D' Assunção CF, Santos ALD, Lino FA, et al. ressignificar seus sentimentos. Nursing and relationships with… Ao de essa patologia causar muitas fornecer informações no tempo curto, alterações no contexto familiar, que a enfermagem pode estabelecer um podem ter alvo das intervenções da relacionamento que exerce influência enfermagem, recomenda-se que outros positiva nos tempos curto e vivido da estudos abordem a visão do familiar, família e poderá ter como uma das considerando o tempo vivido, histórico consequências melhorias na assistência e curto. ao portador. Em Recomendamos que as ações de alguns evidente momentos que manifestam as relacionar os fica enfermagem devem atingir a família e profissionais as relações sociais do portador de vantagens com os de se esquizofrenia, com vistas a garantir familiares e sua permanência no seio familiar e cuidadores no tratamento do portador social, de possibilidades esquizofrenia, no sentido de bem de aumentar as interação social. relacionamento social promover melhoria no cotidiano de Afinal, cuidados. Entretanto, é preciso que os favorável é um tratamento importante profissionais no combate a essa patologia. sejam agentes de mudança em relação a conhecimentos o como REFERÊNCIAS do imaginário social que continuam a prejudicar a inserção do portador de 1. esquizofrenia na sociedade. A família, além do cuidador principal, deve ser envolvida no American PsychiatricAssociation (APA). DSM-V - Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. cuidado e seus conhecimentos devem 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. ser 2. Oliveira RMI, Facina PCBR, Júnior ampliados para que sua convivência com o membro acometido ACS. seja permeada por fatores positivos, esquizofrenia. como a superação do medo e de outras Brasilia. 2012 mar-abr[citado em 30 dificuldades. Por meio dos profissionais jun. 2015]; 65(2): 309-16. Disponível de enfermagem, foi possível refletir em: sobre as inserções, ações e interações <http://www.scielo.br/scielo.php?scri estabelecidas entre os mesmo e os pt=sci_arttext&pid=S0034- cuidadores. 71672008000300006&lng=en&nrm=iso>. No presente estudo, não foi A realidade Rev. do viver com Bras.Enferm., 3. Schülhi PAP, Wadman MAP, Sales dos CA. O cotidiano familiar da pessoa com cuidadores e familiares. Diante do fato esquizofrenia: cuidando no domicílio. possível apresentar a visão R. Enferm. Cent. O. Min. 2016 jan/abr; 1(6):2034-2051 2048 D' Assunção CF, Santos ALD, Lino FA, et al. Rev. Eletr. Enf. jan/mar[citado [Internet]. em 2015];14(1):16-24. Nursing and relationships with… 2012 7. Behenck A, Silva AD, Humerez DC, set. Mancia JR, Padilha MICS. A família em: frente ao processo de tratamento e 14 Disponível http://www.fen.ufg.br/revista/v14/n1 reinternação do /v14n1a02.htm. esquizofrenia. Enferm. 4. Lima ICS, Silva MEDC, Valle ARMC, [citado em 10 mar 2015]; 2(4):210-214. 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Recebido em: 15/08/2014 Versão final reapresentada em: 11/03/2016 Aprovado em: 15/04/2016 Endereço de correspondência Edilene Aparecida Araújo da Silveira Rua Afrânio Peixoto, nº2211 ap 203 bloco C. CEP 35501-284 - Cidade/Estado. Divinópolis/ Minas Gerais, Brasil. E-mail: [email protected] R. Enferm. Cent. O. Min. 2016 jan/abr; 1(6):2034-2051 2051