MICRORGANISMOS AERÓBIOS NO MEL

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MICRORGANISMOS AERÓBIOS NO MEL
Mendes MS1, Silva EM1, 3, Azevedo LG1, Silva WM2
1Universidade
Estadual de Mato Grosso do Sul, Curso de Ciências Biológicas, Dourados/MS
CPAO, Dourados/MS
3Dourados/MS, [email protected], fax(67)3902-2683
2Embrapa
INTRODUÇÃO
Os microrganismos que ocorrem no mel são advindos do néctar floral, do corpo das
abelhas e do ambiente da colméia.
Por ocasião da colheita e do envase do produto microrganismos adicionais podem ser
incorporados dependendo da higiene nesta etapa e influenciando na qualidade final.
OBJETIVO
Conhecer as concentrações de endósporos de bactérias mesófilas aeróbias e de esporos
de bolores e leveduras em quatro amostras de mel de Apis mellifera oriundas da região sul
de Mato Grosso do Sul.
MATERIAL E MÉTODOS
Os méis foram cedidos por um mesmo apicultor (Tabela 1).
Bactérias esporogênicas aeróbias mesófilas: uma suspensão de 10g de mel em 90 ml
de água salina peptonada 0,1% (m/v) foi inoculada em porções de 10 ml, 1 ml e 0,1 ml em
três frascos contendo 100 ml de Ágar Triptona Glicose Extrato de Carne (TGE), pH 7,0,
previamente fundido e resfriado a 50-55oC. Homogeneizou-se.
Seguiu-se choque térmico de 10min após atingir 80oC, em banho-maria, e usando como
controle frasco com TGE não inoculado e contendo termômetro.
Em seguida, foi distribuído o volume de cada frasco em cinco placas vazias e estéreis (20
ml/placa). Após solidificação as placas foram seladas com filme plástico e incubadas a
30oC/48h.
Bolores e leveduras: foi preparada suspensão de 10 g de mel em 10 ml de água salina
peptonada. Seguiu-se diluição seriada até 10-4 em água peptonada a 0,1%. Alíquotas de 0,1
ml de cada diluição foram espalhadas com alça de Drigalski em superfície de Ágar Batata
Dextrose (BDA), pH 5,3. Após, as placas foram seladas com filme plástico e incubadas a
30oC/5 dias.
Tabela 1. Amostras de mel
Florada predominante
Município
silvestre
Itaquiraí
silvestre
Ithaum
silvestre
Nioaque
Colheita
16/nov/2012
5/dez/2012 7/dez/2012
eucalipto
Ponta Porã
7/jan/2013
RESULTADOS
Foram obtidas as seguintes contagens de bactérias esporogênicas/g e de bolores e
leveduras UFC/g, respectivamente, para os méis (florada/localidade) silvestre/Itaquiraí (36;
13), silvestre/Ithaum (670; 767), silvestre/Nioaque (9; 53) e eucalipto/Ponta Porã (33; 33)
(Figura 1).
766,7
670
Esporos de mesófilos aeróbios /g
Bolores e leveduras (UFC/g)
53,3
36 13,3
9
33,3
33
Figura 1. Quantificação de bactérias esporogênicas aeróbias e de bolores e leveduras em amostras de mel de Apis
mellifera oriundas de municípios de Mato Grosso do Sul
CONCLUSÃO
Mesmo não havendo legislação brasileira específica para esses grupos microbianos no mel
infere-se que três das amostras tinham boa qualidade quanto aos parâmetros pesquisados, e
que a amostra de mel silvestre/Ithaum estaria mais suscetível à deterioração microbiana com
consequente perda de qualidade.
Apoio f inanceiro: UEMS
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