O efeito da terapia manual em mulheres com cefaleia tensional Caroline Alencar Mesquita1 [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia Pós-graduação em Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia Manual – Faculdade Ávila Resumo Neste trabalho foi analisada uma técnica de tratamento para o tratamento da cefaléia: a técnica de terapia manual. Esta técnica vêm sendo utilizadas no tratamento da cefaleia com relativa frequência nos últimos anos, existindo diferentes teorias e explicações neuropsicofisiológicas e mecânicas sobre as suas ações. O objetivo deste trabalho foi o de coligir evidências científicas da efetividade da terapia manual como terapia no tratamento da cefaléia. Após definição da problemática, foram selecionados estudos relevantes, compreendendo o período entre 1996 e 2011, identificados utilizando-se bases de dados eletrônicos (Google, Scholar.Google, Scielo e Bireme), livros e revistas. Estes estudos foram organizados e analisados. Os resultados obtidos evidenciam que o uso da terapia manual no tratamento da cefaléia apresenta eficácia terapêutica como forma única ou coadjuvante de tratamento, em especial no que diz respeito à intensidade dolorosa, consumo de medicamento e número de crises. Como os artigos analisados referem-se a diferentes populações, apresentam variabilidade metodológica e, em alguns casos, detalhamento insuficiente de procedimentos, sugere-se que pesquisas mais aprofundadas, para uma melhor caracterização da efetividade da terapia manual no tratamento da cefaléia sejam realizadas. Por ser esta uma afecção comum e um problema frequente na população em geral, sugere-se a necessidade de novas pesquisas e maiores incentivos para pesquisas que busquem a comparação entre diferentes formas de tratamento para verificar qual das técnicas de tratamento é mais eficaz. Palavras-chave: Cefaléia. Terapia Manual. Mulheres. 1. Introdução A terapia manual é a área dentro da fisioterapia que utiliza várias técnicas com finalidades terapêuticas, aplicadas manualmente sobre tecidos musculares, ósseos, conjuntivos e nervosos. Tem como objetivo favorecer reações fisiológicas, que equilibram e normalizam diversas patologias nos tecidos citados e suas manifestações dolorosas, proximais ou distais (KALTENBORN; EVJENTH, 2003). Segundo Guyton (1997), cefaléias são dores referidas à superfície da cabeça a partir de estruturas profundas. É um sintoma freqüente no atendimento médico. As mulheres são as mais afetadas, tanto em termos numéricos quanto de intensidade dos episódios dolorosos. Em geral, as cefaléias do tipo enxaqueca são responsáveis por 25% das consultas de pacientes com essa queixa, e as infecções agudas, como gripe, infecções bacterianas e viróticas, por outros 25%. Halal e Fernandes (1996) assinalam que dos demais casos, a grande maioria apresenta a chamada cefaléia de tensão, associadas a distúrbios emocionais definidos. Em menos de 1% 1 Pós-graduanda em Fisioterapia em Reabilitação na Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia Manual. 2 dos casos a cefaléia está associada a doenças intracranianas importantes, como tumores ou infecções cerebrais, ou hipertensão arterial sistêmica. O estudo ora proposto aponta que um dos assuntos mais controversos em cefaléia primárias é a assim chamada cefaléia do tipo tensional. Esse termo não é muito adequado, visto ser por demais abrangente. Poderia englobar cefaléias provindas de numerosas causas. Contudo, na opinião dos autores, ao utilizarmos esse termo, queremos na verdade nos referir a uma forma muito perniciosa de cefaléia, que poderia evoluir a partir de cefaléias intermitentes ou migrâneas, para uma forma mais diária e duradoura, englobando o conceito de cefaléia tipo tensional (GALVÃO; TEIXEIRA, 2003). Deste posto, o estudo se faz necessário com o objetivo primordial de demonstrar a terapia manual como terapia no tratamento da cefaleia tensional, em especial, acometidas em mulheres. 2. Breve contextualização acerca da anatomia da região cefálica Castro (1999) pontua que a cabeça óssea divide-se em crânio e face. O crânio constitui uma verdadeira caixa onde se encontra alojado o encéfalo, enquanto a face situada para frente e para baixo serve de local do início do aparelho respiratório e do aparelho digestivo, e com exceção do tato, a todos os órgãos do sentido. Segundo Moore (2000) o crânio, o esqueleto da cabeça, é a estrutura óssea mais completa do corpo porque: 1. contém o encéfalo; 2. abriga os órgãos dos sentidos especiais para a visão, a olfação, audição e gustação; 3. envolve as aberturas dos tratos digestivo e respiratório. O crânio é constituído por oito ossos, dos quais quatro são ímpares e dois são pares. De acordo com Castro (1999), os ímpares são o frontal, occipital, esfenóide e etmóide. Os pares são o parietal e o temporal. A face é constituída por 2 ossos ímpares e 6 pares, totalizando 14 ossos. O único móvel é a mandíbula, que é um dos ímpares, enquanto os demais formam o bloco superior, constituído pelos ossos pares e mais o vômer. Os principais ossos do conjunto superior são as maxilas. Em torno deles situam-se os outros. Os pares são, além da maxila, o zigomático, palatino, lacrimal, concha nasal inferior e nasal. A face anterior do crânio compreende a parte anterior da calota craniana acima, e o esqueleto da face abaixo. Características notáveis são: a fronte formada pelo osso frontal; as órbitas; as proeminências das bochechas formadas pelo osso zigomático; as aberturas nasais anteriores que se abrem para as cavidades nasais; o par de maxilas contendo os dentes superiores; a mandíbula contendo os dentes inferiores. A face anterior do crânio pode ser dividida em cinco áreas: frontal, orbital, maxilar, nasal e mandibular. A face posterior do crânio, de contorno redondo ou ovóide, é formada principalmente por um par de ossos parietais e o osso occipital. Encontram-se as porções mastóideas dos ossos temporais, lateralmente. A característica mais destacada desta face do crânio é o pólo posterior arredondado. Essa região é freqüentemente denominada área occipital. A face superior do crânio também é de contorno redondo ou ovóide. Nesta vista, quatro ossos são unidos por suturas que se interdigitam. Os dois ossos parietais são unidos na sutura sagital; os ossos frontal e parietal são unidos pela sutura coronal; os ossos parietais são unidos no osso occipital pela sutura lambdóide. Na face inferior do crânio a superfície externa da base do crânio mostra a face inferior das maxilas, palato duro e dentes maxilares. Centralmente, a face inferior do crânio ou base do crânio é irregular, devido aos vários forames, processos e articulações. Lateralmente, a base do crânio apresenta os ossos temporais com seus proeminentes processos mastóides e estilóides. O forame magno é uma das características mais evidentes da base do crânio. A face lateral do 3 crânio inclui os ossos parietal, frontal e parte dos ossos temporal e esfenóide (MOORE, 2000). 3. Cefaléias Guyton (1997) assinala que a cefaléia ou dor de cabeça, como popularmente é conhecida, constitui um problema frequente na população em geral, considerada como a afecção mais comum do ser humano é a terceira queixa mais frequente na prática médica no Brasil. Segundo Galvão e Teixeira (2003), estima-se que as cefaléias acometam mais de 90% da população durante algum período de suas vidas. Aproximadamente 16% dos indivíduos acometidos procuram por tratamento em prontos socorros. Destes, 9% apresentam episódios frequentes de cefaléia e 3%, episódios incapacitantes. São consideradas como dores referidas na superfície da cabeça do tipo latejante e/ou em pressão, em aperto e/ou em pontadas, em facada e/ou pulsátil de intensidade leve a moderada, geradas partir de estruturas profundas, resultantes de estímulos dolorosos que surgem dentro do crânio, mas que resultam de dor originada de fora dele, ocasionadas por uma excitação direta ou reflexa de algum nervo sensitivo da cabeça (GARCIA, 2003; GALVÃO; TEIXEIRA, 2003). Galvão e Teixeira (2003) seguem pontuando que as cefaléias são responsáveis por mais de um milhão de casos de faltas escolares ao ano e por mais de 150 milhões de dias de absentismo no trabalho nos Estados Unidos da América (EUA) com perda anual de produtividade estimada em cerca de 17,2 bilhões de dólares, representando um enorme ônus à sociedade. De acordo com a sociedade internacional de cefaleia (IHS), existem mais de 150 tipos de cefaléias classificadas e diagnosticadas como primárias e/ou secundárias. As primárias são subdivididas em três categorias principais: enxaqueca, cefaléia em salvas e em hemicranianas peroxistica crônica e/ou cefaléia do tipo tensão. As secundárias subdividem-se em: cefaléias pós-traumáticas aguda ou crônica, associadas a anormalidades vestibulares, doença cerebrovascular isquêmica aguda, hematomas intracranianos, hemorragia subaracnóidea, malformações arteriovenosas (MAVs), hipertensão arterial, neoplasias intracraniana, entre outras causas como as neuropatias, infecções e/ou dismielinização de nervos cranianos (GALVÃO; TEIXEIRA, 2003; SANTOS, 2006). 4. Cefaléias tensionais Rodrigues (2001) aponta que o conceito desse tipo de cefaléia surgiu no século XIX. William Osler, nos EUA, foi o primeiro a opinar que tais cefaléias pudessem ser devidas à contração muscular. Referiu-se à cefalodínia como reumatismo muscular da cabeça. James Cyriax, também americano, injetou, no início deste século, solução hipertônica nos músculos da cabeça, levando-os a um espasmo palpável e conseguente cefaléia. Cinco anos mais tarde, Harold Wollf reproduziu essa experiência e postulou que qualquer cefaléia poderia resultar em contratura muscular reflexa, na cabeça e pescoço, e também que tensão emocional poderia resultar em contraturas musculares, as quais resultam nas cefaléias mais comuns. Segundo Harold Wolff, as assim chamadas cefaléias por contração muscular ( sinônimo de tensional) eram causadas pela contratura da musculatura da cabeça, levando a compreessão das artérias subjacentes, resultando num processo isquêmico- doloroso. Não há duvida que existam músculos na cabeça e no pescoço e que eles podem doer. Porém , há sérias dúvidas se essa é a verdadeira causa da assim chamada cefaléia tensionais. Portanto, em 1992 foi cognomidada, através do comitê Bethesda, como cefaléia de contração muscular e conceituada como dores ou sensação de aperto, pressão ou constrição, variando na 4 freqüência, intensidade e duração, estando associada à contração contínua dos músculos esqueléticos, como parte da reação o indivíduo ao estresse da vida (SILVA, 2003). A prevalência anual da cefaléia tipo tensional (CTT) na população geral varia de 30% a 80% e durante a vida toda alcança valores ao redor de 90%. Estudos americanos mostram menor prevalência da CTT em negros quando comparados aos brancos. Baixos índices também são encontrados em asiáticos e africanos, podendo refletir diferenças genéticas e fatores de risco, ambientais ou culturais. A CTT tem início entre os 20 e 40 anos de idade, com predomínio apenas discreto no sexo feminino (1,3:1), diferentemente da enxaqueca cujo predomínio é evidente na mulher (SANVITO & MONZILLO, 2001). 4.1 Avaliação e diagnóstico Quando compara-se pacientes com cefaléia tensional com aqueles sofrendo de migrânea, observa-se, de modo geral, que a idade de início das cefaléias dos pacientes com cefaléia tensional é a mesma que a dos pacientes com migrânea. Observa-se predominância do sexo feminino, exatamente como na migrânea, antecedentes familiares de cefaléia em ambos os casos e uma historia natural não muito diferente daquela da migrânea (PINTO, 2007). Segundo Rodrigues (2001), não há até agora evidências suficientemente válidas com relação aos limites da normalidade da sensibilidade dolorosa da musculatura pericraniana. Também não se tem dado suficiente atenção à metodologia de palpação pericraniana. Evidências com relação aos limites eletromiográficos normais dos músculos pericranianos são similarmente deficientes. Até que evidências concernentes à sensibilidade dolorosa à palpação e a eletromiografia pericraniana se acumulem, cada investigador deve julgar como puder, baseado em sua experiência com pacientes sem cefaléia e por comparação de áreas simétricas. Para Pinto (2007), a estimativa da sensibilidade dolorosa pela palpação está evidentemente sujeita a grandes distorções. A quantificação fidedigna requer experiência e método de estudo sistemático. Portanto, julgar a sensibilidade dolorosa é tão subjetivo quanto os outros elementos do exame neurológico da sensibilidade. Para fins de pesquisa é necessário que o exame do observador seja cego. De acordo com Melo et al. (2005), não se sabe com que frequência a cefaléia do tipo tensional episódica não está associada à sensibilidade dolorosa da musculatura pericraniana. Por outro lado, sabe-se que tais casos existem. Os mecanismos da dor de cabeça são desconhecidos nestes casos, mas suspeita-se de etiologia psicogênica Ouve-se muito argumentar que a cefaléia tensional ocorre realmente naqueles pacientes neuróticos, vulneráveis, tensos, sobrecarregados e deprimidos. Contudo, há o que se pensar se a ansiedade; as obsessões-compulsões; os distúrbios do sono; a irritabilidade presentes nestes pacientes seriam a causa ou a conseqüência de tais queixas álgicas tão freqüentes em suas vidas (RODRIGUES, 2001). Algumas vezes uma migrânea transforma-se gradualmente em cefaléia do tipo tensional crônica, porém mais frequentemente é a cefaléia do tipo tensional episódica que cronifica. Em ambas as instâncias o uso excessivo de medicação freqüentemente desempenha um papel no agravamento do distúrbio. A descontinuidade da ingestão diária de drogas freqüentemente resulta em melhora (KOMATSU, 2003). Rodrigues (2001) assinala que há também elos terapêuticos. Se a pessoa tomar medicações para migrâneas, estas certamente também farão efeitos para cefaléia tensional. E essas drogas não possuem como mecanismo comum de ação o relaxamento muscular; o tratamento da ansiedade; o bloqueio beta adrenérgico, etc. O fator comum dessas drogas é a sua influência em nível de neurotransmissores. 5 A cefaléia do tipo tensional episódica (CTTE) apresenta como critérios diagnósticos a ocorrência de pelo menos 10 ataques anteriores de dor em menos de 15 dias por mês, com duração de 30 minutos a sete dias e com pelo menos dois dos seguintes aspectos: pressão ou aperto; intensidade leve a moderada; localização bilateral; não-agravamento por atividade física rotineira. Náusea ou vômitos, assim como fotofobia ou fonofobia, não estão presentes, ou apenas um deles podem se manifestar associado à dor de cabeça. Menos de 10% dos pacientes podem apresentar dor pulsátil e até 2% podem referir dor unilateral, sempre, entretanto, com intensidade leve e não agravada por esforços físicos rotineiros (PINTO, 2007). O mesmo autor corrobora que a sua prevalência situa-se em 90% das mulheres e em 67% dos homens durante a vida, sendo que a maioria dos pacientes com esse tipo de cefaléia não procura ajuda médica e utiliza analgésicos e drogas para outros tipos de cefaléia , como a migrânea, através da automedicação. A CTTE é mais comum em mulheres do que em homens, atingindo a proporção de 1,4 mulher pra cada homem, em caucasianos e em indivíduos de melhor nível educacional. O pico de sua prevalência é na quarta década de vida, com maior incidência geral entre os 20 e os 50 anos de idade. Cerca de 35% dos pacientes têm de um a sete dias de dor por ano, 60% têm de oito a 179 dias anuais e 3% têm mais de 180 dias de cefaléia por ano( configurando a forma crônica) (RODRIGUES, 2001). A cefaléia tipo tensional crônica difere da episódica apenas pela freqüência da dor, que deve ser igual ou superior a 15 por mês ( vide classificação). Os critérios diagnósticos devem sem empregados com atenção, uma vez que a migrânea transformada em cefaléia crônica diária pode apresentar as mesmas características da dor do tipo tensional e ser entremeada por crises intermitentes, com a mesma apresentação típica de migrânea episódica. Isso pode levar à confusão diagnóstica e à falsa idéia de que o paciente apresenta migrânea e cefaléia do tipo tensional crônica (CTTC) simultaneamente (KOMATSU, 2003). Para Melo et al. (2005), os pacientes com CTTC são freqüentemente acometidos por distúrbios emocionais, como depressão, ansiedade ou nervosismo, e por distúrbios do sono, como insônia e sono interrompido(4), não sendo incomum o uso abusivo de medicamentos sintomáticos, muitas vezes prescritos até por médicos desinformados. Como ainda não se conhecem todos os mecanismos subjacentes envolvidos na CTT, há controvérsias quanto à possibilidade desse tipo de cefaléia pertencer a um quadro de fibromialgia acometendo músculos durante atividade voluntária, pontos ou áreas mais dolorosas e alívio com a infiltração de pontos-gatilhos (trigger points). Rodrigues (2001) assinala que pode-se dividir ainda as CTTE e CTTC em subtipos segundo o acometimento ou não da musculatura pericraniana, que serve de base o fato da musculatura estar mais ou menos sensível dolorosamente, o qual poderíamos “medir” usando um algômetro de pressão ou presença de eletromiografia; porém temos que lembrar do fato de que existem indivíduos com cefaléias muito intensas e baixo grau de contração, e indivíduos com alto grau de contração, porém praticamente sem cefaléia. 4.2 Mecanismo envolvidos na gênese da dor Para Pinto (2007), a fisiopatologia da CTT é complexa e pouco conhecida. Antes e por anos, pensou em ser uma contratura exagerada, anormal e que perdurasse da musculatura da cabeça, pescoço, ombros e até face, que levaria à isquemia muscular e liberação de substâncias algiogênicas que causariam a dor. Existem indivíduos que tem, à Eletromiografia, grande repercussão com pequena dor e vice-versa. Não se considera, que esse estado de contratura da musculatura pericraniana e cervical, seja tão somente a causa da CTT. 6 Por outro lado, foi evidenciado níveis reduzidos de serotonina plaquetária e de endorfinas liquóricas em pacientes com CTT e na Eletromiografia supressão exteroceptiva(ES2) alterada, sugerindo sensibilidade neuronal exagerada a estímulos variados e modulação anormal de interneurônios que conectam o nervo trigêmeo aos neurônios motores (PINTO, 2007). Todas essas alterações podem sugerir que a CTT resulta da interação de estímulos nociceptivos endógenos decorrentes da atividade anormal do tronco encefálico e de aferências nociceptivas externas, como a contração muscular (RODRIGUES, 2001). Os fatos psicológicos agravariam ou precipitariam esse desequilíbrio. O aumento do input nociceptivo em alguém com modulação de dor alterada e resposta antinociceptiva incompleta corroboraria a interação de mecanismos centrais e periféricos e representa explicação atraente para a CTT (KOMATSU, 2003). É importante a lembrança de que aspectos psicológicos poderiam criar um estado de contração exagerada de músculos pericranianos, os quais representariam fonte permanente e excessiva de impulsos aferentes sobre um sistema antinociceptivo alterado e com disfunção na modulação central da dor e da resposta neurotransmissorial. Esse processo poderia exacerbar os sintomas psicológicos já presentes e trazer mais dor e sofrimento ao paciente. 4.3 Classificação das cefaléias tipo tensional A seguir citaremos a classificação das Cefaléias Tensionais da Sociedade Internacional de Cefaléia a saber: 4.3.1 Cefaléia do tipo tensional Termos previamente usados: cefaléia de tensão, cefaléia de contração muscular, cefaléia psicomiogênica, cefaléia do estresse, cefaléia comum, cefaléia essencial, cefaléia idiopática e cefaléia psicogênica (MELO et al., 2005). 4.3.1.1 Cefaléia do tipo tensional episódica Para Rodruigues (2001) são episódios recorrentes de dor de cabeça que duram de minutos a dias. A dor tem caráter típico de pressão/aperto, de intensidade fraca ou moderada, localização bilateral e não se agrava com as atividades físicas de rotina. Não há náusea mas podem estar presentes fotofobia e fonofobia. Critérios diagnósticos: Pelo menos 10 episódios prévios de dor de cabeça preenchendo os critérios B-D listados a seguir. Número de dias com cefaléia < 180/ano ( < 15 mês). Cefaléia durando de 30 minutos a 7 dias. A dor deve ter pelo menos 2 das seguintes características: Caráter de pressão/ aperto (não pulsátil), intensidade fraca ou moderada (pode limitar, porém não impede as atividades), localização bilateral, não é agravada por subir escadas ou por atividade similares físicas de rotina. Ambos os itens seguintes. 1. Ausência de náuseas ou vômitos (anorexia pode ocorrer) 2.Fotofobia e fonofobia estão ausentes, ou uma mas não a outra está presente. Obs: a tensão muscular involuntária física ou mentalmente induzida é importante, e também o são mecanismos puramente psicogênicos. 4.3.1.2 Cefaléia do tipo tensional episódica associada a distúrbio dos músculos pericranianos 7 Pinto (2007) assinala que são termos previamente usados: cefaléia da contração muscular. Descrição: Cefaléia tensional episódica com aumento dos níveis de sensibilidade dolorosa e/ou de Eletromiografia dos músculos pericranianos. Critérios Diagnósticos: a. Preenche os critérios para 1.1. b. Pelo menos um dos itens seguintes: - Aumento da sensibilidade dolorosa dos músculos pericranianos, demonstrada pela palpação manual ou por algômetro de pressão. - Aumento da atividade eletromiográfica dos músculos pericranianos em repouso ou durante testes fisiológicos. Cefaléia do tipo tensional episódica não associada a distúrbio dos músculos pericranianos Termos previamente usados: cefaléia idiopática, cefaléia essencial, cefaléia psicogênica. Descrição: Cefaléia do tipo tensional episódica com níveis normais de sensibilidade dolorosa e/ou de Eletromiografia dos músculos pericranianos Critérios diagnósticos: a. Preencher critérios para 1.1 b. Não há aumento da sensibilidade dolorosa dos músculos pericranianos. Se for feita Eletromiografia, os músculos pericranianos mostram níveis normais de atividades. 4.3.2 Cefaléia do tipo tensional crônica Termos usados: Cefaléia crônica diária, cefaléia de tensão, cefaléia de contração muscular, cefaléia psicomiogênica, cefaléia do estresse, cefaléia comum, cefaléia essencial, cefaléia idiopática e cefaléia psicogênica. Descrição: A cefaléia está presente por pelo menos 15 dias no mês, durante pelo menos 6 meses. Usualmente tem caráter de pressão/ aperto, severidade média ou moderada, é bilateral e não piora com as atividades físicas rotineiras. Náuseas, fotofobia e fonofobia podem aparecer. Critérios diagnósticos: Cefaléia com freqüência média de > 15 dias/mês (180 dias/ano) por > 6 meses, preenchendo os critérios B-D listados abaixo. A dor tem pelo menos duas das seguintes características: 1. Caráter de pressão/aperto 2. Intensidade fraca ou moderada (pode limitar porém não impede as atividades) 3. Localização bilateral 4. Não é agravada por subir escadas ou por atividades físicas similares de rotina. Ambos dos seguintes itens: 1. Ausência de vômitos 2. Não mais que um dos seguintes: náuseas, fotofobia ou fonofobia. 4.3.3 Cefaléia do tipo tensional crônica associada a distúrbio dos músculos pericranianos Segundo Rodrigues (2001) são termos previamente usados: cefaléia de contração muscular crônica Descrição: Cefaléia tensional crônica associada a aumento dos níveis de sensibilidade dolorosa e /ou de Eletromiografia dos músculos pericranianos. Critérios diagnósticos: Pelo menos um dos seguintes itens: Aumento da sensibilidade dolorosa dos músculos pericranianos em repouso ou durante testes fisiológicos. Aumento dos limites eletromiográficos dos músculos pericranianos em repouso ou durante testes fisiológicos 8 4.3.4 Cefaléia do tipo tensional crônica não associada a distúrbio dos músculos pericranianos Pinto (2007) assinala que são termos previamente usados: Cefaléia idiopática crônica com níveis psicogênico crônico. Descrição: Cefaléia do tipo tensional crônica com níveis normais de sensibilidade dolorosa e/ou Eletromiografia dos músculos pericranianos. Critérios diagnósticos: Não há aumento de sensibilidade dolorosa dos músculos pericranianos. Se for feito eletromiografia os músculos pericranianos mostram níveis normais de atividade. 4.3.5 Cefaléia do tipo tensional que não preenche os critérios acima Komatsu (2003) pontua que se acredita ser uma forma de cefaléia do tipo tensional mas que não atende completamente aos critérios diagnósticos operacionais para quaisquer das formas de cefaléia do tipo tensional. Critérios diagnósticos: Preenche todos exceto um critério para uma ou mais formas de cefaléia do tipo tensional. Não preenche os critérios para migrânea sem aura. Comentários: Codificar neste número os casos que tiveram menos de 10 episódios típicos de cefaléia do tipo tensional ou muitos episódios nos quais falta um dos critérios e também pacientes que não são crônicos, mas que tem episódios durando mais de 7 dias ou com cefaléia por mais de 15 dias no mês, mas que ainda anão completaram os 6 meses requeridos pela descrição da cefaléia tensional do tipo crônico. 5. Terapia Manual De acordo com Lenderman (2001), a terapia manual existe há séculos. Os primeiros documentos nos chegam do Egito faraônico, nos papiros descobertos por Edwin Smith (5000, 4.700 a.C.) e o papiro número 5 do Ramesseum (4.150, 3.560 a.C.) são as provas (RICARD; SALLÉ, 2002). A palavra terapia deriva do grego “therapeuein”, cujo significado é “cuidar”; “therapon” quer dizer “atendente”, uma pessoa viva. “Terapêutico” significa o potencial de cura de uma pessoa em relação a outra (LENDERMAN, 2001). Conforme o mesmo autor, o objetivo da terapia manual é influênciar a capacidade de reparo ou cura do organismo. As mudanças ocorrem em diferentes níveis do indivíduo e estão relacionadas com o processo de reparo local, com melhora da função neuromuscular e com o comportamento geral do paciente. A terapia manual, portanto consiste na aplicação de técnicas com as mãos, sobre o corpo do paciente, com o objetivo de promover o retorno à função normal de seus pacientes (ESCOLA DE TERAPIA MANUAL E POSTURAL, 2004). Dentro da terapia manual existem diversas técnicas, onde podemos citar: manipulação articular, mobilização articular, mobilização do sistema nervoso, massagem, mobilização fascial, pompage e etc... 6. Terapia manual em mulheres acometidas com cefaleia tensional Halal e Fernandes (1996) assinalam que a cefaléia tensional constitui o tipo mais freqüente de cefaléia na população em geral. Assim como na enxaqueca, acomete mais as mulheres do que os homens, e a idade de instalação das primeiras crises dá-se, em geral, após os 20 anos. 9 Já Bacheschi (2001), relata que embora a dor possa aparecer em qualquer idade da vida, incide mais a partir da terceira década quando costumam ser maiores os problemas emocionais, familiares e profissionais. Cerca de 80% da população está sujeita a ter cefaléia tensional em alguma fase da vida. Estas cefaléias são mais freqüentes nos indivíduos tensos e ansiosos e naqueles cujo trabalho e postura requerem a contração sustentada dos músculos temporal, frontal e da região posterior cervical (JUCÁ, 1999). Bacheschi (2001), afirma que o desencadeante principal são os fatores emocionais, sendo comum o aparecimento da cefaléia no decorrer de um dia de tensão acima do normal. São freqüentes as cefaléias de fim de expediente, seja no trabalho ou na escola. Pode ainda ser desencadeada por esforços físicos, ou por situações que exigem contração muscular prolongada como esforços visuais, dirigir veículos ou enfrentar outras situações de estresse. Vários autores comentam sobre tratamentos que podem ser usados para cefaléia do tipo tensional, desde a terapia manual clássica, até linhas como osteopatia, acupuntura ou a eletroterapia convencional. Este trabalho relata as formas de terapia de acordo com as mais diversas linhas de tratamento. Domenico e Wood, (1998) relatam uma série de técnicas que podem ser usadas no tratamento da cefaléia tensional, dentre elas massagem de alisamento profundo das costas, amassamento dos dedos sobre as fibras superiores do trapézio, alisamento digital sobre as fibras superiores do trapézio, amassamento sobre a região escapular. Edmond, (2000) descreve manipulações da coluna cervical, onde seu objetivo é basicamente diminuir a dor na região nucal e cervical inferior e aumentar a nutrição para as estruturas articulares. Algumas técnicas utilizadas são a manipulação da coluna cervical alta com flexão ou rotação lateral, deslizamentos vertebrais e deslizamentos cranianos. Cassar, (2001) complementa citando a massagem no couro cabeludo, uma técnica de fricção. Também cita alongamentos de trapézio superior e musculatura póstero-laterais do pescoço variando com uma técnica de deslizamento. Jucá, (1999) propõe um tratamento para cefaléias do tipo tensional, que inclui técnicas como pompage cervical, stretching de extensores de pescoço, de trapézio em flexão lateral, dos escalenos, pompage dos músculos suboccipitais, crochetagem do nervo occipital maior, e ainda técnicas para correção de lesões osteopáticas e lesões do sacro. Jucá (1999) ainda cita que essa abordagem holística favorecerá a eficácia do tratamento. Rodrigues, (2001) sugere alguns pontos de acupuntura para o tratamento da cefaléia tensional crônica. Já Bezerra e Lucena, (1998) sugerem em seu estudo o uso da neuroestimulação elétrica transcutânea (TENS) na sua forma “burst” (trens de pulso) como coadjuvante no tratamento da cefaléia tensional. Hammill, (1996) sugere em seu trabalho a aplicação de pacotes de gelo na região posterior cervical duas vezes ao dia no período de tratamento da dor. Sugere também que se ensine ao paciente a maneira correta, principalmente o posicionamento do pescoço e cabeça, quando se mantiver sentado, em pé, durante o sono e posturas durante o trabalho (educação ergonômica). Seu programa de tratamento também consistia em ensinar ao paciente alongamentos para a região cervical posterior que deveriam ser realizados domiciliarmente. A fisioterapia como método de tratamento não farmacológico tem demonstrado bons resultados, na diminuição da dor, intensidade, duração e na frequências das crises de cefaléia. Ela apresenta diversas técnicas e condutas para a prevenção e reabilitação de indivíduos com cefaléia. Dentre essas, tem-se destacado nos últimos anos a terapia manual como área de especialidade que tem por objetivo no tratamento da cefaléia a normalização do equilíbrio membranoso através da liberação dos micromovimentos do crânio, da melhora da drenagem 10 venosa, diminuição da compressão nervosa e relaxamento dos tecidos moles relacionados ao quadro álgico (HOFFMANN; TEODOROSK, 2003; MACEDO et al., 2007). Em 2003, Giona desenvolveu um estudo com 8 indivíduos do sexo feminino portadores de cefaléia tensional submetidos a um protocolo de tratamento composto pelas seguintes técnicas de terapia manual: massagem de tecido conjuntivo, mobilização das vértebras dorsais, pompage cervical, alongamento do trapézio superior em flexão lateral, alongamento de músculos posteriores do pescoço, pompage dos músculos suboccipitais (inibição dos suboccipitais), alongamento de estruturas moles suboccipitais e stretching dos extensores da cabeça. Obteve como resultados a diminuição da frequência, intensidade e duração da dor originada pelas crises de cefaleia havendo casos de remissão completa da sintomatologia dolorosa (GIONA, 2003). Os resultados obtidos com este estudo demonstraram que a terapia manual pode ser eficaz no tratamento da cefaléia tanto de forma coadjuvante como opção única de tratamento. Neste mesmo ano, Hoffman e Teodoroski (2003) conduziu o estudo de um único caso clínico de uma paciente do sexo feminino submetida ao tratamento fisioterapêutico cujo objetivo era o de verificar a eficácia da técnica de pompage aplicada na coluna cervical para o tratamento da cefaléia tensional, durante 10 sessões de tratamento. Obteve resultados condizentes com os obtidos por Giona (2003), demonstrando também que a técnica de pompage promove a redução da intensidade, freqüência e duração da dor em pacientes com cefaléia tensional, com conseqüente melhora da qualidade de vida e alívio da dor logo após a aplicação da técnica. Em 2004, durante um estudo sobre a utilização da técnica de terapia manual miofascial para a desativação de pontos gatilhos como método de alívio para o tratamento da cefaleia tensional, Cano (2004) obteve resultados favoráveis para o alívio e/ou diminuição da intensidade dolorosa como nos estudos realizados por Giona (2003) e por Hoffman e Teodoroski (2003). Corroborando estes resultados, temos outro estudo realizado em 2007 por Macedo e colaboradores (2007), que tinha como objetivo investigar a eficácia da terapia manual craniana sobre a intensidade, freqüência e duração da dor, bem como na qualidade de vida e depressão de 37 mulheres com cefaleia crônica, divididas aleatoriamente em 2 grupos (tratamento e controle), durante 10 sessões de tratamento, com frequência de 2 vezes por semana com duração de aproximadamente 30 minutos, através de um protocolo de tratamento composto por manobras miofasciais cervicais (pompage global e torácica, pompage dos músculos trapézio e suboccipitais) e manobras manuais aplicadas sobre o crânio (manobras de compressão e afastamento dos ossos frontal, temporais, parietais e occipital), no qual foram respeitados os princípios da osteopatia craniana. Demonstrou-se através da comparação dos resultados obtidos entre os grupos estudados que o grupo submetido ao tratamento fisioterapêutico manual obteve redução significativa da intensidade, freqüência e duração da dor causada pelas crises de cefaléia, além de resultados favoráveis quanto à melhora na qualidade de vida e da depressão. Comprovou-se que as técnicas de terapia manual utilizadas foram úteis no tratamento da cefaléia crônica como método coadjuvante de tratamento. Ao contrário do estudo realizado por Macedo e colaboradores (2007), que diz que a terapia manual é um método coadjuvante no tratamento da cefaléia, Giona (2003) sugere que a terapia manual pode ser um método eficaz no tratamento da cefaléia tanto de forma coadjuvante como opção única nestes casos. Ainda em 2007, apontamos o estudo de Morelli e Rebelatto (2007) com 6 pacientes (cinco mulheres e um homem), diagnosticados com cefaléia do tipo tensional, divididos em dois grupos: um de portadores de processo degenerativo na coluna cervical (presença de osteófito, vértebra em cunha, diminuição do espaço intervertebral) e outro de indivíduos nãoportadores de degeneração cervical. Os pacientes foram submetidos a um protocolo de tratamento composto por tração cervical manual, alongamento bilateral dos músculos trapézio superior, escaleno, elevador da escápula e esternocleidomastóideo, mobilização vertebral e massagem 11 clássica nas regiões cervical, frontal, temporal e suboccipital durante 10 sessões de tratamento com freqüência de 3 vezes por semana. Os autores obtiveram como resultados variações semelhantes entre os grupos estudados com relação à redução da intensidade da dor ao longo do tratamento. 7. Conclusão Este levantamento bibliográfico demonstrou que a cefaléia do tipo tensional parece ser a mais freqüente de todas, segundo vários autores. Apesar de causar uma dor considerável, na maioria dos casos, de leve a moderada, seu tratamento merece análises e estudos. Com este trabalho notou-se que também a fisioterapia, particularmente neste estudo com a terapia manual, pode ser eficaz no tratamento da patologia, tanto de forma coadjuvante como opção única de tratamento. Como resultado do estudo realizado, pode-se identificar importantes pontos que não devem ser deixados de lado. A importância das mãos do fisioterapeuta no tratamento de qualquer tipo de paciente é essencial, um bom diagnóstico é na maioria das vezes com propostas de tratamento simples que se obtém os melhores resultados. Tal pesquisa também procurou colaborar para que sejam instigados trabalhos futuros que virão a contribuir com a construção de conhecimentos na área da fisioterapia, mais especificamente a terapia manual. Como pudemos observar, estes estudos demonstraram que as técnicas de terapia manual empregadas no tratamento da cefaleia em mulheres proporcionam melhora do quadro clínico das pacientes atendidas através do alívio e/ou redução da intensidade, freqüência e duração da dor com consequente melhora da qualidade de vida dos pacientes atendidos. Este estudo comprova que, além de eficaz em dores de modo geral, a terapia manual também pode ser empregada de uma outra maneira, na cefaleia tensional visando um mesmo resultado analgésico aplicado de uma forma diferente. E também, mostra que a fisioterapia tem importante contribuição para o bem estar da população. Referências BACHESCHI, L. A. Cefaléias. In: NITRINI, R; BACHESCHI, L. A. A neurologia que todo médico deve saber. 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