Reabilitação Cuidados Paliativos

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Conselho Regional de
Fonoaudiologia - 2ª.
Região São Paulo
I Encontro Disfagia: Cuidados Paliativos
Fonoaudiologia em Cuidados Paliativos
Como poderíamos pensar,
o que é Cuidados
Paliativos?
Aliviar o sofrimento de
pacientes sem perspectiva
de cura com dignidade
Definição
"Cuidados Paliativos consistem na assistência
promovida por uma equipe multidisciplinar, que
objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente
e seus familiares, diante de uma doença que
ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do
sofrimento, da identificação precoce, avaliação
impecável e tratamento de dor e demais sintomas
físicos, sociais, psicológicos e espirituais".
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em conceito definido
em 1990 e atualizado em 2002
Quem são eles ?
Que critérios são utilizados ?
Avaliação médica
-Dados biográficos
-Cronologia da doença atual
-Tratamentos realizados
-Avaliação funcional: PPS / Karnofsky
-Avaliação dos sintomas
-Exame fisico
-Decisões terapêuticas
-Impressão e prognóstico
-Plano de cuidados
Critérios de
elegibilidade no
Adulto
Doença Hepática
Distúrbios de coagulação
Albumina <2,5
mg/dl
Ascite refratária
Peritonite bacteriana espontânea
Icterícia
Doença renal
Não elegível para a diálise
Clearance de creatinina < 15 ml/min
Creatinina sérica > 6 mg/dL
Fragilidade Visitas frequentes à emergência
Perda de peso não intencional
Úlceras de decúbito
Confinamento ao leito
Albumina<2,5 mg/dl
AVC
PPS inferior ou igual a 40%
Grau de deambulação: permanece principalmente na cama
Atividade/extensão da doença: incapaz de trabalhar
Incapacidade para autocuidado
Ingesta alimentar e hidrica diminuída
Estado de consciência: sonolento/confuso
Perda de peso superior a 10% durante os ultimos 6 meses
Perda de peso superior a 7,5% nos ultimos 3 meses
Albumina serica inferior 2,5g/dl
História atual de aspiração pulmonar, sem resposta efetiva das
intervenções fonoaudiológicas
Câncer
Pacientes com doença metastát
e/ou com doença inoperável
Doenças
cardiológicas
Sintomas de IC no repouso
FE<20%
Sincopes ou AVC
Visitas frequentes à emergência por
sintomas de descompensação clínica
Doença
Pulmonar
Pulmonar
Dispnéia ao repouso
Sinais/sintomas de Insuficiência
cardíaca direita
Saturação de oxigênio <88%
PCO2> 50
Perda de peso não intencional
Demência
Demência
Incapacidade de andar
Incontinências
Menos de seis palavras inteligíveis
Albumina < 2,5 mg/dl
Visitas frequentes à emergência por
sintomas de descompensação clínica
ELA
Capacidade respiratória diminuída(dispneia em repouso,
oxigenio
suplementar e recusa de ventilação artificial
Diminuição da deambulação – cadeira de rodas
Dificuldade em falar
Dieta de normal para pastosa
Dependência para todos os AVDS
Ingestão de nutrientes e fluídos insuficiente
Perda de peso continuada
Desidratação ou hipovolemia
Ausência de metodos de alimentação artificial
Pneumonia aspirativa recorrente
ITU
Sepse
Febre recorrente após a terapia antibiótica
HIV
/SIDA
Diarréia persistente por 1 ano
Albumina serica menor que 2,5
Uso persistente de drogas ilicitas
Idade maior que 50anos
Ausência de terapia retroviral, quimioterapia e outras
medicações
relacionadas a profilaxia da doença por HIV
Demência avançada por SIDA
Toxoplasmose e ICC sintomática ao repouso
UTI
UTI
Admissão proveniente de Instituição de longa
permanência de paciente
portador de uma ou mais condição crônica limitante
Duas ou mais admissões na UTI na mesma internaão
Tempo prolongado de vdentilação mecânica ou falha
na tentativa de
desmame
Falência de múltiplos orgãos
Paciente candidato a retirada de suporte ventilatório
com possibilidade
de óbito
Cancer metastatico
Encefalopatia anoxia
Sofirmento familair que comprometa a tomada de
decisão.
Fonte: Arantes, A.C.L.Q.;Indicações de Cuidados
Paliativos – Manual de Cuidados Paliativos, Meridional,
2012. 56-74.
Critérios de
elegibilidade na
Criança
Condições em
pediatria
Doenças congênitas incompatíveis com a vida
Desordens cromossômicas
Condições cardíacas complexas
Doenças neuromusculares
Doenças respiratórias crônicas
Pacientes portadores de necessidades
especiaais(traqueostomia, oxigenoterapia, suporte nutricional
por via enteral ou parenteral)
Doenças oncológicas
AIDS
Condições de
progressão
-Tratamento potencilamente curativo falhou(doenças
oncológicas, doenças cardíaca congênita ou adquirida grave )
-Tratamento intensivo a longo prazo pode se prolongar mas a
morte prematura pode ocorrer (fibrose cistica, HIV, desordens
gástrica graves´ou más formações, epidermolise bolhosa grave,
insuficiência renal)
Tratamento quase exclusivamente paliativo, mas pode se
estender por muitos anos(doenças neurodegenerativas,
metabólicas progressivas, anormalidades cromossômicas
Condições neurológicas não progressivas.
Fonte :Barbosa, S.M.M.; Cuidados Paliativos em Pediatria-Manual de
Cuidados Paliativos ANCP, 2ªedição, Editora Meridional, 2012.
Princípios
Adulto
•Promover o alivio da dor e outros sintomas
desagradáveis
Criança
•Respeito a dignidade dos pacientes e suas famílias
•Acesso a serviços competentes e sensíveis
•Afirmar a vida e considerar a morte como um
processo normal da vida
•Não acelerar nem adiar a morte
•Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no
cuidados ao paciente
•Oferecer um sistema de suporte que possibilite o
paciente a viver tão ativamente quanto possível , até
o momento da sua morte
•Oferecer sistema de suporte para auxiliar os
familiares durante a doença do paciente e a
enfrentar o luto
•Abordagem multiprofissional para focar as
necessidades dos pacientes e de seus familiares,
incluindo acompanhamento no luto
•Melhorar a qualidade de vida e influenciar
positivamente o curso da doença
•Deve ser iniciado o mais precocemente possível,
juntamente com outras medidas de prolongamento
da vida, como a quimioterapia e a radioterapia e
incluir todas as investigações necessárias para
melhorar compreender e controlar situações clinicas
estressantes
•Suporte para os cuidadores
•Melhorar o suporte profissional e social para os
cuidados paliativos pediátricos
•Progresso continuo dos cuidados paliativos
pediátricos através da pesquisa e da educação
Onde eles estão
inseridos?
Unidades básicas de saúde
Ambulatórios de
especialidades
Hospitais e maternidades
Consultórios
Clínicas
Home care
Domicílios
Asilos e casas de saúde
Creches e berçários
Escolas regulares e especiais
Associações
ONGs
Como pensar
sobre os
cuidados
desse
paciente?
E a fonoaudiologia
!!!!
Linguagem oral e escrita
Articulação de fala
Sistema miofuncional, orofacial e
cervical
Função auditiva
deglutição
voz
Sabemos identificar o
paciente de cuidados
paliativos?
Atuaremos
igualmente em
todas as fases?
Realizamos
reabilitação?
Mas, devemos
lembrar:
Reabilitação
Atuamos
Doenças estáveis
Participação ativa

Oferece
Bom prognóstico
Ganho funcional significativo
Curto e médio prazo
Fonte:Othero,M.B.;Jorge,L.L.;Reabilitação em Cuidados Paliativos: atuaçãi profissional e particularidade.Manual de
Cuidados Paliativos ANCP,2ªed, meidional,p 500-516.
Reabilitação
atuamos
Não há ganho funcional
Declinio lento ou rápido
Curto ou longo prazo
Cuidados Paliativos
oferece
Qualidade de vida
Controle de sintoma
Alivio do sofrimento
Melhorar aproveitamento do tempo remanescente
Promover a capacidade de realizar atividades e ter independência
Encorajar a resoluçaõ criativa de problemas de forma interdisciplinar
criando parcerias com a familia e o paciente
Permitir ao paciente retornar a um estágio de utilidade e menos
dependência, resultando na habilidade de tornar-se um sujeito de sua vida
novamente
Traz mais vida aos dias do que dias a vida
•Ajuda o paciente a ganhar oportunidade, controle, independência e
dignidade
•Responde rapidamente para ajudar os pacientes a se adaptarem
constantemente a seu adoecimento
•Tem uma abordagem realística junto aos objetivos possíveis
•Delimita o ritmo a partir de cada indivíduo
•Visa a restauração da qualidade de vida
•É uma atitude, assim como um processo
•Adota uma abordagem compensatória, com foco na resolução de
problemas e promoção de estratégias de enfrentamento.
•Multidisciplinar
•Valoriza o papel do cuidador
Fonte: Watson,M.;Lucas,C.;Hoy,A.;Wells,J. Oxford Handbook of Palliative Care.2nd. Oxford University Press, 2009
Othero,M.B.;Jorge,L.L.;Reabilitação em Cuidados Paliativos: atuaçãi profissional e particularidade.Manual de Cuidados
Paliativos ANCP,2ªed, meidional,p 500-516.
Tipos de reabilitação
Preventiva
De
recuperação
De suporte
paliativo
Othero,M.B.;Jorge,L.L.;Reabilitação em Cuidados Paliativos: atuaçãi profissional e particularidade.Manual de Cuidados Paliativos ANCP,2ªed,
meidional,p 500-516
PREVENTIVA /
RECUPERAÇÃO
que objetiva a melhoria da
qualidade de vida do paciente
e seus familiares, diante de
uma doença que ameace a vida
RECUPERAÇÃO/DE
SUPORTE
por meio da prevenção
e alívio do sofrimento,
da identificação
precoce, avaliação
impecável
SUPORTE/PALIATIVIDADE
promovida por uma
equipe
multidisciplinar
PALIATIVIDADE
Tratando da dor e demais
sintomas físicos, sociais,
psicológicos e espirituais"
Breve Troca de
experiências
Serviço de Cuidados Paliativos - Santa Helena Assistência Médica do ABC
Inicio em 2008
Formação da equipe : 20 - 25 profissionais
Equipe: Geriatras, oncologistas, nutrição, enfermagem, psicologia,
fonoaudióloga, assistente social, farmaceutica, hematologista,
pediatra , neuropediatra, psiquiatra ,cirurgiã de cabeça e
pescoço,TO , fisioterapia, serviço telefônico e ligação pós óbito.
Áreas : oncológicos e não oncologicos
Locais de atuação: hospital, ambulatório e domiciliar
Faixa etária: crianças à adulto
Origem do paciente: hospital ou ambulatorial
Convênio : +200.000 beneficiários
Acompanhados : + 400 pacientes
FLUXO DE ORIGEM DO PACIENTE
Fonoaudiologia
Hospital / Ambulatório
Equipe
Multidisciplinar
PACIENTE
Oncológico ou não oncológico
Fonoaudiologia
Fonoaudiologia
Ambulatório
Hospital
Equipe de Cuidados Paliativos
Domiciliar
FLUXO DE INDICAÇÃO PARA A FONOAUDIOLOGIA
Medico Paliativista avalia e elege o paciente de cuidados paliativos
Solicita avaliação fonoaudiologia
Preventiva
Recuperação
Suporte
Paliatividade
Estabelece a conduta e plano terapêutico
Comunica a equipe multidisciplinar sobre a conduta e plano terapêutico
Seguimento fonoaudiológico do paciente em cuidados paliativos
Paciente de cuidados paliativos
Hospital/ambulatorio/domiciliar
Preventiva
Recuperação
Suporte
Paliatividade
Conduta: dependerá do quadro clinico, conduta médica, das
necessidades, da evolução em que se encontra, a possibilidade
de antever e prevenir as crises e as seguintes ações:
AÇÃO
apoiar
Enfretamento
ajudar
Aceitação diagnóstico
auxiliar
convívio
desenvolver
Assistência integral/ capacidade de estar ao lado
ter
Escuta atenta/preparo ético
promover
Comunicação efetiva
reinserir
Atividade de vida diária de maneira ativa e independente
diminuir
Ansiedade/medo
Estabelecer
limite
Restaurar
Dignidade /autoestima
mudar
Forma de pensar
transformar
Uma pessoa de novo
aceitar
Finitude humana
auxiliar
Tomada de decisão nos pacientes fora de possibilidade
terapêutica
entender
Quando não há nada do ponto de vista técnico científico a se
fazer , MAS ainda há muito do ponto de vista humano
realizar
Trabalho em equipe interdisciplinar
Fonte:
Nascimento,D.M.;Rodrigues,T.G.;
Soares,M.R.;Rosa,M.L.S.;ViegaS
, M.F.;Salgado,P.O.;Experiência
em Cuidados Paliativos à criança
portadora de leucemia: a visão
dos profissionais. Ciencia saúde
coletiva. Vol 18.nº9.RJ.Setembro
2013.
Machado,K.D.G.;Pessini,L.;Hoss
ne,W.S.;A formação em cuidados
paliativos da equipe que atua em
UTI um olhar da bioética;Centro
Universidade São
Camilo,2007;1(1);34-42.
NÃO X
SIM
•PRINCIPIOS
•DOENÇA QUE AMEAÇA A
VIDA
•POSSIBILIDADE OU NÃO
DE TRATAMENTO
MODIFICADOR DA
DOENÇA
•TEM MUITO A FAZER
•A FAMILIA É LEMBRADA
•ESPIRITUALIDADE
BASEIA EM
PROTOCOLOS
TERMINALIDADE
IMPOSSIBILIDADE DE
CURA
NÃO TER MAIS NADA À
FAZER
O que mudou na forma como o senhor vê a vida?
Muitas coisas. Primeiro de tudo, ver o mundo de uma cama ou de uma cadeira de
rodas não é o mesmo que vê-lo em pé. Eu descobri que eu era frágil, não era
eterno, e que o tempo contava. Mas, especialmente, que a dor me deixa
desconfortável e que, portanto, cada momento que eu me sinto bem tem que ser
completamente aproveitado. Eu não gasto meu tempo em coisas
desnecessárias. Ser totalmente dependente dos outros requer que você seja
agradável com eles, do contrário, eles me esquecerão. Antes do acidente, eu
costumava usar muito a minha influência para conseguir o que eu queria. Não é a
melhor maneira e a sociedade seria muito mais agradável se nós pedíssemos as
coisas gentilmente. Eu aprendi a ser paciente, especialmente durante as noites
longas de insônia, e a conviver com o silêncio.
O milionário francês Philippe Pozzo di Borgo, que inspirou a
história do filme 'Intocáveis' (Getty Images)
Cena do filme “Os Intocáveis”
[email protected]
A morte é um processo natural da vida. é preciso que todos
reconheçam (médicos e população) que a doença avança até um
ponto onde não há retorno à normalidade, e que isto não é uma
questão de erro ou incompetência médica. Nestas circunstâncias,
em especial, é necessário aceitar a natureza humana e sua
dignidade, respeitando e aliviando o sofrimento até o fim. .( Harding
R, Heatley R. Suffering at the end of the life: the state of the world.
London: Help the hospices; 2005. 32p. )
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