GEOGRAFIA DO TURISMO
1º ano, 2º semestre
Geografia do Turismo - Estudo da expressão espacial do turismo como atividade humana nos
mercados emissores, mercados recetores/de destino e das relações entre elas.
Conceitos base:

Escala espacial
- Global ou Continental
Distribuição das áreas climáticas e de eco sistemas;
Rotas aéreas ou marítimas;
Padrões de mobilidade.
- Nacional
Redes de transportes;
Regiões turísticas;
Distribuição populacional (densidade turística).
- Local
Atrações locais (naturais ou artificiais);
Resorts.

Elementos geográficos da rede do turismo
Do ponto de vista geográfico, o turismo tem 3 elementos:
- Mercados Emissores
Características geográficas, sócio económicas e demográficas que explicam a procura turística.
- Mercados de destino
Atrações, setor hoteleiro, entretenimento, indústria turística, etc.
- Rotas de trânsito
Setor dos transportes – decisivo para que o fluxo entre os outros dois elementos exista.
1

Interação espacial entre os elementos da rede do turismo
Fluxo turístico – Forma de interação espacial entre a oferta de um mercado recetor e a procura de
um mercado emissor.
Fatores promotores (push factors)
- Desenvolvimento económico do mercado emissor.
 Possibilidade de viajar;
 Meios urbanos.
- Clima pouco agradável.
Fatores de atração (pull factors)
- Acessibilidade;
- Atrações (clima, gastronomia, etc.);
- Custo de vida: Facilitam o marketing e a promoção;
- Segurança.
Requisitos dos fluxos turísticos (facilitam fluxos)
- Distâncias entre as zonas;
- Relações (laços, familiares, etc.);
- Atratividade.
Medição dos fluxos turísticos
Porque são as estatísticas importantes?
- Avaliação da dimensão dos fluxos e monitorizar mudanças e reordenamentos de território;
- Projeção de fluxos futuros e identificar tendências;
- Base de planeamento dos gestores turísticos;
- Base para o marketing e promoção;
- Identificar tendências;
- Identificar o perfil dos turistas através do Instituto Português do Turismo ou Viajante Brasileiro.
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Categorias principais de estatísticas turísticas
- Estatísticas de volume (quantidade)

Nº de turistas que visitam um destino num determinado período.
Mais conhecidas:
- UK Tourism Survey (UKTS);
- Reisenanalyse;
- Turismo de Portugal;
- World Mappler.
- Estatísticas de características do turismo (qualidade)

Perfil dos turistas: idade, género, condição sócio económica.
Exemplos:
- UK International Passenger Survey;
- IPdT;
- Viajante Brasileiro
- Estatísticas de despesas


Entradas e saídas de divisas
Características do sistema turístico: Segmentos
- Turismo Rural, Turismo Urbano, Turismo Cultural, Turismo de Património,
Eco turismo.
A partir de quando nasceu o termo “Geografia do Turismo”?
- 1ª Referência ao conceito em 1905;
- Desde os anos 60 (desenvolvimento do fenómeno – prosperidade pós-guerra)

Alteração do espaço mundial:
- O turismo começou a ter mais impacto nalgumas regiões do que a própria indústria;
- Nasceram regiões turísticas (algumas completamente artificiais onde a natureza não tinha
qualquer papel).
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Três perspetivas sobre a função da Geografia do Turismo
1ª. Turismo como atividade económica e política (produção de espaços turísticos);
2ª. Turismo como fenómeno social (área vivida): impacto do espaço no turista;
3ª. Turismo como representação social: imagem e símbolo (ex.: postais). Marketing/promoção
propagandística através das imagens.
1ª Perspetiva
O Turismo como uma atividade económica, produtora de bens.
- Necessita de espaço para instalar as infra estruturas que vão ter impacto no espaço turístico.
Função da Geografia: Analisa o conjunto de equipamentos turísticos como ferramentas de
reordenação do espaço, incluindo as ideias, a circulação e a própria produção social.
Categorias do Espaço
- Paisagem (objetos)
- Espaço geográfico
.Objetos: Formas visíveis
.Ações: Conteúdo social
- Território
.Limite e poder
- Configuração territorial
.Objetos e ações onde se encontram as infra estruturas que compõem a paisagem.
- Formas-conteúdo
.Dinamismo espacial presente nas redes de relações (Oferta, procura, transportes, infra
estruturas, gestão e marketing) dos espaços turísticos, não somente na produção e consumo das
paisagens turísticas, mas também na criação de normas, ordem e legitimação dos elementos que
constituem esse espaço.
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Conceito de rede instrumento de viabilização de turismo
Os eventos do turismo arquitetam-se
enquanto rede assim que são criados
enquanto espaços:
1º Selecionam-se os espaços atrativos;
2º Os gestores desses espaços, selecionam
quais e em que intensidade serão
implementadas as ações:
-As redes de suporte
- As tecnologias e infra estruturas
Ex.: Criação de “pólos” turísticos
Aqui entende-se o turismo como produtor
do espaço que exige estudos que
compreendam a configuração dessas redes.
Mobilidade
Possibilidade de ir de
um lugar para o outro.
≠
Circulação
A forma: Toda a rede que
suporta a mobilidade (infra
estruturas, transportes, etc.)
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2ª Perspetiva
O Turismo como fenómeno social.
- Originador de encontros que podem conduzir a experiências diversas:
.Negação dos espaços vividos dos moradores dos mercados recetores;
.Inserção dos espaços vividos em forma de “espetáculos”;
.Experiências autênticas com a vivência espacial desses moradores.
Topofilia
Topofilia – É o estudo da perceção, atitudes e valores do meio ambiente.
- Transforma o espaço em lugar, por meio da perceção e do intelecto, experienciados pela vivência
de um grupo (elo afetivo entre a pessoa e o ambiente).
A topofilia pode levar a 2 atitudes:
- Aceitação tácita do espaço
- “Contestação” do espaço: turismo interventivo e sensorial
.Intervenção na rede através do Turismo alternativo (maior respeito pelo local):
Recuperação de espaços (casas, edifícios antigos, etc.) e Turismo
“primitivo”.
Função da Geografia
Definir a perceção e a relação corpórea dos grupos sociais locais com o lugar e a sua inserção nos
empreendimentos do turismo:
- Perceção dos grupos sociais e locais sobre esses empreendimentos;
- Entender as vias pelas quais os objetos do meio técnico-científico-comunicacional são
modificados pelo “tecido preexistente” nos lugares.
- Analisar a efetiva possibilidade dos objetos e ações dos espaços turísticos propiciarem o
encontro com o outro, com o diferente, como por exemplo, de permitirem aos turistas o
“estenderem-se ao mundo” vivenciado nas áreas recetoras e experienciá-las com/em todos os
sentidos (e não apenas “vê-las”).
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3ª Perspetiva
O Turismo como representação social: imagem e símbolo.
- As representações sobre os espaços turísticos remetem as projeções realizadas pelos gestores
públicos e privados dessa atividade:
.Símbolos criados pelos ministérios, secretárias e departamentos de turismo, pelos
operadores, agências e empresas de marketing ou pelo próprio turista.
Visões ou olhares dos
turistas e das suas diversas
procuras sobre as áreas
recetoras
Função da Geografia
A geografia, na sua busca da compreensão da dimensão espacial da sociedade depara-se com a
tarefa de analisar tanto aspetos materiais, visíveis da realidade, quanto aspetos inerentes à
subjetividade dos agentes, as suas ações sobre o espaço e a simbologia dos lugares.
Notas Finais sobre a importância da análise geográfica no turismo
A geografia, enquanto ciência dedicada à compreensão da construção social do espaço, estabelece
um sistema explicativo sobre a dinâmica do turismo e sobre os reordenamentos que esta atividade
provoca, principalmente, nos mercados recetores, onde se notam situações como a deterioração
de tradicionais espaços turísticos, inviabilizando a continuidade dessa atividade e a construção de
espaços fortemente artificiais onde a natureza não tem relevância.
Resumindo: A Geografia do Turismo descreve os espaços quanto às movimentações e interrelações resultantes da atividade do turismo.
TURISMO
Atividade que se desenvolve e
afeta os espaços que são alvo
do estudo da geografia.
Atividade que se sustenta na
diversidade dos espaços, de culturas
e dos fenómenos sociais.
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O mercado… ou o motivo da visita
- Férias/ lazer
.Estadias longas;
.Estadias de curta-duração (city-breaks, escapadelas).
- Turismo de “conveniência”
.Visitas a amigos e/ou familiares;
.Motivos religiosos, de saúde, etc.;
- Turismo de negócios
- Turismo low-cost
- Turismo académico
- Etc.
Segmentos de mercado… ou o perfil do turista
- Turismo jovem
.15-25 anos
- Turismo de família
- Turismo sénior
- Turismo gay (segmento com muito poder económico)
Segmentos de mercado… ou o tipo de negócio
- Pacotes de viagem
.Recurso a 1 agente ou promotor
- Compra independente dos vários produtos (voo + alojamento + atividades, etc.)
.Compra direta a vários agentes, promotores
- Personalização do serviço (Combinação dos dois e cada vez mais frequente devido aos serviços
online)
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Geografia da procura
Indicadores ou fatores promotores (facilidade de fazer viagens):
- Propensão para viajar e frequência de viagem
.Fatores económicos
E os países BRICS, que alterações podem trazer à geografia do turismo?
- Países emergentes são os países em desenvolvimento, ou seja, mercados
emissores/potenciais – precisam de mais apoio dos gestores turísticos. Solução: Pacotes
organizados; conhecer os perfis do turista de cada país, através de estatísticas.
- BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul): Viajantes pouco experientes/sem
cultura de viagem; países com poder económico; viajam mais para a Europa (mercado de destino e
principal destino turístico).
.Fatores políticos
Nova ordem mundial – Maior diversidade de produtos/multipluralidade
Crises políticas (ex.: Médio-oriente) – A insegurança não viabiliza que seja um mercado de destino.
.Maior consciência social e ambiental
Emissões de carbono, alterações climáticas, sustentabilidade – Produtos ecológicos motivam um
setor de turismo consciente.
Novas tendências
.Supressão da procura
Médio-oriente – Crises políticas e económicas
Locais de catástrofes recentes (tsunamis, guerras, derrocadas, derrames, pandemias…)
Viagens de longa distância – Devido a fatores ambientais, como a emissões de carbono,etc.
Viagens de avião
.Nova procura
Novos mercados emissores: novas exigências? – Desenvolvimento económico
Ex: China, Rússia, Polónia…
O “novo turista”
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• Turismo alternativo – Itinerários personalizados para turistas experimentados
Top de tours em Lisboa (Trip Advisor)
Top de tours no Porto (Trip Advisor)
• Turismo sustentável (comboio, bicicleta, pedestre…) – Opões amigas do ambiente
• “Turismo consciente” – Socialmente responsáveis
Ex: Unseen tours: Sem-abrigos contam histórias sobre “itinerários ocultos”
O “novo turista”: Motores de alteração de hábitos de consumo (hábitos de consumo
diferentes porque são mais experientes
 O comportamento do turista é hoje diferente do turismo de massas dos anos 60/70:
.Maior experiência e viagens
Conhece melhor as opões do mercado e a forma de acesso (tecnologia, internet), podendo
criar os seus próprios produtos finais.
Maior consciência ambiental e de responsabilidade social.
.A sociedade de conhecimento em que vivemos cria exigência de maior autenticidade nas
experiências em certos segmentos
É o contrário da passividade do turismo de massas, sol & mar.
Criar produtos autênticos para turistas ativos, críticos e que lhes “encham as medidas”
.Alterações demográficas
Criar novos produtos
Envelhecimento da população
Agregados mais pequenos e menos tradicionais
Mais individualizados
Características do “novo turista”
.Crítico – Poderá ser um problema para uma entidade, pois este poderá criticar através
das redes sociais, tripadvisor, etc.
.Sabe o que quer
.Informado
.Exigente
.Desejo de “Wanderlust”: Curiosidade e razões culturais; autenticidade da experiência;
topofilia (Identificar-se com o espaço; elo afetivo com o que o rodeia) – Quer estar
satisfeito/disfrutar/gosta de se integrar
.Com consciência ambiental
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Implicações do “novo turista” para o setor

Mercados de destino
.Têm de reconhecer que este consumidor crítico procura:
- Qualidade
- Sustentabilidade (Facilidade de acesso a sistemas de reserva, bons sítios web,
experiências autênticas, bem organizadas, com qualidade e visíveis para o turista.

Setor
.Necessidade de repensar estratégias de marketing
.Criar produtos personalizados e feitos à medida que percebam a forma de sentir, pensar e agir do
“novo turista”.
.Criação de novo segmento de mercado
Bases de dados de clientes – ex.: Inquéritos para se conhecer o perfil dos clientes. Quantos
mais pormenores melhor.
Relações mais próximas com os clientes
Definição de classificações de cliente (Mais baseada nas motivações e valores pessoais)
Fidelização do cliente (Inquéritos para se personalizar a venda/propaganda de produtos;
envio de emails de acordo co interesses pessoais.
Geografia dos Recursos para o turismo
• Como foi dito atrás, na sociedade de informação onde vivemos, cada vez mais se viaja mais, mas
apenas está aproveitada uma parte dos potenciais recursos mundiais para o turismo.
• Mas, a crescente procura vai exigir uma maior oferta.
• O que vai exigir do setor uma gestão planeada dos recursos para o turismo, que promova os
recursos certos para os diversos tipos de turismo.
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Características dos recursos para o turismo

Tangíveis (económicas): Reconhecimento do potencial valor do recurso com recurso
turístico. Ex.: Montanhas (depois do séc. XVIII) e praias (depois dos anos 20 do séc. XX).

Usufruto partilhado com outros setores (agricultura, florestas, pescas, etc.) e população
local. Ex.: Se a gestão dos recursos não for bem feita, pode originar conflitos.

Perecíveis
Sujeitos a alterações, erosão, destruição, desgaste
Impossíveis de armazenar
Têm de ser consumidos onde e quando existem.
Ex.: Praias, alojamento, parques, etc.
Planeamento dos recurso para o turismo
Desde os anos 80 que o mote da gestão do turismo tem sido a sustentabilidade, que no setor se
traduz por:
Códigos de conduta e regulamentos (Ex.: Reciclagem)
Acreditação e certificação
Licenciamento de atividades e empreendimentos em áreas sensíveis e protegidas
Promoção de boas-práticas
Recursos para o turismo
Capacidade de carga turística
Número máximo de pessoas que podem visitar determinado local turístico, sem afetar o
meio físico, económico ou sociocultural e sem reduzir de forma inaceitável a qualidade da
experiência dos visitantes (OMT).
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A capacidade de carga pode dividir-se em:
1. Capacidade de carga física
Número de pessoas que um serviço ou infraestrutura turística pode suportar mantendo os
padrões de qualidade.
2. Capacidade de carga ecológica
Grau de tolerância dos ecossistemas à atividade turística, o ponto até que esta pode
desenvolver-se sem danificar o meio ambiente.
3. Capacidade de carga social
É analisada numa dupla vertente, a dos turistas (ponto de saturação a partir do qual
procuram destinos alternativos) e a dos residentes (tolerância da população local ao turismo sem
gerar tensões relevantes e por forma a que no território também se possam desenvolver outras
atividades).
4. Capacidade de carga económica
Ponto até ao qual é gerível e compensatório o investimento necessário para assegurar a
qualidade ambiental
5. Capacidade de carga psicológica ou comportamental
Ponto até ao qual os visitantes consideram que um maior número de visitantes estragaria
a experiência.
Ex.: A EU estipula uma capacidade de carga para as praias de 0,6 m2/pessoa mas esta
carga psicológica é diferente para os povos mediterrânicos e da Europa do norte, por ex.
Recursos para o turismo
Este é um conceito base para a gestão das atividades turísticas e deve estar na base de qualquer
planeamento turístico que deve:
Ser uma base de pesquisa de mercado
Envolver a comunidade e autoridades locais
Ter uma abordagem holística
Ser implementado pelos setores público (governo) e privado (investidores).
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Seis questões principais do planeamento turístico:
Tipo de turista
Escala do turismo
Locais de futuro desenvolvimento (de suporte ao turismo)
Instrumentos de controlo desse desenvolvimento
Formas de financiamento desse desenvolvimento
Papel das autoridades locais e do governo
Tendo o enfoque da gestão das atividades turísticas mudado da proteção e conservação dos
recursos para a gestão dos visitantes (oferta de experiências), o planeamento traz vantagens e a
sua falha riscos a evitar.
Vantagens do planeamento turístico
.Definição de objetivos comuns
.Coordenação de vários fornecedores do setor
.Facilidade de estabelecer parcerias entre os vários interessados e investidores
(autoridades locais, operadores turísticos, …)
.Organização eficaz das atividades
.Enquadramento para ações e decisões futuras
.Redução dos impactos negativos na economia, meio-ambiente e comunidade de destino
.Adoção dos princípios de sustentabilidade
.Planeamento de acordo com o uso da terra para áreas de desenvolvimento, conservação
e proteção
.Promove um sistema de monitorização na área de destino
Falha de planeamento
Razões:
.Alterações políticas
.Alterações de procura
.Concorrência imprevista
.Falta de investimento
.Mau planeamento
Consequências/riscos:
.Qualidade e integridade do recurso turístico
.Uso partilhado
.Má experiência para o turista
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Recursos Turísticos
• Globais – São os recursos mais partilhados
A) Superfície da Terra (Biosfera):
- Atmosfera (aprox. 10%)
- Hidrosfera (aprox. 60%) - O que temos mais é porção líquida, devido a causas naturais (degelo – Mudança no espaço)
- 5 oceanos
- Lagos
- Rios
- Litosfera (aprox.30%)
- 6/7 continentes
- Ilhas associadas
B) Hemisférios
- Norte e Sul (meridiano: equador-latitude)
- Ocidental e Oriental (meridiano de Greenwich-Longitude)
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• Distribuição da litosfera
.Aproximadamente 40% do hemisfério norte é terra, mas só cerca de 20% do hemisfério sul tem
terra.
.Há o dobro de terra no hemisfério norte do que no sul (mais litosférico no norte).
Clima
Distribuição demográfica
Desenvolvimento económico
Comunicações/acessibilidades
.terrestres
.ferroviárias
.tecnológicas
• Formas da biosfera
Sub recursos: Montanhas
Montes/ colinas
Outras elevações
Planícies
Geram certas características físicas
(geotérmicas, cársicas, glaciadas, etc.
Geoturismo
Ex.: Açores
Geotérmicas – Grutas
Cársicas – Características rochosas (relevos devido
à erosão, ex.: Grand Canyon)
Glaciadas – Degelo dos glaciares
Características físicas
• Geotérmicas
Vulcões, lagos em crateras e caldeiras, formações de lava, fontes de água quente, etc.
Ex.: European Geoparks
• Cársicas
Grutas e outras reentrâncias, normalmente calcárias: Mapa mundial do cársico
Lista de zonas cársicas
• Glaciares
Resultam da ação de massas de gelo de deslocação lenta: Cumes de montanhas, morainas de
depósitos de detritos de glaciares em vales, lagos e quedas de água.
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Recursos Turísticos
• Montanhas (atraentes mas com pouca capacidade de carga)
• Costa (muito atraente e com bastante capacidade de carga)
Mar - desportos aquáticos,
– Mas…
.Sujeita a muito desgaste e poluição
.Sujeita a maior proteção em certas zonas mais sensíveis: Recifes de corais e dunas.
.Zonas costeiras menos exploradas mas bastante ameaçadas: Estuários e pântanos.
• Lagos e rios
.Recurso substituto ou alternativo à zona costeira
.Desportos
– Mas: dificuldade em controlar a qualidade da água.
• Cultura
.Na perspetiva turística, é tudo o que tem a ver com o modus vivendis das sociedades: Religião,
gastronomia, arte, música, dança, entretenimento, hábitos.
• Nacionais
.Tipo de atrações
•Naturais
•Construídas pelo homem
.Origem: sem objetivos turísticos: casas, castelos, catedrais…
.Origem: com objetivos turísticos: museus, galerias de arte, centros de exposições, casinos,
parques temáticos, aquaparques.
•Eventos especiais: desportivos, culturais.
Recursos turísticos: cultura
•Turismo religioso
• Turismo cultural
•Turismo histórico
•Turismo mórbido (dark tourism)
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Hierarquia de atração de um país
Acesso aos recursos
• Dificuldades de acesso a resolver…
.Distâncias, redes de suporte, transportes
.Preços, discriminação, deficiência…
Desenvolvimento turístico
Grau de desenvolvimento dos recursos
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- Características (Mais facilmente alcançáveis)
 Grau de desenvolvimento baixo
para não destruir
- Exemplos de atividades
 Cruzeiros – Grau de desenvolvimento
alto, porque tem la tudo
Relação produto turístico-marketing
Uma área pode ter potencial turístico, clima favorável, paisagens atraentes, recursos, etc, mas só
se torna um destino turístico viável se:
1. Pelo menos uma atração puder ser promovida como uma Proposta Única de Venda
(USP: Unique Selling Proposal);
2. Houver uma rede de suporte, incluindo alojamento;
3. For acessível a um mercado emissor importante;
4. Tiver condições favoráveis de desenvolvimento (infraestruturas básicas, organização de
turismo, estabilidade política.).
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Marketing de um produto turístico
Ex.: Estância de Esqui em Innsbruck
• Produto/ atividade de destino principal:
Experiência de desportos de inverno
• Produto de destino facilitador:
Transportes e alojamento em Innsbruck
• Produto de destino de suporte:
Lojas e restauração de qualidade em Innsbruck
• Produto de destino aumentado:
A própria cidade de Innsbruck e o seu centro histórico.
Locais
.A nível local interessa relevar o papel das várias entidades (pública e privadas) que a nível local
assumem um papel decisivo para que os vários recursos turísticos possam ser geridos.
• Setor público: garante normalmente as infraestruturas básicas (estradas, parques, linhas
ferroviárias, portos ,aeroportos, abastecimento de água, energia etc…) e condições de segurança.
• Setor Privado: garante normalmente a superestrutura (alojamento, e restante rede de
suporte)
Fatores de desenvolvimento dos recursos locais
.Acessibilidade (fator decisivo)
.Oferta de solo e de boas condições topográficas
.Ambiente de desenvolvimento favorável ao turismo
•Físico
•Social
•Demográfico
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O Clima
• À escala global, o clima é um dos principais fatores a influenciar o desenvolvimento turístico e as
viagens de lazer e de férias.
• O clima é determinado pela latitude, altitude, pela hidrosfera (oceanos, mares, rios…) e pelas
inter-relações entre zonas costeiras e montanhosas.
• O clima é influenciado ainda por outros fatores, como a temperatura e humidade, importantes
para o bem-estar do Homem.
• O clima sofre variações sazonais.
• O clima considerado ótimo para o turismo é o mediterrânico, mas este é também um dos mais
vulneráveis ao aquecimento global.
•Os gestores e operadores turísticos procuram cada vez mais locais “exóticos”, com condições
climáticas menos favoráveis.
.Climas quentes: para turismo de praia, cultural e eco-turismo;
.Climas frios (altas latitudes e altitudes): férias de neve, trekking, etc.
• Estando o turismo dependente na maioria dos casos do clima e estando o clima a mudar,
também o turismo terá de mudar.
Por exemplo:
Áreas muito dependentes de turismo de praia, tenderão a baixar os fluxos e a acabar o que terá,
naturalmente, repercussões graves na economia dessas zonas.
Implicações nos padrões de procura
• Alterações na geografia e sazonalidade dos fluxos:
.Destinos preferidos: maiores latitudes e altitudes
.Principais mercados emissores atuais (Europa do Norte): tenderão a fazer mais turismo
dentro dos seus países
.Maior crescimento de fluxos no outono, primavera e inverno
.Possível crise no turismo de inverno (estâncias de esqui) e nos clássicos destinos de sol e
mar.
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Emissões de CO2 provenientes do Turismo Global em 2005 (mt)
•Transporte aéreo
•Outro transporte
•Alojamento
•Atividades
•TOTAL
•Total do mundo
•Percentagem
517
468
274
45
1,307
1 26,400
4.95%
Mais dados sobre emissões de CO2
• 17% das viagens de avião são responsáveis por 40% do total de emissões de CO2 do turismo.
•Viagens de longo curso nas 5 regiões de turismo mundial representam apenas 2.7% de todas as
viagens, mas contribuem para 17% das emissões de CO2 relacionadas como turismo.
• Viagens de autocarro e de comboio representam 34% de todas as viagens, mas contribuem para
penas 13% de todas as emissões de CO2.
Políticas de Mitigação
As Políticas de Mitigação são medidas tecnológicas, económicas e sócio culturais com vista
à redução dos gases de efeito de estufa (GEE) –para metade dos níveis de 2000 até meados do
século (ViennaClimateChangeTalks2007).
• Instrumentos:
.Voluntários
.Económicos
.Reguladores
•Atores:
.Turistas
.Operadores turísticos
.Alojamento
.Gestores
.Companhias aéreas
.Indústria automóvel e de aeronáutica
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• Oportunidades e Ameaças
.Novo mercado turístico ambiental e ecológico
.Risco de acabar com mercados recetores clássicos e de criar crises económicas e políticas
graves
•Estratégias
.Redução do consumo de energia
.Aumentara eficiência energética
.Aumentar o consumo de energia renovável
.Sequestro de carbono
Redução do consumo de Energia
•Aspeto principal da mitigação de CO2
- Operadores turísticos:
.Alteração do desenvolvimento e do marketing dos destinos
.Prolongamento das estadias
.Criação de ofertas atraentes para todos, sustentáveis e que correspondam às
necessidades dos turistas.
- Turistas:
.Alteração de destinos
.Alteração dos transportes (de carro e avião para comboio ou autocarro)
-Todos:
.Alteração de hábitos de gestão (Ex.: Vídeo-conferência)
Aumento da eficiência energética
•Nova tecnologia de redução das emissões da aviação num cenário ‘business-as-usual’.
– Prevê-se que a redução de emissões por Km seja da ordem dos 32% entre 2005 e 2035, sendo
que o objetivo é 50%.
.Esta redução contribuiria para 14% de redução das emissões sno sector do turismo.
.No sector de transporte automóvel, o investimento em tecnologia poderia contribuir para
a redução de aprox. 7% das emissões de CO2.
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Aumentar o consumo de energia renovável
• Todos os tipos de energia renovável são importantes, especialmente em ilhas, muito
dependentes de combustíveis fósseis.
Ex.: Nos trópicos o ROI pode dar-se em 2 anos.
Utilização de biocombustíveis.
Sequestro de CO2
• CO2 pode ser armazenado em biomassa (Ex.: Reflorestação), em oceanos, buracos geológicos
(Ex.: Campos de gás vazios).
Na indústria do turismo, esta prática traduz-se essencialmente na compensação das
emissões de carbono, (carbon offsetting), por exemplo, as emissões de CO2 causadas por uma
atividade (Ex.: Voo) são compensadas pela redução das mesmas noutro local, por exemplo através
da plantação de árvores.
Risco:
.Muitas indústrias adotaram este procedimento voluntário para compensar as emissões.
.A responsabilidade de produtor de CO2 passa para o consumidor do produto.
Outras previsões
.Se a eficiência tecnológicas e aplicasse ao máximo a todos os tipos de transporte, aIojamento e
atividades, as emissões do sector do turismo poderia diminuir para 36%.
.A redução de energia através de uma combinação da mudança para transported modais, destinos
de menor curso, e aumento do período de estadia pode reduzir as emissões em 43%.
.Mas a indústria do turismo tem tendência a crescer.
.Para que se consiga uma redução efetiva das emissões, este sector tem de aplicar a combinação
destas medidas de mitigação, o que contribuiria para a redução das emissões em 68% em 2035,
i.e, 16% menos do que em 2005.
Reação do sector do Turismo
O sector do Turismo está a responder às alterações climáticas de 2 maneiras:
.Efeitos de mitigação
.Adaptação à nova realidade geográfica
Ex.: Turismo de inverno, aumento da oferta de recintos, resorts e parques turísticos fechados.
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A Europa
Apesar de ser um continente, é uma região de imensa diversidade cultural, económica, social e
política;
.Pressão da América do Norte e dos países industrializados da Ásia…
.1960: 72% da cota de mercado de turismo internacional
.2005: 55%
.2010: aprox. 50%
No entanto ainda domina o mercado, quer emissor, quer recetor:
.Propensão para viajar dos europeus;
.Economias maduras;
.Diversidade linguística, cultural e de atrações turísticas;
.Moeda única;
.Tradição de turismo e boa qualidade;
.Bom marketing.
Património Cultural
Pré-histórico
Greco-Romano
Medieval
Estilo romanesco
Gótico
A partir do séc. XII - cruzadas (ex. norte de França)
Renascença-Barroco
A partir do Séc. XV (ex. Itália)
Rev. Industrial
A partir do séc. XIX: produção em massa
Pós-Industrial
Séc. XX e XXI: Design individualizado, tecnologia, inovação.
Património europeu Comum
• Conselho da Europa (Estrasburgo)
Itinerários culturais certificados
EICR
• Património industrial: ERIH
De Birmingham a Milão
De Barcelona a Génova
Rota do Volfrâmio
• Uma boa prática aqui bem perto: SJM
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