Boletim 025 - Unifal-MG

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No 25
Abril /2014
Centro de Farmacovigilância da UNIFAL-MG
Site: www2.unifal-mg.edu.br/cefal
E-mail: [email protected]
Tel: (35) 3299-1273
Equipe editorial: prof. Dr. Ricardo Rascado; profa. Drª.
Luciene Marques; Maria Fernanda Monteiro, Wanessa
Awata.
Vacinação contra HPV: Prós e Contras
Introdução
Desde de julho de 2013, com a
aprovação da ANVISA para a vacinação
de mulheres acima de 9 anos contra HPV,
muito tem sido discutido acerca do tema.
Grupos de discussão na internet e colunas
de jornais têm questionado a necessidade
de vacinação em massa. Entre os pontos
de divergência ao programa de vacinação
proposto pela Agência de Vigilância
estão argumentos religiosos, temores de
incentivo ao início a vida sexual entre as
meninas e médicos que se posicionam
contra.
os tipos causadores de verrugas genitais e
de câncer de colo do útero; e a Vacina
Anti HPV bivalente (GSK) que protege
contra os tipos 16 e 18.
A recomendação é de que as
vacinas sejam tomadas em 3 doses, antes
do início da vida sexual, de preferência
antes dos 12 anos, com intervalo de 2
meses entre a primeira e a segunda dose,
e 6 meses entre a segunda e a terceira.
Mulheres já infectadas também devem
ser imunizadas para proteção contra
outros sorotipos do vírus.
As críticas
O HPV
O HPV é um vírus que se contrai
geralmente com o contato sexual, ou,
mais raramente, pelo convívio diário.
Existem mais de 100 tipos de vírus,
os quais são divididos em 2 categorias: a
primeira está associada mais com lesões
cancerígenas (tipos 16 e 18) e a segunda,
com verrugas genitais (tipos 6 e 11).
Estima-se que 70% das mulheres
entrarão em contato com o vírus, e 70%
desses vírus serão do tipo 16 e 18.
Atualmente, das 300 milhões de mulheres
infectadas, avalia-se que 500.000 terão o
câncer de colo do útero, sendo que
250.000 com probabilidade de óbito.
Há 2 tipos de vacinas anti HPV
disponíveis no Brasil: a vacina Anti HPV
quadrivalente (MSD), que protege contra
Na visão da Sociedade Brasileira de
Medicina de Família e Comunidade
(SBMFC) apresentada por carta não há
evidências de que a vacinação seja mais
eficaz que a estratégia atual de
rastreamento por meio do papanicolau, no
exame ginecológico, uma vez que a
imunização não cobre todos os sorotipos
de vírus, e nem eliminam por completo as
lesões precursoras do câncer.
Em contrapartida, o Ministério da
Saúde e as Sociedades Brasileiras de
Pediatria, Ginecologia e Imunização,
afirmam que as oposições a vacinação de
HPV são fundamentadas em informações
sem base científica.
As campanhas mundiais contra o
vírus começaram em 2006. Nesses
últimos 8 anos, não se pode ainda avaliar
1
o impacto da vacinação sobre a
mortalidade das mulheres, entretanto já é
visível a brusca redução no número de
infecções com o HPV.
Conclusão
A avaliação geral é que embora o
método de rastreamento atual, o
Papanicolau, seja eficaz, e igualmente
defendido pelas duas frentes de opiniões,
no Brasil, ele não tem alcançado a
disseminação ideal. Dessa forma, em
virtude da alarmante incidência de câncer
de colo de útero entre a população de
baixa renda, a campanha de vacinação
mostra-se como estratégia válida em
saúde pública.
Caso queira notificar reação adversa a
algum medicamento, desvio de
qualidade ou erro de medicação,
acesse
o
portal
do
CEFAL
(http://www.unifal-mg.edu.br/cefal) e
preencha o formulário.
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(35) 3299-1273
Referências Bibliográficas
http://www3.hermespardini.com.br/p
agina/944/vacina-contra-hpv-semlimite-de-idade.aspx
http://sites.uai.com.br/app/noticia/sa
udeplena/noticias/2014/03/12/noticia
_saudeplena,147887/vacina-contrao-hpv-e-alvo-de-criticas-tireduvidas.shtml
http://www.vaciclin.com.br/vacinaanti-hpv.html
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