Síndrome inflamatória da reconstituição imunológica: relato de caso. Alexandre Barbosa Andrade1, Gabriela Santana Ataliba2, Graciela Larissa Amaral Rievers2, Rafaela Moreira Paula3, Gustavo Wesley Agostini Moreira3 1 Docente Orientador da Escola de Medicina da UFOP-MG, 2 Discentes da Escola de Medicina, UFOPMG ; 3 Residentes de Clínica Médica do Hospital Mater Dei, Belo Horizonte, MG. Descritores: vírus, imunofeficiência humana, síndrome inflamatória [email protected] INTRODUÇÃO: A restauração do sistema imune, desencadeada pela introdução da terapia anti-retroviral na Imunodeficiência Humana Adquirida (HIV), provoca intensa reação e inflamação tecidual nas infecções. Esta resposta exacerbada tem sido denominado como síndrome inflamatória da reconstituição imunológica (SIRI). OBJETIVO Relatar o caso de um paciente adulto que apresenta SIRI após inicio do tratamento anti-retroviral para o HIV. METOLOGIA As informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário, entrevista com o paciente, registro fotográfico e revisão da literatura. RELATO DE CASO: Paciente C.G.S., sexo masculino, 50 anos, previamente hígido, procurou hospital, em 20.06.2015, com queixa de dispneia, febre noturna de 38º C, sudorese, tosse seca, sibilos e perda ponderal significativa, acima de 20%, em seis meses. Os hábitos urinários, bem como intestinais não demonstravam alterações. Recebera o diagnóstico inicial de HIV por Western Blott com contagem de linfócitos CD4 menor que 50 e carga viral maior que 100.000. Em sua primeira internação iniciara uso de terapia anti-retroviral padrão com Efavirenz, Lamivudina e Tenofovir, bem como tratara de pneumonia adquirida da comunidade, que geraram e alta hospitalar em 07.07.2015 (Fotografia 2). No dia, 29.07.2015, retornou ao hospital devido dispneia, picos febris e sibilos (Fotografia 3 e 4). Exame físico: estado geral ruim, desnutrido, hidratado, corado, cianótico, com boa perfusão capilar, afebril, taquicárdico, ausculta pulmonar com roncos e sibilos difusos, taquipneico e abdome livre, sem visceromegalias ou massas (Fotografia 1). Exames complementares: leucograma com linfocitose, sem alterações dos níveis hematimétricos e plaquetose. PCR para citomegalovírus estava positivo. Lavado broncoalvelar positivo para Estreptococo. Tomografia computadorizada de tórax sem contraste (Fotografia 4) apresentou padrão em vidro fosco difusamente. As demais sorologias e exames para agentes oportunistas (criptococo, Pneumocystis j., fungos, tuberculose) mostrava-se negativas. Como tratamento, empregou-se prednisona, bactrim e ganciclovir. Após cinco dias, apresentou significativa melhora clínica com alta hospitalar em uso de azitromicina e bactrim profiláticos. 29.07.15 Fotografia 3 – Radiografia simples de tórax com SIRI DISCUSSÃO: Fotografia 1 20.06.15 13.06.15 20.06.15 Fotografia 4 – Tomografia de tórax sem contraste com SIRI 23.06.15 CONSIDERAÇÕES FINAIS: O caso relatado trazem, à luz, a discussão do diagnóstico da SIRI no paciente portador de HIV. REFERÊNCIAS: 01.07.15 06.07.15 03.08.15 1. 2. Fotografia 2 – Radiografias simples de tórax sequenciais Cianchetta-Sívori M, Raso S, Fernández-Guerrero M, Górgolas M, García R. Do CD8(+)CD25(+) cells predict immune reconstitution syndrome in HIV-positive patients who begin HAART? AIDS. 2007;21(17):2347-9. Dheda K, Ravn P, Wilkinson RJ, Meintjes G. Immune reconstitution inflammatory syndrome in HIV-infected patients receiving antiretroviral therapy : pathogenesis, clinical manifestations and management. Drugs. 2008;68(2):191-208.