universidade federal de goiás campus jataí curso de agronomia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
CAMPUS JATAÍ
CURSO DE AGRONOMIA
DOSES DE BIOESTIMULANTE VIA FOLIAR EM
DIFERENTES ESTÁDIOS FENOLÓGICOS DA SOJA
OSMAR VANÇA JÚNIOR
Jataí-GO
Agosto, 2013
2
OSMAR VANÇA JUNIOR
DOSES DE BIOESTIMULANTE VIA FOLIAR EM DIFERENTES ESTÁDIOS
FENOLÓGICOS DA SOJA
“Trabalho
apresentado
Universidade
Campus
Jataí,
Federal
como
de
à
Goiás,
parte
das
exigências do curso de graduação em
Agronomia, para obtenção do titulo
de Bacharel em Agronomia.”
Prof. Dr. Antonio Paulino da Costa Netto
Jataí, GO
Agosto, 2013
3
4
Resumo- O trabalho foi realizado na Fazenda Olho Dʼágua, localizada no município
de Jataí/Goiás, na região da Estância no ano agrícola de 2011/12, utilizando a
cultivar de soja Anta 82 RR, com o objetivo de avaliar a utilização do fertilizante
foliar Booster ZnMo® (0,59 mg L-1 Mo + 0,9 mg L-1 Zn) no rendimento da cultura
da soja em área de produção comercial. O delineamento experimental foi de blocos
ao acaso, com 10 tratamentos e 3 repetições. Os tratamentos foram: T1
(Testemunha); T2 (V5 – 100 mL ha-1 ); T3 (V5 – 300 mL ha-1 ); T4 (V5 e R1 – 100
mL ha-1 ); T5 (V5 e R1 – 300 mL ha-1 ); T6 (R1 –100 mL ha-1 ); T7 (R1 – 300 mL
ha-1 ); T8 (R1 e R5 – 100 mL ha-1 ); T9 (R1 e R5 – 300 mL ha-1 ) (produto
comercial), em pulverização foliar, aplicados de pulverizador costal aos 23, 55 e 75
dias após a emergência. A aplicação do fertilizante foliar Booster ZnMo® (0,59 mg
L-1 Mo + 0,9 mg L-1 Zn) não incrementou nenhum dos caracteres agronômicos
avaliados como altura de plantas, número de vagens por planta, inserção da primeira
vagem, número de sementes por planta, produtividade e massa de mil grãos.
Termos para indexação: adubação foliar, reguladores de crescimento, glycine max
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1. INTRODUÇÃO
A palavra soja vem do japonês shoyu e se caracteriza como um grão rico em
proteína, pertencente à família Fabaceae (leguminosa). Este grão originou-se na
costa leste da Ásia, principalmente ao longo do Rio Yangtse, na China. Sua chegada
ao Brasil ocorreu via Estados Unidos no ano de 1882, tendo seus primeiros estudos
desenvolvidos por Gustavo Dutra, então professor da Escola de Agronomia da Bahia
(Embrapa, 2004).
A soja representa, mundialmente, o papel de principal oleaginosa produzida e
consumida, tendo em vista sua importância tanto para o consumo animal, através do
farelo da soja, quanto para o consumo humano, através do óleo (Silva et al., 2010).
Em território brasileiro a soja começou a ser plantada no início do século XX
no Rio Grande do Sul, local em que sua utilização era restrita à alimentação de
suínos de pequenos criadores (Schlesinger, 2008).
Segundo Brum (2005), a história da produção de soja em escala comercial no
Brasil remonta o período da “Revolução Verde” que se traduziu em um programa
com propósito de aumentar a produção agrícola a partir do desenvolvimento de
pesquisas e novas técnicas de fertilização e mecanização da atividade rural.
Neste contexto, na década de 50, o trigo recebeu fortes incentivos do governo
federal, resultando na necessidade de se encontrar uma leguminosa para ser
produzida em regime de rotação, durante o verão. Diante deste cenário, os produtores
começaram, nos anos 60, a utilizar a soja no mencionado regime, tendo o binômio
trigo-soja se mostrado altamente factível aos objetivos da época, na medida em que
permitia tanto o compartilhamento de solo quanto o de insumos e máquinas
(Schlesinger, 2008).
Na década de 70, a produção de soja passou a ter grande relevância para o
agronegócio, constatada pelo considerável aumento das áreas cultivadas e,
principalmente, pelo fomento da produtividade a partir da utilização de novas
tecnologias. Seu cultivo, neste período, era restrito a regiões de climas temperados e
subtropicais, situação que foi modificada após vários estudos de pesquisadores
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brasileiros, que conseguiram desenvolver cultivares adaptadas a regiões de clima
tropical. Desse modo, a soja alcançou condições agricultáveis em quase todo
território brasileiro (Embrapa, 2004).
O complexo da soja abrange uma cadeia produtiva que engloba desde
produção interna, voltada para a exportação do produto bruto, até a transformação do
produto para seu uso em processos produtivos, como na produção de óleo e de farelo
(Silva et al., 2010).
A partir da década 90 a agricultura brasileira atravessou um processo de
modernização, o que contribuiu sobremaneira para que a cultura passasse por uma
reestruturação ao longo de sua cadeia produtiva, especialmente em razão da
introdução de novas tecnologias. Tal processo foi responsável pelo aumento da
participação da cadeia agroindustrial da soja para a economia brasileira, tornando-a
essencial no crescimento da renda, emprego e das divisas da exportação (Silva et al.,
2010).
O Brasil é o segundo maior produtor e exportador de soja, ficando atrás
somente dos Estados Unidos (Conab, 2012). Tal resultado é alcançado a partir não só
das mencionadas tecnologias avançadas, mas também do uso de efetivas técnicas de
manejo.
Neste cenário, o aumento das áreas plantadas é um resultado inerente a
crescente produção da cultura, fazendo com que os produtores necessitem buscar
alternativas que reduzam os custos de manutenção das lavouras ao mesmo tempo em
que aumentem a produtividade. Uma das possibilidades encontradas por
pesquisadores da área é a adubação foliar (Bourscheidt, 2011).
De acordo com Camargo (1970, apud, Musskopf e Bier, 2010), a influencia
de tais suplementos na área de produção agrícola é progressiva, diante dos benefícios
à nutrição mineral das plantas. São compostos de macro e micro nutrientes, nas
formas sólidas e líquidas. Embora não substituam a adubação via solo, figuram como
importantes complementos, evitando e até mesmo corrigindo deficiências.
Atualmente são disponibilizados para comercialização adubos foliares com
formulações que em sua composição possuem a associação de macronutrientes,
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micronutrientes e reguladores de crescimento, e o Booster ZnMo, que é formulado,
no estado líquido, a partir da combinação de diversas substâncias, cujas principais
são molibdênio, zinco, auxina e citocinina. Segundo o fabricante, o produto melhora
a recuperação e a sobrevivência das plantas em condições de estresse hídrico,
ajudando também no desenvolvimento de caules mais fortes e no aumento da
resistência das raízes. A empresa ainda afirma que os nutrientes contidos nesse
produto propiciam um melhor sistema radicular, o que aumenta, em conseqüência, a
absorção de água e nutrientes.
Na composição do produto estão presentes os macronutrientes nitrogênio,
fósforo, potássio, cálcio, magnésio e os micronutrientes boro, manganês, zinco,
molibdênio, ferro e cobre dentre outros.
O nitrogênio é o elemento mineral essencial mais abundante em vegetais,
fazendo parte de compostos como: aminoácidos, proteínas, clorofila, coenzimas,
alcalóides e vitaminas. O fósforo desempenha um papel chave no metabolismo
energético da planta, podendo ser encontrado em compostos como: ATP,
nucleotídeos, nucleosideos, fosfolipídios e coenzimas. O potássio figura logo depois
do nitrogênio na característica de abundancia nas plantas, ocupando o 5° lugar; seu
papel inclui a atividade enzimática e o carreamento de nutrientes (Malavolta et. al.,
1997).
O cálcio, por sua vez, está ligado à ativação de várias enzimas, atuando na
formação de compostos estruturais da parede celular como oxalato. O magnésio está
diretamente envolvido na ativação de diversas enzimas, na estabilidade das unidades
que formam o ribossomo e na estrutura da clorofila. O boro, ao contrário dos demais,
é o único que não se sabe exatamente a atuação na planta, todavia, sua ausência
resulta na impossibilidade da planta completar regularmente seu ciclo. A utilidade do
cobre relaciona-se ao fato de compor importantes enzimas, sendo elas: polifenol
oxidase, citocromo oxidase, oxidase do ácido Ascórbico. O ferro é essencial à síntese
de clorofila, figurando no grupo ativo de enzimas e em transporte de elétrons. O
manganês trabalha no transporte eletrônico da fotoquímica, na multiplicação e no
funcionamento dos cloroplastídeos (Malavolta et. al., 1997).
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O molibdênio tem sua função mais importante no processo de fixação
simbiótica do nitrogênio pelas leguminosas, função que está relacionada à ativação
enzimática, principalmente com as enzimas nitrogenases e redução do nitrato
(Lantmann, 2004). A participação mais importante do zinco nos processos
metabólicos das plantas é como componente de várias enzimas, tais como:
desidrogenases, proteinases, peptidases e fosfohidrogenase; existem evidências de
que o zinco tem influência na permeabilidade de membranas e é estabilizador de
componentes celulares (Malavolta et. al., 1997).
Já a auxina promove o retardamento da senescência e o estímulo no
desenvolvimento de frutos. Embora quase todos os tecidos vegetais são capazes de
produzir AIA em baixos níveis, é nos meristemas, nas folhas jovens, nos frutos e nas
sementes em desenvolvimento que a AIA é sintetizada de forma mais pronunciada.
Os níveis de auxina são altos nas folhas jovens, decrescendo de forma progressiva
nas folhas maduras, sendo relativamente baixos em folhas senescentes, quando se
inicia o processo de abscisão. Desta maneira sugere-se: (1) que a auxina transportada
a partir da lâmina foliar impede a abscisão; (2) que a abscisão é desencadeada
durante a senescência foliar, quando a auxina não está sendo produzida (Alvarenga et
al, [s/a]).
As primeiras aplicações das auxinas em plantas incluem o estabelecimento de
frutos, o retardamento da senescência e da queda de folhas e frutos, a indução de
frutos partenocárpicos, o raleio de frutos e o enraizamento de estacas para a
propagação vegetal. Além dessas aplicações as auxinas são utilizadas como
herbicidas (Alvarenga et al, [s/a]).
A citocinina, por sua vez, tem como principal função a divisão celular, sua
descoberta ocorreu durante pesquisas de fatores que estimulam a divisão celular, isto
é, o processo de citocinese. As citocininas tem apresentado amplos feitos em
diversos processos fisiológicos que controlam o desenvolvimento vegetal. Elas são
sintetizadas nas raízes, nos embriões em desenvolvimento, nas folhas jovens e nos
frutos; sendo também sintetizadas por bactérias, insetos e nematóides associados às
plantas (Taiz e Zeiger, 2004).
9
Dentre outras atividades das citocininas está incluso o retardamento da
senescência foliar. Ao inibir a desnaturação protéica, a citocinina estimula a síntese
de RNA e proteínas, remobilizando os nutrientes dos tecidos circundantes (Pompelli,
2008).
Recentemente, acerca do uso de bioestimulantes no cultivo da soja, são
relatadas citações na literatura sobre o tema, nas quais foram obtidos resultados
contraditórios dependendo da época, variedade, estágio fenológico de aplicação e
localização geográfica entre outros. Neste trabalho foram analisados os caracteres
agronômicos como a altura de plantas, a inserção de primeira vagem, o número de
vagens, a massa de mil grãos, o número de sementes por planta e a produtividade.
Alguns experimentos apresentaram resultados positivos para os caracteres citados
acima (Bertolin et al., 2010), enquanto outros não obtiveram resultados que
modificaram os componentes agronômicos das variedades estudadas (Dário et al.,
2005) e (Bourscheidt, 2011).
A pesquisa de Dário et al. (2005) foi realizada em Paulínia-SP no ano
agrícola de 2002., onde não foi verificado a influência significativa no aumento do
percentual de germinação de sementes, no número de vagens por planta e no
rendimento de grãos de soja utilizando a cultivar suprema. Pesquisa similar foi
descrita por Bourscheidt (2011), que após aplicação de bioestimulantes na soja das
variedades Nideira 6411 e Coodecte 214 RR plantadas em Augusto Pestana –RS
verificou que os bioestimulantes não incrementaram os componentes do rendimento
e nem qualquer aspecto do desenvolvimento vegetativo da cultura da soja.
Por outro lado, no experimento realizado por Bertolin et al. (2010), foi
constatado um aumento no número de vagens por planta e da produtividade de grãos
após a aplicação do bioestimulante. No mesmo sentido foram os resultados obtidos
por Alleoni et al., (2000) que demonstraram aumento na produtividade, no peso de
mil grãos e também no número de vagens por planta.
O presente estudo objetivou-se avaliar a resposta de plantas de soja à
aplicação de fertilizante foliar a base de macronutrientes, micronutrientes, auxinas e
citocinias, em diferentes épocas e doses.
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2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1. Localização e análise do solo
O estudo foi desenvolvido em áreas pertencentes à Fazenda Olho Dʼágua,
localizada no município de Jataí/Goiás, na região da Estância (S 17° 32ʼ 03.5ʼʼ e W
051° 53ʼ 58.7ʼʼ). A classe de solo onde foi desenvolvido o trabalho é classificada
como um Latossolo Vermelho Amarelo (Embrapa, 2006) com 380, 120 e 500 g dm-3
de argila, silte e areia, respectivamente, com as seguintes características químicas
detectadas em agosto de 2012 na camada de 0 – 20 cm: pH em CaCl2= 5,2; matéria
orgânica = 50,9 g dm-3; P (Mehlich) = 5,7 mg dm-3; K = 68 mg dm-3; S = 6,0 mg dm3
;Ca = 3,5 cmolc dm-3; Mg = 1,07 cmolc dm-3; H + Al = 4,1 cmolc dm-3; Al = 0,07
cmolc dm-3; CTC = 8,8 cmolc dm-3; V = 53,6%. Os índices pluviométricos da região
variam entre 1800 a 2200 mm/ano, com altitude da área experimental próxima a 835
m.
2.2 Plantio
A cultivar utilizada na safra 2012/2013 foi a Anta 82 RR, semeada no dia
20/10/2012, mantendo-se uma população de 600.000 plantas por ha-1, com posterior
confirmação de estande com 27 plantas/metro.
Na adubação de plantio foi utilizado 140 kg ha-1do fertilizante formulado 1047-00 NPK + 95 kg ha-1de K2O aplicados a lanço, pelo equipamento Lancer
Maximus 12000. Além disso, foram aplicados 1 t ha-1 de gesso agrícola a lanço um
mês antes da semeadura da soja. A soja foi semeada em sucessão a cultura do milho,
cultivado na segunda safra de 2012 com adubação de 200 kg ha -1 do fertilizante
formulado 07-20-18 NPK + 80 kg ha-1 de uréia revestida com enxofre.
2.3 Tratos Culturais
Na dessecação pré-germinação foram utilizados 2,0 L ha-1 do herbicida Sal
Isapropilamina + 40,0 g ha-1 do herbicida ChlorymuronEthyl + 2,5 kg ha-1 de ácido
ascórbico, realizados 2 Dias Após a Semeadura (DAS). Na aplicação pósemergencial da cultura foram utilizados 2,0 l ha-1 de Sal Isapropilamina + 100 g ha-1
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do inseticida fisiológico Diflubenzurom realizados 7 DAS. E aos 15 DAS foi
realizada a 1a aplicação de fungicidas para controle de doenças iniciais de ciclo, com
1,0 L ha-1 do fungicida Tiofanato Metílico + 80 g ha-1 de Diflubenzurom. Aos 61
DAS foi realizada a 2a aplicação de fungicida, sendo 0,4 L ha-1 Trifloxystrobina +
Protioconazol + 0,2 L ha-1 de éster metílico de óleo de soja + 0,5 kg ha-1 de um
inseticida sistêmico que age por contato e ingestão nos alvos biológicos
Organofosforado. 83 DAS foi realizada a 3a aplicação de fungicida, sendo 0,24 L ha-1
do Azoxystrobina + 0,24 L ha-1 do Cyproconazole + 0,5 L ha-1 do óleo mineral
adjuvante e 0,8 L ha-1 do inseticida/acaricida Metamidofós. 89 DAS em função da
alta pressão da Lagarta falsa-medideira (Pseudoplusia includens) foi realizada uma
combinação de 0,8 L ha-1 do inseticida Cloripirifós + 0,6 L ha-1 do inseticida
Metomil.
2.4. Tratamentos
A avaliação da resposta fisiológica do produto apresentado como fertilizante
foliar, sendo o fertilizante líquido Booster ZnMo® (0,59 mg L-1 Mo + 0,9 mg L-1 Zn)
da Agrichem, utilizou-se 10 tratamentos no trabalho em questão que se basearam na
época de aplicação definida pelo estádio fenológico da cultura da soja e por
diferentes doses previamente determinadas pelo fabricante.
Os tratamentos consistiram em: Testemunha; T1 (Testemunha); T2 (V5 –100
mL ha-1); T3 (V5 – 300 mL ha-1); T4 (V5 e R1 – 100 mL ha-1 + 100 mL ha-1); T5 (V5
e R1 – 300 mL ha-1 + 300 mL ha-1); T6 (R1 –100 mL ha-1 + 100 mL ha-1); T7 (R1 –
300 mL ha-1 + 300 mL ha-1); T8 (R1 e R5 – 100 mL ha-1 + 100 mL ha-1); T9 (R1 e
R5 – 300 mL ha-1 + 300 mL ha-1).
Baseados nos estádios fenológicos da cultura, a 1º aplicação dos tratamentos
em questão foi realizada 23 (DAS), quando a cultura encontrava-se em fase
vegetativa (V5). A 2° aplicação foi realizada aos 55 (DAS) quando a cultura estava
em fase reprodutiva, classificada como início do florescimento (R1). A 3º e última
aplicação foi realizada 75 (DAS), também na fase reprodutiva da cultura,
caracterizada como enchimento de grãos (R5).
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2.5. Caracteres Agronômicos Avaliados
Em campo foi realizada coleta de altura de plantas medindo-as com auxilio de
uma fita métrica desde a base da planta no solo até seu ápice, número total de vagens
de cada planta, altura da primeira inserção de vagem foi medido da base da planta ao
solo ate a primeira vagem, foram avaliados 10 plantas ao acaso por parcela.
As parcelas foram constituídos de seis linhas, com comprimento de seis
metros. A colheita de todo material foi feita a mão, desprezando a primeira e a sexta
linha, coletando somente as quatro linhas centrais.
Posteriormente à colheita, as amostras foram levadas ao Laboratório de
Fisiologia Vegetal e Sementes da Universidade Federal de Goiás, Campus de Jataí,
onde após atingirem umidade ideal, o conteúdo de cada parcela útil foi debulhado
mecanicamente para separar os grãos permitindo o cálculo de produtividade após
devida correção para o teor de umidade do grão a 13%.
Em seguida foi quantificado o número de grãos por vagem e massa de 1000
grãos.
O delineamento estatístico utilizado foi o de blocos completos inteiramente
casualizados com três repetições.
Os dados foram submetidos à análise da variância e, quando significativos, as
médias foram comparadas pelo teste da diferença mínima significativa (DMS) com
95% de confiabilidade. O programa utilizado para obter os dados estatísticos foi o
SISVAR cujo o teste empregado foi o de Tukey a 5 %.
13
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para a variável altura de plantas podemos observar na Tabela 1 que não
houve diferença significativa entre os tratamentos, contudo pode se notar que no
tratamento Época R1 300 mL ha-1 apresenta um acréscimo de 6,2% em relação a
testemunha.
Tabela 1. Altura de planta em cm.
Tratamentos
Épocas
Doses mL ha-1
T1
Testemunha
0
60,5 A
T2
V5
100
60,0 A
T3
V5
300
57,0 A
T4
V5 +R1
100 + 100
59,3 A
T5
V5 +R1
300+300
58,0 A
T6
R1
100
55,3 A
T7
R1
300
64,3 A
T8
R1+ R5
100+100
53,3 A
T9
R1+R5
300+300
56,3 A
CV%
Altura de
Planta cm
7,57
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade.
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Para os caracteres agronômicos de inserção de primeira vagem (Tabela 2) e
numero de vagens por planta (Tabela 3), também não foram observadas diferenças
significativas entre os tratamentos estudados. Tal resposta também foi descrita por
Dário et al. (2005), para ensaio cultivado em Paulínia-SP no ano agrícola de 2002.
Por outro lado, Bertolin et al., (2010) relatou em seu trabalho para as cultivares
Conquista e Valiosa RR, cultivadas na Fazenda Experimental de Ensino, Pesquisa e
Extensão da faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, localizada no município de
Selviria (MS), na dosagem 0,25 L do produto Stimulate®, porém em épocas
distintas.
Tabela 2. Inserção da primeira vagem de soja em cm.
Tratamentos
Épocas
Doses mL ha-1
T1
Testemunha
0
8,33 A
T2
V5
100
8,00 A
T3
V5
300
8,66 A
T4
V5 +R1
100 + 100
8,00 A
T5
V5 +R1
300+300
8,00 A
T6
R1
100
9,00 A
T7
R1
300
9,33 A
T8
R1+ R5
100+100
8,33 A
T9
R1+R5
300+300
7,66 A
CV%
Inserção da
primeira
vagem cm.
15,21
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade.
15
Tabela 3. Número de vagens por planta de soja.
Tratamentos
Épocas
Doses mL ha-1
Nº de Vagens
T1
Testemunha
0
27,33 A
T2
V5
100
26,66 A
T3
V5
300
24,66 A
T4
V5 +R1
100 + 100
25,00 A
T5
V5 +R1
300+300
25,33 A
T6
R1
100
24,33 A
T7
R1
300
27,33 A
T8
R1+ R5
100+100
22,33 A
T9
R1+R5
300+300
25,00 A
CV%
9,67
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade.
Pelos resultados apresentados da figura 1, avalia-se a produtividade oriunda
dos diferentes tratamentos testados e observa-se novamente a não significância entre
os mesmos, ao contrário do descrito por Alleoni et al., (2000), que constataram
aumento na produtividade da cultura do feijoeiro da cultivar Carioca, estudo
realizado na Fazenda Escola “Capão da Onça” da Universidade Estadual de Ponta
grossa - PR.
16
Figura 1. Relação da produtividade por hectare. O coeficiente de variação foi de 11,33%.
Avaliando o número de grãos por planta (figura 2), verificou-se que não
houveram diferenças significativas entre os tratamentos estudados. Esses resultados
corroboram com os apresentados por Bourscheidt (2011), que conduziu se
experimento em Augusto Pestana-RS utilizando em seu experimento vários
bioestimulantes inclusive o Booster em épocas fenológicas distintas semente e via
foliar , sendo na cultivar de soja COODECTEC 214 no estádio R1 e na NIDERA
6411no estádio R3.
17
Figura 2. Numero de grãos por planta em relação a epocas e doses. O coeficiente de variação é de
22,28%.
Para Peso de Mil grãos não foram constatadas diferenças significativas entre
os tratamentos, da mesma forma que descrita por Dário et al., (2005), em ensaio
cultivado na cidade de Paulínia-SP no ano agrícola de 2002. Neste trabalho, os
referidos autores utilizaram diferentes doses do bioestumulante Stimulate® na
cultura da soja, e por Bourscheidt (2011), que conduziu se experimento em Augusto
Pestana-RS.
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Tabela 6. Peso de massa de mil grãos de soja em gramas.
Tratamentos
Épocas
Doses mL ha-1
Peso
T1
Testemunha
0
127,33 A
T2
V5
100
133,33 A
T3
V5
300
121,33 A
T4
V5 +R1
100 + 100
124,00 A
T5
V5 +R1
300+300
125,33 A
T6
R1
100
127,00 A
T7
R1
300
120,33 A
T8
R1+ R5
100+100
126,66 A
T9
R1+R5
300+300
126,66 A
CV%
6,77
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade.
19
4. CONCLUSÕES
O uso de diferentes doses do bioestimulante Booster ZnMo® (0,59 mg L-1
Mo + 0,9 mg L-1 Zn) via foliar em diferentes estádios fenológicos da soja não alterou
de forma significativa os componentes agronômicos avaliados para a cultivar Anta
82 RR.
20
5. AGRADECIMENTOS
À DEUS primeiramente pro me proporcionar este momento, dando-me força
para chegar até aqui.
Ao meu Pai Osmar Vança por me apoiar incondicionalmente nos momentos
mais difíceis.
À minha mãe Carmen de Lourdes Firmino Vança pelos sábios conselhos.
Ao meu irmão Victor por ser um motivo de inspiração.
À toda minha família que sempre acreditou em mim.
À Cristiane O. Ribeiro pelo amor e principalmente a paciência.
Ao meu Orientador Antônio Paulino da Costa Netto, que acreditou e me
apoiou sempre.
À todos os amigos de faculdade que me auxiliaram nesse trabalho em
especial: Aurelio Hipolito Alves, João Lucas Sato, Oléico Garcia Siriaco, Leonardo
Assis Salama, Reidner Faria, Lazaro Vinicius, Thales Mesquita, que possamos
permanecer amigos.
À Universidade Federal de Goiás campus Jataí, pelo conhecimento repassado.
À todos os professores que me deram aula, ajudando-me a me torna um
profissional.
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6. REFERÊNCIAS
Agrichem – <www.agrichem.com.br>
ALLEONI, Bernardo; BOSQUEIRO, Marcelo; ROSSI, Maurício. Efeito dos
reguladores vegetais de stimulate® no desenvolvimento e produtividade do feijoeiro
(Phaseolus vulgaris L.). Publicatio UEPG – Ciência Exatas e da Terra, Ciências
Agrárias e engenharias, 6(1):23-35, 2000.
ALVARENGA, Amauri Alves de; FERREIRA, Ana Cardoso Clemente Filha
Ferreira.
Fitohormonios
e
fitoreguladores.
[s/a]
Disponível
em:
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfNagAB/fitohormonios-fitoreguladores>
Acesso em: 07 jun. 2013.
Anônimo. Hormônios e reguladores de crescimento. Disponível em:
<http://www.fisiologiavegetal.ufc.br/Aulas%20em%20PDF/Grad%20Unidade%20I
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