Anais do 45º Congresso Brasileiro de Cerâmica 0400701 30 de maio a 2 de junho de 2001 - Florianópolis – SC ESTUDO DA EXPANSÃO POR UMIDADE (EPU) EM TIJOLOS CERÂMICOS PROVENIENTES DE EDIFÍCIOS EM ALVENARIA COM FALÊNCIA ESTRUTURAL L.V. Amorim1, G.A. Neves1,2, R.A. Oliveira3 e H.C. Ferreira2 1Aluna de Doutorado em Engenharia de Processos, CPGEP/CCT/UFPB 2Professores do Departamento de Engenharia de Materiais, DEMa/CCT/UFPB 3Professor do Departamento de Engenharia Civil, DEC/UFPE Av. Aprígio Veloso, 882, 58109-970 Campina Grande, PB [email protected] RESUMO Este trabalho tem como objetivo o estudo da expansão por umidade (EPU) em tijolos cerâmicos provenientes dos Edifícios Éricka e Enseada do Serrambí, localizados em Olinda, PE, que sofreram colapso em sua estrutura há cerca de um ano. Foram coletados tijolos não afetados e afetados pela ação da umidade, que cortados em dimensões de aproximadamente 10 x 2 x1 cm 3 e de 5 x 0,8 x 0,8 cm3, foram submetidos a ensaios mecânicos e dilatométricos para determinação da EPU. Foram determinadas três tipos de EPU: EPU real, expansão sofrida pelas amostras durante o período que estiveram em uso; EPU total, simulada pelo uso do autoclave utilizando uma pressão de vapor de 1,035MPa (150psi) por 5h, e EPU futura, determinada pela diferença entre a EPU real e a EPU total. Os resultados evidenciaram que os tijolos cerâmicos, particularmente os utilizados na fundação dos edifícios, apresentaram elevada EPU, o que resultou em expansões dimensionais e redução do seu comportamento mecânico e das alvenarias estruturais. Palavras-chave: Expansão por umidade, tijolos cerâmicos, falência estrutural. INTRODUÇÃO A expansão por umidade (EPU) é um fenômeno que vem sendo estudado a mais de 80 anos, tendo seu primeiro registro na literatura cerâmica em Anais do 45º Congresso Brasileiro de Cerâmica 0400702 30 de maio a 2 de junho de 2001 - Florianópolis – SC 1926(1). A partir daí, foi exaustivamente pesquisado, sendo abordado em todos os produtos cerâmicos, desde azulejos até tijolos cerâmicos, ficando comprovado os vários danos causados pela sua presença. Em 1954, a EPU foi a causa principal da falha estrutural de três construções nos Estados Unidos(2). No Brasil, estudos realizados na Universidade Federal da Paraíba através do Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa), comprovaram que a EPU foi a causa da falha mecânica da alvenaria de fundação, que levou à falência, em 1997, o Edifício Aquarela, localizado em Piedade, Jaboatão dos Guararapes, PE(3). Em novembro de 1999, o Edifício Éricka, construído em 1987, localizado em Olinda, PE, com sua fundação composta por tijolos e blocos de cimento em sua maioria, desabou deixando quatro vítimas fatais e sete feridos. Dois meses depois, o Edifício Enseada do Serrambí, situado a cerca de 2km do Edifício Éricka, construído há cerca de 9 anos, também veio a desabar, virando um amontoado de entulhos em menos de 1 minuto. Segundo dados do relatório elaborado pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Federal de Pernambuco (Fade/UFPE) em dezembro de 2000, 52 edifícios construídos em alvenaria estrutural, tipo caixão, no município de Olinda, PE, estão com a segurança comprometida. As irregularidades constatadas vão desde oxidação e infiltrações até o comprometimento das estruturas pela retirada de paredes em reformas, além de um excesso de água nas fundações(4). Os problemas encontrados nos edifícios na Grande Recife são agravados pela presença de águas com elevados teores de sais, bem como por terem sido construídos em terrenos alagados ou alagáveis. Esta quantidade excessiva de água favorece ao desenvolvimento do fenômeno de EPU. A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, apresenta a metodologia de ensaios necessários para detectar o fenômeno e o desenvolvimento da EPU e sugere como limite máximo aceitável para tijolos cerâmicos uma expansão de 0,3mm/m(5). Expansões acima deste valor podem comprometer a estabilidade da dimensional dos tijolos e consequentemente das alvenaria. Anais do 45º Congresso Brasileiro de Cerâmica 0400703 30 de maio a 2 de junho de 2001 - Florianópolis – SC Este trabalho tem como objetivo o estudo da expansão por umidade (EPU) em tijolos cerâmicos provenientes dos Edifícios Éricka e Enseada do Serrambí, localizados em Olinda, PE, que sofreram colapso em sua estrutura há cerca de um ano. MATERIAIS E METODOLOGIA Materiais Foram estudadas amostras de tijolos cerâmicos não afetados e afetados pela ação da umidade, provenientes dos Edifícios Éricka e Enseada do Serrambí, localizados em Olinda, PE. As amostras do Edifício Éricka foram denominadas de: ÉrickaN - amostras de tijolos da superestrutura não afetados pela ação da umidade; ÉrickaA - amostras de tijolos da fundação, pouco afetada pela ação da umidade proveniente das águas superficiais e do lençol freático, e ÉrickaA1 - amostras de tijolos da fundação esmagada, muito afetada pela ação da umidade proveniente das águas superficiais e do lençol freático. As amostras do Edifício Enseada do Serrambí foram denominadas de: SerrambíN - amostras de tijolos da superestrutura, não afetada pela ação da umidade; SerrambíA - amostras de tijolos da fundação, pouco afetada pela ação da umidade proveniente das águas superficiais e do lençol freático, e SerrambíA1 - amostras de tijolos da alvenaria próxima da caixa d'água, afetada pela ação da umidade proveniente das águas superficiais e do lençol freático, bem como de eventuais vazamentos da caixa d'água. Metodologia Corpos de Prova - Foram cortados corpos de prova prismáticos a partir das amostras de tijolos não afetados e afetados pela ação da umidade nas dimensões de aproximadamente 10 x 2 x 1 cm 3 para determinação das propriedades cerâmicas, e de 5 x 0,8 x 0,8 cm 3 para determinação da EPU através de análises termodilatométricas. Expansão por Umidade (EPU) - A EPU foi determinada através de análises termodilatométricas, realizada segundo metodologia do DEMa/CCT/UFPB, que consiste no aquecimento do corpo de prova desde a Anais do 45º Congresso Brasileiro de Cerâmica 0400704 30 de maio a 2 de junho de 2001 - Florianópolis – SC temperatura ambiente até 500oC a 10,0oC/min e resfriamento natural até temperatura ambiente(6). Foram determinadas três tipos de EPUs: EPU real, EPU total e EPU futura. A EPU real foi determinada em corpos de prova como recebidos e significa a EPU que os tijolos sofreram durante o período que estiveram em serviço. A EPU total significa a expansão por umidade que os tijolos seriam capazes de desenvolver durante sua vida útil, e foi determinada em corpos de prova após tratamento térmico a 500oC(5), e a seguir ensaiados em autoclave utilizando uma pressão de vapor de 1,035MPa (150psi) por período de 5h consecutivas(7). A EPU futura significa toda a expansão por umidade que os tijolos poderiam ainda apresentar no futuro, sendo determinada através da equação (A): EPU futura = EPU total - EPU real (A) Comportamento Mecânico - Foi determinada a tensão de ruptura à flexão (TRF), segundo metodologia proposta por Souza Santos(8) , em corpos de prova secos ao ar. Os resultados da TRF são expressos MPa com aproximação de duas casas decimais. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados serão apresentados e analisados por Edifício; inicialmente os do Edifício Éricka e por fim os do Edifício Enseada de Serrambí. Edifício Éricka Expansão por Umidade (EPU) - Os resultados obtidos para a EPU das amostras ÉrickaN, ÉrickaA e ÉrickaA1 estão apresentados na Figura 1. Mediante análise dos resultados, observou-se que a amostra ÉrickaA1 foi a que apresentou maior valor de EPU real (1,23mm/m), sendo aproximadamente 100% e 150% superior aos valores encontrados para as amostras ÉrickaN (0,63mm/m) e ÉrickaA (0,52mm/m), respectivamente. Estes dados mostraram que os tijolos esmagados (ÉrickaA1) provenientes da fundação do Edifício foram os que mais desenvolveram o fenômeno de EPU durante o período que estiveram em serviço. Anais do 45º Congresso Brasileiro de Cerâmica 0400705 30 de maio a 2 de junho de 2001 - Florianópolis – SC Os resultados encontrados para a EPU total, mostraram que a amostra ÉrickaA1 foi a que apresentou maior valor (3,89mm/m). As demais amostras, ÉrickaN e ÉrickaA, apresentaram valores de 1,85mm/m e de 1,23mm/m, respectivamente. Para a EPU futura, a amostra ÉrickaA1 foi novamente a que apresentou maior valor (2,66mm/m), sendo este valor aproximadamente 120% e 275% superior aos obtidos pelas amostras ÉrickaN e ÉrickaA, respectivamente. Estes dados indicaram que os tijolos cerâmicos provenientes do Edifício Éricka poderiam continuar a desenvolver o fenômeno de EPU causando danos ainda mais graves, e que a amostra de tijolos da fundação esmagada (ÉrickaA1) apresentava-se em péssimas condições e com possibilidades de EPU futura extremamente danosa. Finalmente, conclui-se que os tijolos cerâmicos provenientes do Edifício Éricka apresentaram EPU durante o período que estiveram em serviço e que ainda poderiam ter esta expansão acrescida com o decorrer do tempo. EPU (mm/m) EPU Real 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 EPU Total EPU Futura 3,89 2,66 1,85 1,22 0,63 1,23 0,71 0,52 ÉrickaN ÉrickaA 1,23 ÉrickaA1 Amostras Figura 1 - Expansão por Umidade (EPU) das Amostras de Tijolos Cerâmicos não Afetados (ÉrickaN), Pouco Afetados (ÉrickaA) e Afetados (ÉrickaA1) pela Umidade do Edifício Éricka. Comportamento Mecânico - Os resultados obtidos para a tensão de ruptura à flexão (TRF) das amostras ÉrickaN, ÉrickaA e ÉrickaA1 estão apresentados na Figura 2. Anais do 45º Congresso Brasileiro de Cerâmica 0400706 30 de maio a 2 de junho de 2001 - Florianópolis – SC Mediante análise dos resultados, observou-se que a amostra ÉrickaA1 apresentou comportamento mecânico bastante inferior (3,56MPa) ao apresentado pelas amostras ÉrickaN (4,56MPa) e ÉrickaA (4,76MPa). Comparando os resultados de TRF (Figura 4) com os de EPU (Figura 3), observou-se que quanto maior a EPU menor o valor de TRF, sendo a amostra ÉrickaA1 a que apresentou maior EPU real e menor TRF. Neste caso, estes dados mostram uma correlação direta entre estas duas variáveis, com a EPU contribuindo para os baixos valores de TRF encontrados, para o comprometimento da aderência entre a argamassa e os tijolos/blocos de cimento, e por fim, para o colapso da estrutura. TRF (MPa) 5 4,56 4,76 4 3,56 3 2 1 0 ÉrickaN ÉrickaA ÉrickaA1 Amostras Figura 2 - Tensão de Ruptura à Flexão (TRF) das Amostras de Tijolos Cerâmicos não Afetados (ÉrickaN), Pouco Afetados (ÉrickaA) e Afetados (ÉrickaA1) pela Umidade do Edifício Éricka. Edifício Enseada do Serrambí Expansão por Umidade (EPU) - Os resultados obtidos para a EPU das amostras SerrambíN, SerrambíA e SerrambíA1 estão apresentados na Figura 3. Mediante análise dos resultados, observou-se que a amostra SerrambíA1 foi a que apresentou maior valor de EPU real (1,01mm/m), sendo aproximadamente 15% e 85% superior aos valores encontrados para as amostras SerrambíN (0,88mm/m) e SerrambíA (0,52mm/m), respectivamente. Estes dados mostraram que os tijolos esmagados (SerrambíA1) provenientes Anais do 45º Congresso Brasileiro de Cerâmica 0400707 30 de maio a 2 de junho de 2001 - Florianópolis – SC da fundação do Edifício foram os que mais desenvolveram o fenômeno de EPU durante o período que estiveram em serviço. Os resultados encontrados para a EPU total, mostraram que a amostra SerrambíA1 foi a que apresentou maior valor (1,41mm/m). As demais amostras, SerrambíN e SerrambíA, apresentaram valores de 1,18mm/m e de 1,06mm/m, respectivamente. Para a EPU futura, a amostra SerrambíA foi a que apresentou maior valor (0,51mm/m), enquanto que as amostras SerrambíN e SerrambíA1 apresentaram valores de 0,30mm/m e de 0,40mm/m. Estes dados mostraram que os tijolos cerâmicos provenientes do Edifício Enseada do Serrambí poderiam continuar a desenvolver o fenômeno de EPU, e que a amostra de tijolos da alvenaria próxima da caixa d'água (SerrambíA1), que embora tenha sido a amostra a desenvolver de forma mais pronunciada a EPU durante o período que esteve em serviço, ainda poderia vir a ter essa expansão acrescida em aproximadamente 40%. EPU Real EPU Total EPU (mm/m) 1,5 1,2 0,9 1,41 1,18 1,06 0 1,01 0,88 0,6 0,3 EPU Futura 0,55 0,51 0,3 SerrambíN 0,4 SerrambíA SerrambíA1 Amostras Figura 3 - Expansão por Umidade (EPU) das Amostras de Tijolos Cerâmicos não Afetados (SerrambíN), Pouco Afetados (SerrambíA) e Afetados (SerrambíA1) pela Umidade do Edifício Enseada do Serrambí. Finalmente, conclui-se que os tijolos cerâmicos provenientes do Edifício Enseada do Serrambí apresentaram EPU durante sua vida útil e que ainda poderiam ter esta expansão acrescida com o decorrer do tempo, bem como Anais do 45º Congresso Brasileiro de Cerâmica 0400708 30 de maio a 2 de junho de 2001 - Florianópolis – SC que a amostra da alvenaria próxima da caixa d'água (SerrambíA1) apresentou elevada EPU, muito provavelmente pelo fato da superposição das águas superficiais e do lençol freático, com eventuais/permanentes vazamentos do reservatório de água. Comportamento Mecânico - Os resultados obtidos para a tensão de ruptura à flexão (TRF) das amostras SerrambíN, SerrambíA e SerrambíA1, nas condições seco ao ar e após tratamento térmico a 500oC, estão apresentados na Figura 4. Mediante análise dos resultados, observou-se que as amostras SerrambíA e SerrambíA1 apresentaram comportamento mecânico bastante inferior (3,04MPa e 3,74MPa) ao apresentado pela amostra SerrambíN (6,08MPa). Isto mostra que os tijolos da fundação e da alvenaria próxima da caixa d'água, em virtude do prolongado contato com águas do lençol freático, superficiais e de eventuais/permanentes vazamentos do reservatório de água, tiveram sua resistência comprometida, apresentando uma queda sensível nas suas propriedades mecânicas. Não observou-se uma nítida correlação entre o comportamento mecânico e a EPU das amostras do Edifício Enseada do Serrambí, contudo, as expansões detectadas são mais que suficientes para comprometer a aderência entre a argamassa e os tijolos e, consequentemente, a estabilidade da TRF (MPa) estrutura. 7 6 5 4 3 2 1 0 6,08 3,74 3,04 SerramíN SerrambíA SerrambíA1 Amostras Figura 4 - Tensão de Ruptura à Flexão (TRF) das Amostras de Tijolos Cerâmicos não Afetados (SerrambíN), Pouco Afetados (SerrambíA) e Afetados (SerrambíA1) pela Umidade do Edifício Enseada do Serrambí. Anais do 45º Congresso Brasileiro de Cerâmica 0400709 30 de maio a 2 de junho de 2001 - Florianópolis – SC Nas Figuras 5 e 6 encontram-se respectivamente os resultados de EPU e de TRF das amostras dos Edifícios Éricka e Enseada do Serrambí. Em relação aos resultados de EPU, observou-se que a amostra ÉrickaA1 apresentou maior expansão do que as encontradas para as demais amostras, e que todas as amostras, com exceção da SerrambíN, apresentaram EPU superior ao limite máximo sugerido pela ABNT (5), que é de 0,3mm/m, como mostra a Figura 5. Em relação aos resultados de TRF, observou-se que as amostras ÉrickaA1 e EnseadaA foram as que apresentaram valores mais baixos de TRF, e que os tijolos provenientes da fundação dos edifícios apresentaram valores de TRF bastante próximos, como mostra a Figura 6. SerrambíA1 SerrambíA EPU Futura SerrambíN ÉrickaA1 EPU Total ÉrickaA ÉrickaN 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 Norma EPU (mm/m) EPU Real Amostras Figura 5 - Expansão por Umidade (EPU) das Amostras de Tijolos Cerâmicos dos Edifícios Aquarela, Éricka e Enseada do Serrambí. Anais do 45º Congresso Brasileiro de Cerâmica 0400710 SerrambíA1 SerrambíA SerrambíN ÉrickaA1 ÉrickaA 7 6 5 4 3 2 1 0 ÉrickaN TRF (MPa) 30 de maio a 2 de junho de 2001 - Florianópolis – SC Amostras Figura 6 - Tensão de Ruptura à Flexão (TRF) das Amostras de Tijolos Cerâmicos dos Edifícios Éricka e Enseada do Serrambí. Comparando os resultados aqui apresentados com os obtidos para o Edifício Aquarela(3), verificou-se que dos três edifícios que sofreram falência estrutural, o Aquarela foi o que apresentou o fenômeno de EPU de forma mais pronunciada influenciando negativamente no comportamento mecânico dos tijolos e, consequentemente, das alvenarias, levando à instabilidade e contribuindo para o colapso total das estruturas. CONCLUSÕES Com o objetivo de estudar a expansão por umidade (EPU) em tijolos cerâmicos provenientes dos Edifícios Éricka e Enseada de Serrambí, que sofreram colapso em sua estrutura, concluiu-se que: - os tijolos cerâmicos estudados apresentaram EPU superior ao limite máximo sugerido pela ABNT, que é de 0,3mm/m; - dos tijolos cerâmicos provenientes do Edifício Éricka, a amostra ÉrickaA1 foi a mais afetada pela umidade, apresentando valores mais altos de EPU real, total e futura, e menor valor de TRF, e - dos tijolos cerâmicos provenientes do Edifício Enseada, a amostra EnseadaA1 foi a mais afetada pela umidade, apresentando valores mais altos de EPU real e total. Anais do 45º Congresso Brasileiro de Cerâmica 0400711 30 de maio a 2 de junho de 2001 - Florianópolis – SC Em resumo, os tijolos cerâmicos dos Edifícios Éricka e Enseada de Serrambí, particularmente os utilizados na fundação dos edifícios, apresentaram elevados valores de EPU, o que resultou em expansões dimensionais e redução do seu comportamento mecânico e das alvenarias contribuindo para sua falência estrutural. REFERÊNCIAS 1. G.E. Merrit, C.G. Peters, J. Am. Ceram. Soc., 9, (1926) 327. 2. W. McBurney, Proc. Am. Soc. Testing Mat. 54, (1954) 1219. 3. F.S. Miranda, L.V. Amorim, G.A. Neves, R.A. Oliveira, H.C. Ferreira, Anais do 14o Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais, São Pedro, S.P., dezembro, 2000. No prelo. 4. R. Hilário, T. Cabral, Diário de Pernambuco, 29 de dezembro de 2000. 5. ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR-13818, 1999. 6. C.M. Gomes, L.V. Amorim, A.M.C.B Segadães, H.C. 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Non affected and affected bricks by the action of the humidity were collected, the specimens of 10cm in length by 2cm by 1cm in cros sections and of 5cm in length by 0,8cm by 0,8cm in cross section cutings and submitted to mechanical and dilatometer rehearsals for determination of moisture expansion. Three types of moisture expansion were determined: real moisture expansion, defined as the expansion suffered by the samples during the period that were in use; total moisture expansion, simulated by the use of the autoclave using a pressure of vapor of 1,035MPa (150psi) for 5 hours, and future moisture expansion, determined by the difference between real moisture expansion and total moisture expansion. The results evidenced that the ceramic bricks, particularly used in the foundation of the buildings, high moisture expansion presented, what resulted in dimensional expansions and reduction of its mechanical behavior and of the structural masonry. Key-words: Moisture expansion, ceramic bricks, structural collapse.