Exercícios - Grupos.com.br

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FACULDADE DE ESTUDOS SOCIAIS DO ESPÍRITO SANTO
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
Economia Brasileira - 5º PERÍODO – 1º BIM 2008/1
Professor: Francisco José Teixeira Garcia
TESTE DE REVISÃO
Aluno(a):
Turma:
Data:
06/03/2008
Nota:
1.
A escravidão foi instituição chave da economia e da sociedade brasileira, tendo atingido seu ápice no século XIX, durante
o Império. Sobre a escravidão no Brasil, é correto afirmar que:
a) Manteve uma localização exclusivamente rural, nas grandes plantações voltadas para a exportação.
b) Foi inviabilizada economicamente a partir do fim do tráfico, em 1850, através da lei Eusébio de Queirós.
c) Apresentou elevada mortalidade e predomínio de mulheres.
d) Chegou a ser muito empregada na indústria manufatureira.a
e) Esteve ausente dos setores voltados para o mercado interno.
2.
A partir da década de 70, do século XIX, a produção de café no Brasil passou por profundas transformações. Contribuiu
muito para a explicação destas transformações:
a) O aumento da produtividade do solo, verificada na região do Vale do Paraíba, estimulando o deslocamento da
produção de São Paulo para o Rio de Janeiro.
b) A substituição progressiva do trabalho assalariado pelo trabalho escravo, criando as condições básicas para o
desenvolvimento de indústrias.
c) A construção de estradas de ferro constituindo um fator importante para a expansão da fronteira agrícola no interior
de São Paulo.
d) O fluxo migratório de trabalhadores assalariados às fazendas de café do Vale do Paraíba no Rio de Janeiro,
aumentando significativamente a produtividade.
e) O impacto da utilização do trabalho escravo sobre a redução dos custos médios relativamente às fazendas que
utilizavam trabalho assalariado.
3.
A política de valorização do café foi um esforço do governo brasileiro no sentido de fortalecer a exportação e a renda
gerada pela economia cafeeira. Esta política ficou conhecida nacionalmente como acordo de Taubaté e tinha como
finalidade principal:
a) Defender os lucros dos exportadores de café, desvalorizando a moeda nacional toda vez que o preço internacional do
café caía e diminuía a renda gerada pela exportação.
b) Defender o salário dos trabalhadores das fazendas de café, punindo os produtores com a apreensão e queima de todo o
café excedente que não encontrava mercado.
c) Defender o lucro dos produtores de café através do mecanismo de compra do excedente produzido e queima,
provocando a diminuição da oferta e a manutenção dos preços internacionais.
d) Defender o preço e a renda gerada pelo café através da compra do excedente produzido num ano visando colocação
posterior e a criação de uma taxa sobre a exportação, para financiar a aquisição deste excedente.
e) Defender os comerciantes de café da exploração dos produtores que não entregavam o produto para exportação.
4.
Qual foi a característica mais marcante da economia brasileira no período de 1930 a 1945.
a) A expansão da cultura cafeeira que atingiu o auge de produção em 1937.
b) Expansão das exportações de produtos industrializados com o predomínio de bens de consumo durável. A partir deste
período o setor exportador passa a ser o principal setor da economia nacional.
c) Retração da produção cafeeira e conseqüente redução da produção industrial. O Brasil enfrenta sérios problemas de
produção agrícola e industrial neste período.
d) Expansão do setor industrial nacional decorrente das restrições das importações de bens de consumo. A partir deste
período o setor industrial assume o papel de motor da economia nacional.
e) Expansão do setor importador, abertura para importação de máquinas e equipamentos, modernização do parque
industrial nacional e queda na produção e exportação de café.
5.
No começo dos anos trinta, a economia brasileira encontrava-se com déficit na balança comercial. As importações valiam
mais do que as exportações, porque a renda estava mais alta do que a dos países em depressão. A política adotada pelo
governo brasileiro em conseqüência desta situação foi:
a) A taxa de câmbio foi mantida valorizada durante toda a década para possibilitar a expansão das exportações.
b) A taxa de câmbio foi mantida desvalorizada durante toda a década para reduzir as importações.
c) A taxa de juros foi mantida alta durante toda a década e proibiu-se as exportações de produtos industriais.
d) As importações foram aumentadas e as exportações proibidas para se reequilibrar a balança comercial.
e) Na década de trinta a economia brasileira não se encontrava em déficit na balança comercial.
6.
Considere o trecho abaixo, relativo à política de proteção do café nos anos da grande depressão que se seguiu à crise de
1929. “Ao garantir preços mínimos de compra, […], estava-se na realidade mantendo o nível de emprego na economia
exportadora e, indiretamente, nos setores produtores ligados ao mercado interno”. Neste sentido, pode-se afirmar que:
a) Os preços mínimos eram garantidos através de uma melhor colocação dos produtos no mercado internacional.
b) O preço do café foi fixado para os consumidores do mercado interno.
c) A política de proteção do café foi considerada como uma solução anticíclica de caráter keynesiano.
d) A política de proteção desempenhou, involuntariamente, um papel de fomentador do aumento da oferta de café.
e) Nenhuma das respostas anteriores.
7.
O preço do café no comércio internacional caiu drasticamente à época da Grande Depressão, o que levou o governo
brasileiro a implementar uma política de defesa do setor cafeeiro. Em relação a estes fatos, pode-se afirmar que:
a) A proteção ao setor era necessária, já que a valorização da moeda brasileira no período foi proporcionalmente maior
do que a redução dos preços do café.
b) A política econômica então implementada pode ser vista, pelos seus resultados, como uma política anticíclica de
caráter keynesiano.
c) A intensidade da queda nos preços internacionais do café, no início dos anos trinta, relaciona-se à expansão da
demanda externa crescente.
d) A política de defesa dos cafeicultores foi totalmente financiada por emissão de papel moeda lastreada por
empréstimos externos.
e) Nenhuma das respostas anteriores.
8.
Os efeitos da crise mundial de 1929 foram transmitidos à economia brasileira pelo comércio internacional. No que se
refere aos primeiros anos da década de trinta, verifica-se que:
a) A queda nos preços das exportações brasileiras provocou um aumento proporcionalmente maior das quantidades
exportadas e conseqüente aumento das receitas de exportação.
b) As desvalorizações cambiais do período reduziram a demanda por importações e beneficiaram a produção doméstica.
c) O bom desempenho do comércio internacional introduziu fortes pressões inflacionárias na economia brasileira.
d) A despeito da crise internacional, o Governo brasileiro foi capaz de obter empréstimos estrangeiros e, assim, pôde
manter a mesma política de defesa do setor cafeeiro, praticada antes dos anos trinta.
e) Nenhuma das respostas anteriores.
9.
O crescimento da indústria durante a década dos trinta até 1945 ocorreu num ambiente de restrição às importações criando
uma reserva de mercado para a indústria nacional. Neste sentido pode-se afirmar que:
a) A substituição de importações diminuiu e aumentaram as importações de bens de consumo e equipamentos
b) A substituição de importações aumentou ocorrendo uma intensa produção local de bens de capital.
c) A substituição de exportações diminuiu e aumentou a importação de alimentos, bebidas e tecidos.
d) A substituição de importações cresceu e aumentou a produção local de alimentos, tecidos, bebidas e transportes.
e) Durante a década de trinta até 1945 não existiram restrições às importações.
10. Qual a explicação usual para a retomada do crescimento da economia brasileira após a crise de 1929? Explique,
ressaltando quais as políticas adotadas pelo governo brasileiro.
R:
No começo dos anos trinta, a economia brasileira encontrava-se com déficit na balança comercial. As importações valiam
mais do que as exportações, porque a renda estava mais alta do que a dos países em depressão. A taxa de câmbio foi, em
conseqüência, mantida desvalorizada durante toda a década para reduzir as importações.
Com a redução das importações, a demanda pelos produtos locais mais baratos aumentou. Por causa disso, agricultura e
indústria puderam se expandir, enquanto se reduzia a lucratividade do setor agrícola exportador. O mercado interno
crescia.
A indústria emergente precisava de máquinas para a montagem de fábricas. Porém, a desvalorização cambial dificultava a
sua importação. A indústria recorreu, então, às máquinas subutilizadas já instaladas para atender à crescente demanda por
produtos nacionais.
A manutenção da renda doméstica e o crescimento do mercado interno consumidor foram fatores favoráveis ao
desenvolvimento da indústria nos anos trinta. Porém, a desvalorização cambial que reduziu a capacidade de importar
máquinas foi um fator desfavorável para a expansão das fábricas. Apesar disto, foi possível comprar máquinas usadas dos
países onde a depressão sucateava a indústria. Os fatores favoráveis superaram os desfavoráveis e a produção industrial
cresceu em 50% entre 1929 e 1933.
As indústrias que se desenvolveram para substituir as importações foram as de bens de consumo. Não houve produção
local de máquinas nos anos trinta.
A taxa de câmbio desvalorizada fixa protegeu a indústria emergente. Com a redução das exportações, caiu a capacidade de
importar. O crescimento da indústria durante toda a década dos trinta até 1945 ocorreu neste ambiente. Esta restrição
funcionou como uma reserva de mercado para a indústria nacional. Depois de 1937, a reserva de mercado passou a ser
promovida pelo Estado Novo. A substituição de importações intensificou-se e aumentou a produção local de alimentos,
tecidos, bebidas e transportes.
A restrição à importação tornou-se severa e a indústria foi impedida de importar máquinas. As novas fábricas não puderam
incorporar os avanços tecnológicos do exterior.
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