vigilância da varicela

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SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA
SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA E PROTEÇÃO DA SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
COORDENAÇÃO DE IMUNIZAÇÕES E VIGILÂNCIA DAS DOENÇAS IMUNOPREVENÍVEIS
VIGILÂNCIA DA VARICELA
Aldacy Matos de Andrade
Enfermeira Sanitarista
Introdução
 Varicela: é uma infecção viral, aguda, altamente
contagiosa, caracterizada por surgimento de exantema de
aspecto máculopapular de distribuição centrípeta que
após
algumas
horas
adquire
o
aspecto
vesicular
evoluindo rapidamente para pústulas e depois para
crosta em 3 a 4 dias. Pode ocorrer febre moderada e
sintomas sistêmicos;
 Sinonímia: catapora;
 Agente etiológico: vírus varicela-zoster (VVZ), família
Herpetoviridae.
Introdução
 Período de incubação: 14 a 16 dias (10 a 21);
 Período de transmissibilidade: 2 dias antes da erupção cutânea até que
todas as lesões estejam em fase de crosta;
 Transmissão: pessoa a pessoa, através do contato direto ou através das
secreções respiratórias (gotículas de saliva, espirro, tosse) e, raramente,
contato com lesões. Mais raramente, a transmissão se dá forma indireta,
pelo contato com objetos recém-contaminados com secreção das
vesículas.
 Infectividade: altamente contagiosa, com taxas de ataque variando de 61 a
100%;
 Imunidade: permanente. A imunidade passiva transferida para o feto pela
mãe que já teve varicela, ocorre em até 4 a 6 meses de vida.
Manifestações Clínicas
 Período prodrômico – caracteriza-se com febre baixa, cefaleia, anorexia e
vômito, podendo durar de horas até 3 dias. Na infância o primeiro sinal é o
exantema. Em crianças, a doença é geralmente benigna, com início
repentino, apresentando febre moderada, sintomas inespecíficos e erupção
cutânea pápulo-vesicular na face, couro cabeludo ou tronco (distribuição
centrípeta);
 Período exantemático – as lesões apresentam máculas que evoluem para
pápulas, vesículas, pústulas e crostas. Tendem a surgir em partes cobertas
do corpo (couro cabeludo, axilas,mucosas da boca e das vias aéreas
superiores);
OBS: nos adultos, a doenças cursa de modo mais grave, apesar de menos
frequente (3% dos casos); a febre é mais alta e prolongada e as
complicações mais comuns podem levar a óbito, principalmente devido à
pneumonia primária.
Diagnóstico
 Clínico: manifestações clínicas;
 Laboratorial: não é utilizado para confirmação ou
descarte;
 Diagnóstico
diferencial:
varíola
(erradicada),
riquetsioses, infecções cutâneas e impetigo.
 Medida de Prevenção: a vacinação é a única forma
de prevenção – vacina varicela (> 1 ano – Crie) e tetra
viral (15 meses de idade).
Não Vacinados X Vacinados
Fases da Varicela
Incubação
•2-3
semanas
Prodrômico
Exantemático
• 2 - 4 dias
• 5 – 6 dias
• Febre baixa
• Exantema pápulo –
vesículo – crostoso
• Indisposição
• Distribuição
centrípeta
• Polimorfismo
regional
Convalescença
Complicações
• Pneumonia
primária (próprio
vírus)
• Superinfecção
(pneumonia
bacteriana
secundária)
• Meningite
• Endocardite
Período de maior
contagiosidade
• Pneumonite
• Encefalite
Complicações da Varicela
 Síndrome de Varicela Congênita:
infecção materna até 16ª semana de
gestação (baixo peso, retardo
mental, alterações oculares, atrofia
cortical);
 Infecções secundárias de pele:
impetigo, abcesso, erisipela por S.
aureus ou S. pyogenes, etc;
 Síndrome de Reye (caracterizado
por quadro neurológico de rápida
progressão e disfunção hepática,
associado ao uso de AAS
principalmente em crianças).
Foto: Patrícia Ferreira
Medidas de Prevenção da Varicela
 Vacina varicela (monovalente): aplicar em crianças a partir de 1 ano; em contatos
domiciliares e em ambiente hospitalar, pode ser utilizada até 120h (5 dias) pós-
exposição;
 Proteção 10 dias após a vacinação ↔ c/ 42 dias há soroconversão (94,4% após
dose única; 98,3% após 2 doses);
 Eficácia da vacina: entre 70% a 90% contra a infecção e 95% a 98% contra as
formas graves;
 Vacina tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela): aplicar em crianças aos 15
meses;
 OBS: na rotina, aplicar uma dose de reforço da vacina varicela monovalente aos 4
anos de idade em população indígena;
 Contraindicações: pacientes imunodeprimidos, gestantes, anafilaxia ;
 Imunoglobulina anti-varicela zoster: aplicar até 96h (4 dias) pós-exposição
 Dosagem: 125 UI para cada 10 kg de peso (dose mínima de 125 UI e
máxima de 625 UI), via IM, em qualquer idade. Após diluição: 1,25 ml (1frasco) e
6,25 ml (5 frascos).
Definição de Caso de Varicela
 Caso confirmado de varicela: paciente com quadro de febre
moderada, de inicio súbito, que dura de dois a três dias e
sintomas generalizados inespecíficos (mal estar, adinamia,
anorexia, cefaléia e outros) e erupção cutânea papular –
vesicular que se inicia na face, couro cabeludo ou tronco;
 Caso grave de varicela: paciente com febre alta (maior que
38ºC) e lesões cutâneas polimorfas (pápulas, vesículas,
pústulas, crostas) que tenha sido hospitalizado ou evoluiu com
complicações ou óbito e pertença a um dos seguintes grupos:
recém-nascidos,
adolescentes,
imunodeprimidos e gestantes.
adultos,
pacientes
Contatos Significativos de Varicela
 Contato domiciliar contínuo;
 Permanência junto ao doente durante pelo
menos uma hora em ambiente fechado;
 Contato hospitalar: pessoas internadas no
mesmo quarto do doente ou que tenham
mantido com ele contato direto prolongado
(auxiliares ou técnicos de enfermagem).
Definição de Surto de Varicela
 Surto de varicela: a ocorrência de número de casos
acima do limite esperado, com base nos anos
anteriores, ou casos agregados em instituições
fechadas, como creches, escolas, orfanatos e
hospitais pediátricos;
 Surto de varicela em creche/escola: a ocorrência de
um único caso confirmado de varicela em crianças
ou profissionais que mantém contato direto com a
comunidade escolar.
Definição de Surto de Varicela
 Surto de varicela em hospitais: a ocorrência de
um único caso confirmado de varicela. E o
contato para varicela em ambiente hospitalar é
caracterizado pela associação do indivíduo com
uma
pessoa
infectada
de
forma
íntima
e
prolongada, por período igual ou superior à uma
hora, tendo criando assim a possibilidade de
contrair a infecção.
Notificação da Varicela
 Surtos
 Ficha de Notificação de Surtos: casos ocorridos em
hospital (1 caso), creches, escolas, outras instituições,
etc.
 Identificar populações especiais com indicações do
Crie entre os comunicantes suscetíveis dos casos.
Indicar profilaxia com imunoglobulina ou vacinação;
 Monitorar o aparecimento de novos casos (após 21
dias sem novos casos, considera-se o surto
controlado).
Notificação da Varicela
Ficha de Notificação de Surto
Notificação da Varicela
Planilha de Acompanhamento do Surto
Conduta em Casos Individuais

Casos individuais: casos dispersos em ruas, bairros ou municípios;
 Tratamento sintomático em ambulatório;
 Afastar os doentes de suas atividades na escola, creche, trabalho, etc.,
 por 10 dias, contados a partir do aparecimento do exantema;
 Realizar educação em saúde, principalmente em escolas e creches;
 Identificar populações especiais com indicações do Crie entre os
contatantes suscetíveis dos casos. Indicar profilaxia com imuno-globulina
ou vacinação conforme recomendado no Guia de Vigilância/MS;
 Hospitalização imediata do paciente com varicela grave, em isolamento
até 10 dias ou até a formação das crostas.
 Notificação e investigação quando houver hospitalização do paciente
com varicela grave ou óbito.
Investigação de Varicela Grave
 Preencher fichas de notificação com dados do
paciente;
 Colher dados clínicos e epidemiológicos;
 Consultar o prontuário e entrevistar o médico
assistente;
 Verificar se o paciente foi vacinado previamente
contra a varicela;
 Acompanhar evolução dos pacientes e os resultados
dos exames laboratoriais;
 Verificar na residência a ocorrência de novos casos;
 Investigar deslocamento do caso, de familiares e/ou
amigos que antecederam 10 dias do inicio do
exantema, inclusive os de curta duração, para
identificar a ocorrência de outros casos.
Conduta em Situação de Surto de Varicela
 Surto em ambiente hospitalar
 Identificar : nº total de pessoas no local por faixa etária, data de
início dos sintomas do 1º e do último caso, total de suscetíveis por
faixa etária (nº de imunodeprimidos, < 1 ano e gestantes);
 Identificar os contatos suscetíveis (pacientes, acompanhantes e
profissionais da saúde) sem história de vacinação ou doença e
realizar bloqueio com a vacina varicela (atenuada) até 120h ou
imunoglobulina (< 1 ano, gestantes suscetíveis,
imunocomprometidos) até 96h do contato do caso índice, para
evitar casos graves e óbitos;
 Determinar o número e período de internações associadas ao
surto e o número de óbitos;
 Adotar medidas de biossegurança, desinfecção de superfícies e
esterilização química de artigos hospitalares.
Acesse o Portal da Suvisa! Obrigada!!!
GT Exantemáticas
(Sarampo/Rubéola/Varicela)
Adriana Dourado de Carvalho
Aldacy Matos de Andrade
Elizene dos Santos Farias (estagiária)
Jaciara Evangelista Silva
Contatos
Telefax: 71 3116-0034
E-mail:
[email protected]
Homepage:
www.vigilanciaemsaude.ba.gov.br
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