Parecer técnico SES-MT/CPFT Medicamentos Anti-hipertensivos Disponíveis no SUS Parecer nº 14 Maio 2015 Capitulo 1. RESUMO A hipertensão é uma das doenças mais comuns na população brasileira. Por este motivo as indústrias de medicamentos cada vez mais investem em novas drogas antihipertensivas, tanto para uso em monoterapia como em associação. A Secretaria de Saúde do Estado de Mato Grosso (SES-MT) tem recebido demandas de medicamentos não previstos pela RENAME, consequentemente, tem utilizado seu orçamento em tratamentos não disponíveis através do Sistema Único de Saúde (SUS). Em seu desenvolvimento este parecer verifica se o SUS oferta drogas de classes terapêuticas necessárias ao tratamento da hipertensão em conformidade com a IV diretriz brasileira de hipertensão e se há necessidade de incorporação na Relação Estadual de Medicamentos (RESME) de outros medicamentos para este contexto. O estudo concluiu que as drogas ofertadas pelo SUS são suficientes para o tratamento farmacológico da hipertensão arterial e que, no contexto atual, não há fatores que motivem a incorporação na RESME de outros medicamentos que possuam como finalidade o controle da hipertensão. 1 Capitulo 1 1- Da Patologia A hipertensão arterial é caracterizada pela alta pressão efetuada pelo sangue na parede das artérias ao se locomover por esta via, fazendo com que o coração se submeta a um esforço maior do que o normal para que haja a manutenção da circulação sanguínea. Este é um agravo comum que afeta cerca de 50 milhões de pessoas nos Estados Unidos e cerca de um bilhão de pessoas em todo o mundo. No Brasil, as doenças cardiovasculares são responsáveis por mais de 250.000 mortes anualmente.1 Este agravo é o mais frequente entre as doenças cardiovasculares. No entanto há uma grande dificuldade no que diz respeito a seu controle por possuir diagnóstico tardio, uma vez que no estagio inicial costuma ser assintomático. A baixa adesão ao tratamento por parte do paciente, seja ele medicamentoso ou não, atua como fator complementar da piora do quadro e a permanência do individuo na condição de hipertenso, estimulando a utilização em grande escala de drogas anti-hipertensivas.2 2-Pergunta de avaliação As drogas ofertadas pelo SUS são suficientes para o tratamento farmacológico da hipertensão arterial? 3. Da demanda SES-MT Os medicamentos abaixo foram listados de acordo com a demanda administrativa da Secretaria Estadual da Saúde – Portaria GBSES nº 172/2010. Quadro 1 - MEDICAMENTOS SOLICITADOS X CID MEDICAMENTOS - ANLODIPINO + ATENOLOL 5/50 MG COMPRIMIDO 2 CID CID I10 - HIPERTENSAO ESSENCIAL - VALSARTANA 160 MG + ANLODIPINO 5 MG COMPRIMIDO - VALSARTANA 320MG + ANLODIPINO 5MG COMPRIMIDO - VALSARTANA 320 MG + ANLODIPINA 10 MG - VALSARTANA + HCT 320/25MG COMP -VALSARTANA 160MG + HIDROCLOROTIAZIDA 12,5 MG + ALONDIPINO 5MG COMPRIMIDO - VALSARTANA 160MG COMPRIMIDO - VALSARTANA 320 MG COMPRIMIDO - VALSARTANA 80MG COMPRIMIDO - EZETIMIBA 10MG + SINVASTATINA 20 MG COMPRIMIDO - IVABRADINA 5 MG - POR COMPRIMIDO - RIVAROXABANA 20 MG COMPRIMIDO - RAMIPRIL 5MG COMPRIMIDO - CILOSTAZOL 50MG COMPRIMIDO - CILOSTAZOL 100MG COMPRIMIDO - ATENOLOL 50MG + CLORTALIDONA 12,5MG COMPRIMIDO - CANDESARTANA, CILEXETILA 16MG COMPRIMIDO - CANDESARTANA CILEXETILA 16 MG + HIDROCLOROTIAZIDA 12,5 MG POR COMPRIMIDO - CANDESARTANA, CILEXETILA 8MG COMPRIMIDO - ALISQUIRENO 300 MG + ANLODIPINO 10 MG COMPRIMIDO - ALISQUIRENO 300 MG + HIDROCLOROTIAZIDA 12,5 MG CAPSULA - ANLODIPINO+BENAZEPRIL 5/10MG/COMPRIMIDO - NEBIVOLOL 5 MG COMPRIMIDO - DILTIAZEM, CLORIDRATO 30 MG COMPRIMIDO - OLMESARTANA, MEDOXOMILA 20MG + HIDROCLOROTIAZIDA 12,5MG COMP - TELMISARTANA 80 MG COMPRIMIDO - DILTIAZEM, CLORIDRATO 240MG COMPRIMIDO - PROPAFENONA 300MG (POR COMPRIMIDO) - ANLODIPINA, BESILATO 5 MG + LOSARTANA 50 MG COMPRIMIDO - AMIODARONA, CLORIDRATO COMPRIMIDO 100MG - BISOPROLOL 5 MG COMPRIMIDO - DABIGATRANA, ETEXILATO 110MG CÁPSULA CID I 11.9 - DOENÇA CARDIACA HIPERTENSIVA SEM INSUFICIÊNCIA CARDIACA - VALSARTANA + HCT 320/25MG COMPRIMIDO - DABIGATRANA, ETEXILATO 150MG CAPSULA. 3 CID I 11.0 - DOENÇA CARDIACA HIPERTENSIVA COM INSUFICIÊNCIA CARDIACA - CILOSTAZOL 100MG COMPRIMIDO - CILOSTAZOL 50MG COMPRIMIDO - DABIGATRANA, ETEXILATO 150MG CAPSULA. - VALSARTANA + HIDROCLORITIAZIDA 160MG + 12,5MG COMPRIMIDO CID I 11 - DOENÇA HIPERTENSIVA CARDIACA CID I 15.8 - OUTRAS FORMAS DE HIPERTENSAO SECUNDÁRIA 4. Metodologia O instrumento norteador para a elaboração do presente parecer foi a VI Diretriz Brasileira de Hipertensão, uma vez que esta foi construída considerando o perfil epidemiológico da população brasileira. A metodologia de produção deste parecer seguiu os seguintes passos: -Primeiro passo: consulta a diretriz brasileira de hipertensão. A consulta à diretriz permitiu verificar quais são os medicamento de eleição para o tratamento da hipertensão conforme consenso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Hipertensão e Sociedade Brasileira de Nefrologia. -Segundo passo: consulta à RENAME. A consulta a RENAME foi essencial na constatação de quais os medicamentos, recomendados pela diretriz selecionada estão disponíveis no SUS, bem como a cobertura de alternativas terapêuticas do tratamento da hipertensão no Sistema de Saúde Brasileiro. -Terceiro passo: busca de evidência do medicamento alisquireno. Foi necessário o estudo individual do medicamento alisquireno, um inibidor direto da renina, uma vez que esta é a única classe terapêutica utilizada no tratamento da hipertensão em que o SUS não possui representante farmacológico. 4 5. Discussão3 A IV Diretriz Brasileira de Hipertensão esclarece que o tratamento farmacológico da hipertensão deve reduzir a pressão arterial e a mortalidade causada por eventos cardiovasculares. O consenso estabelecido pelas Sociedades Brasileiras que construíram a diretriz aduz que as classes de medicamentos anti-hipertensivos disponíveis para comercialização no Brasil e utilizadas para o tratamento da hipertensão são: diuréticos (tiazídicos e de alça), inibidores adrenérgicos (beta e alfa bloqueadores), vasodilatadores diretos, bloqueadores dos canais de cálcio, inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA), bloqueadores do receptor AT1 e inibidor direto da renina. Abaixo foram detalhados os contextos de utilização e outras particularidades das classes terapêuticas utilizadas no tratamento da hipertensão de acordo com a referida diretriz. 5.1 Quanto aos diuréticos: há uma preferência pelos diuréticos tiazidicos utilizados no tratamento anti-hipertensivo. No entanto para pacientes com hipertensão associada à insuficiência renal com taxa de filtração glomerular abaixo de 30 ml/min/1,73 m2( insuficiência cardíaca com retenção de volume) os diuréticos de alça são os de eleição. Para prevenção da hipopotassemia é indicado o uso de diuréticos poupadores de potássio associado aos tiazídicos. 5.2 Inibidores adrenérgicos 5.2.1 Ação central: estimulam os receptores alfa-2 adrenérgicos pré-sinápticos no sistema nervoso central. Seu efeito hipotensor como monoterapia é, em geral, discreto. Entretanto, podem ser úteis em associação com medicamentos de outros grupos, particularmente quando há evidência de hiperatividade simpática. 5.2.2 Beta-bloqueadores: o mecanismo anti-hipertensivo envolve diminuição inicial do débito cardíaco, redução da secreção de renina, readaptação dos barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas. 5 5.2.3 Alfabloqueadores: são drogas que quando usadas em monoterapia apresentam efeito hipotensor discreto, devendo, portanto, ser utilizados com outras drogas anti-hipertensivas. Os alfabloqueadores podem ainda, induzir ao aparecimento de tolerância, por este motivo o aumento das doses usuais são ajustadas gradativamente. Melhoram discretamente o metabolismo lipídico e glicídico e os sintomas de pacientes com hipertrofia prostática benigna (HPB). 5.3 Vasodilatadores diretos: são medicamentos que possuem ação de relaxamento vascular, vasodilatação e redução da resistência vascular periférica. Sua utilização é realizada em conjunto com diuréticos e/ou betabloqueadores. É contraindicada sua utilização em monoterapia, devido os efeitos colaterais de retenção hídrica e vasodilatação demasiada. 5.4 Antagonistas dos canais de cálcio: O mecanismo de ação destas drogas se da pela diminuição da concentração de cálcio nas células musculares lisas vasculares resultando na redução resistência vascular periférica. De acordo com a diretriz, são medicamentos eficazes e que reduzem a morbidade e mortalidade cardiovasculares. Há indicação de preferência aos bloqueadores dos canais de cálcio de longa duração de ação ou de liberação controlada. 5.5 Inibidores da enzima conversora da angiotensina: estas drogas agem fundamentalmente pela inibição da enzima conversora da angiotensina (ECA), bloqueando a transformação da angiotensina I em II no sangue e nos tecidos, outros fatores podem estar envolvidos nesse mecanismo de ação. 5.6 Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA): Os medicamentos desta classe inibem a ação da enzima conversora de angiotensina I (ECA) estimulando a produção de aldosterona que promove a retenção de sódio e água (volemia sanguínea). Portanto, estas drogas são vasodilatadores periféricos. A ECA é estimulada pela renina presente nos rins. 5.7 Bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRAII): antagonizam a ação da angiotensina II por meio do bloqueio específico de seus receptores AT1. São eficazes no tratamento da hipertensão. 6 5.8 Inibidores direto da renina: Esta categoria de droga inibe de forma direta a ação da renina que consequentemente impede a formação da angiotensina II. Até o momento no Brasil, o alisqueireno é a única droga deste grupo disponível para a comercialização. A diretriz indica que no momento da escolha do agente anti-hipertensivo, alguns fatores devem ser levados em consideração, tais como: características individuais do paciente; doenças associadas; condições socioeconômicas. Ademais o agente escolhido deve ser capaz de reduzir morbidade e mortalidade cardiovasculares e possuir segurança estabelecida. Para que o tratamento medicamentoso da hipertensão seja efetivo, incluindo seus diversos estágios, é necessário que esteja à disposição do paciente, vários grupos farmacológicos de drogas e a possibilidade de associação entre eles. A diretriz sugere as seguintes associações: diurético +diurético; betabloqueador+ diurético; inibidor da ECA +diurético; bloqueador do receptor AT1 + diurético; bloqueador de canais de cálcio +betabloqueador; bloqueador de canais de cálcio+ inibidor da ECA; bloqueador dos canais de cálcio + bloqueador do receptor AT1; bloqueador dos canais de cálcio + bloqueador do receptor AT1+ diurético. Neste contexto o SUS disponibiliza pelo menos uma droga das classes farmacológicas instruídas pela diretriz. Apenas o grupo dos inibidores direto da renina não é contemplado no Sistema Público de Saúde do Brasil e serão estudados no próximo capitulo deste estudo. 6. Medicamentos anti-hipertensivos ofertados no Sistema Único de Saúde por classe terapêutica através da atenção básica – SUS4 Integram o quadro abaixo, os grupos farmacológicos indicados pela diretriz com os respectivos medicamentos que são ofertados no SUS para o tratamento da hipertensão através da atenção básica de saúde. Classe terapêutica Drogas Diuréticos Hidroclorotiazida 12,5mg Hidroclorotiazida 25mg 7 Furosemida 40mg Espironolactona 25mg Inibidores Adrenérgicos Atenolol 20mg Atenolol 100mg Metoprolol, succinato lib. lenta 25 mg Metoprolol, succinato lib. lenta 50mg Metoprolol, succinato lib. lenta 100mg Carvedilol 3,125 mg Carvedilol 6,25mg Carvedilol12,25mh Carvedilol 25mg Propranolol 10mg Propranolol 40mg Vasodilatadores Diretos Hidralazina 25mg Bloqueadores de Canais de Cálcio Verapamil 80mg Verapamil 120mg Anlodipino 5mg Anlodipino 10mg Inibidores da Enzima Conversoda de Angiotensina (ECA) Captopril 25mg Enalapril 5mg Enalapril 10mg Enalapril 20mg Bloqueador do angiotensina II 8 Receptor AT1 da Losartana 50mg 7-Conclusões Considerando que o SUS, no que tange ao tratamento medicamentoso da hipertensão arterial, oferece pelo menos um representante de cada classe farmacológica descrita e indicada pela Diretriz em tela. Desta forma entende-se que o Sistema de Saúde do Brasil oferta a seus usuários um tratamento anti-hipertensivo satisfatório, incluindo drogas seguras e eficazes. 8. Referências. 1- Souza LM, Riera R, Saconato H, Demathé A, Atallah AN. Oral drugs for hypertensive urgencies: systematic review and meta-analysis. São Paulo Med J. 2009 Nov;127(6):366-72. 2- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Hipertensão arterial sistêmica para o Sistema Único de Saúde. Brasília; 2006. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_basica15.pdf>. 3- Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51 4- Brasil. Ministério da Saúde. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). RENAME 2014. [Internet]. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/oministerio/principal/secretarias/sctie/daf. Acesso em: 27/04/2015. 9 Parecer técnico Medicamentos Anti-hipertensivos Disponíveis no SUS Capitulo 2- Alisquireno. 1-Pergunta de avaliação Baseado na literatura médica especializada, o alisquireno é mais eficaz e seguro para o tratamento da hipertensão do que outras classes de anti-hipertensivos disponíveis no SUS? 2- Da tecnologia analisada 2.1-Descrição1 O alisquireno é um inibidor direto seletivo da renina humana. Seu mecanismo de ação atinge o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) no ponto de ativação por ligação à enzima renina, bloqueando a conversão de angiotensinogênio em angiotensina I e reduzindo os níveis de atividade plasmática de renina (APR), angiotensina I e angiotensina II. 2.2-Indicação prevista em bula1 O alisquireno é indicado para o tratamento da hipertensão. Este medicamento pode ser utilizado em monoterapia ou em combinação com outros agentes anti-hipertensivos. 10 2.2.1- Contraindicações: 1 As contraindicações de alisquireno são: Uso concomitante de alisquireno com BRAs ou IECAs em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (vide “Interações medicamentosas”); Pacientes pediátricos com menos de 2 anos de idade (vide “Advertências e precauções” e “Dados de segurança pré-clínicos”). - Hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer um dos excipientes; 2.2.2-Efeitos adversos1 O alisquireno pode causar: Efeito colateral grave: pressão arterial baixa (hipotensão). Efeitos colaterais comuns: diarreia. Efeitos colaterais incomuns: erupção cutânea, tosse e aumento do potássio sérico. Efeitos colaterais raros: reação alérgica envolvendo inchaço da face, lábios, garganta e/ou língua, dificuldade de respirar e de engolir. 2.2.3 Posologia e modo de usar1 A dose inicial recomendada de alisquireno é 150 mg uma vez ao dia. Em pacientes nos quais a pressão arterial não é adequadamente controlada, a dose pode ser aumentada para 300 mg uma vez ao dia. 11 3-Evidências As evidências apresentadas a seguir são provenientes de busca por revisões sistemáticas e meta-análise nas bases: Cochrane Library - Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). A metodologia de busca está sistematizada nas tabelas A, B e C anexadas a este parecer. ChenY, MengL, ShaoH, YuF Estes autores conduziram um estudo com objetivo de determinar se o medicamento, alisquireno possui vantagens sobre quaisquer bloqueadores do receptor de angiotensina no tratamento de hipertensão, utilizando como desfecho a redução da linha de base até o final do tratamento em média clínica ou pressão arterial sistólica e diastólica, resposta da pressão arterial e reações adversas. Alisquireno versus bloqueadores do recepetores de angiotensina (losartana, ibesartana e valsartana) foram os comparadores deste estudo. Os resultados apresentados foram os seguintes: Dez estudos (3255 participantes) foram incluídos na revisão. Nove eram de projeto paralelo (3.229 participantes) e um cruzado (26 participantes). Dois estudos compararam alisquireno com losartana, três compararam alisquireno com valsartana, e cinco compararam alisquireno com irbesartana. Oito estudos marcaram cinco pontos para a qualidade, um marcou quatro pontos e outro marcou três pontos. Todos os resultados positivos para randomização, análise de intenção de tratar, a integralidade de follow-up, e descrição dos saques. Geração de sequência aleatória foi adequada em oito ensaios, mas incapaz de ser avaliada em dois. O seguimento variou de quatro a doze semanas. Não houve diferença entre alisquireno e bloqueadores dos receptores de angiotensina na redução da pressão sistólica ou diastólica, média clínica da pressão arterial (ensaios nenhum), sistólica ambulatorial ou pressão arterial diastólica (quatro 12 ensaios), terapêutico taxa de resposta (quatro ensaios) ou sangue taxa de controle de pressão (sete ensaios). Análises de subgrupos mostraram não haver diferença na pressão arterial sistólica clínica média ou pressão arterial diastólica comparados uns com os bloqueadores dos receptores da angiotensina individualmente. As análises de sensibilidade mostraram nenhuma diferença no efeito sobre a pressão arterial clínica para todas as análises. Comparado com bloqueadores do receptor de angiotensina (valsartana, irbesartana e losartana, combinadas ou individualmente) alisquireno não apresentou diferença na incidência de efeitos adversos. Os autores concluíram que em pacientes com hipertensão, alisquireno não foi superior aos bloqueadores dos receptores de angiotensina, no controle da pressão arterial e não diferiram em risco de eventos adversos. 4-Conclusões As evidências encontradas não indicam a superioridade de alisquireno frente a outras drogas ativas já utilizadas no tratamento da hipertensão. Portanto, não há considerações relevantes que apontem esta droga como essencial no tratamento da hipertensão arterial ou fatores que incentivem sua incorporação da Relação Estadual de Medicamentos (RESME-MT). 5-Recomendação Pelo exposto, esta equipe técnica NÃO RECOMENDA a incorporação de Alisquireno na RESME-MT. 6. Referências 1. Brasil. ANVISA. Bulário eletrônico. Bula Protos. [internet]. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=131 8582015&pIdAnexo=2452946. Acesso em: 28/04/2015. 13 2. ChenY, MengL, ShaoH, YuF, . Aliskiren vs. other antihypertensive drugs in the treatment of hypertension: a meta-analysis. Hypertension Research 2013;36(3) :252261. 14 Anexo A- Estratégia de busca- Ranelato de estrôncio Base Nº de Estudos Encontrados (("strontium ranelate"[Supplementary Concept] OR "strontium ranelate"[All Fields]) Pubmed - Pesquisa 1 2 AND ("fractures, bone"[MeSH Terms] OR ("fractures"[All Fields] AND "bone"[All Fields]) OR "bone fractures"[All Fields] OR "fracture"[All Fields]) AND efficacy[All Fields]) AND (Review[ptyp] AND "loattrfree full text"[sb] AND "2010/04/08"[PDat] : "2015/04/06"[PDat] AND "humans"[MeSH Terms]) Descritores Aliskiren and treatment of hypertension 15 Cochranne – Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) 5 Nº de Estudos selecionados Outros critérios usados na seleção 0 Últimos 5 anos; Artigo completo disponível gratuitamente; Somente revisões sistemáticas. Data da busca: 06/04/2015 1 Texto disponível; somente revisões sistemáticas; últimos 5 anos. Data da busca: 29/04/2015. Anexo B-Listas de excluídos- alisquireno Estudo Motivo Efficacy and safety of dual blockade of the reninangiotensin system: meta-analysis of randomised trials (Structured abstract) Base MakaniH, BangaloreS, DesouzaKA, ShahA, MesserliFH, . Efficacy and safety of dual blockade of the reninangiotensin system: meta-analysis of randomised trials. BMJ 2013;346() :f360-. Texto não disponível Cochranne (BVS Texto não disponível Cochranne (BVS Pico diferente Cochranne (BVS) Texto não disponível Cochranne (BVS Effect of renin-angiotensin system blockade on calcium channel blocker-associated peripheral edema (Structured abstract) MakaniH, BangaloreS, RomeroJ, Wever-PinzonO, MesserliFH, . Effect of renin-angiotensin system blockade on calcium channel blocker-associated peripheral edema. American Journal of Medicine 2011;124(2) :128-135. Efficacy of aliskiren/hydrochlorothiazide combination for the treatment of hypertension: a meta-analytical approach (Provisional abstract) MorgadoMP, RoloSA, Castelo-BrancoM, . Efficacy of aliskiren/hydrochlorothiazide combination for the treatment of hypertension: a meta-analytical approach. Open Cardiovascular Medicine Journal 2011;5(1) :6-14. Aliskiren vs angiotensin receptor blockers in hypertension: meta-analysis of randomized controlled trials (Structured abstract) GaoD, NingN, NiuX, WeiJ, SunP, HaoG, . Aliskiren vs angiotensin receptor blockers in hypertension: metaanalysis of randomized controlled trials. American Journal of Hypertension 2011;24(5) :613-621. 16 Anexo C- Sistematização de estudo selecionado Estudos Aliskiren vs. other antihypertensive drugs in the treatment of hypertension: a metaanalysis (Provisional abstract) ChenY, MengL, ShaoH, YuF, . Aliskiren vs. other antihypertensive drugs in the treatment of hypertension: a metaanalysis. Hypertension Research 2013;36(3) :252261. Objetivo do estudo Desfechos utilizados Para determinar se 1-redução da linha alisquireno possui vantagens sobre quaisquer bloqueadores do receptor de angiotensina no tratamento de hipertensão. de base até o final do tratamento em média clínica ou 24 horas sistólica ambulatorial da pressão arterial ou pressão arterial diastólica. 2- Resposta da pressão arterial 3-reações adversas. Comparadores -Alisquireno x bloqueadores do recepetores de angiotensina (losartana, ibesartana e valsartana). Resultados Em eram de projeto paralelo (3.229 participantes) e um cruzado (26 participantes). Dois estudos comparara alisquireno com losartan , três compararam alisquireno com valsartan , e cinco compararam alisquireno com irbesartan . hipertensão, alisquireno não foi superior aos bloqueadores dos receptores de angiotensina, no controle da pressão arterial e não diferiram em risco de eventos adversos. Oito estudos marcou 5 pontos para a qualidade, um marcou 4 pontos e um marcou 3 pontos. Todos os resultados positivos para randomização, análise de intenção de tratar, a integralidade de followup, e descrição dos saques. Geração de sequência aleatória foi adequado em oito ensaios, mas incapaz de ser avaliada em dois. O seguimento variou de quatro a 12 semanas. Não houve diferença entre alisquireno e angiotensina receptores bloqueadores na redução da pressão sistólica ou diastólica média clínica da pressão arterial (ensaios nenhum), sistólica ambulatorial ou pressão arterial diastólica (quatro ensaios), terapêutico taxa de resposta (quatro ensaios) ou sangue taxa de controlo de pressão ( sete ensaios). Análises de subgrupos mostraram não haver diferença na pressão arterial sistólica clínica média ou pressão arterial diastólica comparados uns com os bloqueadores dos receptores da angiotensina individualmente. As análises de sensibilidade mostraram nenhuma diferença no efeito sobre a pressão arterial clínica para todas as análises. pacientes Observações Dez estudos (3255 participantes) foram incluídos na revisão. Nove Comparado com angiotensina do receptor bloqueadores ( valsartan , irbesartan e losartan , combinadas ou individualmente) aliscireno não apresentaram diferença na incidência de efeitos adversos. 17 Conclusões com Boa qualidade após aplicação da ferramenta AMSTAR. 18 19 20