Parecer técnico Medicamentos Anti-hipertensivos Disponíveis no

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Parecer técnico
SES-MT/CPFT
Medicamentos Anti-hipertensivos Disponíveis no SUS
Parecer nº 14
Maio 2015
Capitulo 1.
RESUMO
A hipertensão é uma das doenças mais comuns na população brasileira. Por este
motivo as indústrias de medicamentos cada vez mais investem em novas drogas antihipertensivas, tanto para uso em monoterapia como em associação.
A Secretaria de Saúde do Estado de Mato Grosso (SES-MT) tem recebido
demandas de medicamentos não previstos pela RENAME, consequentemente, tem
utilizado seu orçamento em tratamentos não disponíveis através do Sistema Único de
Saúde (SUS).
Em seu desenvolvimento este parecer verifica se o SUS oferta drogas de classes
terapêuticas necessárias ao tratamento da hipertensão em conformidade com a IV
diretriz brasileira de hipertensão e se há necessidade de incorporação na Relação
Estadual de Medicamentos (RESME) de outros medicamentos para este contexto.
O estudo concluiu que as drogas ofertadas pelo SUS são suficientes para o
tratamento farmacológico da hipertensão arterial e que, no contexto atual, não há fatores
que motivem a incorporação na RESME de outros medicamentos que possuam como
finalidade o controle da hipertensão.
1
Capitulo 1
1- Da Patologia
A hipertensão arterial é caracterizada pela alta pressão efetuada pelo sangue na
parede das artérias ao se locomover por esta via, fazendo com que o coração se submeta
a um esforço maior do que o normal para que haja a manutenção da circulação
sanguínea.
Este é um agravo comum que afeta cerca de 50 milhões de pessoas nos Estados
Unidos e cerca de um bilhão de pessoas em todo o mundo. No Brasil, as doenças
cardiovasculares são responsáveis por mais de 250.000 mortes anualmente.1
Este agravo é o mais frequente entre as doenças cardiovasculares. No entanto há
uma grande dificuldade no que diz respeito a seu controle por possuir diagnóstico
tardio, uma vez que no estagio inicial costuma ser assintomático. A baixa adesão ao
tratamento por parte do paciente, seja ele medicamentoso ou não, atua como fator
complementar da piora do quadro e a permanência do individuo na condição de
hipertenso, estimulando a utilização em grande escala de drogas anti-hipertensivas.2
2-Pergunta de avaliação
As drogas ofertadas pelo SUS são suficientes para o tratamento farmacológico
da hipertensão arterial?
3. Da demanda SES-MT
Os medicamentos abaixo foram listados de acordo com a demanda
administrativa da Secretaria Estadual da Saúde – Portaria GBSES nº 172/2010.
Quadro 1 - MEDICAMENTOS SOLICITADOS X CID
MEDICAMENTOS
- ANLODIPINO + ATENOLOL 5/50 MG
COMPRIMIDO
2
CID
CID I10 - HIPERTENSAO ESSENCIAL
- VALSARTANA 160 MG + ANLODIPINO 5 MG
COMPRIMIDO
- VALSARTANA 320MG + ANLODIPINO 5MG
COMPRIMIDO
- VALSARTANA 320 MG + ANLODIPINA 10 MG
- VALSARTANA + HCT 320/25MG COMP
-VALSARTANA 160MG +
HIDROCLOROTIAZIDA 12,5 MG + ALONDIPINO
5MG COMPRIMIDO
- VALSARTANA 160MG COMPRIMIDO
- VALSARTANA 320 MG COMPRIMIDO
- VALSARTANA 80MG COMPRIMIDO
- EZETIMIBA 10MG + SINVASTATINA 20 MG
COMPRIMIDO
- IVABRADINA 5 MG - POR COMPRIMIDO
- RIVAROXABANA 20 MG COMPRIMIDO
- RAMIPRIL 5MG COMPRIMIDO
- CILOSTAZOL 50MG COMPRIMIDO
- CILOSTAZOL 100MG COMPRIMIDO
- ATENOLOL 50MG + CLORTALIDONA 12,5MG
COMPRIMIDO
- CANDESARTANA, CILEXETILA 16MG
COMPRIMIDO
- CANDESARTANA CILEXETILA 16 MG +
HIDROCLOROTIAZIDA 12,5 MG POR
COMPRIMIDO
- CANDESARTANA, CILEXETILA 8MG
COMPRIMIDO
- ALISQUIRENO 300 MG + ANLODIPINO 10 MG
COMPRIMIDO
- ALISQUIRENO 300 MG +
HIDROCLOROTIAZIDA 12,5 MG CAPSULA
- ANLODIPINO+BENAZEPRIL
5/10MG/COMPRIMIDO
- NEBIVOLOL 5 MG COMPRIMIDO
- DILTIAZEM, CLORIDRATO 30 MG
COMPRIMIDO
- OLMESARTANA, MEDOXOMILA 20MG +
HIDROCLOROTIAZIDA 12,5MG COMP
- TELMISARTANA 80 MG COMPRIMIDO
- DILTIAZEM, CLORIDRATO 240MG
COMPRIMIDO
- PROPAFENONA 300MG (POR COMPRIMIDO)
- ANLODIPINA, BESILATO 5 MG + LOSARTANA
50 MG COMPRIMIDO
- AMIODARONA, CLORIDRATO COMPRIMIDO
100MG
- BISOPROLOL 5 MG COMPRIMIDO
- DABIGATRANA, ETEXILATO 110MG CÁPSULA
CID I 11.9 - DOENÇA CARDIACA
HIPERTENSIVA SEM INSUFICIÊNCIA
CARDIACA
- VALSARTANA + HCT 320/25MG COMPRIMIDO
- DABIGATRANA, ETEXILATO 150MG
CAPSULA.
3
CID I 11.0 - DOENÇA CARDIACA
HIPERTENSIVA COM INSUFICIÊNCIA
CARDIACA
- CILOSTAZOL 100MG COMPRIMIDO
- CILOSTAZOL 50MG COMPRIMIDO
- DABIGATRANA, ETEXILATO 150MG
CAPSULA.
- VALSARTANA + HIDROCLORITIAZIDA 160MG
+ 12,5MG COMPRIMIDO
CID I 11 - DOENÇA
HIPERTENSIVA
CARDIACA
CID I 15.8 - OUTRAS FORMAS DE
HIPERTENSAO SECUNDÁRIA
4. Metodologia
O instrumento norteador para a elaboração do presente parecer foi a VI Diretriz
Brasileira de Hipertensão, uma vez que esta foi construída considerando o perfil
epidemiológico da população brasileira.
A metodologia de produção deste parecer seguiu os seguintes passos:
-Primeiro passo: consulta a diretriz brasileira de hipertensão.
A consulta à diretriz permitiu verificar quais são os medicamento de eleição para
o tratamento da hipertensão conforme consenso da Sociedade Brasileira de Cardiologia,
Sociedade Brasileira de Hipertensão e Sociedade Brasileira de Nefrologia.
-Segundo passo: consulta à RENAME.
A consulta a RENAME foi essencial na constatação de quais os medicamentos,
recomendados pela diretriz selecionada estão disponíveis no SUS, bem como a
cobertura de alternativas terapêuticas do tratamento da hipertensão no Sistema de Saúde
Brasileiro.
-Terceiro passo: busca de evidência do medicamento alisquireno.
Foi necessário o estudo individual do medicamento alisquireno, um inibidor
direto da renina, uma vez que esta é a única classe terapêutica utilizada no tratamento da
hipertensão em que o SUS não possui representante farmacológico.
4
5. Discussão3
A IV Diretriz Brasileira de Hipertensão esclarece que o tratamento
farmacológico da hipertensão deve reduzir a pressão arterial e a mortalidade causada
por eventos cardiovasculares. O consenso estabelecido pelas Sociedades Brasileiras que
construíram a diretriz aduz que as classes de medicamentos anti-hipertensivos
disponíveis para comercialização no Brasil e utilizadas para o tratamento da hipertensão
são: diuréticos (tiazídicos e de alça), inibidores adrenérgicos (beta e alfa bloqueadores),
vasodilatadores diretos, bloqueadores dos canais de cálcio, inibidores da enzima
conversora da angiotensina (ECA), bloqueadores do receptor AT1 e inibidor direto da
renina.
Abaixo foram detalhados os contextos de utilização e outras particularidades das
classes terapêuticas utilizadas no tratamento da hipertensão de acordo com a referida
diretriz.
5.1 Quanto aos diuréticos: há uma preferência pelos diuréticos tiazidicos
utilizados no tratamento anti-hipertensivo. No entanto para pacientes com hipertensão
associada à insuficiência renal com taxa de filtração glomerular abaixo de 30
ml/min/1,73 m2( insuficiência cardíaca com retenção de volume) os diuréticos de alça
são os de eleição.
Para prevenção da hipopotassemia é indicado o uso de diuréticos poupadores de
potássio associado aos tiazídicos.
5.2 Inibidores adrenérgicos
5.2.1 Ação central: estimulam os receptores alfa-2 adrenérgicos pré-sinápticos
no sistema nervoso central. Seu efeito hipotensor como monoterapia é, em geral,
discreto. Entretanto, podem ser úteis em associação com medicamentos de outros
grupos, particularmente quando há evidência de hiperatividade simpática.
5.2.2 Beta-bloqueadores: o mecanismo anti-hipertensivo envolve diminuição
inicial do débito cardíaco, redução da secreção de renina, readaptação dos
barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas.
5
5.2.3 Alfabloqueadores: são drogas que quando usadas em monoterapia
apresentam efeito hipotensor discreto, devendo, portanto, ser utilizados com outras
drogas anti-hipertensivas. Os alfabloqueadores podem ainda, induzir ao aparecimento
de tolerância, por este motivo o aumento das doses usuais são ajustadas gradativamente.
Melhoram discretamente o metabolismo lipídico e glicídico e os sintomas de
pacientes com hipertrofia prostática benigna (HPB).
5.3 Vasodilatadores diretos: são medicamentos que possuem ação de
relaxamento vascular, vasodilatação e redução da resistência vascular periférica. Sua
utilização é realizada em conjunto com diuréticos e/ou betabloqueadores. É
contraindicada sua utilização em monoterapia, devido os efeitos colaterais de retenção
hídrica e vasodilatação demasiada.
5.4 Antagonistas dos canais de cálcio: O mecanismo de ação destas drogas se
da pela diminuição da concentração de cálcio nas células musculares lisas vasculares
resultando na redução resistência vascular periférica. De acordo com a diretriz, são
medicamentos eficazes e que reduzem a morbidade e mortalidade cardiovasculares.
Há indicação de preferência aos bloqueadores dos canais de cálcio de longa
duração de ação ou de liberação controlada.
5.5 Inibidores da enzima conversora da angiotensina: estas drogas agem
fundamentalmente pela inibição da enzima conversora da angiotensina (ECA),
bloqueando a transformação da angiotensina I em II no sangue e nos tecidos, outros
fatores podem estar envolvidos nesse mecanismo de ação.
5.6 Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA): Os
medicamentos desta classe inibem a ação da enzima conversora de angiotensina I
(ECA) estimulando a produção de aldosterona que promove a retenção de sódio e água
(volemia sanguínea). Portanto, estas drogas são vasodilatadores periféricos. A ECA é
estimulada pela renina presente nos rins.
5.7 Bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRAII): antagonizam a
ação da angiotensina II por meio do bloqueio específico de seus receptores AT1. São
eficazes no tratamento da hipertensão.
6
5.8 Inibidores direto da renina: Esta categoria de droga inibe de forma direta a
ação da renina que consequentemente impede a formação da angiotensina II. Até o
momento no Brasil, o alisqueireno é a única droga deste grupo disponível para a
comercialização.
A diretriz indica que no momento da escolha do agente anti-hipertensivo, alguns
fatores devem ser levados em consideração, tais como: características individuais do
paciente; doenças associadas; condições socioeconômicas. Ademais o agente escolhido
deve ser capaz de reduzir morbidade e mortalidade cardiovasculares e possuir segurança
estabelecida.
Para que o tratamento medicamentoso da hipertensão seja efetivo, incluindo seus
diversos estágios, é necessário que esteja à disposição do paciente, vários grupos
farmacológicos de drogas e a possibilidade de associação entre eles. A diretriz sugere as
seguintes associações: diurético +diurético; betabloqueador+ diurético; inibidor da ECA
+diurético; bloqueador do receptor AT1 + diurético; bloqueador de canais de cálcio
+betabloqueador; bloqueador de canais de cálcio+ inibidor da ECA; bloqueador dos
canais de cálcio + bloqueador do receptor AT1; bloqueador dos canais de cálcio +
bloqueador do receptor AT1+ diurético. Neste contexto o SUS disponibiliza pelo menos
uma droga das classes farmacológicas instruídas pela diretriz. Apenas o grupo dos
inibidores direto da renina não é contemplado no Sistema Público de Saúde do Brasil e
serão estudados no próximo capitulo deste estudo.
6. Medicamentos anti-hipertensivos ofertados no Sistema Único de Saúde por
classe terapêutica através da atenção básica – SUS4
Integram o quadro abaixo, os grupos farmacológicos indicados pela diretriz com os
respectivos medicamentos que são ofertados no SUS para o tratamento da hipertensão
através da atenção básica de saúde.
Classe terapêutica
Drogas
Diuréticos
Hidroclorotiazida 12,5mg
Hidroclorotiazida 25mg
7
Furosemida 40mg
Espironolactona 25mg
Inibidores Adrenérgicos
Atenolol 20mg
Atenolol 100mg
Metoprolol, succinato lib. lenta 25 mg
Metoprolol, succinato lib. lenta 50mg
Metoprolol, succinato lib. lenta 100mg
Carvedilol 3,125 mg
Carvedilol 6,25mg
Carvedilol12,25mh
Carvedilol 25mg
Propranolol 10mg
Propranolol 40mg
Vasodilatadores Diretos
Hidralazina 25mg
Bloqueadores de Canais de Cálcio
Verapamil 80mg
Verapamil 120mg
Anlodipino 5mg
Anlodipino 10mg
Inibidores da Enzima Conversoda de
Angiotensina (ECA)
Captopril 25mg
Enalapril 5mg
Enalapril 10mg
Enalapril 20mg
Bloqueador
do
angiotensina II
8
Receptor
AT1
da
Losartana 50mg
7-Conclusões
Considerando que o SUS, no que tange ao tratamento medicamentoso da hipertensão
arterial, oferece pelo menos um representante de cada classe farmacológica descrita e
indicada pela Diretriz em tela. Desta forma entende-se que o Sistema de Saúde do Brasil
oferta a seus usuários um tratamento anti-hipertensivo satisfatório, incluindo drogas
seguras e eficazes.
8. Referências.
1- Souza LM, Riera R, Saconato H, Demathé A, Atallah AN. Oral drugs for
hypertensive urgencies: systematic review and meta-analysis. São Paulo Med J.
2009 Nov;127(6):366-72.
2- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Hipertensão arterial sistêmica para o Sistema Único de Saúde. Brasília; 2006.
Disponível
em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_basica15.pdf>.
3- Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade
Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol
2010; 95(1 supl.1): 1-51
4- Brasil. Ministério da Saúde. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). RENAME 2014. [Internet].
Disponível
em:
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/oministerio/principal/secretarias/sctie/daf. Acesso em: 27/04/2015.
9
Parecer técnico
Medicamentos Anti-hipertensivos Disponíveis no SUS
Capitulo 2- Alisquireno.
1-Pergunta de avaliação
Baseado na literatura médica especializada, o alisquireno é mais eficaz e seguro para o
tratamento da hipertensão do que outras classes de anti-hipertensivos disponíveis no
SUS?
2- Da tecnologia analisada
2.1-Descrição1
O alisquireno é um inibidor direto seletivo da renina humana. Seu mecanismo de ação
atinge o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) no ponto de ativação por
ligação à enzima renina, bloqueando a conversão de angiotensinogênio em angiotensina
I e reduzindo os níveis de atividade plasmática de renina (APR), angiotensina I e
angiotensina II.
2.2-Indicação prevista em bula1
O alisquireno é indicado para o tratamento da hipertensão. Este medicamento pode ser
utilizado em monoterapia ou em combinação com outros agentes anti-hipertensivos.
10
2.2.1- Contraindicações: 1
As contraindicações de alisquireno são:
 Uso concomitante de alisquireno com BRAs ou IECAs em pacientes com diabetes
mellitus tipo 2 (vide “Interações medicamentosas”);
 Pacientes pediátricos com menos de 2 anos de idade (vide “Advertências e
precauções” e “Dados de segurança pré-clínicos”).
-
Hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer um dos excipientes;
2.2.2-Efeitos adversos1
O alisquireno pode causar:
Efeito colateral grave: pressão arterial baixa (hipotensão).
Efeitos colaterais comuns: diarreia.
Efeitos colaterais incomuns: erupção cutânea, tosse e aumento do potássio sérico.
Efeitos colaterais raros: reação alérgica envolvendo inchaço da face, lábios, garganta
e/ou língua, dificuldade de respirar e de engolir.
2.2.3 Posologia e modo de usar1
A dose inicial recomendada de alisquireno é 150 mg uma vez ao dia.
Em pacientes nos quais a pressão arterial não é adequadamente controlada, a dose
pode ser aumentada para 300 mg uma vez ao dia.
11
3-Evidências
As evidências apresentadas a seguir são provenientes de busca por revisões
sistemáticas e meta-análise nas bases: Cochrane Library - Biblioteca Virtual em Saúde
(BVS).
A metodologia de busca está sistematizada nas tabelas A, B e C anexadas a este
parecer.
ChenY, MengL, ShaoH, YuF
Estes autores conduziram um estudo com objetivo de determinar se o
medicamento, alisquireno possui vantagens sobre quaisquer bloqueadores do receptor
de angiotensina no tratamento de hipertensão, utilizando como desfecho a redução da
linha de base até o final do tratamento em média clínica ou pressão arterial sistólica e
diastólica, resposta da pressão arterial e reações adversas.
Alisquireno versus bloqueadores do recepetores de angiotensina (losartana,
ibesartana e valsartana) foram os comparadores deste estudo.
Os resultados apresentados foram os seguintes: Dez estudos (3255 participantes)
foram incluídos na revisão. Nove eram de projeto paralelo (3.229 participantes) e um
cruzado (26 participantes). Dois estudos compararam alisquireno com losartana, três
compararam alisquireno com valsartana, e cinco compararam alisquireno com
irbesartana.
Oito estudos marcaram cinco pontos para a qualidade, um marcou quatro pontos
e outro marcou três pontos. Todos os resultados positivos para randomização, análise de
intenção de tratar, a integralidade de follow-up, e descrição dos saques. Geração de
sequência aleatória foi adequada em oito ensaios, mas incapaz de ser avaliada em dois.
O seguimento variou de quatro a doze semanas.
Não houve diferença entre alisquireno e bloqueadores dos receptores de
angiotensina na redução da pressão sistólica ou diastólica, média clínica da pressão
arterial (ensaios nenhum), sistólica ambulatorial ou pressão arterial diastólica (quatro
12
ensaios), terapêutico taxa de resposta (quatro ensaios) ou sangue taxa de controle de
pressão (sete ensaios). Análises de subgrupos mostraram não haver diferença na pressão
arterial sistólica clínica média ou pressão arterial diastólica comparados uns com os
bloqueadores dos receptores da angiotensina individualmente. As análises de
sensibilidade mostraram nenhuma diferença no efeito sobre a pressão arterial clínica
para todas as análises.
Comparado com bloqueadores do receptor de angiotensina (valsartana,
irbesartana e losartana, combinadas ou individualmente) alisquireno não apresentou
diferença na incidência de efeitos adversos.
Os autores concluíram que em pacientes com hipertensão, alisquireno não foi
superior aos bloqueadores dos receptores de angiotensina, no controle da pressão
arterial e não diferiram em risco de eventos adversos.
4-Conclusões
As evidências encontradas não indicam a superioridade de alisquireno frente a outras
drogas ativas já utilizadas no tratamento da hipertensão.
Portanto, não há considerações relevantes que apontem esta droga como essencial no
tratamento da hipertensão arterial ou fatores que incentivem sua incorporação da
Relação Estadual de Medicamentos (RESME-MT).
5-Recomendação
Pelo exposto, esta equipe técnica NÃO RECOMENDA a incorporação de Alisquireno
na RESME-MT.
6. Referências
1. Brasil. ANVISA. Bulário eletrônico. Bula Protos. [internet]. Disponível em:
http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=131
8582015&pIdAnexo=2452946. Acesso em: 28/04/2015.
13
2. ChenY, MengL, ShaoH, YuF, . Aliskiren vs. other antihypertensive drugs in the
treatment of hypertension: a meta-analysis. Hypertension Research 2013;36(3) :252261.
14
Anexo A- Estratégia de busca- Ranelato de estrôncio
Base
Nº de Estudos
Encontrados
(("strontium ranelate"[Supplementary Concept] OR "strontium ranelate"[All Fields]) Pubmed - Pesquisa 1
2
AND ("fractures, bone"[MeSH Terms] OR ("fractures"[All Fields] AND "bone"[All
Fields]) OR "bone fractures"[All Fields] OR "fracture"[All Fields]) AND efficacy[All
Fields]) AND (Review[ptyp] AND "loattrfree full text"[sb] AND "2010/04/08"[PDat] :
"2015/04/06"[PDat] AND "humans"[MeSH Terms])
Descritores
Aliskiren and treatment of hypertension
15
Cochranne
–
Biblioteca Virtual em
Saúde (BVS)
5
Nº de Estudos
selecionados
Outros critérios usados na seleção
0
Últimos 5 anos;
Artigo
completo
disponível
gratuitamente;
Somente revisões sistemáticas.
Data da busca: 06/04/2015
1
Texto disponível; somente revisões
sistemáticas; últimos 5 anos.
Data da busca: 29/04/2015.
Anexo B-Listas de excluídos- alisquireno
Estudo
Motivo
Efficacy and safety of dual blockade of the reninangiotensin system: meta-analysis of randomised trials
(Structured abstract)
Base
MakaniH, BangaloreS, DesouzaKA, ShahA, MesserliFH, .
Efficacy and safety of dual blockade of the reninangiotensin system: meta-analysis of randomised trials.
BMJ 2013;346() :f360-.
Texto não disponível
Cochranne (BVS
Texto não disponível
Cochranne (BVS
Pico diferente
Cochranne (BVS)
Texto não disponível
Cochranne (BVS
Effect of renin-angiotensin system blockade on calcium
channel blocker-associated peripheral edema
(Structured abstract)
MakaniH, BangaloreS, RomeroJ, Wever-PinzonO,
MesserliFH, . Effect of renin-angiotensin system blockade
on calcium channel blocker-associated peripheral edema.
American Journal of Medicine 2011;124(2) :128-135.
Efficacy of aliskiren/hydrochlorothiazide combination
for the treatment of hypertension: a meta-analytical
approach (Provisional abstract)
MorgadoMP, RoloSA, Castelo-BrancoM, . Efficacy of
aliskiren/hydrochlorothiazide combination for the treatment
of hypertension: a meta-analytical approach. Open
Cardiovascular Medicine Journal 2011;5(1) :6-14.
Aliskiren vs angiotensin receptor blockers in
hypertension: meta-analysis of randomized controlled
trials (Structured abstract)
GaoD, NingN, NiuX, WeiJ, SunP, HaoG, . Aliskiren vs
angiotensin receptor blockers in hypertension: metaanalysis of randomized controlled trials. American Journal
of Hypertension 2011;24(5) :613-621.
16
Anexo C- Sistematização de estudo selecionado
Estudos
Aliskiren vs. other
antihypertensive drugs in
the treatment of
hypertension: a metaanalysis (Provisional
abstract)
ChenY, MengL, ShaoH,
YuF, . Aliskiren vs. other
antihypertensive drugs in
the treatment of
hypertension: a metaanalysis. Hypertension
Research 2013;36(3) :252261.
Objetivo do estudo
Desfechos
utilizados
Para determinar se
1-redução da linha
alisquireno possui
vantagens sobre
quaisquer bloqueadores
do receptor de
angiotensina no
tratamento de
hipertensão.
de base até o final
do tratamento em
média clínica ou 24
horas sistólica
ambulatorial da
pressão arterial ou
pressão arterial
diastólica.
2- Resposta da
pressão arterial
3-reações adversas.
Comparadores
-Alisquireno x
bloqueadores do
recepetores de
angiotensina
(losartana,
ibesartana e
valsartana).
Resultados
Em
eram de projeto paralelo (3.229 participantes) e um cruzado (26
participantes). Dois estudos comparara alisquireno com losartan , três
compararam alisquireno com valsartan , e cinco compararam
alisquireno com irbesartan .
hipertensão, alisquireno
não foi superior aos
bloqueadores
dos
receptores
de
angiotensina,
no
controle da pressão
arterial e não diferiram
em risco de eventos
adversos.
Oito estudos marcou 5 pontos para a qualidade, um marcou 4 pontos e
um marcou 3 pontos. Todos os resultados positivos para
randomização, análise de intenção de tratar, a integralidade de followup, e descrição dos saques. Geração de sequência aleatória foi
adequado em oito ensaios, mas incapaz de ser avaliada em dois. O
seguimento variou de quatro a 12 semanas.
Não houve diferença entre alisquireno e angiotensina receptores
bloqueadores na redução da pressão sistólica ou diastólica média
clínica da pressão arterial (ensaios nenhum), sistólica ambulatorial ou
pressão arterial diastólica (quatro ensaios), terapêutico taxa de
resposta (quatro ensaios) ou sangue taxa de controlo de pressão ( sete
ensaios). Análises de subgrupos mostraram não haver diferença na
pressão arterial sistólica clínica média ou pressão arterial diastólica
comparados uns com os bloqueadores dos receptores da angiotensina
individualmente. As análises de sensibilidade mostraram nenhuma
diferença no efeito sobre a pressão arterial clínica para todas as
análises.
pacientes
Observações
Dez estudos (3255 participantes) foram incluídos na revisão. Nove
Comparado com angiotensina do receptor bloqueadores ( valsartan ,
irbesartan e losartan , combinadas ou individualmente) aliscireno não
apresentaram diferença na incidência de efeitos adversos.
17
Conclusões
com
Boa qualidade após
aplicação
da
ferramenta
AMSTAR.
18
19
20
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