Flores da Amazônia.qxd

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FLORES DA AMAZÔNIA
Texto
Paulo Bezerra Cavalcante
Ilustrações
Antonio Carlos S. Martins
FICHA TÉCNICA
Governo do Brasil
Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva
Ministro da Ciência e Tecnologia
Eduardo Campos
Museu Paraense Emílio Goeldi
Diretor Peter Mann de Toledo
Coordenadora de Pesquisa e Pós-Graduação Ima Célia Guimarães Vieira
Coordenador de Comunicação e Extensão Lúcia Hussak Van Velthem
Comissão de Editoração Científica
Presidente Lourdes Gonçalves Furtado
Editora Chefe Angela Pizzani
Editor Assistente Socorro Jorge e Angela Botelho
Designer Gráfico Andréa Pinheiro
Estagiário Claudionor Vieira Junior
Texto
Paulo Bezerra Cavalcante
Ilustrações
Antônio Carlos S. Martins
Fotos da Capa
Antônio Carlos S. Martins
(raízes e folhas da mandioca)
INTRODUÇÃO
Este é o sexto álbum para colorir da Série Infantil do Museu Goeldi tendo como
tema as FLORES DA AMAZÔNIA. Apesar do título - Flores da Amazônia - aparecem
algumas flores que não são originárias dessa região, pois a Floresta Amazônica não é das
mais ricas e talvez seja a menos rica em plantas de flores vistosas e ornamentais. Esse tipo
de flores, comuns em nossos jardins, em sua grande maioria é de procedência estrangeira,
aqui introduzidas há séculos, e hoje tão bem aclimatizadas, a ponto de serem consideradas por muitas pessoas como plantas naturais da região. Existem, na verdade, algumas
flores amazônicas de rara beleza, como são certas orquídeas e outras flores silvestres em
áreas campestres, muito pouco aproveitadas em nossos jardins.
Quem percorre o interior da mata densa e alta, praticamente não encontra plantas de flores vistosas e atraentes. Só mesmo no alto de um avião é que se pode observar,
em determinadas épocas, esparsas copas de grandes árvores tingidas de amarelo-ouro,
róseo, roxo-azulado etc; o que realmente é um belo espetáculo.
Finalmente, o que se destaca em nossas plantas é a folhagem, o verde exuberante
proporcionado pelo clima quente e úmido da região.
Só quem vivi a Amazônia como o Professor Paulo Cavalcante, Pesquisador Titular
do Museu Goeldi, autor deste álbum e Antônio Carlos Martins, Desenhista do Museu,
podem captar a beleza exótica e os mistérios de nossa Amazônia. A flor que ilustra a capa
deste álbum foi coletada pela primeira vez pelo Professor Paulo Cavalcante, e descrita
pelo botânico, especialista desse grupo, Professor Daniel F. Austin, que, homenageando
o coletor da espécie, deu-lhe o nome: Ipomoea Cavalcantei.
Com esta publicação, mais uma vez, o Museu Goeldi resgata sua função social
como disseminador de conhecimentos relativos à Amazônia, levando ao público, principalmente ao infanto-juvenil, alguns dos resultados de suas atividades em sua secular trajetória.
Conhecendo, admirando e amando a Amazônia, conscientes de sua importância,
unidos em um só ideal, certamente lutaremos pela sua preservação.
FLOR
Todos os seres vivos nascem com o instinto de reprodução, isso é, de deixarem
descendentes e, assim, perpetuam a espécie.
A reprodução nos animais, geralmente, tem início com o acasalamento de dois
indivíduos: o macho e a fêmea, cada um contribuindo com uma célula especializada que
se unem dando início à formação do novo indivíduo. Na maioria das vezes o acasalamento dos animais é antecedido de certos rituais, geralmente danças, movimentos, cantos e outros trajetos. Nas plantas superiores não se observa esse acasalamento de dois
indivíduos, tão freqüente nos animais. Há, contudo, a união de duas células especializadas, fornecidas por um só indivíduo ou por dois indivíduos distintos. Essas células
especializadas estão contidas em estruturas muito delicadas, protegidas por sépalas e
pétalas, formando este conjunto que se conhece pelo nome de flor.
Do ponto de vista botânico ou científico, a flor é o órgão reprodutor dos vegetais
superiores. Do ponto de vista popular, lírico ou poético, a flor simboliza o amor, o belo,
enfim, tudo o quanto faz bem ao espírito e, como é notório, não falta jamais nos momentos de alegria ou de tristeza.
Como regra geral, os preparativos para o casamento entre os humanos têm início
com a aquisição da casa - futuro lar. Dentro dessa casa merece uma atenção especial na
decoração, um compartimento destinado ao novo casal: a alcova. Também os vegetais não
descuidaram desse compartimento especial onde de processa a reprodução. A flor é, por
excelência, a alcova das plantas. Dentro dessa alcova vegetal, encontram-se os dois elementos: masculino e feminino, por exceção pode faltar um, e só raramente dois. Pelas
suas variadas cores e perfumes, pela suavidade e beleza, é a flor a mais bela e perfeita
expressão da natureza.
Vamos, agora, estudar a flor do ponto de vista botânico.
A flor apresenta-se nas plantas nas mais variadas formas, tamanhos, cores, estruturas etc. O perfume das flores é um dos atributos mais atrativos, mais decantados e mais
apreciados. Entretanto, existem flores inodoras (sem cheiro) assim como outras de cheiro
repugnante. Em nossas matas, não raro, encontramos flores com forte cheiro de cadáver
em adiantado estado de putrefação, sentido a grandes distâncias. Outras flores de formas
estranhas, que fogem completamente do tipo normal, como as aristolóquias, são encontradas em nossas capoeiras e matas. A corola dessas plantas forma um saco profundo no
qual são apreendidos muitos insetos, que realizam a polinização e depois são digeridos
em um líquido produzido. Assim, as aristolóquias são consideradas insectívoras.
Na classificação dos vegetais, a flor é de fundamental importância, porque é o
órgão que fornece o maior número de caracteres mais estáveis necessários à distinção
entre uma espécie e outra.
O famoso botânico alemão do século XVIII, Carlos Lineu, criou um sistema de
classificação baseado, unicamente, nos elementos da flor. Esse sistema foi considerado o
mais perfeito e prático para aquela época.
Para estudarmos todos os elementos de uma flor, temos que eleger um tipo padrão,
isto é, uma flor completa. Esse tipo de padrão contém, na seqüência de fora para dentro,
as seguintes partes: cálice, corola, androceu e gineceu.
Os dois primeiros - cálice e corola - são considerados elementos acessórios, servindo apenas de proteção e chamariz aos insetos polinizadores. Os dois últimos - androceu
e gineceu - são os elementos fundamentais da flor, responsáveis pela fecundação e multiplicação da planta.
Cálice é o envoltório mais externo da flor, cuja função principal é proteger os outros elementos. É formado de segmentos foliáceos chamados sépalas, na maioria das vezes
de cor verde e em número de três a cinco. Um cálice é chamado inteiro ou gamossépalo
quando suas sépalas estiverem soldadas entre si, em maior ou menor extensão. Quando
as sépalas estão inteiramente livres, o cálice é chamado de dialissépalo.
Corola é o segundo envoltório, constituindo a parte mais vistosa da flor, cuja principal função pelas suas cores e perfume é atrair insetos polinizadores dando-lhes, em retribuição, o néctar com que se alimentam.
A corola é formada de segmentos delicados chamados pétalas. Como as sépalas do
cálice, elas podem estar isoladas ou livre e, então, costuma-se dizer que a flor é gamopétala, no primeiro caso, ou seja, soldadas, unidas e dialipétala, no segundo, livres.
É mais comum a corola de três ou cinco pétalas, contudo, pode haver corola de
uma só pétala, como nas nossas quarubas, e corolas de muitas pétalas, como na roa, na
nossa vitória-régia, entre outras.
As cores mais freqüentes das corolas são branco, vermelho, amarelo, roxo, róseo,
podendo haver muitas outras cores intermediárias e, raramente, o azul.
Androceu é o elemento masculino dos vegetais, formado pelos estames. Um
estame é constituído das seguintes parte: uma haste fina e delicada chamada filete, um
corpúsculo na extremidade do filete chamado antera, que se compõe de duas células
chamadas tecas. Dentro das tecas formam-se os grãos de pólens que são as células sexuais masculinas, também chamadas de microporos. Uma flor pode ter de um a centenas
de estames, e às vezes nenhum.
Gineceu é o órgão feminino das plantas que em grego significa compartimento de
uma casa destinado às mulheres. O gineceu é formado por um ou mais carpelos ou
macrosporófilos. Um carpelo possui três parte: uma basal, dilatada e oca, chamada
ovário, dentro da qual se encontram vários corpúsculos, às vezes só um, chamados óvulos ou macrosporos. A parte superior do ovário estreita-se formando uma haste curta ou
longa denominada estilete em cuja extremidade superior há uma estrutura especial e viscosa, o estigma.
Esse é, em rápidas pinceladas, o retrato de uma flor típica. Se fôssemos abordar em
detalhes todos os tipos de flores, analisando ainda todos os seus elementos, formaríamos
um livro de algumas centenas de páginas.
Vamos agora, rapidamente, conhecer como se processa a fecundação nas plantas.
Já vimos que o androceu é o órgão masculino, representado pelos estames, contendo células especializadas - os grãos de pólen - encontradas nas anteras.
No gineceu temos os carpelos, ovários e óvulos e dentro destes o saco embrionário
com a célula especializada feminina - a oosfera e outros núcleos.
5
Vale a pena antecipar que, após a fecundação, o ovário aumenta de volume, transformando-se em fruto e, do mesmo modo, os óvulos em sementes.
Quando examinamos uma flor, notamos, muitas vezes, o desprendimento de um
pó amarelo, são milhares de grãos de pólen liberados pelas anteras. Alguns desses grãos,
com o auxílio do vento, dos insetos, dos pássaros, ou por outro meio qualquer, vão cair
diretamente sobre o estigma, onde são retidos pela substância viscosa do mesmo. Por um
efeito químico dessa substância, os grãos de pólen germinam e emitem um prolongamento como se fosse uma raiz, é o tubo polínico, que caminha através do tecido condutor do estilete na direção dos óvulos, levando na ponta dois núcleos que existiam no grão.
Entrando no óvulo, os dois núcleos dirigem-se a uma formação chamada saco embrionário onde um dos núcleos funde-se com a célula especializada feminina - a oosfera, e
o outro núcleo do tubo polínico funde-se com outra célula do saco embrionário; nesse
ponto consuma-se a fecundação.
Os hormônios formados em decorrência da fecundação ativam a divisão celular e,
assim, a oosfera dá origem ao embrião, a futura planta. A fusão dos outros dois núcleos
dá origem a um tecido reserva, o endosperma, e outros tecidos que compõem a semente.
Os hormônios determinam, também, o crescimento do ovário, transformando-o em fruto.
Vejamos na Figura A as principais partes de uma flor completa, na qual foram cortados, de cima para baixo, a corola, o cálice e o ovário, para mostrar sua organização.
Na Figura B temos um ovário com um só óvulo, como no abacate. Sobre o estigma há um grão de pólen que germinou e emitiu o tubo polínico, o qual leva, em sua
extremidade, os dois núcleos. Um deles funde-se com a oosfera para formar o embrião,
ou seja, a futura planta, o outro núcleo funde-se com o núcleo secundário do saco embrionário, dando origem ao tecido de reserva e às outras partes da semente, como mostra a
Figura C.
Vamos passar para uma tarefa mais amena e agradável, colorindo as flores com
lápis de cor, ou tinta adequada. As corolas de acordo com as cores indicadas nos textos,
e os cálices e folhas de verde.
Pinte com carinho, ame as flores, preserve a natureza, viva a Amazônia.
Paulo Cavalcante
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GLOSSÁRIO
Acaule - Que não tem caule.
Aristolóquias - Grupos de plantas cujas flores fogem ao padrão comum.
Bulbo - Cálice curto e intumescido.
Bulboso - Em forma de bulbo, como a cebola.
Brácteas - Expansões foliáceas formadas na base das flores.
Capítulo - Tipo de inflorescência, cujas flores estão compactamente unidas, como
o girassol e a zina.
Caule - Tronco da planta.
Cipó volúvel - Planta que, usando um suporte, nele se enrola, como o feijão.
Envoltório - Elemento que envolve, protege a flor.
Escandente - Sem substância própria, que precisa de um apoio, como as
trepadeiras.
Epífitas - Plantas que crescem sobre as outras.
Estaminódios - Estames sem pólen, estéries.
Espádice - Espécie de inflorescência em forma de espiga como a flor do antúrio.
Foliáceos - Com consistência de folhas.
Gavinhas - Folhas modificadas que a planta utiliza para fixar-se num suporte,
como maracujazeiros.
Herbácea - Planta com constituição delicada, que não é lenhosa, como a orquídea
(cataléia).
Inflorescência - Conjunto de flores, dispostas de formas variadas.
Insectívora - Que se alimenta de insetos.
Néctar - Líquido açucarado das flores.
Panícula - Tipo de inflorescência em forma de pirâmide.
Planta arbustiva - Planta de pequeno porte.
Planta lenhosa - Que apresenta em tronco lenhoso.
Plantas superiores - Normalmente são as plantas que possuem flores.
Polinização - Transporte de pólen ao estigma.
Pedúnculo - Base, talo das flores e frutos.
Sépalas - As divisões do cálice.
Tubulosa - Em forma de tubo.
8
A
LAMANDA
Allamanda cathartica
P
lanta escandente ou trepadeira, com abundante folhagem e leite branco. Flor
amarelo-canário, com cerca de 10 cm de altura. É planta comum em todas as
regiões tropicais, cultivada ou espontânea. Combinada com o riso-prado (buganvília), produz um belo efeito decorativo nos jardins.
10
A
NTÚRIO
Anthurium sp
P
lanta terrestre ou epífita, ornamental, espalhada por quase todo o Brasil, muito cultivada em vaso conservado no interior das residências. Flores em inflorescência
denominada espádice, protegida por uma grande bráctea chamada espata, de cor
vermelha.
11
B
ANANEIRA BRABA
Heliconia rostrata
P
lanta acaule com um falso tronco formado pelas bainhas das folhas, chegando a 2
ou 3 metros de altura. Inflorescência pendente formada de brácteas dentro das
quais estão pequenas flores. Planta procedente de Rondônia e cultivada no parque
Zoobotânico e nos jardins do campus do Museu Goeldi.
12
B
ARBA-DE-BARATA
Caesalpinia pulcherrima
A
rbusto com cerca de 2 a 3 metros, espinhoso. Floresce durante quase todo o ano. As
flores são vermelhas com pequenas manchas amarelas. Muitas vezes a planta aparece
espontaneamente nos jardins, devido à fácil dispersão e germinação das sementes.
Essa espécie é de origem antilhana.
13
B
P
ICO-DE-PAPAGAIO
Heliconia psitacorum
lanta herbácea acaule, muito comum em lugares descampados, úmidos e arenosos.
Flores em pedúnculos longos, cor de abóbora, muito ornamental, ideal para compor a paisagem de jardins.
14
B
OCA-DE-LOBO
Antirrhinus majus
P
lantinha arbustiva e delicada, originária do Velho Mundo, há muito tempo aclimatada em nossos jardins e, às vezes, aparece espontaneamente em terrenos abandonados. A forma da flor lembra o focinho de um animal (lobo), sendo o lábio inferior roxo-escuro ou púrpura.
15
C
ASTANHA-DE-MACACO
Couroupita guianensis
É
uma árvore bastante grande das matas de várzea alta do Amazonas. Os frutos são
arredondados, volumosos, pesando até 2 quilos. As flores são dispostas em cachos
no tronco e nos galhos grossos; corola vistosa em cachos com cerca de 6 a 8 cm de
diâmetro, de cor púrpura na parte interna, amarelada por fora e muito perfumada.
Cultivada no horto do Museu Goeldi.
16
C
ATALÉIA
Cattleya violacea
C
ataléia é a forma aportuguesada do gênero cattleya ao qual pertencem muitas das
mais belas orquídeas da região amazônica. São plantas de pequeno porte e epífitas,
isto é, vivem sobre outras plantas que lhes servem de suporte e, por isso, muitas
vezes chamadas, impropriamente, de parasitas. Essa orquídea é comum na bacia do rio
Negro onde já encontramos exemplares com até 15 flores, formando um lindo buquê de
cor violácea.
17
C
ATASSETO
Catassetum macrocarpum
T
ipo de orquídea epífita que cresce nos ramos e troncos mais ensolarados das
árvores. Flores de formato curioso, dotadas de um perfume próprio, capazes de
atrair aqueles grandes insetos conhecidos por "mamangabas", os quais se encarregam da polinização cruzada dessas orquídeas. As flores são amarelo-esverdeadas.
18
C
EBOLA BRABA
Hipeastrum equestre
P
lantinha herbácea, terrestre, com o caule subterrâneo e bulboso em forma de uma
cebola. Flores grandes, afuniladas, vermelhas, muito vistosas. O bulbo dessa planta é tido como venenoso, podendo até causar a morte de pessoas. A planta é dispersa por toda a região e encontrada em áreas campestres, arenosas, às vezes, úmidas.
19
C
P
EBOLA-DA-MATA
Clusia insignis
lanta epífita das árvores altas da mata, geralmente muito difícil de alcançá-la.
Flores com quatro pétalas brancas por fora e vermelho-escuras por dentro, com
exótico e agradável perfume. Planta comum por toda a região amazônica.
20
C
IPÓ-DE-LEITE
Mandevilla hirsuta
ipó fino, leitoso e revestido de pêlos, ocasionalmente encontrado na capoeira secundária por
toda região. Flor tubulosa, amarelo-alaranjada, com a parte interna do tubo cor de vinho
tinto.
C
21
F
AVEIRA-DO-IGAPÓ
Parkia auriculata
P
equena árvore dos igapós e beira de rios, comum na bacia do rio Negro. As flores
são pequeníssimas, compactamente agrupadas em uma inflorescência ovalada,
marrom-escuras, em cuja base se forma um tufo de filete (estaminódios) de cor
escarlate. A forma do conjunto lembra uma chupeta.
22
F
C
LOR SILVESTRE
Rhabdadenia macrostoma
ipó de pequeno porte, com folhas opostas e abundante leite branco e viscoso,
geralmente crescendo nas áreas de vegetação baixa e aberta, às vezes na várzea.
Flor tubulosa, de cor rósea.
23
G
IRASSOL
Helianthus annuus
P
lanta anual de até 2 ou 3 metros de altura, originária da América do Norte e cultivada em todo o mundo pela importância de suas sementes na indústria de óleo e na alimentação de aves; muitas vezes cultivada, também, como planta ornamental. O que
muita gente chama de flor, no girassol nada mais é do que uma inflorescência do tipo capítulo; é um disco marrom formado de centenas de pequenas flores, circundado por segmentos amarelos chamados lígula.
24
J
P
URUBEBÃO
Solanum grandiflorum
lanta arbustiva, lenhosa, de até 3 metros de altura, cheia de espinhos curtos e afiados. Flores com a corola inteira roxo-azulada, com o centro amarelo, de rara
beleza. Planta comum em quase todas as capoeiras da região.
25
L
E
AVADEIRA
Catharanthus roseus
spécie originária de Madagascar e bem aclimatada em nossos jardins. Arbustinho de
30 a 40 cm, quase sempre coberto de delicadas flores lilases, sem perfume.
26
M
AMORANA
Pachira aquatica
P
equena árvore de 4 a 8 metros, em alguns lugares utilizada na arborização. Flores
grandes, vistosas, com o cálice tubular verde-castanho; corola com as pétalas livres,
amareladas, com cerca de 25 a 30 cm de comprimento, enroladas em espiral.
Estames com cerca de 20 a 25 cm vermelhos, constituindo a parte mais vistosa da flor.
Planta comum nas áreas alagadas da periferia de Belém.
27
M
P
ARACUJÁ-DO-MATO
Passiflora coccinea
lanta trepadeira com gavinhas, geralmente crescendo nas áreas campestres ou
capoeiras e beira da mata. Flores com cerca de 10 cm de diâmetro, vermelhas,
muito atrativas.
28
M
C
UCUNA
Dioclea virgata
ipó lenhoso, volúvel, freqüente nas capoeiras de toda a região. Flores roxas, muito
vistosas em longas inflorescências racemosas.
29
P
APO-DE-PERU
Aristolachia sp
P
lanta trepadeira dispersa por todo o Brasil, em matas, capoeiras e cerrados. A característica mais notável dessas plantas encontra-se na forma extravagante e no
tamanho de suas flores. Elas têm a forma de um profundo jarro onde se processa a
polinização pelos insetos retidos no bojo do vaso. Esses insetos são atraídos pelo cheiro
fétido parecido com carniça. Algumas flores têm lábios inferiores medindo até 60 cm por
40 cm e são de cor esverdeada com manchas roxas.
30
P
APOULA
Hibiscus rosa-sinensis
O
riginária da China, é uma das plantas ornamentais mais familiares em nossos
jardins. Suas flores grandes e vermelhas produzem um belo contraste com o
verde-escuro de sua folhagem. Fora da Amazônia é conhecida como "mimo-devênus", "rosa-da-china", "graxa-de-soldado" etc.
31
P
A
ATA-DE-BOI
Bauhinia sp
rbusto meio escandente de 3 a 4 metros de altura, com as folhas em formato de
casco de boi e com flores róseas semelhantes a uma "cataléia".
32
Q
UARESMEIRA
Tibouchina semidecandra
A
rbusto muito ramificado, chegando até 3 metros de altura, com folhas macias, aveludadas. Flores dispostas em panículas terminais, com cerca de 40 cm, com a corola roxa. Espécie nativa do sudeste do Brasil, largamente cultivada nos jardins.
Floração (no ambiente natural) em fevereiro e abril, época da quaresma, daí o nome pelo
qual também é conhecida "flor-da-quaresma".
33
Q
UINA
Quassia amara
A
rbusto tradicionalmente conhecido pelas suas propriedades medicinais e, por isso,
largamente cultivado em toda a América tropical. Suas flores são, contudo, ornamentais, de um vermelho muito vivo, razão pela qual a planta é muitas vezes colocada nos jardins.
34
R
ISO-DO-PRADO
Bougainville spectabilis
T
ambém conhecida como "três marias" e "buganvília" é uma planta lenhosa,
trepadeira, cheia de espinhos rígidos. Originária do Brasil, é comum em quase
todos os jardins públicos e particulares. Floração abundante, cada flor com uma
bráctea vermelha ou lilás e outras cores, de belo efeito decorativo.
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S ALSA
Ipomoea asarifolia
P
lanta rastejante, às vezes meio ereta com leite viscoso. Flor afunilada de 8 cm de
altura, de cor lilás, muito vistosa. Essa planta é dispersa por quase todas as regiões
tropicais do mundo nas áreas campestres. Floresce durante a maior parte do ano.
36
S
ALSA-DE-CARAJÁS
Ipomoea cavalcantei
A
rbustinho escandente com flores de um vermelho intenso, muito vistosas. Essa
espécie é somente encontrada na serra dos Carajás, crescendo sobre o minério de
ferro. Devido à beleza das flores, seu cultivo vem sendo tentado no campus do
Museu Goeldi.
37
T
OÉ
Datura insignis
P
lanta arbustiva com flores afuniladas, de 12 a 15 cm de altura, de com levemente
rósea. As folhas são tóxicas e alucinógenas e, por isso, empregadas em certos rituais, pajelança, macumba etc, entre indígenas ou mesmo civilizados. A planta é cultivada por toda a Amazônia, nos altos rios, até Iquitos.
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T
A
URNERA
Turnera ulmifolia
rbustinho com cerca de 60 cm de altura, cultivado, ou surgindo espontaneamente
nos jardins, quintais ou terrenos abandonados. Durante quase todo o ano, cobre-se
de flores amarelo-claras, com o centro roxo-escuro, de belo efeito decorativo.
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V
ITÓRIA RÉGIA
Victoria amazonica
É
uma das maiores plantas aquáticas da região amazônica, cujas folhas circulares e
flutuantes podem atingir mais de 2 metros de diâmetro. A flor mede até 30 cm de
diâmetro e sua abertura tem início ao pôr-do-sol. Durante a noite, as pétalas são
alvas, mas tornam-se vermelhas no dia seguinte, sob ação dos raios solares.
40
Z
P
INA
Zinnia elegans
lanta ereta de até 1,5 m de altura, originária do México, muito cultivada em nossos jardins. Flores reunidas em capítulo, semelhantes a um pequeno girassol, ostentando as mais variadas cores.
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