Vigilância epidemiológica - Vacinação

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Região de Saúde do Norte
Gripe sazonal - Vigilância epidemiológica e vacinação
Semana 40 de 2016 a semana 2 de 2017 (3 de outubro de 2016 a 15 de janeiro de 2017)
1. Nota metodológica
201 /2017 foi construído
Este relatório de vigilância epidemiológica da gripe sazonal época 2016/201
com base nos seguintes dados:
- Procura dos cuidados de saúde primários por síndrome gripal, tendo como fonte a pasta
“Monitorização Temperaturas Extremas” do Sistema de Informação das Administrações
Regionais de Saúde (SIARS), dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde;
- Procura dos serviços de urgência hospitalares por síndrome gripal, tendo como fonte a pasta
“Monitorização Temperaturas Extremas” do Sistema de Informação
Informação das Administrações
Regionais de Saúde (SIARS), dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde;
- Vigilância laboratorial, tendo como fonte de dados os resultados laboratoriais do laboratório
do Centro Hospitalar São João, E.P.E.;
- “Mortalidade por
or todas as causas” do projeto Vigilância Diária da Mortalidade, do
Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional
Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge;
- Número de óbitos, por todas as causas, por grupo etário, do Sistema de Informação dos
Certificados de Óbito,
o, da Direção-Geral
Direção
da Saúde;
- Número de inoculação de vacina VgripeSNS, registadas no Sistema de Informação das
Administrações Regionais de Saúde (SIARS).
Departamento de Saúde Pública
Vigilância Epidemiológica da Gripe
Grip Sazonal
1
2. Dados de procura dos cuidados
c
de saúde primários por síndrome gripal (consultas
codificadas com R80)
Entre a semana 40 de 2016 e a semana 2 (não completa, dados de 6 dias) de 2017 foram
registadas 24761 consultas por síndrome gripal nos cuidados de saúde primários. A sua
distribuição por semana encontra-se
encontra no quadro 1 e figura 1. Entre a última semana
sema de 2016 e a
primeira semana de 2017 registou-se
registou se um acréscimo de 38% de consultas por síndrome gripal.
gripal
A manter-se
se a tendência que os dados de seis dias da semana 2 de 2017 permitem antever,
ter-se-áá atingido o pico no número de consultas por síndrome gripal
gripal nos CSP durante a
primeira semana de 2017.
Quadro 1 – Número de consultas semanais por síndrome gripal em Cuidados
C
de Saúde
aúde Primários (CSP)
e variação percentual, semana 40 de 2016 à semana 2 (não completa) de 2017,, região de saúde do
Norte (SIARS)
Ano
2016
2017
Semana
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
1
2
Período
De 3/10 a 9/10
De 10/10 a 16/10
De 17/10 a 23/10
De 24/10 a 30/10
De 31/10 a 6/11
De 7/11 a 13/11
De14/11 a 20/11
De 21/11 a 27/11
De 28/11 a 4/11
De 5/12 a 11/12
De 12/12 a 18/12
De 19/12 a 25/12
De 26/12 a 1/1
De 2/1 a 8/1
De 9/1 a 14/1*
14
Nº Consultas
310
375
409
306
276
444
608
903
1387
1832
3010
3315
3509
4835
3242
Variação %
+ 21%
+ 9%
- 25%
- 10%
+ 61%
+ 37%
+ 49%
+ 54%
+ 32%
+ 64%
+ 10%
+6%
+38%
-
* Semana não completa
6 000
5 000
4 000
3 000
2 000
1 000
0
Figura 1 – Evolução do número
úmero de consultas semanais por síndrome gripal em Cuidados de Saúde
Primários (CSP), semana 40 a semana de 2016 e a semana 2 (não completa) de 2017,
2017 região de saúde
do Norte (SIARS)
Departamento de Saúde Pública
Vigilância Epidemiológica da Gripe
Grip Sazonal
2
No quadro 2, encontra-se
se registada a evolução semanal do número de consultas por síndrome
gripal, por ACES/ULS. No quadro 3, observa-se
observa
a distribuição do número de consultas por
síndrome gripal por grupo etário,
etário registadas nos mesmos serviços.
Departamento de Saúde Pública
Vigilância Epidemiológica da Gripe
Grip Sazonal
3
Quadro 2 – Número de consultas semanais por síndrome gripal por ACeS/ULS
ACeS/ULS, semana 40 de 2016 e a semana 2 (não completa) de 2017,
2017 região de saúde do Norte (SIARS)
ACES/ULS
ULS Alto Minho
ACES Feira/Arouca
ACES Vale do Sousa Sul
ACES Aveiro Norte
ACES Gerês/ Cabreira
ACES Barcelos/Esposende
ACES Braga
ACES Baixo Tâmega
ACES Famalicão
ACES Vale do Sousa Norte
ULS Matosinhos
ACES Porto Ocidental
ACES Porto Oriental
ACES Póvoa do Varzim/Vila do Conde
ACES Santo Tirso/Trofa
ACES Gaia
ACES Marão e Douro Norte
ACES Alto Tâmega e Barroso
ACES Douro Sul
ACES Espinho/Gaia
ACES Alto Ave
ACES Gondomar
ACES Maia/Valongo
ULS Nordeste
Total
40
16
21
23
5
13
2
11
10
8
14
14
14
12
7
12
11
9
14
1
23
8
18
23
21
310
41
34
12
20
6
7
6
9
14
9
19
21
22
18
3
6
25
14
17
3
26
20
23
32
9
375
42
31
20
29
7
8
11
16
8
12
9
31
17
13
11
16
20
12
14
13
35
16
25
19
16
409
43
19
18
14
13
2
11
16
19
10
5
15
18
14
15
8
13
18
4
6
20
12
18
12
6
306
44
25
14
13
4
3
7
16
12
5
11
17
13
10
9
7
13
14
7
12
15
7
11
18
13
276
45
24
18
35
13
10
12
21
12
16
13
18
26
22
14
25
16
14
18
7
35
20
12
34
9
444
46
33
21
48
15
7
15
23
23
18
21
34
24
29
17
29
24
27
11
15
51
15
24
71
13
608
Semana
47
36
27
105
16
12
17
23
30
10
46
53
46
44
25
35
42
20
25
16
58
48
58
102
9
903
48
58
52
135
10
20
23
24
59
26
162
64
82
61
32
40
68
32
28
10
105
75
85
117
19
1387
49
61
46
142
14
21
31
37
99
36
114
92
128
90
35
50
131
106
27
14
137
130
123
159
9
1832
50
133
124
199
50
32
69
90
154
69
144
137
148
173
66
113
179
92
33
43
233
304
184
191
50
3010
51
151
135
132
87
45
103
141
208
111
134
163
147
158
86
126
168
112
46
57
231
333
209
176
56
3315
52
310
135
58
79
66
145
203
138
129
108
141
147
131
118
117
164
170
69
70
279
291
202
174
65
3509
1
409
194
129
123
165
275
340
166
175
176
196
182
143
174
137
176
162
85
126
303
355
270
202
172
4835
2*
267
136
81
60
174
230
235
128
134
96
115
124
109
158
78
114
112
70
102
153
192
151
131
92
3242
* Semana não completa (dados de 9/1 a 14/1)
Departamento de Saúde Pública
Vigilância Epidemiológica da Gripe Sazonal
4
Quadro 3 – Distribuição do número semanal
semana de consultas por síndrome gripal nos ACES/ULS por grupo
etário, semana 40 a semana de 2016 a semana 2 (não completa) de 2017, região
egião de saúde do Norte
(SIARS)
Semana
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
1
2
Total
< 1 ano
1-5
5 anos
1
4
2
4
2
1
2
2
4
5
8
15
12
13
14
83
15
13
16
13
17
12
27
22
51
60
132
138
82
102
94
794
Grupo etário
6-18 anos
19-59
anos
36
203
44
258
29
278
35
196
33
161
80
270
124
356
240
518
393
743
428
1059
533
1825
395
2128
219
2323
394
3227
458
2003
3441
15548
Total
60-64
anos
16
7
17
16
19
22
30
49
61
98
174
239
286
342
186
1562
> 65 anos
39
49
67
42
44
59
69
72
135
182
338
400
587
757
487
3327
310
375
409
306
276
444
608
903
1387
1832
3010
3315
3509
4835
3242
24761
O acréscimo no número de consultas que ocorreu entre a semana 52
52 de 2016 e a semana 1 de
2017 registou-se
se em todos os grupos etários,
etários, no entanto, foi no grupo etário dos com idades
entre os 6-18
18 anos que o acréscimo foi mais evidente (+80%), seguindo-se
seguindo se o grupo dos com
idades entre os 19-59
59 anos (+39%) e o dos mais idosos (+29%). Esta tendência verificada no
grupo etário 6-18
18 anos manteve-se
mant
se ao longo do período de tempo disponível da semana 2 de
2017.
OO * Semana não completa
Departamento de Saúde Pública
Vigilância Epidemiológica da Gripe
Grip Sazonal
5
3. Dados de procura dos serviços de urgência hospitalares por síndrome gripal
(consultas codificadas com 487)
Entre a semana 40 de 2016 e a semana 2 de 2017 registaram-se 5715 consultas por síndrome
gripal nos serviços de urgência hospitalares. A sua evolução semanal encontra-se
encontra no quadro 4
e na figura 2, a sua distribuição por grupos etários encontra-se
encontra se no quadro 5 e a sua distribuição
porr centro hospitalar/hospital encontra-se
encontra
no quadro 6. Durante o período em análise, as
consultas por síndrome gripal representaram entre 0,33%
0,
a 2,70%
% do total de consultas
efetuadas nos serviços de urgência. Pela segunda semana consecutiva verificou-se
verificou
um
decréscimo no número de consultas por síndrome gripal nos serviços de urgência hospitalares.
Foi no final do ano de 2016 que se registou o pico, com 857 consultas.
Quadro 4 – Número de consultas semanais por síndrome gripal em serviços de urgência de alguns
algu
hospitais (ver abaixo) e variação percentual,
percentual semana 40 de 2016 e a semana 2 de 2017,
201 região de
saúde do Norte (SIARS)
Ano
2016
2017
Semana
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
1
2
Período
De 3/10 a 9/10
De 10/10 a 16/10
De 17/10 a 23/10
De 24/10 a 30/10
De 31/10 a 6/11
De 7/11 a 13/11
De 14/11 a 20/11
De 21/11 a 27/11
De 28/11 a 4/12
De 5/12 a 11/12
De 12/12 a 18/12
De 19/12 a 25/12
De 26/12 a 1/1
De 2/1 a 8/1
De 9/1 a 15/1
Nº Consultas
124
109
135
111
120
116
178
285
499
541
728
744
857
690
478
Variação %
- 12%
+ 24%
- 18%
+ 8%
- 3%
+ 53%
+ 60%
+ 75%
+ 8%
+ 34%
+ 2%
+ 15%
- 19%
- 30%
Departamento de Saúde Pública
Vigilância Epidemiológica da Gripe
Grip Sazonal
6
900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
Figura 2 – Evolução do número de consultas semanais por síndrome gripal em serviços de urgência de
alguns hospitais, semana 40 de 2016 a semana 2 de 2017,, região de saúde do Norte (SIARS)
A tendência decrescente que se verificou nas duas últimas semanas abrange todos os grupos
etários, exceto os menores de 19 anos de idade
idad (Quadro 5).
Quadro 5 – Distribuição do número semanal acumulado de consultas por síndrome gripal em serviços
de urgência de alguns hospitais,, semana 40 de 2016 a semana 2 de 2017,, região de saúde do Norte
(SIARS)
Semana
< 1 ano
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
1
2
Total
1
6
4
3
5
1
4
4
7
8
12
13
22
4
8
102
1-5
5 anos
2
6
5
2
8
15
34
31
39
46
28
19
9
21
256
56
Grupo etário
6-18 anos
19-59
anos
12
85
12
61
11
80
13
58
13
74
14
77
33
95
75
141
133
237
149
236
140
349
122
342
74
477
76
335
88
219
969
2881
Total
60-64
anos
8
6
7
2
1
4
6
6
22
25
44
55
40
41
25
294
> 65 anos
18
24
31
29
22
18
32
44
66
92
144
166
216
208
8
117
1239
239
124
109
135
111
120
116
178
285
499
541
728
744
857
683
478
5715
Do total de 5715 consultas hospitalares por síndrome gripal registadas entre a semana 40 de
2016 e a semana 2 de 2017, 42 (0,73%) originaram internamento hospitalar.
Departamento de Saúde Pública
Vigilância Epidemiológica da Gripe
Grip Sazonal
7
Quadro 6 – Número de consultas semanais por síndrome gripal em serviços de urgência de alguns hospitais, por centro hospitalar,
ar, semana
s
40 de 2016 a semana 2 de
2017, região de saúde do Norte (SIARS)
Centro Hospitalar/Hospital
Total
40
1
9
5
16
12
7
10
29
9
16
10
124
41
1
4
4
10
31
10
9
19
8
5
8
109
42
1
3
3
15
29
15
13
23
16
5
12
135
43
6
2
6
14
18
2
14
10
17
8
8
6
111
44
5
5
4
8
27
4
12
9
11
12
7
16
120
45
4
2
3
15
11
17
8
21
2
15
6
12
116
46
1
3
8
17
17
26
17
45
12
15
17
178
% de SG no total dos atendimentos em SU
0,36%
0,39%
%
0,44%
0,33%
0,40%
0,36%
0,55%
Hospital Santa Maria Maior
ULS Matosinhos
CH Póvoa de Varzim/Vila do Conde
ULS Alto Minho
ULS Nordeste
CH de Trás-os-Montes e Alto Douro
CH do Médio Ave
CH de Vila Nova de Gaia/Espinho
CH Tâmega e Sousa
CH de Entre o Douro e Vouga
CH de São João
CH do Porto
Hospital da Senhora da Oliveira - Guimarães
Semana
47
48
4
7
12
23
6
31
23
33
30
24
1
44
62
31
78
81
150
4
11
26
25
27
14
37
285
499
0,82%
1,23%
49
50
51
52
1
2
18
26
25
42
34
5
57
99
114
2
32
47
40
541
22
29
49
57
61
3
83
107
134
1
63
41
78
728
34
26
39
84
67
81
97
106
4
54
89
63
744
30
20
63
118
134
7
113
61
110
7
69
69
56
857
26
58
143
161
3
54
37
60
1
46
58
43
690
26
5
46
90
104
3
42
22
58
2
28
31
21
478
1,44%
2,03%
2,17%
-
-
-
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8
4. Dados de vigilância laboratorial
De acordo com os dados que nos foram enviados pelo Centro Hospitalar de São João (CHSJ) e
que respeitam ao período entre a semana 40 de 2016 (3 de outubro) e a semana 2 de 2017 (15
de janeiro), em 811 pedidos de deteção do vírus Influenza, 105 foram positivos para o vírus
Influenza A, representando
ntando 12,8%
12,8% do total de amostras. A evolução semanal do número de
pedidos laboratoriais e resultados positivos para o vírus Influenza observa-se
observa se no quadro 7. Na
semana 2 de 2017 registou-se
registou se uma redução no número de pedidos de deteção do vírus
Influenza e uma redução na proporção dos resultados positivos, comparativamente à primeira
semana do ano (106 versus 97 e 18,9% versus 12,4%, respetivamente). Em 8 dos 12 resultados
positivos para o vírus Influenza A foi identificado o subtipo H3.
Quadro 7 – Número de pedidos de deteção de vírus Influenza e número e percentagem de resultados
positivos, por semana, no laboratório do Centro Hospitalar de São João,
João semana 40 de 2016 a semana
2 de 2017,, região de saúde do Norte (CHSJ)
Ano
2016
2017
Semana
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
1
2
Período
De 3/10 a 9/10
De 10/10 a 16/10
De 17/10 a 23/10
De 24/10 a 30/10
De 31/10 a 6/11
De 7/11 a 13/11
De 14/11 a 20/11
De 21/11 a 27/11
De 28/11 a 4/12
De 5/12 a 11/12
De 12/12 a 18/12
De 19/12 a 23/12
De 26/12 a 01/01
De 02/01 a 08/01
De 09/01 a 15/01
Nº pedidos
27
27
28
24
27
32
17
52
53
50
92
68
68
106
97
Positivos
0
0
0
0
1
2
0
3
9
6
18
19
6
20
12
% Positivos
0
0
0
0
3,7
6,3
0
5,8
17
12
19,6
27,9
8,8
18,9
12,4
Foi no grupo etário das pessoas com 65 ou mais anos de idade que o número e a proporção de
resultados positivos
tivos para o vírus Influenza foram mais elevados,
elevados, representando um quarto das
amostras processadas em pessoas daquele grupo etário e quase metade das amostras
positivas para
ara o vírus Influenza (Quadro 8).
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Quadro 8 – Número de pedidos de deteção de vírus Influenza e número e percentagem de resultados
positivos para o vírus Influenza, por grupo etário, no laboratório do Centro Hospitalar de São João,
João
semana 40 de 2016 a semana
ana 2 de 2017,
2017 região de saúde do Norte (CHSJ)
Grupo etário
<1 ano
1-5 anos
6-18 anos
19-59 anos
60-64 anos
65+ anos
Total
N.º pedidos
252
111
55
158
58
46
189
89
811
Positivos
9
6
4
29
9
48
105
% Positivos
3,6
5,4
7,3
18,4
19,6
25,4
12,9
Do total de 105 amostras positivas
posi
para o vírus Influenza, 14 provinham de 11 doentes
internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI),, distribuídos no tempo da seguinte
forma: 3 doentes na semana 50 de 2016, 4 doentes na semana 51 de 2016 e 4 doentes na
semana 1 de 2017. Do total de 11 doentes com gripe internados em UCI, 8 tinham 65 ou mais
anos de idade.
Para além do vírus Influenza, foram detetados outros vírus respiratórios, entre os quais se
destaca o vírus Sincicial Respiratório (VSR), cuja evolução semanal se
se pode observar na figura
3.
30
25
20
VSR
15
Influenza
10
5
0
40 41 41 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 1
2
Figura 3 – Evolução semanal dos resultados positivos para o vírus Influenza e vírus Sincicial
Respiratório (VSR), no laboratório do Centro Hospitalar de São João, semana 40 de 2016
201 a semana 2
de 2017, região de saúde do Norte (CHSJ)
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10
5. Vigilância diária da mortalidade
Na figura 4 podemos observar a evolução semanal do número de óbitos “por todas as causas”
registados na região de Saúde do Norte, nas épocas gripais de 2014/2015 e 2015/2016
201
e na
presente época gripal, entre as semanas 40 de 2016 e 2 de 2017 (3/10 a 14/1,
14 semana não
completa). A manter-se
se a tendência que se antevê para a semana 2 de 2017, partindo de
dados ainda incompletos, ter-se-á
ter
ultrapassado na região de saúde do Norte,
Norte na presente
época gripal, o pico de mortalidade “por todas as causas”,
causas”, registado na semana 1 de 2017.
2017
Mortalidade Semanal Observada na Região
Norte
1200
Nº de óbbitos
1000
800
600
2014/2015
400
2015/2016
200
2016/2017
0
40 42 44 46 48 50 52 1
3
5
7
9 11 13 15 17 19
Semana
Figura 4 – Evolução da mortalidade absoluta por todas as causas nas últimas 3 épocas gripais (VDM –
Vigilância Diária da Mortalidade).
Mortalidade) Região de saúde do Norte (VDM)
Quando se analisam
m os dados do Sistema de Informação dos Certificados de Óbito,
disponibilizados pela Direção-Geral
Direção
da Saúde,, e se compara o número acumulado de óbitos
por grupo etário registado na região de Saúde do Norte nas semanas 51 de 2014 a 2 de 2015
com igual período
do da época 2016/2017 (Figura 5), constata-se
constata se que foi no grupo etário das
pessoas com mais de 74 anos de idade que se registou o maior acréscimo de óbitos naquele
período da presente época gripal (mais 698 óbitos do que na época 2014/2015).
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Vigilância Epidemiológica da Gripe
Grip Sazonal
11
3500
3000
2500
2000
2014/2015
1500
2016/2017
1000
500
0
<1-24
25-54
55-64
65-74
75+
Figura 5 – Número
mero acumulado de óbitos por grupo etário, semana 51 de 2014 a semana 2 de 2015 e
semana 51 de 2016 a semana 2 de 2017, região de Saúde do Norte (Sistema de Informação dos
Certificados de Óbito – DGS)
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12
6. Conclusão
Os dados apresentados neste relatório indicam
indica que, a manter-se
se a tendência registada na
procura dos serviços de saúde por síndrome gripal nas últimas semanas sob vigilância, na
região de saúde do Norte o pico da atividade gripal terá sido ultrapassado. Apenas a procura
pelo grupo etário dos menores de 19 anos contraria aquela tendência. Os dados disponíveis
indicam ainda que na região, para além de outros vírus respiratórios, circula essencialmente o
vírus Influenza A, subtipo H3. O excesso de mortalidade “por todas as causas” que se verificou
nas últimas
timas semanas de 2016 e início de 2017, parece estar em fase descendente. De realçar
que foi no grupo etário das pessoas com mais de 74 anos de idade que se evidenciou um maior
acréscimo de óbitos na presente época gripal, por comparação com a época 2014/2015.
2014/2
Em Portugal, de acordo com os últimos dados publicados pelo Instituto Nacional de Saúde Dr.
Ricardo Jorge relativos à semana 1 de 20171, a atividade gripal epidémica foi classificada como
moderada, com tendência estável.
estável Os vírus Influenza detetados naa semana 1 de 2017 foram
maioritariamente do subtipo A(H3),
A(H3), tendo sido identificado pela primeira vez o vírus Influenza
A(H1)pdm09.. Foram ainda reportados 14 novos casos de gripe em 22 Unidades de Cuidados
Intensivos que disponibilizaram informação. O padrão de mortalidade “por todas as causas”
registou valores acima do esperado.
esperado
De acordo com os dados europeus, relativos à semana 1 de 2017,, divulgados pelo Centro
Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças e pela Organização Mundial de Saúde, a
atividade gripal permanece elevada em toda a região Europeia,, registando-se
registando
intensidade
2
muito elevada em alguns países . A proporção de amostras biológicas sentinela positivas para
o vírus Influenza manteve-se
se próxima dos 50% pela terceira semana consecutiva,
consecutiva sendo a
grande maioria doss vírus detetados e subtipados do subtipo A (H3N2). O número de casos de
gripe em doentes internados nos hospitais aumentou, sendo esse aumento particularmente
evidente à custa dos adultos com mais de 64 anos de idade. Em França e em Portugal
Por
registouse um aumento da mortalidade “por todas as causas”, principalmente nos mais idosos.
Na região de saúde do Norte, até ao dia 16 de janeiro tinham sido administradas,
administradas
gratuitamente, 405 367 doses de vacina contra a gripe sazonal nas unidades funcionais dos
Agrupamentos de Centros de Saúde.
Os dadoss apresentados neste relatório indicam que na região de Saúde do Norte, a atividade
gripal poderá estar em fase descendente, à semelhança do que acontece em Portugal. No
entanto, face àss previsões de temperaturas muito baixas para os próximos dias, os serviços de
saúde devem estar atentos à evolução da situação e ao potencial impacto que a vaga de frio
possa vir a ter na procura dos serviços de saúde.
saúde A Direção-Geral
Geral da Saúde emitiu nos últimos
dias um
m conjunto de recomendações para fazer face à vaga de frio, que deverão ser
amplamente difundidas e divulgadas junto dos grupos mais vulneráveis. Para além disso, as
a
medidas de prevenção da transmissão da gripe e de outras infeções respiratórias,
nomeadamente
nte a etiqueta respiratória e a higiene das mãos, continuam a ser de aplicação
1
Informação disponível em www.insa.pt/
Informação disponível em http://flunewseurope.org
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2
13
primordial. Reforça-se
se mais uma vez a recomendação à população para que, perante sintomas
sugestivos de gripe, contacte a linha de Saúde 24 (808 24 24 24) ou a equipa de saúde
sa
familiar
do Centro de Saúde, evitando idas desnecessárias aos serviços de urgência.
Porto, 18 de janeiro de 2017
Ana Maria Correia
Rui Capucho
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