Conjuntura econômica internacional

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Dados: Fechamento em 31/03/2017.
= Tendência de alta/baixa/estabilidade em relação ao fechamento em 24/03/2017.
 SITUAÇÃO GLOBAL
Permanece impasse sobre a situação da Grécia
Temas centrais do ajuste econômico necessário à economia grega permanecem sem acordo entre o governo de Atenas e os credores
internacionais. O impasse pode minar chances de recuperação da economia grega em 2017.
O Ministro do Exterior da Alemanha, Sigmar Gabriel, fez sua primeira visita à Grécia em 22 e 23 de março,
tendo como pano de fundo as dificuldades enfrentadas nas negociações sobre a segunda revisão do III Programa
de Ajuste Econômico. A Alemanha reconheceu os esforços gregos de resposta à crise e buscará apoiar que um
acordo seja alcançado até abril deste ano. Segue, no meio tempo, o impasse entre o governo grego e credores
oficiais, por diferenças em pontos como reforma previdenciária, ampliação da base tributária para cobrança do
Imposto de Renda e reforma do mercado de trabalho, entre outros. Preocupam os sinais de que a economia grega
não se recuperará em 2017, com os sucessivos adiamentos do acordo do III Programa, o declínio das vendas
varejistas e a estagnação na arrecadação de tributos.
Recuperação da Rússia?
Desempenho da economia russa em 2016 dá sinais de recuperação, apesar de ainda ser momento de certa volatilidade.
O resultado preliminar do PIB da Rússia em 2016 indica contração de -0,2%, quase estabilidade, o que indica
recuperação da atividade econômica, quando comparado à retração de -3,8% em 2015. O resultado superou as
expectativas de Moscou. A previsão para 2017 é de expansão de +1,5% do PIB, caso se mantenha a tendência de
recuperação dos preços do petróleo. Para o Primeiro-Ministro Dmitri Medvedev, a estabilização do desempenho
econômico da Rússia é comparável ao de outras economias europeias, e o expressivo crescimento em setores
como transportes, implementos agrícolas, produtos químicos e farmacêuticos permitirá que a Rússia supere a
média de crescimento internacional internacional em breve. A taxa de desemprego na Rússia fechou 2016 em
queda, e as reservas internacionais encerraram o ano praticamente estáveis. A dívida pública em 2016 ainda não foi
divulgada oficialmente, mas a previsão é de expansão em torno de 20%.
Resultados econômicos da China no primeiro bimestre de 2017
A economia chinesa apresentou, nos primeiros dois meses de 2017, desempenho acima do esperado por analistas. O mercado
acionário refletiu o otimismo e subiu 4,7% no acumulado do ano.
O crescimento do PIB da China no primeiro trimestre de 2017 só será divulgado em abril, quando os dados
forem consolidados. Entretanto, resultados preliminares de outros indicadores, em relação aos dois primeiros
meses de 2017, trouxeram otimismo aos analistas. O valor agregado em empresas industriais subiu 6,3%; em
empresas estatais, 5,4%; em empresas de capital aberto, 6,2%; e nas de de capital estrangeiro, 6,8%. Os
investimentos em empresas estatais também subiram, assim como em ativos fixos. O setor imobiliário
surpreendeu, com aumento de 26% nas transações setoriais. O fluxo comercial da China cresceu 20,6%, com
aumento de 11% nas exportações e de 34,2% nas importações. O Banco Central da China subiu marginalmente os
juros de curto prazo, mas parece querer evitar medidas mais restritivas, com receio de que o dinamismo da
economia não seja mantido no segundo semestre do ano. As reservas internacionais voltaram ao patamar superior
a US$ 3 trilhões, e há menor pressão especulativa para a desvalorização do renminbi. O Índice de Produção de
Serviços subiu 8,2%. A bolsa de Xangai refletiu as boas perspectivas dos dados divulgados, com aumento de 4,7%
no acumulado do ano.
 INVESTIMENTO EXTERNO NOS EUA EM 2016
Segundo informações divulgadas pelo "Bureau of Economic Affairs", os resultados preliminares de 2016
indicam que o estoque de investimento internacional líquido nos Estados Unidos caiu de US$ -$7.807,3 bilhões
no terceiro trimestre de 2016 para US$ -$8.109,7 bilhões no último trimestre. A queda de US$ 302,3 bilhões
decorre da queda de US$ 954,8 bilhões nos ativos e de US$ 652,2 bilhões nos passivos. É uma queda de 3,9%,
no quadro de médias de queda trimestrais de 6%, desde o primero trimestre de 2011 até o segundo trimestre de
2016. Nos ativos, a maior queda foi nos derivativos, o que refletiria queda nos contratos de taxa de juros em
moeda única, apesar de ter sido parcialmente compensada pelo aumento dos contratos de câmbio. Excluídos os
derivativos financeiros, outros fatores de queda dos ativos foram a redução do investimento em portfólio e a as
mudanças na taxa de câmbio, dado que a depreciação das principais moedas internacionais contra o dólar reduz
o valor dos ativos em dólares. Essas quedas, por sua vez, teriam sido parcialmente compensadas pelo aumento
do preço dos ativos imobilizados em portfólio e dos investimentos diretos.
 PUBLICAÇÕES DE ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
"Labor Market Policies" (Banco Mundial)
O Banco Mundial divulgou levantamento de estudos recentemente desenvolvidos pela entidade, relacionados
a políticas laborais. São oito estudos, que abordam aspectos variados dos mercados de trabalho internacionais: a
dificuldade de se conciliar expectativas e realidade na definição de políticas laborais ativas; os motivos para o baixo
número de contratações de pessoal em microempresas; como o custo de programas de treinamento vocacional de
desempregados não compensam os seus benefícios, com estudo de caso da Turquia; como informações laborais
disponibilizadas em portais online trazem importantes subsídios para a avaliação de capacidade dos empregados e
os mercados de trabalho, com estudo de caso da Índia; consequências indesejáveis de intervenções políticas para a
redução do trabalho infantil; como o aumento da idade mínima para trabalho afeta principalmente meninos com
potencial de baixa-renda, com estudo de caso do Brasil; efeitos de curto prazo do programa indiano de garantia do
emprego nos mercados laborais do país e em sua produtividade agrícola; e como subsídios aos salários podem ser
efetivos durante crises econômicas, com estudo de caso do México.
<http://siteresources.worldbank.org/INTRES/Resources/469232-1366810097194/91557341406723718284/Research-Newsletter-March-2017-issue.html>
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