utilização do cladograma como ferramenta no ensino de evolução

Propaganda
UTILIZAÇÃO DO CLADOGRAMA COMO FERRAMENTA NO
ENSINO DE EVOLUÇÃO BIOLÓGICA
MELO, Demmya Haryssam Menezes1 - UEPB
MELO, Déborah Kelly Menezes 2 - UEPB
CAVALCANTE, Fabrício André Lima 3 - UEPB
Grupo de Trabalho – Didática: Teorias, Metodologias e Práticas
Agência Financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Resumo
A temática “Evolução Biológica” traz consigo inúmeras discussões, em qualquer ambiente
que esteja, inclusive na escola, uma vez que a sua abordagem em sala de aula ocasiona
dificuldades implícitas na aprendizagem dos alunos, quanto à percepção e a compreensão de
termos científicos, proposições conceituais, explicações de fenômenos e teorias. Além disso,
outro fator preocupante é a falta de interação desta com outras áreas da Biologia durante a sua
abordagem, o que acarreta uma percepção errônea de uma ciência isolada. Sendo assim
buscamos debater sobre a importância da abordagem desta teoria através da utilização de um
cladograma como uma ferramenta lúdica e importante no ensino de Evolução de modo que a
mesma mostra a origem da biodiversidade e a história evolutiva dos seres vivos
relacionando-as com outras áreas biológicas. Desejamos também conhecer as concepções dos
alunos sobre a evolução e sobre seus principais termos e analisar a influência de fatores
externos como religião, cultura, dentre outros nessas concepções. O presente estudo se
caracteriza como uma pesquisa do tipo Exploratória com abordagem mista. Foi realizado na
Escola Estadual de Ensino Médio e Educação Profissional Dr. Elpídio de Almeida, onde
participaram deste estudo alunos do 3º ano do Ensino Médio das turmas D e F resultando no
1
total de 60 alunos. Os resultados obtidos mostraram que os alunos já tinham um certo
conhecimento sobre a evolução e alguns de seus termos através de outros conteúdos e dos
Palavras-chave: Cladograma. Abordagem inovadora. Ensino de Evolução. Escola.
1
Graduanda em Ciências Biológicas pela UEPB, Bolsista PIBID/Biologia UEPB; Email [email protected].
Pós-graduada em Pedagogia pela UEPB, Graduada em Pedagogia pela UVA/UNAVIDA. Email:
[email protected].
3
Mestrando em Ensino de Ciências e Matemática, Supervisor PIBID/Biologia UEPB; Email:
[email protected].
2
16847
meios de informação, mas não sabiam como conceituá-los e explicá-los ao serem
interrogados. A partir da oficina do Cladograma constatamos uma melhor compreensão do
tema através de discursos mais críticos e científicos sobre a temática e da mudança de
algumas concepções sobre a atuação e relevância deste processo nas espécies.
Introdução
A evolução biológica é considerada um dos eixos centrais e unificadores de todo o
ensino de biologia, como afirma o geneticista Theodosius Dobzhansky (1973): “Vista à luz da
evolução, a Biologia é, talvez, a Ciência mais satisfatória e intelectualmente inspiradora. Sem
essa luz ela se torna uma imensa pilha de fatos, alguns interessantes e curiosos, mas que não
têm significado algum num contexto mais amplo.”
Considerando a sua relevância para a biologia e assim notadamente a necessidade de
uma melhor abordagem desta no ambiente escolar, foi pensada intencionalmente a construção
de um cladograma com alunos do ensino médio, o qual é uma árvore evolutiva que representa
a origem e as relações evolutivas entre os seres vivos sendo muito utilizado nos cursos de
Ciências Biológicas porque traz em si inerente a ideia de filogenia. O'Hara (1997) também
ressalta que a informação que um cladograma traz é muito relevante para o estudo da
biodiversidade, de maneira que o “pensamento de árvore” é um modo de ver a biodiversidade
através de eventos que ocorreram ao longo da evolução, e não por meio de classificações e
agrupamentos de seres vivos.”
Porém, antes da aplicação de novas estratégias para o ensino de Evolução biológica, se
vê necessário o conhecimento e a compreensão do que leva os alunos a terem dificuldades
neste ensino, de modo a obtermos estratégias mais eficazes na erradicação ou amenização das
mesmas. Refletindo sobre estes fatos, muitos pesquisadores realizaram estudos a cerca dessas
dificuldades nas escolas, analisando quais as causas que levam a dificuldade de aprendizagem
deste eixo norteador da biologia. Alters e Alters (2001) discutem que as razões para rejeitar a
evolução não necessariamente estão associadas ao criacionismo, pois existem diversas
motivações que podem influenciar a rejeição da evolução biológica, tanto religiosas como
não-religiosas, bem como a combinação de ambas.
Segundo Tidon e Lewonti (2004) um dos fatores que acarretam essas dificuldades é o
fato de que a “evolução biológica geralmente é abordada nas aulas de biologia, no final do
terceiro ano (3º ano) do Ensino Médio, fragmentada em relação aos demais temas discutidos
nas aulas e desconectada dos temas discutidos nos anos anteriores de escolarização.” Notamos
16848
que essa pouca interação com outras áreas da biologia e com abordagens anteriores torna a
evolução biológica um eixo isolado da biologia, o que não é verdade, e, além disso, dificulta a
aprendizagem dos alunos sobre conceitos e noções essenciais para compreensão dos seres
vivos em geral. Almeida e Falcão (2005, p. 17) complementam ainda que a “evolução
biológica é central na conceitualização nos temas da biologia, no entanto, esse conceito é
apresentado em diversos estudos, como um tema particularmente difícil, tanto no ensino, por
parte dos professores, quanto na aprendizagem dos alunos.”
Além deste problema, surgem muitos outros relacionados intimamente a dificuldade
na abstração do próprio conteúdo em si, dentre os quais podemos destacar a grande
quantidade de termos científicos que os alunos se deparam neste conteúdo já que não os
trabalham de maneira valorativa no ensino fundamental, o confronto entre as teorias do seu
senso comum com as do conhecimento científico, as confusões conceituais a cerca do tema,
dentre outras dificuldades que afetam consideravelmente a sua aprendizagem.
Sobre a aprendizagem de conceitos científicos, Talim (1999, p. 143) comenta que:
[...] o fator preponderante que dificulta a aprendizagem de conceitos científicos,
reside nos conceitos ou concepções espontâneas que os alunos adquirem antes da
instrução formal. Esses conceitos espontâneos são muitos resistentes às mudanças
pelas técnicas habituais de ensino utilizadas pelos professores.
Comprovamos a veracidade deste discurso, pois, é perceptível o grande destaque dado
à teoria da evolução biológica nos diversos meios da sociedade, além do ambiente escolar,
devido a sua essência problematizadora e repleta de influências que variam de acordo com o
contexto de cada individuo, pois, é a partir da sua realidade que os indivíduos formam suas
concepções. Com isto notamos o grande papel da sociedade na formação dos indivíduos e que
esta influência determinará a sua aceitação ou resistência ao conhecimento científico
abordado em sala de aula. Por outro lado, isso não exclui a participação conjunta da educação
escolar na formação do indivíduo, mas mostra que o ensino terá que colocar em foco
estratégias que possibilitem uma nova visão na mente dos alunos, permitindo que o mesmo
confronte as suas representações com o conhecimento escolar, instigando a sua criticidade.
Visando esta, as orientações curriculares para o ensino médio determinam que:
16849
Um tema de importância central no ensino de Biologia é a origem e evolução da
vida. Conceitos relativos a esse assunto são tão importantes que devem compor não
apenas um bloco de conteúdos tratados em algumas aulas, mas constituir uma linha
orientadora das discussões de todos os outros temas. [...] é importante assinalar que
esse tema deve ser enfocado dentro de outros conteúdos, como a diversidade
biológica ou o estudo sobre a identidade e a classificação dos seres vivos, por
exemplo. A presença do tema origem e evolução da vida ao longo de diferentes
conteúdos não representa a diluição do tema evolução, mas sim a sua articulação
com outros assuntos, como elemento central e unificador no estudo da Biologia.
(BRASIL, 2006, p. 22)
Com isto, a teoria da evolução acrescida das atualizações e desdobramentos ocorridos
nos últimos 150 anos, não só explica a diversidade da vida como também proporciona uma
excelente oportunidade para análises e reflexões que desenvolvem o espírito crítico daqueles
que a estudam. Por essas razões, o ensino dessa disciplina contribui para formar uma
cidadania informada, capaz de tomar decisões pensadas e de se adaptar a mudanças, como
destacado no documento Evolução, Ciência e Sociedade (2002), elaborado por oito
sociedades científicas americanas e editado pelo biólogo evolucionista Futuyma (TIDON E
VIEIRA, 2009, p. 1).
Apesar de termos o ensino de evolução biológica nas escolas de educação básica, ele
ainda não se apresenta com a necessária relevância compatível com a importância do mesmo
para o conhecimento científico, os autores Meyer e El-Hani (2005, p. 10) alertam:
Esperamos [..] que a evolução assuma, no ensino médio brasileiro,um papel mais
central do que o tradicionalmente desempenhado. Não é apropriado tratar a evolução
como somente mais um conteúdo a ser ensinado, lado a lado com quaisquer outros
conteúdos abordados nas salas de aula de Biologia, na medida em que as idéias
evolutivas têm um papel central, organizador do pensamento biológico.
Tendo consciência disto, Arnaldo Niskier em seu livro “Filosofia da Educação uma
visão crítica” (2001, p. 30) ressalta que,
essa educação tradicional é, portanto, inadequada e inaplicável a uma sociedade em
transformação. A educação interdisciplinar ministra menos conteúdo e mais
orientação para buscar o que sabe e como adquirir conhecimentos significativos. Ao
educador cabe desenvolver um próprio pensamento para exercitar o raciocínio do
aluno, ensinando-o a questionar e investigar, em lugar de fornece-lhes respostas
preparadas.
A partir, deste contexto notamos a importância de uma reflexão sobre a forma de
apresentação desse assunto aos alunos. Baseando-nos em Freire estamos certos que formar é
muito mais que puramente treinar o educando ou depositar-lhe conteúdos como muitas das
vezes esta é uma realidade no ensino de evolução, que vêm sendo repassada ao longo dos
16850
anos. Contrariamente a isso, como ressalta Schram e Carvalho (2007, p. 2), o qual
concordamos plenamente, queremos uma escola capaz de trabalhar um currículo significativo,
preparada para que o ensino e a aprendizagem de fato se efetivem, em que a proposta político
pedagógica esteja alicerçada a uma pedagogia crítica, capaz de desafiar o educando a pensar
criticamente a realidade social, política e histórica, e que o educador, na concepção de Paulo
Freire (2000, p. 44), seja aquele que “ensina os conteúdos de sua disciplina com rigor e com
rigor cobra a produção dos educandos, mas não esconde a sua opção política na neutralidade
impossível de seu que-fazer”.
Refletindo nessa problemática e como abordar a temática evolução biológica,
desenvolvemos uma oficina que culminou com a construção de um Cladograma, como uma
ferramenta lúdica de modo que a construção do mesmo se realizou de uma forma ativamente
participativa em que os alunos foram os próprios construtores do conhecimento que o
cladograma possibilitou, e ainda dialogada, pois, ao longo da construção deste foram surgindo
muitas dúvidas, além do que já se tinha, a cerca do assunto e com isso criou-se debates. Além
de trazer contribuições para o ensino de biologia para estes alunos, o mesmo também poderá
ser utilizado como auxilio em outras aulas de biologia.
Metodologia
O presente estudo se caracteriza como uma pesquisa do tipo exploratória que, segundo
Gil (1991, p. 45), “visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a tornálo explícito ou a construir hipóteses. Pode-se dizer que esta pesquisa tem como objetivo
principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições.” Na sua abordagem foram
analisados aspectos qualitativos e quantitativos, com uma maior prevalência dos qualitativos.
Foi realizada na Escola Estadual de Ensino Médio e Educação Profissional Dr. Elpídio
de Almeida localizada no Município de Campina Grande-PB, onde participaram deste estudo
alunos do 3º ano do Ensino Médio das turmas D e F resultando no total de 60 alunos. Por
critérios éticos, antes de iniciarmos a nossa pesquisa, estes foram esclarecidos acerca dos
objetivos da pesquisa e receberam instruções sobre os procedimentos a serem seguidos no
decorrer da coleta de dados. Depois disso, para confirmar a sua participação os alunos
assinaram um Termo de consentimento Livre e Esclarecido, comprovando a sua participação
16851
voluntária e que caso em qualquer momento da pesquisa não desejassem continuar
participando isto não lhe acarretaria nenhum tipo de ônus.
A coleta de dados foi feita através de dois questionários: um do tipo estruturado o qual
apresentava perguntas objetivas (Questionário Sociocultural) com intuito de conhecermos
alguns dados pessoais dos mesmos para analisarmos possíveis influências destes que
pudessem interferir em nosso estudo e um questionário do tipo discursivo (Questionário de
pré-teste) com perguntas subjetivas, onde os alunos puderam discorrer livremente sobre suas
concepções a cerca da evolução. Optamos por perguntas subjetivas porque, sendo “uma
pesquisa inicial, exploratória, não conhecendo a abrangência ou a variabilidade das possíveis
respostas, são necessárias perguntas abertas” (GUNTHER, 2003, p. 16).
Com intuito de proporcionar uma organização no desenvolvimento desta pesquisa e
obter resultados positivos, a referida pesquisa foi dividida em três etapas: a primeira etapa foi
a Sondagem esta foi realizada através da análise dos dados pessoais dos alunos e de seus
conhecimentos prévios acerca da Evolução Biológica; a segunda foi o Minicurso o qual
incluiu aulas expositivas do conteúdo e a explicação sobre o Cladograma e a terceira e última
etapa foi a Oficina que culminou com o Cladograma que os próprios alunos construíram a fim
de verificarmos a relevância deste estudo para a aprendizagem do conteúdo Evolução das
espécies pelos alunos.
Para a análise deste conteúdo utilizamos o método de Bardin (1977, p. 48) que enfatiza
que a análise de conteúdo é:
um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter por
procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição de conteúdo das mensagens
indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos
relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) dessas mensagens.
Os dados analisados foram arquivados em planilhas do Excel e a verificação destes
resultados foi apresentada através de gráficos deste mesmo programa, o qual irá discuti-los
em outro momento deste artigo.
Resultados e Discussões
ETAPA I: Sondagem
Nesta etapa aplicamos dois questionários para coleta de dados. O primeiro foi o
Questionário sociocultural, pois, mesmo sabendo que a identidade de um indivíduo é
16852
estruturada ao longo da sua vida, é durante a adolescência que diversas características, como
sexualidade, crenças, desejos e objetivos de vida, se exteriorizam mais intensamente
(CIAMPO E CIAMPO, p. 55). Com isto estas podem vir a interferir no seu processo de
aprendizagem, o que justifica a necessidade de conhecermos o perfil destes alunos através
deste questionário, o qual utilizaremos estes dados nas questões em que se apresentaram
relevantes.
O segundo questionário foi o de Pré-teste, sendo assim como o próprio nome diz, este
foi aplicado antes de iniciarmos a nossa intervenção em sala de aula, com intuito de
conhecermos as concepções dos alunos a cerca da temática evolução das espécies, com isso
foram abordados os seguintes temas nas questões relacionados à evolução: classificação das
espécies, adaptação, seleção natural, genética e ecologia, de uma maneira contextualizada
relacionando assuntos anteriores já estudados em sala de aula por eles com a evolução
biológica de modo a possibilitar ao mesmo um discurso mais espontâneo e uma percepção de
que todos os conteúdos estão interligados. No qual iremos discuti-los a seguir em cada
questão que foi proposta no Pré-teste.
Questão 1: Partindo do pressuposto, que gênero é o conjunto de seres que se
enquadram numa mesma família. Encontrem nas alternativas abaixo, quais espécies
pertencem ao mesmo gênero:
a) Cobra e jacaré;
b) Sardinha e tubarão;
c) Leão e tigre;
d) Papagaio e galinha.
No gráfico 1 percebemos que os alunos souberam definir quais as espécies que
pertenciam ao mesmo gênero, o que resultou na maioria (59%) ter escolhido a opção leão e
tigre. Tendo também uma noção de filo o que ocasionou algumas dúvidas ao relacionarem as
espécies, acarretando 20% escolherem sardinha e tubarão, 13% cobra e jacaré e 8% papagaio
e galinha.
16853
8%
13%
20%
Cobra e jacaré
59%
Sardinha e
tubarão
Gráfico 1 – Espécies que pertencem ao mesmo gênero segundo os alunos.
Sendo assim, alertamos sobre a necessidade de uma maior discussão a cerca da
classificação taxonômica com os alunos, pelo fato desta ocasionar ainda muitas dúvidas e
assim acarretar agrupamentos errados desde o nível mais simples (espécie) até o mais
complexo (Reino).
Questão 2: Em sua concepção o termo Evolução refere-se a quê?
Nos discursos dos alunos a cerca de suas concepções sobre evolução não notamos
nenhum tipo de rejeição em relação à temática em suas respostas, o que não é muito comum,
quando consideramos o fato deles ainda não terem debatido em sala de aula este tema e
devido as influências de fatores externos que trazem em si. Ao contrário, nos deparamos
apesar de algumas confusões, com respostas com termos e discursos um pouco relacionados
com a concepção científica de evolução, conforme observamos na tabela 1.
Acreditamos que apesar dos alunos apresentarem uma faixa etária entre os 16 e 19
anos (Adolescência), na qual segundo Silva, Viana e Carneiro (2011, p. 6) ressalta ser “uma
fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se caracteriza por uma intensa busca de si
mesmo e da própria identidade, em que os padrões estabelecidos são questionados”, e, além
disto, a maioria possuir uma crença religiosa, estes fatores não vieram a interferir
drasticamente nas suas concepções de evolução.
16854
Tabela 1 - Concepções dos alunos a cerca do termo Evolução.
Algumas concepções dos alunos sobre Evolução
Processo de adaptação tanto no organismo como no ambiente
Transformações acarretadas pelo tempo
Progressão de algo
Passagem para uma situação melhor
Transformação de características de um ser vivo
Transformações devido à adaptação as condições
História dos seres que passaram pela Terra ou que ainda nela estão
Desenvolvimento do ser
Inovação
Processo de crescimento e adaptação de um ser, planta ou outro
Conhecimento de adaptação do homem na Terra
Desenvolvimento do homem, do seu saber.
Fonte: Dados organizados pelos autores, com base nos questionários aplicados.
Segundo Bizzo (1994), e no qual constatamos nestes discursos “os estudantes
entendem a evolução como progresso, aperfeiçoamento, crescimento, sendo a evolução
cultural e biológica dificilmente distinguidas. Eles ainda vêem o processo evolutivo como
“bom”, entendendo-o como sinônimo de progresso.” E esta evolução para eles como
percebemos nas suas respostas acarretaria os seres vivos de um modo geral, inclusive os seres
humanos, apesar do fato de alguns não considerarem em seus discursos transformações
evolutivas em características anatômicas e morfológicas dos humanos, como a concepção
transcrita a seguir sobre evolução do Aluno A: “A história que ocorre com os seres que passa
ou já passou na Terra e sua evolução do jeito que eles comem, dormem e vivem na natureza.”
Porém, encontramos também algumas contradições em relação a esta, exemplificada através
da origem dos seres humanos, como neste discurso do Aluno B: “Quando o homem era um
macaco, com alguns milhões de anos, foi se transformando em homem, foi assim que
aconteceu a evolução.” Neste discurso notamos uma confusão a cerca da origem dos seres
humanos e dos macacos, segundo Meyer e El-Hani (2005, p. 26), humanos e macacos são, na
versão científica, parentes próximos na natureza, e o ancestral que deu origem a ambos era um
animal semelhante aos macacos que conhecemos hoje. Esta má interpretação da origem
humana faz com que muitos indivíduos não acreditem ou ao menos busquem compreender
esta teoria da evolução, excluindo também a possibilidade de ter ocorrido esta evolução na
espécie Homo sapiens.
16855
Questão 3: A Caatinga tem uma vegetação típica de regiões semiáridas, formada por
plantas xerófilas, adaptadas ao clima seco e a pouca quantidade de água. Em contraste, o
Mangue é caracterizado por ser uma área alagada de fundo lodoso e salobro com árvores de
raízes pneumatóforas (possuem poros que permitem a absorção de oxigênio atmosférico), este
é localizado em vários pontos da costa brasileira, sendo mais comum onde o mar se encontra
com as águas doces dos rios. A partir disto e das imagens abaixo contextualize esses Biomas
Caatinga e Mangue, especificando as adaptações da sua vegetação. E de acordo com o seu
entendimento o que justifica a existência destes biomas tão distintos.
Figura 1 – Vegetação da Caatinga.
Fonte: (meioambiente.culturamix.com)
Figura 2 – Vegetação Litorânea.
Fonte: (meioambiente.culturamix.com)
Ao formularmos esta questão, pensamos intencionalmente no sentido de indagar o
aluno sobre a sua concepção em relação ao termo adaptação de uma maneira indireta que o
possibilita-se se expressar melhor acerca deste conceito e a nós uma melhor compreensão
desta. Os quais obtivemos resultados satisfatórios, pois, todos os alunos de uma forma direta
ou indireta conceituaram que a existência de biomas tão distintos era possível graças a
adaptação destas plantas a estes ambientes, como notamos pelos discursos a seguir:
Aluno C: “O que pode justificar é que o solo, a vegetação, a fauna, a flora, já são
adaptadas, a tudo, ao clima, etc”.
Aluno D: “A Caatinga clima quente e vegetação arbustiva, tem se adaptado cada dia
mais ao clima quente, pois o seu desenvolvimento é constante. Este bioma existe pois a
evolução das plantas trouxe a adaptação ao clima quente. O Mangue clima frio e vegetação
aquática e arbórea, é um bioma que vem se adaptando ao decorrer do tempo e eles existem
pois a quantidade de água nesse lugar e a evolução das plantas fez com que houvesse vida
por baixo da lama e lodo”.
16856
Questão 4: Sobre seus conhecimentos em genética, escreva um pequeno texto que fale
sobre as transmissões das características hereditárias abordando as vantagens e desvantagens,
caso existam.
Segundo Zamberlan e Silva (2009, p. 29) “na Biologia como um todo, o
evolucionismo é utilizado como um eixo integrador, algo que permeia as diversas disciplinas
que a constituem,” isto não poderia ser diferente com a Genética. Esta que gerou e resolveu
muitos problemas nos tempos remotos e também atualmente, inclusive o problema empírico
da Lei do uso e desuso estabelecido por Lamarck ao tratar do pescoço comprido da girafa,
sendo esta lei mais tarde desmentida, pois as características não eram transmitidas ao nível
dos genes.
Se utilizando disto e do fato dos alunos já terem visto o conteúdo de Genética, nos
utilizamos desta questão para averiguar se os alunos em seus discursos enfatizariam as
vantagens das transmissões de características hereditárias para evolução e suas desvantagens
caso existissem estas para eles, conforme observamos no gráfico 2.
Vantagens
10%
8%
Desvantagens
Vantagens e
Desvantagens
82%
Não opinaram
Gráfico 2 - Opinião dos alunos enquanto as características genéticas hereditárias.
A maioria dos alunos (82%) considerou existirem tanto vantagens como desvantagens
nestas características, justificando nas vantagens o fato de ser bom para a manutenção da
espécie e nas desvantagens pelo fato da transmissão de doenças, como ressalta o Aluno E:
“As transmissões das características genéticas são vantajosas em parte, pois, dá ao ser
características da família como: aparência e outros. Mas também pode levar com que o
individuo adquira os problemas de família como doenças.”
Questão 5 : Você já ouviu falar em ancestral comum? Se sim fale um pouco sobre.
16857
Nesta questão averiguamos que a grande maioria dos alunos correspondendo a 90%
deles (Gráfico 3), nem sequer ouviram falar sobre ancestral comum, este que é um termo
muito importante para o entendimento sobre evolução. Os que ouviram falar o descreveram
com uma certa dúvida e algumas confusões em seus discursos, como podemos vê-los
transcritos a seguir.
Aluno F: “... Ouvi dizer que ancestral comum é um parente lá de traz que não traz
características diferentes da sua sucessão.”
Aluno G: “... Acho que é quando alguns animais tem um mesmo parente, porém bem
distante e eles tem algumas características em comum podendo usar de formas diferentes
como a mão do macaco e a asa do morcego.”
Aluno H: “São antecedentes ou seja que vem antes, vem de uma mesma origem,
porém com o passar do tempo mudam o jeito”.
10%
Sim
90%
Não
Gráfico 3 - Porcentagem de alunos que ouviram falar sobre ancestral comum.
Apesar de algumas confusões esta minoria de alunos (10%) que ouviram falar sobre
ancestral comum possuiu uma boa noção do que este seria. Acreditamos que um fator que
contribuiu para este fato seja os meios de informação, no qual ao analisarmos o questionário
sociocultural constatamos a grande procura pela internet como principal ferramenta de
informação correspondendo à uma percentagem de 52% e logo depois com 35% a TV e o
rádio.
Questão 6: (UFC-CE) Leia com atenção o texto abaixo:
16858
“Todo ano o ciclo de vida se repete no Pantanal Mato Grossense. Durante a estação
das chuvas, os rios transbordam e alagam os campos onde se formam banhados, lagoas e
corixos temporários. O gado é levado em comitivas para as partes altas. Aproveitando a
inundação, os peixes saem dos rios e espalham-se por toda a área inundada. Quando as chuvas
param e os rios voltam a seus leitos, milhões de peixes ficam aprisionados nas lagoas. È um
banquete para as Tuiuiú, garças, jacarés e ariranhas. Os pastos, renovados pela matéria
orgânica trazida pela água, crescem verdes atraindo cervos, capivaras e outros animais que
convivem com o gado, os quais, por sua vez, atraem onças e jaguatiricas.”
Baseado nesse texto, responda a que classe de vertebrados pertence cada um dos
animais destacados acima.
(
(
(
(
(
(
) Gado, Cervos
) Peixes
) Tuiuiú
) Jacarés
) Onças e Jaguatiricas
) Garças
1. Reptilia
2. Aves
3. Mammalia
4. Osteichthyes
Semelhante a questão 1, reforçamos ainda mais agora através desta questão, a
necessidade de se discutir em sala de aula a classificação biológica (Taxonomia), através do
gráfico 4, com vistas a amenizar este índice de classificações errôneas.
Acertaram todas
as classes
50%
50%
Não acertaram
todas as classes
Gráfico 4 - Índice de acertos e erros dos alunos sobre as classes de vertebrados dos animais.
Devido ao elevado número de alunos, ou seja, metade dos alunos participantes da
pesquisa que não conseguiram relacionar os animais citados a Classe de Vertebrados
pertencentes vemos a necessidade de abordar a importância da classificação em especial, a
biológica para uma melhor compreensão dos seres vivos. Esta que nomeia e classifica os
mesmos de acordo com seu grau de parentesco, de modo a contribuir para facilitar a
16859
compreensão sobre evolução e sobre diversos outras abordagens não só biológicas, mas de
outras áreas necessárias ao desenvolvimento do conhecimento científico dos alunos.
ETAPA II: Minicurso
Nesta etapa debatemos inicialmente sobre a temática Evolução com os alunos através
de aulas teóricas, expositivo-dialogadas que resultaram no total de nove aulas distribuídas da
seguinte forma: 1ª aula Criacionismo e Evolucionismo, 2ª aula Lamarckismo (Lei do uso e
desuso e das transmissões de caracteres adquiridos), 3ª aula Darwinismo (Seleção natural e
adaptação), 4ª aula Fatores evolutivos (Mutação e recombinação gênica) e Origem das
espécies (Anagênese, Cladogênese, Especiação, Isolamento reprodutivo), 5ª aula Relações
filogenéticas e explicação sobre o Cladograma, esta foi dividida em mais quatro aulas para
uma melhor abordagem dos grupos filogenéticos e compreensão dos alunos sendo organizada
da seguinte forma: 6ª aula (Urochordata, Cephalochordata, Cyclostomata: Feiticeiras e
Lampreias), 7ª aula (Condrichthyes, Osteichthyes: actinopterygii e Sarcopterygii), 8ª aula
(Amphibia e Reptilia) e 9ª aula (Aves e Mammalia), no qual em todas essas abordagens
recorremos ao auxílio de um Cladograma utilizado como modelo. Estas aulas foram
ministradas utilizando como recurso didático o data show e o quadro branco e em
complementação ao conteúdo que começou a ser abordado pelo professor, onde foram
preparados materiais de estudo (Slides e textos) e disponibilizados para turma com o objetivo
de reforçar o que foi discutido em sala.
ETAPA III: Oficina (Construção do Cladograma)
Depois que os alunos se familiarizaram com a temática através do minicurso, os
mesmos colocaram em prática os conhecimentos adquiridos culminando na construção do
Cladograma, que durou quatro dias.
No primeiro dia desta construção os mesmos cobriram com papel camurça um isopor
no formato retangular e fizeram-lhe uma moldura também de isopor, de maneira a formar um
quadro. Recortaram também um isopor fino em pedaços quadrados e folhas de EVA em
pedaços retangulares de acordo com o molde que disponibilizamos.
No segundo dia, a partir do conteúdo trabalhado em sala de aula e da explicação sobre
Cladograma, os mesmos identificaram a que grupos filogenéticos pertenciam os animais que
disponibilizamos em figuras, logo após, estes alunos desenharam-lhes em folhas de ofício e
16860
colaram seus desenhos em um fino isopor. Também os mesmos colaram o nome do grupo dos
animais nos pedaços retangulares de EVA que os mesmos fizeram.
No terceiro dia, a turma foi dividida em equipes para escreverem as características
principais de cada grupo de animais (apomorfias) e as que os mesmos compartilhavam com os
outros grupos em pedaços de folhas de EVA.
No quarto dia, ao terminar estes procedimentos, juntamos todo o material feito nesses
três dias e agora realmente iniciamos a construção do Cladograma com peças removíveis.
Inicialmente os alunos pregaram com alfinetes os ramos do Cladograma no isopor conforme
um modelo que disponibilizamos. Após isso os alunos foram tentando organizar a ordem de
disposição dos grupos nos ramos do Cladograma de acordo com os debates em sala de aula
sobre a evolução destes, e ao mesmo tempo foram pregando também com alfinetes os
desenhos de cada representante dos grupos.
Em seguida, os mesmos distribuíram as
características dos grupos de animais no quadro analisando as suas relações filogenéticas e as
suas modificações. No decorrer da construção do Cladograma fomos discutindo todo o
assunto abordado sempre estimulando os alunos a participarem das discussões e esclarecer
suas dúvidas a cerca da temática abordada.
Considerações Finais
Ao considerarmos o fato de que os alunos não são máquinas que funcionam como
receptáculos do conhecimento e o professor um sujeito depositante de conteúdos, assim
retratando uma educação bancária, mas infelizmente uma realidade de algumas escolas. É
através desta que temos o conhecimento da necessidade de aplicação de metodologias
inovadoras e variadas.
Sendo assim, propomos para 60 alunos do 3º ano do ensino médio a construção de um
Cladograma que é um diagrama muito utilizado nos cursos de Ciências Biológicas com o
intuito de mostrar as relações evolutivas entre os seres vivos, assim sendo o mesmo aborda
uma variedade de outros assuntos como: a classificação dos animais, os hábitos,
comportamentos, características exclusivas e compartilhadas, as relações de parentesco entre
os animais, ecologia e conservação dos animais, dentre outras temáticas que são intimamente
relacionadas com a evolução das espécies. Escolhemos construir com os alunos este
16861
Cladograma, como ferramenta didática lúdica eficaz no processo de ensino-aprendizagem,
afinal, conforme enfatizado por Santos e Cruz (2002, p. 12-14),
O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento
pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um
estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e
construção do conhecimento. Por meio de sua prática, o professor que conseguir
interagir com o aluno de modo divertido conseguirá melhores resultados de
aprendizagem.
A partir disto, temos consciência da necessidade que o aluno possui que os professores
utilizem recursos didáticos que os estimulem e facilitem o aprendizado desta temática que
apresenta muitos conceitos e termos que não estão muito presentes em seu cotidiano. Sendo
assim, se faz necessário à intervenção em sala de aula, de forma mais dinâmica e que atraia a
atenção dos alunos para o conteúdo trabalhado.
O uso do lúdico envolve o aluno na atividade proposta despertando sua curiosidade,
oportuniza aos alunos a assimilação desses termos que os mesmos consideram difíceis, bem
como facilita a compreensão da Evolução esta que segundo Zamberlan e Silva (2009, p. 27) é
“o principio organizador da Biologia” de uma maneira prazerosa e que produz significado ao
processo de ensino e aprendizagem. Este também é de relevância para o professor, já que o
mesmo deve atuar como um orientador do aluno instigando-o a desenvolver sua consciência
crítica, então, produzimos este material didático para auxilia-lo em sala de aula.
Agradecimento: À CAPES, pelo financiamento do Programa Institucional de Bolsas
de Iniciação à Docência – PIBID/UEPB, por subsidiar financeiramente as ações
desenvolvidas na escola.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, A. V.; FALCÃO, J. T. R. A estrutura histórico-conceitual dos programas de
pesquisa de Darwin e Lamarck e sua transposição para o ambiente escolar. Ciência e
Educação. Bauru, v. 11, n. 1, p. 17 – 32, 2005.
ALTERS, B. J.; ALTERS, S. M. Defending evolution in the Classroom: a guide to the
creation/evolution controversy. Canada: Jones and Bartlett Publishers, 2001.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa, Portugal: Editora Persona, 1977.
16862
BIZZO, N. M. V. From Down House Landlord to Brazilian High School Students: What
Has Happened to Evolutionary Knowledge on the Way? JOURNAL OF RESEARCH IN
SCIENCE TEACHING, v. 31, N. 5, p. 537-556, 1994.
BRASIL. Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Secretaria de Educação
Básica. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. Disponível
em: < http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume_02_internet.pdf.>. Acesso em:
15 mai. 2013.
CIAMPO, L. A. Del; CIAMPO, I. R. L. Del. Adolescência e imagem corporal. Revista
Adolescência & Saúde, Rio de Janeiro, vol. 7, nº 4, p. 55-59, out/dez 2010.
DOBZHANSKY, T. Nothing in Biology makes sense except in the light of evolution. The
American Biology Teacher, United States, Vol. 35, n. 3, p. 125-129. Mar. 1973. Disponível
em:
<http://biologielernprogramme.de/daten/programme/js/homologer/daten/lit/Dobzhansky.pdf>.
Acesso em: 10 abr. 2013.
FREIRE, P. Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas a outros escritos. São Paulo:
UNESP, 2000.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas. 1991.
GUNTHER, H. Como elaborar um questionário. Brasília: UnB, 2003.
MEYER, D; EL-HANI, C. N. Evolução o sentido da biologia. 1º ed. São Paulo: UNESP,
2005.
NISKIER, A. Filosofia da Educação: Uma visão crítica. São Paulo: Edições Loyola, 2001.
O'HARA, R. J. Population thinking and tree thinking in systematics. Zoologica Scripta. v. 26, n. 4,
p. 323-329. 1997. Disponível em:
<http://www.joelvelasco.net/teaching/167/population%20thinking%20and%20tree%20thinkin
g%20in%20systematics.pdf>. Acesso em: 10 Mar. 2013.
SANTOS, S. M. P.; CRUZ, D. R. M. O lúdico na formação do educador. In: Santos, S. M.
P. (Org.). O lúdico na formação do educador. 5 ed. Petrópolis: Vozes, 2002.
SCHRAM, S. C.; CARVALHO, M. A. B. O pensar educação em Paulo Freire: para uma
pedagogia de mudanças. 2007.Disponível em:
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/852-2.pdf.>.Acesso em: 15 mai.
2013.
SILVA, P. S. M. et al.. O Desenvolvimento da Adolescência na Teoria de Piaget.
Psicologia pt, Portal dos Psicólogos, 2011. Disponível em:
<www.psicologia.pt.>. Acesso em: 15 mai. 2013.
16863
TALIM, S. L. Dificuldades de aprendizagem na Terceira Lei de Newton. Cad.
Cat.Ens.Fís., v. 16, n. 2, p. 141-153, ago. 1999. Disponível em:
< http://www.fsc.ufsc.br/cbef/port/16-2/artpdf/a1.pdf>. Acesso em: 15 Abr. 2013.
TIDON, R.; LEWONTIN, R.C. Teaching evolutionary biology. Genetics and Molecular
Biology. Brazil. v. 27, n. 1, p. 124-131, 2004. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/gmb/v27n1/a21v27n1.pdf>. Acesso em: 11 Mar. 2013.
TIDON, R., VIEIRA, E. O ensino da evolução biológica: um desafio para o século XXI.
ComCiência, Campinas, n.107, 2009.
ZAMBERLAN, E. S. J.; SILVA, M. R. da. O Evolucionismo como princípio organizador
da Biologia. Dossiê: DARWINISMO E FILOSOFIA, TEMAS & MATIZES , nº 15 ,
Primeiro semestre de 2009, p. 27-41.
Download