PERITONITE INFECCIOSA FELINA: RELATO DE CASO E PROTOCOLOS TERAPÊUTICOS UTILIZADOS NA ROTINA CLÍNICA BEAL, Janaína¹ BOCCA, Maristela¹ BERTOLDI, Murilo¹ MARCHETTO, Paola¹ NICOLAU, Luana Karen¹ ZANCANARO, Gabriela¹ BARRIQUELLO, Almir Luis² CARNEVALI, Taiane Rita² FACCIN, Angela² GOTTLIEB, Juliana² RIBEIRO, Ticiany Maria Dias² e-mail: [email protected] RESUMO: O gato doméstico, principalmente na Europa e América, é o principal animal de companhia, isso porque é uma espécie independente e autossuficiente. A peritonite infecciosa felina é uma doença infecto-contagiosa, sistêmica e progressivamente fatal, que acomete felinos domésticos e selvagens, sendo o agente etiológico identificado como coronavírus. Este trabalho teve como objetivo descrever os protocolos farmacológicos mais utilizados no tratamento da PIF e relatar um caso clínico. Um felino foi atendido no Hospital Veterinário são Francisco de Assis em Getúlio Vargas/RS com suspeita de PIF, o felino foi tratado vindo a óbito 30 dias após o início dos sintomas. Foram ainda entrevistados 14 Médicos Veterinários das cidades de Erechim/RS, Getúlio Vargas/RS e Estação/RS, através de um questionário sobre a conduta terapêutica adotada na suspeita da PIF. A dexametasona foi citada como o antiinflamatório mais utilizado juntamente com o metronidazol de antibiótico e fluidoterapia com solução de Ringer Lactato. Observou-se que a doença é realmente de baixa morbidade e alta mortalidade, que o tratamento é inespecífico e somente são tratados os sinais clínicos e que, na maioria das vezes, o animal vem a óbito antes mesmo do diagnóstico definitivo. A prevenção ainda é o único meio de controlar a doença. Palavras-chaves: Gato, coronavirus, protocolos, farmacológicos ABSTRACT: The domestic cat, especially in Europe and America, is the leading animal company, because it is an independent and self-sufficient species. The feline infectious peritonitis, also known as FIP, is an infectious disease, systemic and progressively fatal, which affects domestic and wild cats. The causative agent is identified as a coronavirus. This study aimed to describe the pharmacological protocols most commonly used in the treatment of feline infectious peritonitis and report a clinical case. A cat was treated at the Veterinary Hospital São Francisco de Assis in Getulio Vargas / RS with suspected FIP, the cat was treated coming died 30 days after onset of symptoms. Interviews were conducted with 14 veterinarians from the cities of Erechim / RS, Getulio Vargas / RS and Station / RS through a questionnaire on the conduct adopted on suspicion of FIP. Dexamethasone was mentioned as the most widely used anti-inflammatory along with the antibiotic metronidazole and fluid with Ringer lactate solution. It was observed that the disease is actually low morbidity and high mortality, the treatment is still and only nonspecific clinical signs are processed and, in most cases, the animal has died even before a definitive diagnosis. Prevention is still the only way to control the disease. Keywords: Cat, coronavirus, protocols, pharmacological ______________________________________ ¹ Discentes do curso de Medicina Veterinária – Faculdades IDEAU ² Docentes do curso de Medicina Veterinária – Faculdades IDEAU 2 1 INTRODUÇÃO O gato doméstico é um animal da família dos Felídeos, é um predador natural de diversos animais, principalmente de roedores e pássaros. O primeiro contato desse animal com o ser humano foi há aproximadamente 9.500 anos, mas sua domesticação oriunda do continente africano é mais antiga. O gato doméstico, principalmente na Europa e América, é o principal animal de companhia, isso porque é uma espécie independente e autossuficiente. Essa independência e o instinto de caçar permaneceram através de sua domesticação por necessidade de procurar seu próprio alimento (ROSSI, 2012; GANDRA, 2015). A Peritonite Infecciosa Felina, também conhecida como PIF, é uma doença infecto-contagiosa, sistêmica e progressivamente fatal, que acomete felinos domésticos e selvagens. O agente etiológico foi identificado como coronavírus, de RNA fita simples e envelopado, sendo denominado como vírus da peritonite infecciosa felina (FIPV) que é uma mutação do coronavírus entérico felino (FECV). Os vírus se diferenciam pelo fato de que o FIPV infecta os macrófagos e monócitos se disseminando pelo sangue para os órgãos, enquanto o FECV é restrito ao sistema digestório (MONTELEONE et al., 2005). Segundo Spadin (2008) essa doença foi descrita na década de 60 e hoje provavelmente é a principal doença infecto-contagiosa de felinos, pois apesar de sua baixa morbidade, possui alta mortalidade. A prevalência dessa doença é mais comum em ambientes onde há uma concentração elevada de gatos, pelo fato do contato maior com o vírus e pela alta eliminação de cepas virais pelas fezes dos animais contaminados, além disso, é mais comum em animais jovens (entre 6 meses a 5 anos), que tem alguma susceptibilidade genética, doenças intercorrentes ou que passaram por algum tipo de estresse (HOFFMANN et al., 2011). Existem duas manifestações clínicas da PIF: a efusiva ou úmida e a não efusiva ou seca. A efusiva é a forma aguda da doença, ou seja, é a forma mais grave. Ocorre normalmente entre 4-6 semanas e frequentemente é associada ao acúmulo de líquido na cavidade abdominal, pois os vasos sanguíneos são comprometidos, ocorrendo uma distensão progressiva devido a essa ascite. Se os 3 vasos sanguíneos do tórax são comprometidos, ocorre acúmulo de líquido, dificultando os pulmões de expandir, com isso causando dificuldade respiratória. Outros sinais clínicos são anorexia, desidratação, depressão, febre, anemia, não responde aos antibióticos, entre outros (SPADIN, 2008). Já a PIF seca ou não efusiva é a forma crônica da doença. O gato normalmente tem sintomas vagos, tais como falta de apetite, perda de peso, apresenta linfonodos mesentéricos palpáveis, lesões oculares e pelagem com pouco brilho. “Cerca de 12% dos gatos com PIF não efusiva desenvolvem sintomas neurológicos: ataxia (desequilíbrio, descoordenação motora), podendo ter também tremores de cabeça, convulsões, olhar pode deslocar-se em direções diferentes sem focarem em ponto definido” (PEREIRA et al., 2011 apud ADDIE, 2005). O diagnóstico de PIF geralmente é presuntivo com base nos sinais clínicos e histórico do animal, pelos exames laboratoriais e complementares, mas só pode ser confirmado pela histopatologia. O tratamento é de suporte e inespecífico e segundo Addie (2005) é importante o monitoramento hematológico e pesagens semanais, pois se o gato continuar perder peso e progredir para uma anemia não regenerativa, deve-se pensar em eutanásia. Isso porque gatos com PIF efusiva não sobrevivem mais que alguns dias/semanas e gatos com PIF não efusiva podem durar muitas semanas/meses até que comece apresentar sinais neurológicos, então a eutanásia é sugerida. O objetivo do trabalho foi identificar os protocolos terapêuticos utilizados no tratamento da Peritonite Infecciosa Felina (PIF) e o acompanhamento de um caso suspeito da doença. 2 MATERIAL E MÉTODOS Os diferentes protocolos farmacológicos usados no tratamento de pacientes com suspeita e/ou confirmação de peritonite infecciosa felina (PIF) foram obtidos através de questionários enviados a diferentes Médicos Veterinários das cidades de Erechim/RS, Estação/RS e Getúlio Vargas/RS, no período de maio a setembro de 2015, totalizando 14 questionários. Após foi realizada uma avaliação dos dados, classificando os pacientes quanto à forma da doença, ou seja, PIF efusiva ou não efusiva e os protocolos farmacológicos adotados pelos profissionais entrevistados. 4 Ainda, foi realizado o acompanhamento de um caso clínico suspeito de Peritonite Infecciosa Felina no Hospital Veterinário São Francisco de Assis, em Getúlio Vargas, RS. Os Médicos Veterinários responderam as seguintes perguntas do questionário: 1) Há quantos anos você atua como Médico Veterinário? 2) Nesse tempo, quantos casos de Peritonite Infecciosa Felina você lembra ter atendido? 3) Desses animais quantos sobreviveram? 4) Quais exames você costuma solicitar na suspeita da doença? 5) Que alterações nesses exames fazem você chegar ao diagnóstico de PIF? 6) Quais os sinais clínicos que esses animais que você atendeu apresentavam? 7) Que tratamento você indicou? 8) Nos casos que você atendeu é mais frequente a PIF não efusiva (seca) ou efusiva (úmida)? 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Felino, 8 meses de idade, macho, raça Himalaia, pesando 1.750Kg, foi atendido no Hospital Veterinário São Francisco de Assis em Getúlio Vargas/RS no dia 15 de agosto de 2015. Foi adquirido em um gatil a um mês atrás, sempre ficou no gatil onde nenhum outro felino apresentou sintomas, porém a 45 dias atrás teve contato com outro felino na clínica veterinária onde foi castrado. O paciente, cinco dias antes, começou a apresentar febre e a proprietária administrou dipirona, uma gota por kg, via oral por três vezes mas os sintomas evoluíram para perda de pelo, ataxia, perda dos movimentos posteriores, lateralização da cabeça, tremores fortes em todo o corpo, fraqueza, queda, apatia, inapetência e parou de beber água. Percebendo o agravamento dos sintomas procurou atendimento no Hospital Veterinário, sendo inicialmente diagnosticado com intoxicação causada pelo fármaco administrado, sendo então iniciado fluidoterapia com solução de Ringer Lactato, administrado omeprazol, 1 mg por Kg, uma vez ao dia. Havia ainda, parado de caminhar no dia 14 de agosto, em um processo gradativo, as fezes estavam normais, alimentava-se pouco (ração comercial seca), 5 era vacinado com três doses da quádrupla felina, e vermífugo a base de pirantel, praziquantel e febantel. Ao exame clínico apresentava mucosas pálidas, estado nutricional caquético, ataxia, paralisia dos membros pélvicos e não conseguia apoiar-se nos membros torácicos. Segundo dados obtidos através dos questionários, os sinais clínicos do gato acompanhado e dos demais felinos atendidos pelos Médicos Veterinários entrevistados são semelhantes e representados na Figura 1: 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Figura 1: Sinais clínicos dos felinos suspeitos de PIF. Fonte: Beal. J (2015) Conforme Crivellenti & Crivellenti (2012) em ambas as apresentações clínicas (efusiva e não efusiva) os animais acometidos normalmente evidenciam febre, anorexia, letargia e perda de peso. Gatos que produzem anticorpos, mas não desenvolvem imunidade celular, desenvolvem a PIF efusiva, sendo comum ascite, vasculite, depressão, dispneia. No caso de PIF não efusiva, ocorre principalmente icterícia, apatia/prostração, secreção ocular, linfoadenomegalia, entre outros sinais que são menos frequentes (MORAILLON et al., 2013). Os sinais clínicos observados foram compatíveis com peritonite infecciosa felina (PIF), mas não são suficientes para firmar um diagnóstico definitivo; paralisia do trem posterior em processo gradativo e incoordenação são os principais sinais 6 neurológicos (BRAUND, 1994). Segundo Quinn (2005) anorexia, perda de peso e apatia também são sinais sugestivos. Pela anamnese, o paciente não saía na rua, e no gatil nenhum outro animal apresentou sintomas. Porém, no dia da castração teve contato com felino e é possível que esse felino fosse portador do coronavírus felino assintomático, e tenha sido a fonte da infecção, mesmo que as maiores incidências do vírus ocorram em gatis e outros ambientes que abriguem maior número de animais, pela facilidade de transmissão fecal-oral (FOLEY , 1997). O diagnóstico depende dos sinais clínicos associados a exames laboratoriais e histórico do animal, como demonstra na Figura 2, uma vez que a sorologia não diferencia FIPV e FECV, apenas detecta a presença do vírus, já o PCR seria mais específico para diagnosticar a PIF em vida. A histopatologia realizada durante a necropsia é o único capaz de dar o diagnóstico definitivo de PIF, pois a doença consiste de uma inflamação predominantemente piogranulomatosa localizada ao redor de vasos, principalmente de vênulas. (SPADIN, 2008; CRIVELLENTI & CRIVELLENTI, 2012). Figura 2: Hemograma do felino suspeito de peritonite infecciosa felina. Fonte: Beal. J (2015). No hemograma os resultados não são inteiramente compatíveis com os mais frequentes na literatura que são anemia normocítica normocrômica leve a moderada (BRAUND, 1994). Porém, em comparação com estudos mais detalhados, o animal se encontra dentro do padrão esperado da doença: Monocitose e trombocitopenia. 7 Não há tratamento específico contra a PIF e quase sempre a terapia sintomática é ineficaz. Nos casos da doença efusiva, pode ser necessária a realização de abdominocentese e/ou toracocentese para melhorar o estado clínico do paciente (CRIVELLENTI & CRIVELLENTI, 2012). Visto que a PIF é uma doença imune mediada, o tratamento inclui a supressão da resposta imunitária, normalmente com corticosteroides. Os antiinflamatórios esteroides são os principais imunossupressores utilizados na PIF, é seguro se administrado corretamente, faz com que o gato se sinta melhor e estimula o apetite, como mostra a Figura 3. 6 5 4 3 2 1 0 Figura 3: Antiinflamatórios utilizados no tratamento sintomático de PIF. Fonte: Beal, J (2015) A dexametasona foi o anti-inflamatório de maior eleição pelos entrevistados, talvez pelo fato dela suprir tanto a resposta humoral como a resposta imunitária celular mediada, outra vantagem do uso é que ela também serve para o tratamento da colangite linfocítica, que pode ser confundida com a PIF. O felino tratado no Hospital Veterinário foi medicado com cetoprofeno (antiinflamatório não esteroide) 2mg/Kg, intravenoso uma vez ao dia por 5 dias. A escolha pelo uso de um não esteroide foi devido ao seu tempo de ação ser prolongado, evitando assim várias doses durante o tratamento na tentativa de diminuir a irritação gástrica e de diminuir ainda mais a imunossupressão. 8 A dipirona também foi muito citada pelos entrevistados, porém seu uso sem uma associação não é indicado uma vez que possui alto poder analgésico mas baixo poder anti-inflamatório. Sempre que o gato for tratado com imunossupressores, deve também receber antibióticos para protegê-lo de infecções oportunistas. O tratamento de suporte é feito principalmente com antibióticos que são utilizados na tentativa de conter infecções secundárias, na Figura 4 pode-se analisar a frequência dos antibióticos mais comumente utilizados. 4,5 4 3,5 3 2,5 2 1,5 1 0,5 0 Cefalexina Metronidazol Ampicilina Gentamicina Cefalotina Figura 4: Antibióticos mais utilizados no tratamento sintomático da PIF. Fonte:Beal. J (2015). O felino atendido no HV foi tratado com metronidazol, 15 mg/Kg, intravenoso um vez ao dia por 8 dias. O metronidazol também foi o antibiótico mais usado pelos entrevistados, visto que é muito eficaz em infecções anaeróbicas e sua resistência é muito rara sendo bactericida e com ampla distribuição tecidual, altamente lipossolúvel e pouco biotransformado no fígado, que na PIF já esta com sua função diminuída devido a vasculite e a sobre carga em tentar produzir os fatores de coagulação. A fluidoterapia parenteral para manter a hidratação é fundamental para a sobrevida e conforto do paciente uma vez que geralmente ele não esta se alimentando. Na Figura 5 observa-se a escolha dos entrevistados quanto a fluidoterapia. 9 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Figura 5: Soluções cristalóides, vitaminas e nutrição parenteral utilizadas na fluidoterapia em pacientes suspeitos com PIF. Fonte: Beal. J (2015) A solução de Ringer Lactato foi a mais utilizada por ser uma solução cristaloide de fácil aceitação para reposição e manutenção de fluidos visto que possui uma concentração eletrolítica balanceada. O acréscimo de complementos B e C a solução favorece a estimulação do apetite (PAPICH, 2012). O felino, porém, não apresentou melhoras, foi indicado a eutanásia por compatibilidade do quadro clínico com peritonite infecciosa felina (PIF) e pelo prognóstico desfavorável do paciente. A proprietária optou por não realizar a eutanásia e a necropsia. O felino veio a óbito 30 dias depois de iniciar os sintomas. Como a proprietaria não autorizou a necropsia o diagnóstico não foi confirmado. O vírus da PIF é eliminado por gatos contaminados e transmitido a outros gatos susceptíveis. O vírus é disseminado pela via fecal oral através de contato intimo e ainda por inoculação direta através de mordidas de gatos durante brigas, a contaminação via placentária também é citada, mas pouco comprovada, porém, no período de amamentação de gatas portadoras assintomáticas a contaminação pode ocorrer (CARLTON & MCGAVIN, 1998). Segundo Addie (2008) a liberação do vírus através da saliva é rara e quando ocorre é no início da infecção. A excreção do FIPV ocorre nas secreções orais e respiratórias, fezes e urina dos gatos infectados. 10 Os filhotes nascidos de mãe saudável possuem imunidade materna nas primeiras semanas de vida, entretanto, se ocorre uma baixa nessa imunidade os filhotes são contaminados. Uma pequena diarreia, e ocasionalmente alguma coriza podem ser os únicos sinais clínicos nesses filhotes, no entanto, mais tarde caso seu sistema imune emfraqueça ou em situações de estresse, podem desenvolver a PIF (HORZINECK , 2003). Somente os animais infectados e com uma baixa resposta imune celular estão sujeitos à mutação, o que acontece em 5 a 10% dos animais. Os gatos imunocompetentes raramente desenvolvem a doença, podendo ocorrer a mutação após fatores de estresse, como mudança do ambiente, rotina, entrada de um novo animal, entre outros (HARTMANN, 2005; PEDERSEN, 2009). A PIF não é uma zoonose, ou seja, não transmite ao ser humano, atacam exclusivamente felinos. A prevenção dá-se principalmente por meio de diminuir o estresse do animal e a contaminação oro-fecal principalmente em gatis onde a chance de contaminação é muito maior. Além disso, é necessário um manejo adequado desses animais, higiene e desinfecção do ambiente para que tenha uma menor incidência do vírus (ADDIE, 2005; CORADIN et al., 2013). Em relação às vacinas, segundo Spadin (2008) é opcional esse método, sendo indicado para felinos soronegativos que serão introduzidos em ambientes onde há presença do FIPV. Essa vacina deve ser feita a partir de 16 semanas de vida, constando 2 doses com intervalo de 3 a 4 semanas entre elas, com reforço anual. 4 CONCLUSÃO Com base nos resultados obtidos, observou-se que a doença é realmente de baixa morbidade e alta mortalidade, que o tratamento ainda é inespecífico e somente são tratados os sinais clínicos e que, na maioria das vezes, o animal vem a óbito antes mesmo do diagnóstico definitivo. Os medicamentos mais utilizados na conduta terapêutica da PIF foram a dexametasona como antiinflamatório esteroide, juntamente com o metronidazol de antibiótico e fluidoterapia com solução de ringer lactato. 11 Além disso, a prevenção é de suma importância para que ocorra uma menor incidência da peritonite infecciosa felina, seja ela através da vacina, desinfecção e higiene do ambiente, restringir o acesso à rua e a outros felinos de procedência duvidosa. 5 REFERÊNCIAS ADDIE, D. O que é peritonite infecciosa felina?. 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