resumo grécia antiga – da mitologia à democracia

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RESUMO GRÉCIA ANTIGA – DA MITOLOGIA À DEMOCRACIA E O
DECLÍNIO DA CIVILIZAÇÃO GREGA
PERIODIZAÇÃO
 Pré-Homérico (1900-1100 a.C): Período antes da formação do homem grego. Nessa
época, estavam se desenvolvendo as civilizações Cretense ou Minóica (ilha de Creta) e a
Micênica (continental).
 Homérico (1100-700 a.C): Período de Homero, marco na história por suas obras,
Odisséia e Ilíada. Período que iniciou a ruralização e comunidade gentílica (na qual um
ajuda o outro na produção e colheita).
 Obscuro (1150-800 a.C.): Chegada dos aqueus, dóricos, eólios e jônicos; formação dos
genos; ausência da escrita.
 Arcaico (800-500 a.C.) — Formação da polis; aparecimento do alfabeto fonético, da arte e
da literatura, progresso econômico com a divisão do trabalho no comércio, na indústria e
processo de urbanização.
 Clássico (500-338 a.C.) — O período de esplendor da civilização grega. As duas cidades
consideradas mais importantes desse período foram Esparta e Atenas. Neste momento a
História da Grécia é marcada por uma série de conflitos externos (Guerras Médicas) e
interno (Guerra do Peloponeso).
 Helenístico (338-146 a.C.) — Crise da polis grega, invasão macedônica, expansão militar
e cultural helenística, a civilização grega se espalha pelo Mediterrâneo e se funde a
outras culturas.
A GRÉCIA ANTIGA
 A Grécia ou Hélade influenciou profundamente a formação da cultura ocidental. Dos
gregos ou helenos antigos herdamos uma gama de conhecimentos científicos, os grandes
fundamentos do pensamento filosófico e político, presentes nas obras de Sócrates, Platão
e Aristóteles. Também nossos padrões estéticos de arte e beleza foram herdados dos
gregos.
Grécia em grego é Ελλάδα. Grego é o nome pelo qual os romanos designavam os helenos,
habitantes da Hélade que ficou conhecida como Grécia. Hélade é Hellás - ádos, que desde os
tempos de Ésquilo designa a totalidade das regiões habitadas pelos helenos. As formas
portuguesas Grécia, castelhana e italiana Grecia, francesa Grèce, inglesa Greece, são um
eruditismo calcado sobre o latim Græcia (com o etnônimo respectivo grego, griego, greco, grec e
greek, do latim græcus).
 A Grécia antiga abrangia o sul da península Balcânica (Grécia europeia), as ilhas do mar
Egeu (Grécia insular) e o litoral da Ásia menor (Grécia asiática). A partir do século VIII
a.C., os gregos ampliaram seu território de ocupação, fundando colônias no Mediterrâneo
e no sul da Itália, que passou a chamar-se Magna Grécia.
 Do século XII ao VIII a.C., os grupos humanos que estavam estabelecidos na Grécia
encontravam-se organizados em genos, ou seja, famílias coletivas constituídas por um
grande número de pessoas sob a liderança de um patriarca. Foi o período das
comunidades gentílicas.
 Na organização hierárquica dos genos, o patriarca, ou pater, era a autoridade máxima,
exercendo as funções de juiz, chefe religioso e militar. O critério que definia a posição
social dos indivíduos na comunidade era o seu grau de parentesco com o pater.
 Para enfrentar um inimigo comum, algumas comunidades gentílicas se uniram,
formando uma fratria. As fratrias reunidas constituíram uma tribo, a qual se submetia a
autoridade do filobasileu, o comandante do exército. A união de várias tribos, deu origem
ao demos (“povo” ou “povoado”), que reconhecia como seu líder o basileu.
 A crise da sociedade gentílica alterou a estrutura interna dos genos. A terra deixou de ser
propriedade coletiva. As melhores terras passaram a ser dominadas pelos parentes mais
próximos do pater, que passaram a ser chamados de eupátridas (“Bem-nascidos”). O
restante das terras foi dividido entre os georgóis (“agricultores”), parentes mais
distantes do patriarca. Nesse processo, os mais prejudicados foram os thetas
(“marginais”), para os quais nada restou.
 Entre os séculos VIII e VI a.C., várias tribos se uniram formando comunidades
independentes, que deram origem às polis ou cidades-estados. A Grécia possuiu mais de
cem cidades-estados independentes ou autônomas que, de modo geral, possuíam seus
regimes políticos próprios, algumas se mantiveram oligárquicas outras tornaram-se
democráticas. As duas polis mais importantes da Grécia antiga foram Atenas (a
democrática) e Esparta (a oligárquica).
MITOLOGIA GREGA
 A Grécia antiga nunca constituiu um estado unificado. De fato, os gregos das diversas
cidades-estados autônomas tinham consciência de que pertenciam a uma mesma cultura,
sendo pois unidos pela língua que falavam e pela religiosidade comum entre eles. Os
grandes santuários pan-helênicos, como Olímpia, Delfos ou Delos, eram os locais de
reunião dos helenos. Mesmo sangue e mesma língua, santuários e sacrifícios, costumes e
hábitos semelhantes eram os elementos de identidade e que uniam os gregos antigos.
 Assim, na Grécia antiga, as várias cidades-estados eram parte de uma mesma
comunidade religiosa: tinham as mesmas crenças e rituais, tanto que se faziam
representar num santuário comum, Delfos, e se uniam para rituais, como, por exemplo,
os que aconteciam nas festas pan-helênicas, como as Olimpíadas.
 Entre os gregos, a tradição religiosa era transmitida oralmente por poetas como Homero
e Hesíodo, que viveram entre os séculos IX e VIII a.C., inspirados por divindades ligadas à
música e à poesia, as Musas.
 Entre os gregos, a religião era politeísta, ou seja, eram vários os deuses em que
acreditavam e que davam origem diversas crenças, cultos e práticas religiosas.
 A religião grega também era antropomórfica, pois os deuses eram a imagem e
semelhança física e psíquica dos homens, inclusive compartilhando vícios, desejos e
defeitos. Era também Pragmática, ou seja, os deuses existiam por causa das necessidades
humanas: segurança, alimentação, guerra; Idealista, isto é, as divindades expressavam o
desejo de imortalidade, poder e prazer; Fatalista, os acontecimentos da vida eram
traçados pelos deuses.
 Acreditava-se que esses deuses habitavam o monte Olimpo, na Tessália. Os deuses
gregos não são eternos, pois nasceram um dia, mas são imortais. São doze os principais
deuses gregos, tendo cada um um poder específico: Zeus, é o mais poderoso dos deuses e
pai da maioria dos outros deuses, era senhor dos céus e líder dos deuses, comandava as
estações do ano, os dias e as chuvas, quando enfurecido, enviava raios sobre a Terra;
Hera, deusa das esposas e protetora dos nascimentos, casada com Zeus, era bastante
vingativa com as várias amantes do marido; Poseidon, deus dos mares, reinava sobre o
oceano e comandava a chuva e a seca, provocava catástrofes com o seu tridente, para
vingar os mortais que agiam contra a sua vontade; Deméter, deusa da fertilidade da
terra; Apolo, deus do sol e da luz, chamava a atenção pela beleza e força, inspirava poetas
e adivinhos porque tinha o poder de prever o futuro; Atena, deusa das artes, das ciências
e da sabedoria, era guerreira, mas inimiga da violência, preferia o debate e a negociação
na hora de resolver confrontos; Afrodite, deusa do amor e da beleza, era a divindade
mais linda, inspirava a paixão nos mortais, mas também ciúme e loucura naqueles que
não a homenageavam; Hefesto, o deus do fogo e da metalurgia; Ares, deus da guerra;
Hermes, deus da eloquência e do comércio, símbolo da rapidez, levava mensagens do
Olimpo para os mortais, ajudava tanto os mercadores quanto os ladrões; Artemis, deusa
caçadora; Héstia, deusa dos lares. Havia também Hades, senhor do reino dos mortos;
Dionísio, deus do vinho e da euforia, instaurou festas nas quais se chegava ao êxtase por
meio da música, da dança e da bebida; Hebe, deusa da juventude; Eros, filho de Ares e
Afrodite, em algumas versões considerado filho do Caos, sua versão romana é a de
Cupido, ele é o deus do amor.
 Havia também heróis divinizados ou semideuses, dentre os quais os mais famosos foram:
Hércules, famoso por sua força; Teseu, que matou o minotauro do palácio de Creta;
Perseu, que matou a Medusa, monstro que convertia em pedra todos que a olhavam.
 A mitologia grega ente nós sobrevive nas palavras que se usam hoje, como Deus, justiça,
cereal, etc. e nos nomes dos planetas. As nossas Olimpíadas é uma herança dos gregos. O
teatro foi inventado pelos gregos em um rito para o deus Dionísio. Enquanto as artes em
nossa sociedade são ainda hoje profundamente influenciadas pela cultura grega, a
arquitetura ainda hoje usa colunas, pórticos e naves dos antigos templos gregos.
ATENAS
 Atenas situa-se na Ática. Em grego antigo, Atenas era chamada Αθήναι (Athénai), em
homenagem à deusa grega Atena. A ocupação inicial da Ática foi realizada pelos aqueus,
seguidos posteriormente por eólios e principalmente jônios, todos povos indo-europeus.
Atenas ficou famosa por ter sido poderosa Cidade-Estado e um centro cultural e
intelectual muito importante nos tempos antigos (atualmente é a capital de Grécia).
 Atenas conservou a monarquia por muito tempo, até a aristocracia (“Bem-nascidos”)
solaparem o poder do basileu, que foi substituído pelo arcontado – composto por nove
arcontes com mandatos anuais. Foi também criado um conselho – o aerópago –
composto por eupátridas, com função de regular a ação dos arcontes.
As leis draconianas têm um importante papel na história do Direito, por serem o primeiro código
de leis escrito. Estas leis eram sempre favoráveis aos eupátridas e cobriam penas extremamente
severas aos infratores. Para os crimes graves, aqueles submetidos ao Areópago, as penas eram a
morte ou o exílio. Tanto o furto como o assassinato recebia a mesma punição: a morte. Essa
severidade fez que o adjetivo draconiano chegasse à posteridade como sinônimo de desumano,
excessivamente rígido ou drástico.
 Além dos eupátridas, georgóis e thetas, a sociedade ateniense ainda tinha: os Demiurgos,
que eram artesãos ou comerciantes, em geral, georgóis empobrecidos ou thetas; os
Escravos, geralmente prisioneiros de guerra, sem direitos políticos.
 As lutas entre classes sociais, a instabilidade e o crescimento de Atenas foram fatores
que motivaram o surgimento de reformas, feitas por legisladores. Dentre esses
legisladores, destacou-se Drácon. Arconte, de origem aristocrática, Drácon recebeu em
621 a.C. poderes extraordinários para preparar um código de leis escritas (até então
eram orais), Drácon elaborou um rígido código de leis baseado nas normas tradicionais
arbitradas pelos juízes.
 Em 594 a.C., Sólon (em grego, Σόλων - Sólōn, na transliteração), um legislador ateniense,
iniciou uma reforma mais ambiciosa, onde as estruturas social,política e econômica da
polis ateniense foram alteradas.
 Ele cria a Eclésia (assembleia popular), na qual participavam todo homem maior de 30
anos, livre (não escravo), ateniense e de pai e mãe ateniense. Contudo, a participação não
é por nascimento, agora ela é censitária. O critério da riqueza possibilitou a ascensão
política dos demiurgos. Criava-se, assim, a Timocracia (do grego, timos = riqueza, e
kratos = poder). Sólon criou o Conselho dos Quatrocentos, ou Bulé. A Eclésia aprovava as
medidas da Bulé. Criou também o tribunal de justiça, o Helieu, aberto a todos os
cidadãos.
 Na sua reforma, Sólon proibiu a hipoteca da terra e a escravidão por endividamento
através da chamada lei Seixatéia, dividiu a sociedade pelo critério censitário (pela renda
anual). Suas atitudes, no entanto, desagradaram a aristocracia, que não queria perder
seus privilégios oligárquicos, e o Povo, que desejava mais que uma política censitária, e
sim a promoção de uma reforma agrária.
 A conturbação política que se seguiu a reforma de Sólon permitiu o surgimento dos
tiranos, ditadores que usurparam o poder. O primeiro e mais importante deles foi
Pisístrato, que governou Atenas de 561 a 527 a.C. Ele foi sucedido por seus filhos Hiparco
e Hípias, que logo não perderam o apoio do povo. Em 510 a.C., eclode uma revolta,
liderada por Clístenes, um nobre ateniense, que finaliza a tirania e estabelece a
Democracia ateniense.
Democracia Representativa e Direta
Democracia direta refere-se ao sistema onde os cidadãos decidem diretamente cada assunto por
votação. Em democracias representativas, em contraste, os cidadãos elegem representantes em
intervalos regulares, que então votam os assuntos em seu favor.
A democracia direta tornou-se cada vez mais difícil e necessariamente se aproxima mais da
democracia representativa, quando o número de cidadãos cresce. Historicamente, a democracia
mais direta foi o antigo sistema político de Atenas. O sistema de eleições que é usado em alguns
países ocidentais de Estado, pode ser considerado como uma forma de democracia
representativa, onde o povo elege seus representantes locais.
 A Democracia é um regime de governo onde o poder de tomar importantes decisões
políticas está com os cidadãos (povo). A palavra Democracia vem do grego “demos”
(“povo”) e “kratos” (“poder”), significando “poder do povo”, ou seja, governo feito pelo
povo. O povo torna-se soberano para decidir seu próprio destino.
ESPARTA
 Esparta (em grego Σπάρτη, em grego moderno Spárti, em grego antigo, Spártē) era uma
cidade-estado da Antiga Grécia (atualmente um município da Grécia), fundada no século
IX a.C. e situada nas margens do rio Eurotas, no sudeste da região do Peloponeso, na
planície da Lacônia. Esparta, também conhecida como Lacedemônia, foi formada pelos
dórios, povo indo-europeu essencialmente guerreiro. Esparta possuía uma estrutura
social extremamente rígida, dividindo-se em:
 Espartanos ou esparciatas ou ainda lacedemônios: os descendentes dos
conquistadores dórios eram os únicos detentores da cidadania em Esparta e, portanto,
com direitos políticos. Formavam uma classe privilegiada que monopolizava o poder
militar e, por decorrência, o político e o religioso.
 Periecos: eram os habitantes dos arredores das cidades, descendentes das populações
nativas submetidas pelos dórios. Livres, dedicavam-se ao comércio e ao artesanato.
 Hilotas: eram os servos pertencentes ao Estado, descendentes da população dominada
pelos dórios.
 Politicamente, Esparta organizava-se sob uma diarquia, ou seja, uma monarquia
composta por dois reis, que tinham funções guerreiras e religiosas. As funções
executivas, entretanto, eram exercidas pelo Eforato composto por cinco membros eleitos
anualmente, que administravam os negócios públicos da cidade. Havia a Gerúsia,
composta por 28 membros da aristocracia, com idade superior a sessenta anos, que
tinham funções legislativas. Na base da estrutura política espartana estava a Ápela ou
assembleia popular, formada por todos os cidadãos iguais maiores de trinta anos, os
homoioi (em grego, iguais ou semelhantes), que tinha a função de votar leis e escolher os
gerontes.
A EDUCAÇÃO EM ESPARTA
 A educação espartana, que recebia o nome técnico de agogê, estava concentrada nas
mãos do Estado, sendo uma responsabilidade obrigatória do governo. Estava orientada
para a intervenção na guerra e a manutenção da segurança da cidade, sendo
particularmente valorizada a preparação física que visava fazer dos jovens bons
soldados e incutir um sentimento patriótico.
 Desde o nascimento até à morte, o espartano pertencia ao estado. Os recém-nascidos
eram examinados por um conselho de anciãos que ordenava eliminar os que fossem
portadores de deficiência física ou mental ou não fossem suficientemente robustos, ou
seja, praticavam a eugenia.
 A partir dos 7 anos de idade, os pais (cidadãos) não mais comandavam a educação dos
filhos. As crianças eram entregues à orientação do Estado, que tinha professores
especializados para esse fim, o paidónomo. Os jovens viviam em pequenos grupos
coletivos, levando vidas muito austeras, realizavam exercícios de treino com armas e
aprendiam a táctica de formação.
A fama do guerreiro espartano perpassa a história, sendo uma das principais características
conhecida desta sociedade grega. Cena do Filme 300 de Esparta que descreve a Batalha das
Termópilas (480 a.C.), quando 300 guerreiros espartanos comandados pelo Rei Leónidas
lutaram até a morte para refrear o avanço do exército persa do Rei Xerxes no território grego.
 Os homens espartanos (esparciatas) eram mandados ao exército aos sete anos de idade,
onde recebiam educação e aprendiam as artes da guerra e desporto. Aos doze anos, eram
abandonados em penhascos sozinhos (só contavam uns com os outros), nus (para
criarem resistência ao frio) e sem comida (para caçarem e pescarem). Essa educação
estava voltada para ensinar aos esparciatas valores guerreiros como força, resistência,
seriedade, bravura, disciplina, solidariedade e astúcia.
 Com 18 anos, os esparciatas ingressavam no exército, tornando-se hoplitas. Os jovens
lacedemônios, chamados de eiren, poderiam atacar a qualquer momento servos
(hilotas), a fim de lutar e se preparar para a guerra, isto era chamado de Kriptéia.
 Aos 30 anos de idade o esparciata tornava-se cidadão, adquiria plenos direitos políticos,
podendo, então, participar da Assembleia do Povo ou dos Cidadãos (Ápela). Depois de
concluído o período de formação educativa, os cidadãos de Esparta, entre os vinte e os
sessenta anos, continuavam a viver em grupos e estavam obrigados a participar na
guerra.
 As mulheres espartanas recebiam educação quase igual à dos homens, participando dos
torneios e atividades desportivas. O objetivo era dotá-las de um corpo forte e saudável
para gerar filhos sadios e vigorosos. Consistia na prática do exercício físico ao ar livre.
Assim como os homens, também iam aos quartéis quando completavam 7 anos de idade
para serem educadas e treinadas para a guerra mas dormiam em casa.
XENOFOBIA
 A xenofobia (em grego, xeno é estrangeiros e fobia é medo) era uma das características
da sociedade espartana. Xenofobia é comumente associado a aversão a outros povos e
culturas. É também associado à fobia em relação a pessoas ou grupos diferentes, com os
quais o indivíduo ou o grupo social que apresenta a fobia habitualmente não entra em
contato e evita. Esparta era uma cidade conservadora, os espartanos limitavam ao
máximo relações com estrangeiros, inclusive gregos de outras cidades, a fim de
dificultarem a penetração de ideias “perigosas” ou “nocivas” à sociedade espartana.
GUERRAS MÉDICAS
 Dá-se o nome de Guerras Médicas (ou Guerras Medas, Guerras Greco-Persas, Guerras
Greco-Pérsicas e Guerras Persas) aos enfrentamentos entre os antigos gregos e o
Império Persa durante o século V a.C.
 As Guerras Médicas ocorreram entre os povos gregos (aqueus, jônios, dórios e eólios) e
os medo-persas, pela disputa sobre a Jônia na Ásia Menor.
 Em 490, Dario (522-486 a.C.) decidiu enviar à Grécia continental uma expedição
punitiva. Erétria foi arrasada e saqueada, mas os atenienses e plateenses, chefiados por
Milcíades (550-489 a.C.), conseguiram rechaçar os persas na Batalha da planície de
Maratona.
 Xerxes (486-465 a.C.), filho de Dario, comandou dez anos depois (480 a.C.) uma invasão à
Grécia em grande escala. As tropas helenicas decidiram detê-los ao máximo no
desfiladeiro das Termópilas (que significa Portas Quentes). Neste lugar, o rei espartano
Leônidas colocou cerca de trezentos soldados espartanos e mais mil de outras regiões.
Naquele desfiladeiro tão estreito os persas não podiam usar sua famosa cavalaria, e sua
superioridade numérica estava bloqueada. Mas ocorreu que os gregos foram traídos por
Efíaltes, que conduziu Xerxes através dos bosques para chegar pela retaguarda à saída
das Termópilas.
 As cidades-estados gregas esqueceram as disputas internas que existiam entre elas e
uniram-se, comandados pelo ateniense Temístocles venceram os persas na Batalha naval
de Salamina (480 a.C.) e na de Platéias (479 a.C.), acabando com as intenções de domínio
de Xerxes.
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