12 de Fevereiro – n.º 21 - Franciscanos Conventuais de Portugal

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Ano VIII N.º 21 | 12 de Fevereiro | 2017
AS CRIANÇAS DE FÁTIMA
No dia 20 de Fevereiro, a Igreja em Portugal celebra a festa de Francisco e Jacinta. Estas duas
crianças não sabiam ler nem escrever e a maior parte do seu tempo, para além de algumas
brincadeiras ao pé de casa e as idas à igreja com os pais, era vivido no descampado a tomar conta
do rebanho. Juntamente com Lúcia, tornaram-se famosas por terem assistido ao longo de vários
meses às aparições de uma senhora vestida de branco que, dizia ela, “vinha do Céu”. Se uma
criança da catequese viesse dizer-me que lhe apareceu a Nossa Senhora no jardim da escola, a
minha primeira reação seria encaminhá-la para uma consulta do médico de família ou da psicóloga
da escola.
Três crianças analfabetas, numa terra sem localização no mapa, sem contactos com o mundo
(rádio, televisão, imprensa...), numa época de conflitos e de grandes convulsões (início do século
XX), foram escolhidas para anunciar ao mundo o amor incondicional do Senhor, que nos fala com a
voz e o olhar de uma Mãe, a Virgem Maria.
Quando olho para a foto dos três pastorinhos, que não é
uma selfie postada na página Facebook dos nossos jovens,
entrevejo um olhar um pouco assustado e pergunto-me: «O
que se passa no coração daquelas crianças? Que sensações,
que sentimentos, que pensamentos correm na mente
daqueles pequeninos?».
A memória dos pastorinhos de Fátima, neste ano do
Centenário das Aparições da Virgem Maria, é uma ocasião
para nos tornarmos «pequenos», evangelicamente
pequenos, e aprofundar com coração de criança a
mensagem que da Cova de Iria foi oferecida à Igreja e ao mundo.
As primeiras biografias, a transcrição das conversações delas e as memórias de Irmã Lúcia, deixam
transparecer em Francisco um olhar contemplativo e um grande amor por Jesus, presente no
tabernáculo. O seu grande desejo era poder «consolar Jesus». Jacinta desenvolveu uma profunda
compaixão por todos os sofrimentos do mundo, compaixão que alimentou graças à devoção ao
Coração Imaculado de Maria. Dizia Jacinta: «Se eu pudesse pôr no coração de todos o fogo que arde
no meu coração e que me faz amar tanto o coração de Jesus e o coração de Maria!». Lúcia, que viveu
muitíssimos anos e morreu em Coimbra, no Carmelo, onde passou grande parte da sua vida,
aprendeu a ler e a escrever para narrar a mensagem de Fátima, as aparições do Anjo, da Virgem e a
visão trinitária, tornando-se, assim, a mensageira de Fátima.
Qual é a mensagem que Fátima encerra? Qual é o "segredo espiritual", qual é a alegria que faz
arrepiar os peregrinos no Santuário de Fátima?
É o segredo, é a mensagem, é a alegria de quem encontra uma Mãe, a Mãe de Jesus, a Mãe da Igreja,
que abre a porta do seu Coração Imaculado para fazer entrar o homem com as suas feridas, com o
seu pecado, com o mal que angustia este mundo e o orienta para a conversão, a ternura, a paz,
mostrando-lhe o seu Filho, Jesus. Fátima é uma mensagem de paz e de luz numa época marcada
pelas trevas, pela guerra, pelo mal. Uma mensagem ainda actual depois de 100 anos!
frei Fabrizio
VI DOMINGO DO TEMPO COMUM
1ª Leitura [Sir 15, 16-21 (15-20)]
«Não mandou a ninguém fazer o mal»
Aclamação (cf. Mt 11, 25)
Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu
e da terra, porque revelastes aos
pequeninos os mistérios do reino.
Salmo 118 (119)
Ditoso o que anda na lei do Senhor.
2ª Leitura (1 Cor 2, 6-10)
«Antes dos séculos Deus predestinou a sabedoria
para a nossa glória»
Oração
Senhor,
A vida converte-se num deserto
se não houver o teu perdão.
Enche-nos com a água viva
da tua misericórdia
Para aprendermos a perdoar.
Ajuda-nos a esquecer as ofensas.
Afasta dos nossos lábios
as palavras duras, ávidas de vingança.
Ensina-nos a perdoar.
Senhor,
A vida converte-se num deserto
se não houver o teu perdão.
Dá-nos a força generosa
Do abraço que esquece os atritos
e nos abre para um amor
sem fronteiras.
Ámen
Evangelho (Mt 5, 20-22a.27-28.33-34a.37)
«Foi dito aos antigos... Eu, porém, digo-vos...»
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
«Se a vossa justiça não superar a dos escribas e
fariseus, não entrareis no reino dos Céus.
Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Não matarás;
quem matar será submetido a julgamento’. Eu,
porém, digo-vos: Todo aquele que se irar contra
o seu irmão será submetido a julgamento.
Ouvistes que foi dito: ‘Não cometerás adultério’.
Eu, porém, digo-vos: Todo aquele que olhar para
uma mulher com maus desejos já cometeu
adultério com ela no seu coração. Ouvistes
ainda que foi dito aos antigos: ‘Não faltarás ao
que tiveres jurado, mas cumprirás diante do
Senhor o que juraste’. Eu, porém, digo-vos que
não jureis em caso algum. A vossa linguagem
deve ser: ‘Sim, sim; não, não’. O que passa disto
vem do Maligno»
Palavra da Salvação
“Não matar”.
Terei consciência que posso “matar” com
certas atitudes de egoísmo, de prepotência,
de
autoritarismo,
de
injustiça,
de
indiferença, de intolerância, de calúnia e
má língua que magoam o outro, que
destroem a sua dignidade, o seu bem estar,
as suas relações, a sua paz?
Terei consciência que ignorar o sofrimento
de alguém, ficar indiferente a quem
necessita de um gesto de bondade, de
misericórdia, de reconciliação, é assassinar
a vida?
Adaptado de http://www.dehonianos.org/
Jesus transporta
a Palavra realizada
Ecos sobre a Formação para Catequistas
“Sexualidade e afetos na adolescência”
No Encontro Vicarial de Catequistas, que decorreu às terças-feiras durante o mês de
Janeiro, na Igreja da Portela, foi discutida a “Sexualidade e Afetos na adolescência”.
Apresentamos, de forma resumida, um testemunho de uma catequista da nossa UPF,
sobre a pertinência do tema abordado em três sessões:
"... falou-se de tudo, de sexo, da homossexualidade, dos valores morais, do papel da família
e da Igreja. Falou-se também do aborto, e o respeito pela vida humana, do qual Papa
Francisco tanto fala. São estes valores morais que vamos buscar, à educação familiar para
a nossa vida futura. Sem estes alicerces familiares, andaremos perdidos sem sabermos,
quem é DEUS e o que ELE representa nas nossas vidas...."
Adelaide Monteiro (catequista em Sta Beatriz)
"Maior, é aquele que serve"
Servir é um ato de amor e também pode ser um dom.
O Papa Francisco, na sua primeira Exortação Apostólica, A alegria do Evangelho (Evangelii
Gaudium), refere-se às pastorais dizendo que é enorme a sua contribuição na Igreja do
mundo atual e completa: "Agradeço o belo exemplo que me dão tantos cristãos que
oferecem a sua vida e o seu tempo com alegria. Este testemunho faz-me muito bem e
apoia-me na aspiração pessoal de ultrapassar o egoísmo para uma dedicação maior”.
Sabe bem encontrar a Casa de Deus e também a minha casa cheirosa, arrumada, alegre
com as flores etc… Já alguma vez se questionaram quem cuida dela?
Atualmente, das 3 Igrejas que formam a nossa unidade pastoral, apenas uma conseguiu
reunir várias equipas de limpeza. Enquanto que nas outras, são apenas 2/3 pessoas que
levam para a frente este serviço.
Vem ajudar!
Vai ao cartório da tua Igreja e vê que serviços existem na
tua comunidade e é só colocares os teus dons ao serviço
das pessoas e da comunidade.
Um obrigada a todos que já colocam os seus dons ao serviço da Igreja!
13 de Fevereiro: Seg | Oração do Terço, Eu Acredito,
na Igreja de Sta. Beatriz, às 21horas.
14 Fevereiro Ter | Formação vicarial de Leitores, às 21h30
na Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes (Parque das Nações)
17 Fevereiro Sexta | Noite de Fados (com jantar), às 19h45
No salão de Festas da Igreja de Sta Beatriz
Organizada pela Associação de Moradores do B-º das Amendoeiras
em parceria com a Comissão de Festas de Sta Beatriz
Inscrições na AMBA e no Cartório Paroquial
18 e 19 Fevereiro Sab e Dom | Eucaristias evocativas dos Pastorinhos de Fátima
20 Fevereiro Seg | Festa Litúrgica dos Pastorinhos, Beatos Francisco e Jacinta
21 Fevereiro Ter | Formação vicarial de Leitores, às 21h30
na Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes
(Parque das Nações).
25 Fevereiro Sab | Vigília do Agrupamento de Escuteiros,
Preparação das Promessas, às 21h na Igreja de Sta Clara
Papa Francisco convida
a construir pontes em vez de muros,
no encontro com os mais desfavorecidos
No passado dia 8 de fevereiro, na sua audiência semanal, o Papa Francisco afirmou que os
pobres e marginalizados ensinam a “manter” a esperança, convidando-nos todos a construir
pontes em vez de muros.
“Esperamos porque muitos irmãos e irmãs nos ensinaram a esperar e mantiveram viva a nossa
esperança. Entre eles, destacam-se os pequenos, os pobres, os simples e os marginalizados, sim,
porque não conhece a esperança quem se fecha
no próprio bem-estar”.
“Quem espera são aqueles que experimentam,
em cada dia, a provação, a precariedade e os
próprios limites. Esses nossos irmãos dão o
testemunho mais bonito, mais forte, porque
permanecem firmes na confiança em Deus,
sabendo que além da tristeza, da opressão e da
inevitabilidade da morte, a última palavra será a
sua, uma palavra de misericórdia, vida e paz”.
Apelando a uma “proximidade solidária” que leve o “calor da Igreja” a quem sofre, o Papa
Francisco afirmou que “este dever não está circunscrito aos membros da comunidade eclesial,
mas estende-se a todo o contexto civil e social, como apelo a não criar muros mas pontes, a não
pagar o mal com o mal mas vencer o mal com o bem, a ofensa com o perdão, a viver em paz com
todos”.
Adaptado de www.agencia.ecclesia.pt
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