Luxor, capital dos faraós - Agência de Notícias Brasil

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Agência de Notícias Brasil-Árabe - SP
30/06/2011 - 20:23
Luxor, capital dos faraós
Na antiga Tebas reinaram Hatshepsut, a faraó mulher, Tuthmosis III, o conquistador,
Amenothep III, sob quem o império chegou ao auge, Tutancâmon, o menino, e
Ramsés II, o Grande.
Alexandre Rocha
São Paulo – Conhecer o Cairo já vale a viagem ao Norte da África, mas o Egito oferece muito
mais. Vá a Luxor, no Alto Egito, em busca dos monumentos deixados pelos grandes faraós do
Novo Reino. A seguir, mais cinco atrações que fazem do país um dos mais populares destinos
turísticos do mundo.
Templo de Luxor
A antiga Tebas foi capital do Egito Faraônico em sua era de ouro.
Lá reinaram Hatshepsut, a faraó mulher; Tuthmosis III, seu enteado
e o maior conquistador do Egito Antigo; Amenothep III, que
governou durante muito tempo e construiu o belo Templo de Luxor
e os Colossos de Memnon; Tutancâmon, o faraó menino; Ramsés
II, o Grande, que deixou suas marcas em todo o Egito; entre outros.
Alexandre Rocha/ANBA
Templo de Luxor é mais
belo ao anoitecer
O Templo de Luxor, do século 14 a.C., foi construído na margem
leste do Nilo, onde hoje fica o centro da cidade, bem em frente ao
boulevard que acompanha o curso do famoso rio. Dedicado à chamada Tríade Tebana - os
deuses Amon, Mut e Khonshu -, o local é especialmente belo se visitado ao anoitecer, quando
são acesas as luzes que iluminam colunas e estátuas.
Algumas curiosidades: ao longo dos séculos, novos adornos, salas e monumentos foram
adicionados ao templo pelos sucessivos monarcas. Na parte mais interna, por exemplo, procure
a capela com entalhes que mostram Alexandre, o Grande, vestido como faraó. Na entrada, há
duas grandes estátuas de Ramsés II e um obelisco. Originalmente, dois obeliscos ornavam a
frente do complexo, mas um deles foi doado à França no século 19 d.C. e hoje pode ser visto na
Place de La Concorde, em Paris.
Karnak
O Templo de Luxor é pequeno em comparação com o (quase) vizinho Karnak, complexo
erguido ao longo de vários reinados e também dedicado à Tríade Tebana. Karnak é mais que
um templo, é um verdadeiro complexo de veneração ao poder dos faraós e de seus deuses.
Alexandre Rocha/ANBA
Destaque para o Grande Hall de Hipostilos, enorme sala decorada
com uma verdadeira floresta de massivas colunas esculpidas como a
planta do papiro. São 134 ao todo, que imitam o pântano primordial
da mitologia egípcia. Ainda é possível ver algumas das pinturas
coloridas no alto das pilastras e nas vigas. Originalmente, tudo era
pintado.
Outra atração é a grande escultura de escaravelho colocada num
pedestal na parte externa do templo, próxima ao Lago Sagrado. Diz o
costume local que dar voltas em torno da estátua traz boa sorte.
O Grande Hall de
Hipostilos, em Karnak
Ainda em Luxor, do outro lado do Nilo, na margem oeste, estão os
templos funerários dos faraós e o Vale dos Reis, onde muitos
monarcas foram enterrados. Assim como o sol nasce no leste e se
põe no oeste, os egípcios antigos acreditavam que na margem leste do Nilo estava o reino dos
vivos, e na margem oeste, o reino dos mortos.
Madinat Habu
Uma amostra mais bem conservada de pinturas da época pode ser
vista em Madinat Habu, onde está o templo funerário de Ramsés III.
No fundo do templo, repare que as colunas foram cortadas rente ao
solo. O local chegou a ser usado por cristãos primitivos. Procure
pelo pequeno altar e a cruz escavada na rocha.
Deir Al Bahri
Um dos mais impressionantes complexos funerários da área é Deir
Al-Bahri, o templo de Hatshepsut, a faraó mulher. Ele é composto
por três terraços construídos de tal forma que parece que foi
escavado na montanha atrás. Apesar de ter sido erguido há 3,5 mil
anos, seu estilo parece bem mais moderno. A pedra nua reflete o
inclemente sol egípcio, o que faz com que este seja considerado
um dos lugares mais quentes da terra. Os passeios em Luxor
devem ser feitos de manhã cedo ou no final da tarde.
Alexandre Rocha/ANBA
Madinat Habu ainda
mostra suas cores
Alexandre Rocha/ANBA
Deir Al Bahri, 'lugar mais
quente da terra'
Vale dos Reis
Do outro lado da montanha está o Vale dos Reis. Quando Tebas se tornou capital do Egito, os
faraós não eram mais enterrados em pirâmides, mas em tumbas escavadas na rocha e
ricamente decoradas. Quem entre no vale, porém, logo vê que o monte ao fundo tem o pico em
forma de pirâmide. Daí, especula-se, a escolha do local.
Alexandre Rocha/ANBA
Vale dos Reis e seu monte
em forma de pirâmide (D)
Lá foram sepultados muitos dos grandes faraós, mas as múmias
foram posteriormente levadas para outros lugares, por sacerdotes na
busca para salvar os despojos reais do saque. A mais famosa
exceção é a tumba de Tutancâmon, que foi encontrada praticamente
intacta no início do século 20. O túmulo em si é bastante simples, se
comparado aos dos outros, mas a múmia do jovem rei e a parte mais
externa de seu sarcófago estão lá.
São vários os túmulos e há também o Vale das Rainhas, então
escolha bem e visite os que têm as pinturas mais bonitas e conservadas. Em alguns, elas
parecem ter sido feitas outro dia mesmo. Note a grande diferença que há com os relevos de
Saqqara, próxima ao Cairo, que mostram cenas cotidianas e textos em hieróglifos. Aqui,
predominam as cenas dos reis junto aos deuses.
Na volta ao mundo dos vivos, dê uma parada no caminho para ver os dois Colossos de
Memnon, gigantescas estátuas do faraó Amenothep III que são tudo o que sobrou de seu
templo funerário.
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