ANAIS DO CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO INATEL - INCITEL 2012 10 A Terapia Fotodinâmica no Tratamento do Câncer de Pele Ana Cláudia Pereira da Silva Lucas Barbosa Guimarães Instituto Nacional de Telecomunicações - Inatel [email protected] Instituto Nacional de Telecomunicações - Inatel [email protected] Karina Perez Mokarzel Carneiro Marcos Perez Mokarzel Instituto Nacional de Telecomunicações - Inatel [email protected] Instituto Nacional de Telecomunicações - Inatel [email protected] Resumo—O pressuposto deste trabalho é de que um diagnóstico conclusivo e em fase inicial, permite o sucesso do tratamento do câncer de pele com grandes possibilidades de cura. O cenário atual de crescente índice de câncer de pele revelou-se um importante espaço para o exame dessa questão. Esse projeto de pesquisa, focado na Terapia Fotodinâmica e Processamento Digital de Imagens, voltados ao trato do câncer de pele, do tipo melanoma, visa propor a criação de um software capaz de identificar e diagnosticar lesões cancerígenas por meio de análise computacional e inteligência artificial, fazendo uso de ferramentas matemáticas, aliadas aos conhecimentos de exames clínicos empregados por médicos dermatologistas. Neste trabalho procurou-se mostrar, através dos processos de binarização, levantamento de histograma e esqueletização, que as imagens de pele contendo manchas, podem ser diferenciadas, o que é o primeiro passo para o desenvolvimento de processos autônomos de detecção de câncer. Palavras chave—Câncer de Pele, Melanoma, Processamento Digital de Imagens, Lógica Fuzzy Abstract—The assumption of this work is that a conclusive diagnosis and early-stage allows successful treatment of skin cancer with great possibilities of cure. The current scenario of rising skin cancer index proved to be promising for the examination of this question. This research project, focused on Photodynamic Therapy and Digital Image Processing, geared to the treatment of the skin cancer melanoma type, aims to propose the creation of a software to identify and diagnose cancerous lesions through computational analysis and artificial intelligence, making use of mathematical tools, linked to knowledge using by dermatologists. This work sought to show, through the processes of binarization, survey of histogram and skeletonization, that the images of skin containing spots, may be differentiated, what is the first step towards the development of autonomous processes of cancer detection. Manuscrito recebido e revisado em 26 de março de 2012. A. C. P. S. Veraldi ([email protected]) e L. B. Guimarães ([email protected]) pertencem ao Instituto Nacional de Telecomunicações Inatel. Av. João de Camargo, 510 - Santa Rita do Sapucaí - MG - Brasil 37540-000. Key Words—Skin Cancer, Processing, Fuzzy Logic Melanoma, Digital Image I. INTRODUÇÃO Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de pele é o tipo de câncer mais freqüente, com incidência de 25% de todos os tumores malignos registrados no Brasil, porém com alto índice de cura quando detectado precocemente [1]. As neoplasias cutâneas são definidas como a multiplicação desorganizada de células, que apresentam um crescimento autônomo e evoluem independente dos mecanismos que controlam a proliferação e a diferenciação celular, sendo seus agentes causadores: físicos (ex: radiação solar), químicos (ex: tabaco) ou biológicos (ex: vírus do papiloma). Mais comuns em indivíduos com mais de 40 anos e de pele clara, são relativamente raros em crianças e negros, a menos que apresentem doenças cutâneas prévias, sendo os tipos mais freqüentes: Carcinoma Basocelular (representando 70% dos casos registrados e o menos agressivo), Carcinoma Epidermóide (com 25% dos casos) e o Melanoma (com 4%, sendo este, o tipo mais agressivo pelo seu potencial metastático) [1]. Um dos tratamentos utilizados com sucesso, no controle e cura de diversos tipos de cânceres é a TFD - Terapia Fotodinâmica, que envolve a combinação de luz visível, fármacos fotossensibilizantes e oxigênio molecular tecidual, que uma vez combinados, induzem as lesões à eliminação do tecido canceroso, diminuindo os efeitos colaterais dos tratamentos tradicionais. O composto fotossensibilizante é aplicado por via intravenosa ou cutânea (tópica) e após um intervalo de tempo, suficiente para seu acúmulo no tecido tumoral, irradia-se a lesão cancerosa com luz visível (usualmente o laser), através de um cateter de fibra óptica e em um comprimento de onda específico, que coincida com o comprimento de onda de ANAIS DO CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO INATEL - INCITEL 2012 absorção máx ima do fotossensibilizante (normalmente 600 a 800nm), ativando o composto e gerando formas de oxigênio tóxicas que necrosam o tumor. Em casos onde o tumor é muito grande (profundo) ou de difícil acesso, recomenda-se a TFD apenas como tratamento pré-operatório, com intuito de diminuí-lo [2]. Para o diagnóstico das manchas, uma técnica bastante utilizada pelos dermatologistas em seus consultórios é a Dermatoscopia, normalmente empregada para identificação de melanomas em fase inicial, que talvez não sejam perceptíveis a olho nu. Realizada através de um aparelho óptico digital, o processo consiste em captar a imagem da lesão podendo ampliá-la em até 50 vezes (sendo mais comum, na prática, a ampliação em até 10 vezes), possibilitando ao médico fazer uma análise mais apurada de seu tamanho, forma, cores e textura (método conhecido como ABCD). Além de permitir o armazenamento da imagem para acompanhamento da evolução da lesão [4]. Apesar da Dermatoscopia ter elevado a acurácia de cerca de 75%, observada no diagnóstico clínico, para aproximadamente 90%, no caso do melanoma, trata-se ainda de um diagnóstico dependente exclusivamente da experiência do médico e seu treinamento para o bom emprego dos critérios que o exame exige [5]. Por esse motivo, esse trabalho objetiva, através do emprego de técnicas de processamento digital de imagens aliado aos conhecimentos de análises dermatológicas, a criação de um software capaz de classificar as manchas de pele como sendo malignas ou benignas. 11 II. CÂNCER DE PELE A incidência de câncer de pele tem aumentado rapidamente durante as últimas décadas, devido principalmente à exposição excessiva à luz solar, especialmente aos raios ultravioleta, em conjunto com a diminuição da camada de ozônio, protetora contra essas radiações. De acordo com o INCA - Instituto Nacional de Câncer, que publica uma estimativa de câncer no Brasil a cada dois anos, para o ano de 2012 a estimativa é de 62.680 novos casos de câncer de pele do tipo não melanoma entre homens (tipo mais incidente de câncer de pele) e, 71.490 novos casos entre mulheres. Para o tipo melanoma (de letalidade alta, porém de incidência mais baixa), a previsão é de 3.170 novos casos em homens e 3.060 em mulheres, conforme pode ser observado na tabela abaixo [1]. Ver figura 1. O melanoma, objeto de estudo desse trabalho, é o tipo mais grave de câncer de pele pelo seu potencial poder de produzir metástase, que é a transferência de células malignas para outros órgãos, aonde irão se desenvolver. Tem origem nos melanócitos que são as células responsáveis por dar pigmento à pele e, podem surgir a partir da pele normal ou de uma lesão pigmentada. A manifestação da doença na pele normal se dá após o aparecimento de uma pinta escura de bordas irregulares acompanhada de coceira e descamação. No caso de uma lesão pigmentada pré-existente, observa-se o aumento do seu tamanho, alteração na coloração e na forma da lesão, que passa a apresentar bordas irregulares. Fig 1. Estimativa dos diferentes tipos de câncer para 2012 [1] 12 ANAIS DO CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO INATEL - INCITEL 2012 Como fatores de risco para o desenvolvimento da doença, além da exposição excessiva aos raios solares, conta-se também, com o histórico de câncer de pele do tipo melanoma na família, bem como de lesões escuras na pele. Segundo o INCA, o meio mais eficaz de prevenção é a proteção contra a radiação solar, através de filtros solares de fator 15 ou mais, vestimentas adequadas e uso de acessórios, como óculos escuros, chapéu, guarda-sol e camiseta, além de evitar a exposição ao sol entre 10:00h e 16:00h [1]. A identificação das lesões geralmente é feita através de uma análise visual de suas características, utilizando-se uma metodologia simples e rápida conhecida como a regra do ABCD, ilustrada na figura 2, que consiste dos seguintes critérios: assimetria da lesão (A), irregularidade das bordas (B), variabilidade das cores existentes numa mesma lesão – preta, castanha, branca, avermelhada ou azul - (C) e diâmetro maior que 6 milímetros (D), gerando um índice cuja finalidade é auxiliar o dermatologista no diagnóstico final [7]. técnicas computacionais mais aprimoradas para o processamento e análise da informação da imagem, sendo esse o elemento motivador deste trabalho. III. PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS O processamento digital de imagens é uma ferramenta computacional que apresenta um crescimento expressivo em sua utilização e suas aplicações permeiam quase todos os ramos de atividade humana por melhorar a informação visual. Seu avanço permite tanto o desenvolvimento de novos equipamentos, quanto garantir maior facilidade de interpretação das imagens produzidas por equipamentos mais antigos, como por exemplo, o de raio-X. Por sua vez, o termo Processamento Digital de Imagens, no que tange o escopo deste trabalho, está contido no conceito de Visão Computacional que se refere ao processamento digital de imagens, aliada a algoritmos de inteligência artificial, para extração de informações importantes, que auxiliam na interpretação da imagem e na tomada de decisões inteligentes [10]. A. Componentes gerais de um sistema de visão computacional A tarefa dos componentes desse sistema é adquirir uma imagem convertendo-a em um sinal elétrico através dos Sensores, digitalizá-la e processá-la por uma cadeia de algoritmos criados para solucionar o problema em questão. Ele deve ser capaz de retornar dados importantes ao computador, que deve tomar decisões em relação às informações apresentadas. Um esquema básico contendo os Fig 2. Regra do ABCD [9] A Dermatoscopia com a possibilidade de captura, armazenamento e ampliação da imagem da lesão, melhora significativamente o resultado das referidas análises e o diagnóstico precoce da doença. Porém ainda muito susceptível a erros, por depender unicamente da experiência do profissional, traz consigo a necessidade de utilizar ANAIS DO CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO INATEL - INCITEL 2012 componentes para o processo de visão computacional pode ser visto na figura 3. Fig 3. Componentes gerais de um sistema de Processamento de Imagens [10] B. Aquisição da Imagem O primeiro passo para se obter os resultados esperados é ter, na entrada do sistema, uma imagem de boa qualidade, ou seja, a etapa de aquisição deve ser bem configurada e precisa. Imagens escuras, com sombras e foco inapropriado podem comprometer a qualidade ou inviabilizar a implementação da aplicação. Uma vez adquirida uma imagem adequada, esta precisa ser digitalizada para que possa ser processada pelas demais etapas, conforme mostrado no diagrama da figura 4. As imagens podem ser consideradas funções bi-dimensionais na forma f(x,y), onde f na coordenada espacial (x,y) é um valor inteiro que representa o nível de intensidade luminosa [10]. 13 IV. PROCESSOS EMPREGADOS E RESULTADOS OBTIDOS A. Binarização A binarização em Visão Computacional significa dividir uma imagem digital em duas regiões, onde os pixels encontrados em cada uma delas serão semelhantes entre si. Este processo tem com o objetivo, dentre outros, melhor detectar borda, cor, intensidade e textura. A binarização consiste em transformar a imagem inicialmente colorida, ou em escala de cinza, em uma imagem monocromática (preto e branco). Pode ser realizada automaticamente (ex: determinação de threshold na escala de cinza) ou manualmente por programas editores de imagens. Nesse trabalho optou-se pela binarizção manual. O programa utilizado foi o Corel Photo-Paint e as imagens de lesões cancerígenas tiveram suas regiões demarcadas e extraídas, como no caso das imagens a e b da figura 5 (branco é a área da lesão e preto, a região de pele normal), por esta razão, as imagens classificadas como nevos (manchas normais) foram totalmente pigmentadas de preto, visto nas imagens c e d da figura 5 (branco = 1, preto = 0). Fig 4. Etapa de formação de imagens [10] Nesse processo destacam-se duas etapas importantes realizadas pelo conversor analógico-digital: amostragem e quantização do sinal. A amostragem consiste da aquisição da amostra por um sensor, por exemplo, a exposição de um fotosensor por um determinado tempo à luz, carregará o fotosensor com elétrons. No processo de amostragem, as coordenadas espaciais (x,y) são definidas para cada sensor, diz-se então que na amostra existe a digitalização do espaço. A quantização é a conversão da amostra em um valor digital, com range definido e intervalos fixos entre os níveis (ex: valores inteiros entre 0 e 255). Como resultado deste processo, tem-se uma matriz M x N, de valores inteiros, na qual os índices de linhas e colunas representam um ponto (pixel) na imagem (x,y) e o valor do elemento da matriz, indica o nível de brilho naquele ponto [8]. Ambas estão relacionadas à resolução da imagem produzida, uma vez que quanto maior o número de pontos amostrados na imagem, maior será sua resolução espacial, assim como quanto maior o número de níveis de intensidade luminosa, maior a resolução de tonalidades. Uma vez transformada em um arranjo matricial, inúmeras operações matemáticas podem ser aplicadas ao processamento digital dessas imagens. A seguir serão descritos os processos utilizados nessa pesquisa. (a) (b) (c) (d) Fig 5. (a) Imagem de lesão cancerígena (b) Imagem binarizada (c) Imagem de mancha normal – nevo (d) Imagem binarizada B. Histograma de imagens Um histograma é um gráfico com dois eixos que representa o número de pixels, para cada um dos diversos níveis de intensidade luminosa de uma imagem. Para esse processo foi utilizada a função “imhist” da biblioteca de processamento digital de imagens do programa Matlab. Porém, como esta função não se aplica diretamente a imagens coloridas, foi feita a separação das componentes de cores (RGB) para depois aplicar a função em cada uma delas, como segue o comando: >> im = imread('nome da imagem.jpg'); >> r = im(:,:,1); ANAIS DO CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO INATEL - INCITEL 2012 14 >> g = im(:,:,2); >> b = im(:,:,3); >> imhist(r); >> imhist(g); >> imhist(b); >> title('Histograma da Imagem Melanoma'); >> xlabel('pixels'); >> ylabel('frequencia'); Os resultados dos histogramas para um melanoma e um nevo, considerando a imagem completa da lesão junto com a pele saudável, encontram-se nos gráficos da figura 6. transformações no eixo médio da imagem que, mediante cálculos, definem as bordas em diferentes regiões da imagem para resultar na sua estrutura esqueleto [8]. Esse processo remove todos os pixels redundantes da imagem produzindo uma simplificação da imagem com a largura de um único pixel, porém sem perder informações, pois os pixels do esqueleto formam o mesmo número de regiões que a imagem original apresenta (figura 7). Comando para realização desse processo no Matlab: >> BW = imread('circles.png'); >> imshow(BW); >> BW3 = bwmorph(BW,'skel',Inf); >> figure, imshow(BW3) (a) (b) Fig 7.(a) Imagem do melanoma esqueletizado (b) Nevo esqueletizado V. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS (a) (b) Fig 6. (a) Histograma da lesão cancerígena (b) Histograma do nevo C. Esqueletização A esqueletização trata de uma operação que indica em um tipo de afinamento de regiões, aplicado em uma imagem bidimensional, binária. Tal procedimento fornece a representação estrutural da imagem em análise detalhada de seus pixels, realizada por um algoritmo de afinamento. Obtém-se o esqueleto de uma imagem processando-se Uma vez realizadas todas as operações matemáticas com o banco de imagens, se fez necessário analisar as informações obtidas, em conjunto, para que fosse possível alcançar a análise do critério ABCD digitalmente. O objetivo dos três processamentos vistos no item IV foi o de converter a imagem em algum conjunto de dados de onde se pudesse extrair uma ou mais informações dos critérios ABCD. A demarcação dos melanomas pela binarização teve como objetivo a criação de uma base de dados que pudesse ser empregada em outros algoritmos, como por exemplo, no treinamento de redes neurais artificiais. Ela também foi empregada nos estudos dos outros algoritmos, como por exemplo, como máscara para separação da lesão, do restante da pele, para análise de histogramas. No levantamento do histograma das imagens contendo apenas a região do sinal, não ficou muito claro a diferença entre melanona e nevo no critério cor, porém observando os histogramas da fig. 6, fica visualmente claro que o melanoma possui um histograma mais distribuído que o nevo, neste caso, o histograma torna-se relevante no processo de decisão. Para o estudo da assimetria, pretendia-se usar a esqueletização da imagem binarizada. Após alguns testes ficou claro que a extração desta informação, baseado no esqueleto, não seria conclusiva. Por isto este algoritmo foi abandonado. ANAIS DO CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO INATEL - INCITEL 2012 Após a realização dos experimentos ficou claro que nenhum dos processos testados poderia ser empregado como condição absoluta para a classificação da lesão. Porém dentro do conceito de lógica clássica, tem-se que algo é completamente verdadeiro ou falso, não dando margem para um resultado parcialmente verdadeiro ou parcialmente falso, nem para a combinação destas incertezas, o que levaria esse trabalho a um resultado negativo, caso um dos critérios fosse considerado falso. O conceito de Lógica Fuzzy, também chamado de Lógica Nebulosa, considera que entre um sim e um não, existem infinitas possibilidades, aproximando a decisão computacional das análises humanas, ou seja, é uma forma de interligar processos analógicos para um computador digital, mas que por sua vez, permite avaliar valores mais precisos. Trata-se de uma técnica recentes de Inteligência Artificial [11] de crescente aplicação na solução de determinados problemas de biomedicina, dado os tipos de incertezas envolvidos nos procedimentos médicos. Nesse tipo de análise considera-se que regras, aparentemente contraditórias, sejam válidas ao mesmo tempo, mantendo, ainda, a veracidade de seu resultado, o que não seria permitido na lógica clássica, uma vez que essa admite apenas a decisão por um único valor. No exemplo desse trabalho, os resultados de uma mesma operação matemática, aplicada às imagens de melanoma, podem, ser analisados comparativamente entre uma imagem e outra, apresentar grandes, médias e poucas diferenças entre si, em um número infinito de valores. A solução final, portanto, deve ser obtida unindo-se os resultados de todas as operações de uma mesma lesão, em uma nova análise matemática gráfica, calculando-se o centro de massa e comparando esse resultado a valores de referência determinados inicialmente pelo desenvolvedor do projeto. VI. CONCLUSÃO Atualmente o câncer de pele é detectado pelos dematologistas utilizando o critério ABCD. Neste critério são analisados visualmente a assimetria da lesão (A), irregularidade das bordas (B), variabilidade das cores numa lesão (C) e diâmetro maior que 6 milímetros (D). Para análise computacional deste critério foram estudados os processos de binarização, histograma de imagens e esqueletização. O diagnóstico de uma lesão não pode ser fornecido por nenhum destes processos isoladamente e sim por uma combinação destes. Embora não se tenha a conclusão que a Lógica Fuzzy permitiria atingir o diagnóstico, é certo que os dados pesquisados até o momento de fechamento desse trabalho, em conformidade com os resultados obtidos até então, indicam a possibilidade de sucesso no desenvolvimento final do mesmo. 15 Como trabalhos futuros, acredita-se ser válida a continuidade do mesmo, com intuito de verificar a possibilidade de treinamento dos algoritmos e aplicação da técnica Fuzzy. REFERÊNCIAS [1] Instituto Nacional do Câncer. Março, 2011. Câncer de pele. Disponível: http://www.inca.gov.br/ [2] E. R. Silva, E. P. Santos, E. Ricci-Junior. Terapia Fotodinâmica no tratamento do câncer de pele: Conceitos, utilizações e limitações. Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Julho/2009. [3] J. Ribeiro, A. N. Flores, R. Mesquita, J. Nicola, E. Nicola. Terapia Fotodinâmica: uma luz na luta contra o câncer. Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas – SP [4] Instituto Paulista de Cancerologia. Junho, 2011. Dermatoscopia Digital. Disponível: http://www.ipc-cancerologia.com.br [5] G. G. Rezze, B. C. Soares de Sá, R. I. Neves. Dermatoscopia: O método de análise de padrões. Na Bras. Dermatol. 2006; 81(3): 2618. [6] Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. Abril, 2011. O sol pode provocar envelhecimento precoce e câncer de pele. Disponível: http://www.sbcd.org.br [7] A. C. Sobieranski, L. Coser, E. Comunelo, A. Wangenheim. Metodologia computacional para a aplicação da regra ABCD na avaliação de lesões pigmentadas. Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. VII Workshop de Informática Médica, 2007. [8] R. C. Gonzalez, R. E. Woods. Processamento de Imagens Digitais. Ed. Edgard Blücher, 2000, ISBN 85-212-0264-4 [9] Portal da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Outubro, 2011. Como identificar o câncer de pele. Disponível: http://www.sbd.org.br/campanha/cancer/como.aspx. [10] M. R. Stemmer, A. Orth, M. L Rollof, F. Deschamps, A. X. Pavim. Apostila de Sistemas de Visão. Sistemas Industriais Inteligentes. Florianópolis, 2005. [11] Din. Dezembro, 2011. Lógica Difusa. Disponível: http://www.din.uem.br/ia/controle/fuz_prin.htm Ana Claudia Pereira da Silva Veraldi nasceu em São Paulo, SP, em agosto de 1979. Possui os títulos: Bacharel em Desenho Industrial (Faculdade de Belas Artes de São Paulo, 2001) e Especialista em Administração de Empresas (Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP, 2004). Desde julho de 2008 é aluna do Inatel, onde faz o curso de Engenharia Elétrica com ênfase em Telecomunicações. Lucas Barbosa Guimarães nasceu em Lavras, MG, em março de 1990. Desde julho de 2007 é aluno do Inatel, onde faz o curso de Engenharia Elétrica com ênfase em Telecomunicações. Karina Perez Mokarzel Carneiro (Professor Orientador) possui graduação em Engenharia Elétrica pelo Fundação Instituto Nacional de Telecomunicações (1990) , mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Itajubá (2001) e aperfeicoamento em Psicopedagogia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998) . Atualmente é Professor adjunto do Fundação Instituto Nacional de Telecomunicações. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica , com ênfase em Matemática e Física. Atuando principalmente nos seguintes temas: Energia solar, Estação Rádio Base, Suprimento de energia elétrica. 16 ANAIS DO CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO INATEL - INCITEL 2012 Marcos Perez Mokarzel (Professor Co-Orientador) possui graduação em Engenharia Eletrônica e de Telecomunicações pelo Instituto Nacional de Telecomunicações (1994), mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade de São Paulo (2010) e mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Amazonas (2006). Atualmente é Especialista em sistemas do Instituto Nacional de Telecomunicações. Atuando principalmente nos seguintes temas: GPON, MPEG, IPTV. 11/12/11