DIVERTÍCULO DE ZENKER R1 Jean Versari - HAC Divertículo de Zenker • Evaginação da mucosa e submucosa do esôfago posterior por área de fraqueza entre as partes tireofaríngea e cricofarínega do músculo constritor inferior da faringe. M. Constritor superior da faringe M. Constritor médio da faringe M. Constritor inferior da faringe Parte Tireofaríngea Parte Cricofaríngea • Triângulo/deiscência de Killian: área de fraqueza natural – local mais comum do DZ. • Outro locais: • Área de Killian-Jamieson: Fibras oblíquas e transversais do m. cricofaríngeo. • Triângulo de Laimer: Cricofarínego e mm. circulares da parede superior do esôfago. • Pseudo divertículo: mucosa e submucosa do esôfago ( sem camada muscular). Patogênese: • motilidade anormal do esôfago; • disfunção do esfíncter esofágico superior; • encurtamento do esôfago. aumento crônico da pressão sobre área de fraqueza do esôfago. herniação triang. Killian. Incidência • 2:100.000 (EUA). • 7a e 8a decadas de vida. • 2-3H:M Fatores de risco • • • • Aumento da idade; Sexo masculino Hérnia hiatal DRGE 94% dos paciente com bolsas faríngeas tem hérnia hiatal e/ou DRGE. Clínica • Disfagia progressiva; • Inicialmente: • Irritação na garganta; • Sensação de corpo estranho; • Tosse. • Piora dos sintomas com alargamento do divertículo – acúmulo de alimentos, saliva, medicamentos. • Regurgitação de alimentos várias horas após alimentação; • Perda de peso; • Medo de comer. Diagnóstico • Radiografia contrastada com bário. • 2/3 linha média; • 1/3 a esquerda. Complicações • Pneumonia por aspiração (30%); • Compressão da traquéia e obstrução esofágica (grandes divertículos); • Ulceração por aspirina retida; • Desenvolvimento de carcinoma de células escamosas do divertículo (0,3-0,5%). Diagnóstico diferenciais • Constrição esofágica; • Acalásia; • Câncer de esôfago; Tratamento • Intervenção cirúrgica: base do tratamento. • Tratamento padrão: excisão do divertículo + miotomia do cricofaríngeo, incluindo os 3cm superiores da parede posterior do esôfago. • Divertículos: • <2cm: miotomia do cricofaríngeo somente é suficiente. • 3-6cm: procedimento endoscópico ou aberto. • >6cm: abordagem aberta. Procedimentos • Miotomia do cricofaríngeo • Técnicas endoscópicas: • Diverticulostomia endoscópica com grampo • Laser de CO2 • Eletrocautério • Técnicas externas: • Miotomia do cricofaríngeo com diverticulectomia • Miotomia do cricofaríngeo com diverticulopexia Miotomia do cricofaríngeo • Incisão cervical anterior do lado esquerdo, sobre cartilagem cricóide. • Afastar: para se alcançar espaço retrofaríngeo. • • • EMC e bainha carotídea lateralmente faringe, laringe e tireóide medialmente. Omo-hióide superiormente. • Miotomia 4-5cm do músculo. • Coloca-se dreno. • Fecha-se por platisma e pele. camadas: Técnicas endoscópicas: Diverticulostomia endoscópica com grampo •k Técnicas endoscópicas: Lase de CO2 • Laringoscópio Weerda. • Avaliação do septo muscular entre esôfago e divertículo. • Microscópio com manipulador e lase de CO2 colocados a distância de trabalho de 400mm. • Dissecção da ponte de tecido. Fig 6. Endoscopic Laser Technique – Cummings Otolaryngology: Head and Neck Surgery Técnicas endoscópicas: Eletrocautério • Eletrocautério é inserido para prender a parede comum. • Parede comum é cauterizada até se afinar perto da base do divertículo. Técnicas externas: Miotomia do cricofaríngeo com diverticulectomia • Técnica inicial é a mesma da miotomia. • Divertículo é excisado. • Fecha-se abertura do divertículo com sutura ou grampeador. Técnicas externas: Miotomia do cricofaríngeo com diverticulopexia • Fixação do divertículo com sutura com fio de seda 2-0 superiormente à fáscia prévertebral. • Ideal para divertículos de 1-4 cm. Complicações do manejo cirúrgico do DZ • Perfuração do esôfago: • Ausência de camada serosa – maior risco de perfurar. • Jejum e atb de amplo espectro. • Radiografia contrastada – avaliar nível da perfuração. • Perfuração esôfago cervical: • Obervação próxima; • Exploração e drenagem. • Perfuração esôfago torácico: exploração precoce. • Mediastinite: • Dispnéia intensa, dor torácica e febre. • Rx tórax ou TC alargamento do mediastino. • Terapia agressiva drenagem e atb. • Mortalidade: 14-40% • Lesão do nervo laringeo: • Nn. laringeo recorrentes cursam abaixo do m. constritor inferior e inervam os mm. da laringe (exceto o cricotireóideo – n. laringeo superior). • Rouquidão no pós-operatório.