10h30 Fabio Kater - V Congresso Internacional de Neuro

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Tipo histológico influencia no
manejo local das metástases
Fabio Kater – oncologista
da BP oncologia
Introdução
Metástases cerebrais – primários mais comuns
•
Tumores mais frequentes do sistema nervoso central
Colon: 5%
Melanoma: 9%
Primário desconhecido: 11%
Outros sítios: 13%
Mama: 15%
Pulmão: 48%
Metástases Cerebrais
Disease specific – graded prognostic assessment
Metástases Cerebrais
•
Cirurgia e radioterapia – padrão no tratamento das metástases cerebrais
•
Quimioterapia sistêmica pode ter penetração
•
Estado da doença sistêmica pode influenciar na estratégia terapêutica
•
Novas drogas podem ter melhor penetração central
Câncer de pulmão de pequenas células1ª linha
•
N= 22 pacientes - assintomáticos – nunca tratados
•
Quimioterapia ( ciclofosfamida, etoposide e adriamicina – ACE)
•
13 pacientes sintomáticos com Rt → Qt
Taxa
resposta
27%
•
Reposta não foi traduzida
em sobrevida livre de
sintomas neurológicos
•
Sobrevida global
semelhantes
• 8,3 meses - Qt
• 10,5 meses - Rt
Câncer de pulmão de pequenas células2ª linha
•
135 pacientes previamente tratados com progressão cerebral – taxa de resposta
36%
Crit Rev Oncol Hematol. 2001;37(1):61
•
N= 72 pacientes em primeira e segunda linhas
•
2 esquemas de carboplatina e irinotecano diferentes
•
taxa de reposta de meta cerebral 65% em 14 pacientes
previamente tratados
•
Sobrevida global 10 meses em ambos braços
Câncer de pulmão de pequenas células
Conclusão
•
Tratamento das metástases cerebrais em câncer de pulmão de pequenas células
continua ser cirurgia, radioterapia, radiocirurgia – conforme indicado
•
Em casos selecionados, assintomáticos neurológico, mas com manifestação
sistêmica da doença → quimioterapia ( baseada em baixo nível de evidência )
•
Em pacientes com progressão cerebral após 1ª linha, há dados de quimioterapia e resposta
em SNC ( baseado em baixo nível de evidência )
•
Baixos dados de sobrevida da patologia incluem progressão cerebral também
Câncer de pulmão não pequenas
células
≥3 metas
•
Revisão retrospectiva
•
6 centros da Italia
•
N= 110
•
Sintomaticos ou assintomáticos
•
Comparação radioterapia (WBRt) ou quimioterapia
Bom PS
Maioria
doença
extracraniana
Braço Qt: mais
assintomáticos
Câncer de pulmão não pequenas
células
•
Taxa de resposta intracraniana – 27,3%
Sobrevida mediana
• WBRt 1º = 14 meses
• Qt 1º = 10 meses
Câncer de pulmão não pequenas
células
•
Quimio
front
WBRt
front
Taxa de
resposta
28%
39,1%
Sobrevida
livre
progressão
3,6m
4,4m
Sobrevida
global
9,1m
9,9m
N= 48 – fase II
Câncer de pulmão não pequenas
células
Mutação do EGFR – inibidor da tirosina quinase upfront
•
Estudo retrospectivo do MSKCC – 110 pacientes com meta SNC e com mutação
EGFR
• 63 – Erlotinib
• 32 – Radioterapia crânio total
• 15 – Radiocirurgia
•
Sobrevida global
• 35m - Radioterapia crânio total
•
26m - Erlotinib (p=0.62)
• 64m - Radiocirurgia ( p=0,04)
•
Tempo para falha intracraniana :
• 24m - Radioterapia crânio total
•
16m - Erlotinib ( p=0,04)
Int J Radiat Oncol Biol Phys. 2014;89(2):322
Câncer de pulmão não pequenas
células
Mutação do EGFR - inibidor da tirosina quinase upfront
•
Estudo retrospectivo da Yale – 50 pacientes com meta SNC e com mutação EGFR
• 17 – EGFR-TKI → SRS or WBRT
• 17 – WBRt → EGFR TKI
• 16 – SRS → EGFR-TKI
•
Sobrevida global
• 34,1m - WBRt → EGFR TKI
•
19,4m EGFR → WBRt (p=0.01)
• 58,4m SRS → WBRt ( p=0,04)
•
Sobrevida livre de progressão intracraniana :
• 37,9m WBRt → EGFR TKI
•
10,6m EGFR → WBRt ( p<0,01)
Int J Radiat Oncol Biol Phys. 2016 Jun;95(2):673-9. Epub 2016 Feb 2
Câncer de pulmão não pequenas
células
Mutação do EGFR
April 2013
Câncer de pulmão não pequenas
células
Mutação do EGFR – RTOG0320
N=126
NSCLC
1 – 3 lesões
R
A
N
D
O
M
I
Z
A
D
O
WBRT + SRS
WBRT + SRS +
Temozolamida
WBRT + SRS + Erlotinib
Câncer de pulmão não pequenas
células
Mutação do EGFR – RTOG0320
•
Conclusão:
• Sobrevida global pior
na associação de drogas
13,4m
6,3m
6,1m
Câncer de pulmão não pequenas
células
•
Avaliação retrospectiva
•
275 de 888 – meta cerebral ( 31%) - assintomáticos
• 109 – não receberam radioterapia
• 166 – radioterapia
Câncer de pulmão não pequenas
células
Rearranjo ALK
Uso de crizotinibe
Não Rt
Rt prévia
•
Controle sistêmico da doença semelhante entre tratados ou não com Radioterapia
•
Controle de doença intracraniana semelhente
•
Tempo para progressão intracraniana – pior apenas com tratamento sistêmico
• Rt prévia = 13 meses
• Sem Rt prévia = 7 meses
Câncer de pulmão não pequenas
células
Conclusão
•
Tratamento padrão para as metástases de câncer de pulmão seguem as mesmas regras que para
as demais lesões
•
Pacientes sem mutação e assintomáticos do ponto de vista neurológico – podem receber
tratamento sistêmico antes do definitivo
•
Em pacientes com mutação do EGFR – início com tratamento sistêmico pode conferir mesma
sobrevida, mas com maior chance de falha no SNC
•
Preferência por controle local com radiocirurgia
•
Não combinar erlotinib com tratamento definitivo para melhor controle
•
Em pacientes com rearranjo ALK – crizotinib permite falha de até 20% no SNC. Atenção na
introdução precoce de Radioterapia
Câncer de mama
•
Recomendação de tratamento padrão
•
Bom performance status e uma ou poucas lesões
• Tratamento agressivo da metástase: Cirurgia / Radiocirurgia
• Seguidos de Radioterapia de crânio total (?)
•
Pacientes com baixo performance status ou com doença sistêmica não controlada
• Radioterapia de crânio total
Câncer de mama
Câncer de mama
Câncer de mama
Landscape trial – HER2 positivo
•
Fase II – 45 pacientes – 1ªlinha
•
Metástases cerebrais não tratadas
•
Lapatinibe e Capecitabina
•
Endpoint: ↓≥50% das lesões / piora neurológia / progressão sistêmica
Taxa de resposta
66%
Tempo para progressão
5,5 meses
Sobrevida em 6 meses
91%
Toxicidade graus 3/4: 49%
- Diarreia:20%
- Sd mão-pé:20%
- Descontinuidade:10%
Melanoma
Melanoma
Radioterapia crânio total adjuvante a cirurgia
•
41 pacientes tratados com imunoterapia e ressecação de suas lesões
• 15 radioterapia crânio total adjuvante
• 26 observação
•
Sobrevida global
• 24,9 meses WBRt
• 23,3 meses observação
•
Controle local em 1 ano
• 7,1% WBRt
• 7,7% Observação
•
Progressão sistêmica em 1 ano
• 28,8% WBRt
• 41% observação
Lonser RR J Neurosurg. 2011 Jul;115(1):30-6
Sem prejuízo de sobrevida na falta de
adjuvância com radioterapia
Melanoma
Radiocirurgia adjuvante a cirurgia
•
Análise retrospectiva 99 pacientes com metas cerebrais
• Melanoma 17% população
• 40% doença sistêmica não controlada
•
Controle local em 1 ano = 72%
•
Progressão sistêmica = 64%
•
Sobrevida global= 55%
•
Análise multivariada → falência extracraniana 1 ano: 48,6% versus 80,1%
• Doença sistêmica progressiva
Fatores de mau prognóstico
• >4 lesões
• Melanoma
Candidatos:
• Doença sistêmica
controlada
• <4 lesões
• Não melanoma
Lin DC Neurosurgery. 2015 Feb;76(2):150-7
Melanoma
Radiocirurgia definitiva – universidade de Pittsburg
•
N= 122 pacientes metástases cerebrais de melanoma – 32% fez ainda radioterapia
de crânio total ( análise retrospectiva )
•
Sobrevida global = 7 meses
•
Análise multivariada eficácia
• Lesão <3 cm3 p=0,003
• Doença sistêmica controlada p=0,0065
•
•
Candidatos
• Volume <3 cm3
• Doença sistêmica
controlada
Fatores que não foram relacionados
• Localização da lesão, performance status, número de lesões, idade e
ter feito radioterapia de crânio total
Volume tumoral e doença sistêmica preditivos de sobrevida e de progressão
Yu C Int J Radiat Oncol Biol Phys. 2002;52(5):1277
Melanoma
Radiocirurgia definitiva – retrospectivo Universidade Texas
•
N= 103 pacientes metástases cerebrais de melanoma – 59% lesão única
• 61 radiocirurgia
• 12 radiocirurgia + radioterapia crânio total
• 30 radioterapia crânio total prévia → radiocirurgia de resgate
•
Controle local 1 ano = 49%
• < 2cm3 = 75,2%
• > 2cm3 = 42,3% p<0,05
•
Sobrevida livre de progressão sistêmica 1 ano = 14,7%
• Lesão única= 23,5%
• > 1 lesão = 0% p<0,05
•
Sobrevida global 1 ano = 25,2%
Candidatos
• Lesão única
• Volume <2 cm3
Selek U Int J Radiat Oncol Biol Phys. 2004;59(4):1097
Melanoma
Radioterapia de crânio total após Radiocirurgia
44
pacientes
•
Sobrevida global
• 13,1m WBRt upfront
• 10,5m WBRt resgate
• pNS
30 com <5
lesões
19 com >5
lesões
Radiocirurgia
Radioterapia
crânio total
21 resgate
com Rt
crânio total
Conclusão
- Radiocirurgia em pacientes
selecionados ( <5 lesões ) evita
radioterapia de crânio total em
50% dos casos
- Sem perda de sobrevida global
Melanoma
•
N= 25 pacientes
•
Radiocirurgia combinado a Ipilimumabe
• Média de 2 radiocirurgias e 4 ipilimumabe
Sobrevida global
35,8 meses
Sobrevida em 1 ano
83%
Sobrevida em 2 anos
64%
Controle local
94%
Controle cerebral e tempo para
progressão em SNC melhor se SRS
<30 dias do ipilimumab
- 75% vs 23,5% p= 0,03
Melanoma
Conclusão
•
Pacientes com lesão ressecada pode postergar radioterapia de crânio total adjuvante
principalmente se tratamento sistêmico concomitante
•
Radiocirurgia adjuvante a cirurgia se doença sistêmica controlada e < 4 lesões
cerebrais
•
Radiocirurgia definitiva se lesão de baixo volume ( 2 a 3 cm3) e doença sistêmica
controlada
•
Radioterapia crânio total pós radiocirurgia pode ser postergada em até 50% dos
casos, com monitoramento rigoroso do cérebro
•
Provável mais condutas conservadoras devido a melhora da terapia sistêmica
Câncer de Rim
•
N=4371 do acesso expandido
•
321 com metástases cerebrais ( 7%)
•
Tratados com sunitinib: média 3 ciclos
•
213 pacientes avaliáveis para resposta
• 26 respondedores
• 12% taxa de resposta
•
Sobrevida livre de progressão mediana = 5,6 meses
•
Sobrevida global mediana = 9,2 meses
Câncer de Rim
• 81 pacientes
• 46% sincrônico
• 54% metacrônico
Controle local 1 ano
Radiocirurgia
75,6%
Cirurgia
83,6%
Radioterapia
Crânio total
53,3%
pNS
Conclusão: sobrevida melhor para quem descobre a Meta SNC, trata e faz sistêmico
Sobrevida pior para quem progride ou não usa sistêmico com TKI
Câncer de Rim
•
Análise retrospectiva – 2005-2013
•
66 pacientes
• 60% - 1 lesão
• 40% - ≥2 lesões
Radiocirurgia
Cirurgia +
Radiocirurgia
Radioterapia
crânio total
Controle local
1 ano
84%
94%
88%
Sobrevida
global
13,9meses
21,9meses
5,9meses
Câncer de Rim
Conclusão
•
Terapia sistêmica para câncer de rim apresenta baixa eficácia no controle da doença
intracraniana
•
Terapia sistêmica deve ser introduzida após melhor controle local
•
Controle local – mais adequado
• Cirurgia
• Radiocirurgia
• Cirurgia seguida de radioterapia?
Tumores gastrointestinais
Câncer de esôfago
1,4 a 3,9%
60 anos
>metade com >metade 40%
operam
doença extra com >1
lesão
crânio
SV global
3-4 meses
SV após
operar
9 meses
Tumores gastrointestinais
Câncer de estômago
<1%
Bem
raro
50 anos
90%
doença
extra
crânio
Ressecção
em poucos
casos
Sobrevida
~2 meses
Sobrevida
melhor
após
ressecção
Tumores gastrointestinais
Câncer de pâncreas
raro
Doença
sistêmica em
progressão
Sobrevida
~2 meses
Tumores gastrointestinais
Câncer cólon retal
•
Mais frequente nos GI
•
Incidência 1,3 a 4%
•
Normalmente doença extra crânio
•
Única ou múltiplas
•
18 a 70%
•
Sobrevida global 2,3 a 8,3 meses
•
Cirurgia aumenta sobrevida global
Tumores gastrointestinais
N= 57 universidade de Freiburg
26 – lesão única
31 – múltiplas lesões
TODOS – radioterapia de crânio total
Sobrevida global = 3,2 meses
• 5,8 meses - única
• 2,7 meses – múltiplas p<0,01
Tumores gastrointestinais
Radiocirurgia
Sanghvi
et al
•
Controle local efetivo
•
Sobrevida global ~6
meses
•
Comparado a
radioterapia de crânio
total – maior chance
de nova progressão
em outro sítio
intracraniano
Tumores gastrointestinais
Conclusão
•
Lesões cerebrais são evento raro
•
Cirurgia tem melhor indicação em
• Metástases únicas
• Bom performance status
• Ausência de doença extra craniana
• Bom controle sistêmico da doença
•
Radiocirurgia confere bom controle local
•
Radioterapia de crânio total boa opção
• Alguma perda de sobrevida comparado a cirurgia
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