Manual de Preveção de Câncer e Doenças Bucais

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Parte I - Prevenção das Doenças Bucais
Você: o responsável por sua saúde
Toda a doença tratada no princípio é mais fácil de ser
curada, inclusive o câncer ou outras doenças importantes.
Mas a descoberta precoce de alterações na boca não deve
ocorrer, apenas, através do exame pelo Dentista, pois
depende muito mais da conscientização da própria pessoa
em conhecer, examinar e cuidar de sua boca.
Devemos prestar atenção a feridas que não “saram”,
manchas que surgem, sangramentos gengivais e o
aparecimento de crescimentos na mucosa da boca, na
língua ou no pescoço. Sem esquecer que é necessário
procurar o Dentista para uma revisão, pelo menos, uma vez
ao ano.
Cuidados preventivos específicos e gerais
1- Mantenha uma higienização adequada, escovando os
dentes no mínimo 4 vezes ao dia, principalmente após a
ingestão de qualquer alimento. Use cremes dentais que
contenham flúor e complemente com o uso de fio dental.
2 - Usuários de próteses que causam ferimentos e pacientes
com dentes quebrados ou focos de infecção bucal precisam
procurar tratamento dentário.
Por outro lado, nas lesões bucais malignas maiores
(acima de 4 cm) ou que já tenham apresentado crescimento
secundário em outro local (as chamadas "metástases"), nem
sempre a lesão pode ser operada ou removida totalmente
com certeza. Nesses casos, normalmente o tratamento é
complementado com radioterapia e/ou quimioterapia.
Todavia a possibilidade de cura não é tão boa quanto nos
casos de lesões pequenas isoladas.
Quando existe o comprometimento de nódulos
linfáticos no pescoço por metástases, indica-se também a
cirurgia para a sua remoção, junto com os nódulos linfáticos
próximos, mesmo que aparentemente saudáveis (isto é
chamado de "esvaziamento cervical").
No momento, a quimioterapia tem sido empregada nos
casos de câncer de boca avançados, visando à redução do
tumor, a fim de possibilitar o tratamento posterior pela
cirurgia ou radioterapia.
A cirurgia radical do câncer de boca evoluiu
sobremaneira com a incorporação de técnicas de
reconstrução imediata, permitindo largas remoções de
tecido e uma melhor recuperação do paciente. Porém, as
grandes cirurgias podem resultar em deformidades no rosto
e no pescoço.
A despeito das limitações de tratamento que possam
existir, o paciente em tratamento do câncer da boca (ou de
outras regiões) deve manter a fé e a esperança de cura, pois
são realizadas pesquisas continuamente e, de uma hora
para outra, pode surgir a solução do seu problema.
Fontes:
1 - COTRAN, Ramzi S.; KUMAR, Vinay; COLLINS, Tucker.
Robbins - Patologia estrutural e funcional. 6ª ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
2 - INCA (Instituto Nacional de Câncer) Manual de detecção
de lesões suspeitas Câncer de boca. Rio de Janeiro:
Virtualbooks, 2001. 36p.
3 - NEVILLE, Brad W.; DAMM, Douglas D.; ALLEN, Carl M.;
BOUQUOT, Jerry E. Patologia oral e maxilofacial. 2ª ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
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