EFEITOS DA XILAZINA E DA CETAMINA EM EQUINOS E BOVINOS

Propaganda
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE- SES -SP
COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS-CRH
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS-GDRH
CENTRO DE FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS PARA O SUS
“Dr. Antonio Guilherme de Souza”
SECRETARIA DE ESTADO DA GESTÃO PÚBLICA
PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL - PAP
SAMUEL DOS SANTOS SOUSA
EFEITOS DA XILAZINA E DA CETAMINA EM
EQUINOS E BOVINOS
Monografia apresentada ao Programa de
Aprimoramento Profissional - SES-SP,
elaborada no Hospital Veterinário da
Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias - UNESP - Jaboticabal.
Medicina Veterinária e Saúde Pública
Jaboticabal - SP
2015
"Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a
vida e viver com paixão, perder com classe e vencer
com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se
atreve. E a vida é muito para ser insignificante.”
Charles Chaplin
DEDICATÓRIA
A Deus, nosso mestre superior, e aos meus pais, de quem muito aprendi em
todos os sentidos, e sempre me deram todo apoio do mundo! Pois são as
pessoas mais importantes da minha vida!
AGRADECIMENTOS
Agradeço,
A Deus primeiramente por me conceder uma vida maravilhosa, repleta de
amor, saúde, paz e conquistas.
Aos meus pais, Laura e Sebastião, por absolutamente tudo. Aos erros e
acertos, tudo me ajudou a ser quem eu sou hoje. Às minhas irmãs, Lídia e
Eliza, pessoas que sempre posso contar com a ajuda e que compartilham dos
momentos significativos de minha vida.
Agradeço de forma especial a meu orientador, Prof. Dr José Antonio Marques,
pela amizade, por todo o conhecimento passado, pela paciência em ensinar,
por ter me transformado no médico veterinário que sou hoje, sem medir
qualquer tipo de esforço.
A minha irmã de residência Gabriela (Fi inha), por todas as dificuldades que
passamos e conseguimos superar nestes dois anos, por todas as noites mal
dormidas, por cada sapo que tivemos de engolir, por todo aprendizado que
tivemos juntos, você se tornou mais que uma amiga.
A minha R2 Cinthia, pela amizade, o carinho e como me portar diante das
situações do dia a dia.
Ao meu R1 Yuri, pelo companheirismo, pela amizade, por me acompanhar em
todas as ciladas que a vida nos colocou.
As minhas eternas estagiárias Vane e Gabi, por sempre me colocarem pra
cima e pra frente, por me fazerem acreditar que tudo é possível mesmo quando
tudo parece perdido. Vocês são dois anjos que apareceram em minha vida.
Ao amigos-irmãos da República Chapa Fria, Gordéli, Rufião, Marruco, Cobaia e
Cuba, por dividirem os momentos felizes e, também, os mais difíceis, por me
mostrarem a seriedade da vida. Grande parte do homem que sou hoje devo a
vocês.
A todos os professores do Departamento de Clínica e Cirurgia da FCAVUNESP, em especial, Prof.º José Marques, Prof.º Delphim, Prof.º Canola, Prof.º
Luis Marques, Prof.º Valadão, Prof.ª Deborah, Prof.º André, Prof.º Paulo
Canola, por me preparar para todos os desafios que a profissão impõe.
Aos funcionários do setor de grandes animais, Tarcisio, Beto, Bertanha,
Laurinho Careca, Laerte, Fábio, Baiano, Pé de Pano, Manduca, Miguel, Edson
(600), por todos os ensinamentos e pela a vontade de ajudar sempre.
Aos pós-graduandos Darcio, Tiago e Cássia, pela amizade e por todos os
ensinamentos relacionados a anestesia veterinária. Graças a vocês eu aprendi
que a anestesia é uma dádiva de Deus.
A todos os coleguinhas residentes da gestão 2012-2014, com vocês passei
momentos que serão inesquecíveis. Foi um prazer viver esses dois anos de
residência ao lado de vocês.
A todos os funcionários dos diversos setores do Hospital Veterinário da FCAVUNESP, por todo o serviço prestado. Sem vocês seria impossível o
funcionamento do hospital.
Aos vizinhos e amigos da República Invernada, por todos os momentos de
diversão e descontração que tivemos.
vi
SUMÁRIO
Página
RESUMO.........................................................................................................
Vii
SUMMARY......................................................................................................
Viii
I INTRODUÇÃO..............................................................................................
1
II OBJETIVO...................................................................................................
2
III REVISÃO DE LITERATURA......................................................................
3
III.I Xilazina.....................................................................................................
3
III.II Cetamina.................................................................................................
7
IV DISCUSSÃO...............................................................................................
11
V CONCLUSÃO..............................................................................................
13
VI REFEÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................
13
vii
EFEITOS DA XILAZINA E DA CETAMINA EM EQUINOS E BOVINOS
RESUMO A necessidade do veterinário a campo de utilizar das várias
técnicas anestésicas para trabalhar com animais de grande porte faz com que
a anestesia intravenosa apresente maior praticidade, pois possibilita o
emprego de associação de fármacos visando obter efeitos sinérgicos e assim,
promover anestesia de qualidade e com segurança. O objetivo deste estudo é
revisar os fármacos Xilazina e Cetamina, bem como seu mecanismo de ação,
farmacologia e sua aplicabilidade em grandes animais
Palavras-Chave: Bovinos, Dissociativos, Equinos, Fármacos, Miorrelaxantes
viii
FECCTS OF XYLAZINE AND KETAMINE IN EQUINES AND BOVINES
SUMMARY One of the requirements to the Veterinarians who act in fieldwork
is the different anestesic techniques, therefore the intravenous anestesic
procedures present great practicity ,specially because the possibility to
associate a plenty of drugs with sinergic effects and promoting an safer and
more quality anestesic. This study aims to review Xylazin and Cetamin use,
besides their mechanism of action, farmacology data and feasibility on the
large animals practices
Keywords: Cattle, Dissociative, Drugs, Equine, Muscle Relaxants
1
I.INTRODUÇÃO
Tendo em vista a necessidade do veterinário a campo de utilizar das várias
técnicas anestésicas para trabalhar com animais de grande porte, a anestesia
intravenosa vem apresentando maior praticidade, pois possibilita o emprego de
associação de fármacos visando obter efeitos sinérgicos e assim, promover
anestesia de qualidade e com segurança (SANTOS et. al., 2010).
Os agonistas alfa-2, sendo a xilazina a mais utilizada, promovem sedação,
analgesia e relaxamento muscular, podendo ser revertido com o uso de um
antagonista. Os fármacos desta classe farmacológica são agonistas de receptores
alfa-2, que estão localizados em todos os tecidos do organismo, e quando
estimulados, impedem a liberação de noradrenalina na membrana neuronal
(SPINOSA, GÓRNIAK, BERNARDI, 2006).
A xilazina é comumente utilizada, em bovinos, para produzir sedação e em
doses mais elevadas promove contenção com decúbito. Este fármaco apresenta
variações entre as espécies, sendo que os bovinos são mais sensíveis do que os
equinos. Existe também variação entre a mesma espécie,onde observa-se que os
bovinos zebuínos são mais sensíveis do que bovinos taurinos (RIEBOLD, 2007).
Em equinos a xilazina é um fármaco de notória importância, pois é utilizada
com o objetivo de produzir sedação sem a ocorrência de decúbito, permitindo a
realização de procedimentos mais simples com o animal na posição quadrupedal.
Além disto ela é um fármaco de escolha como medicação pré-anestésica por ser
eficaz e segura (HUBBELL, 2007).
A cetamina é um fármaco pertencente a classe dos anestésicos dissociativos,
é um agente estimulante do sistema límbico, causando disforia, alucinações e
contrações musculares em equinos e bovinos. Este fármaco é muito utilizado como
indutor anestésico em animais de grande porte, pois mantém a pressão arterial e
não
promove
alterações
RIEBOLD, 2007).
cardiorespiratória
significativas
(HUBBELL,
2007;
2
II. OBJETIVO
O objetivo deste estudo é revisar os fármacos Xilazina e Cetamina, bem como
seu mecanismo de ação, farmacologia e sua aplicabilidade em grandes animais.
3
III. REVISÃO DE LITERATURA
III. I Xilazina
A xilazina, é um agente sedativo, da classe dos agonistas alfa-2, que pode ser
utilizado tanto pela via intravenosa quanto intramuscular (MASSONE, 2008). O
fármaco foi sintetizado na Alemanha, na década de 60, para o tratamento de
hipertensão em seres humanos e, devido ao seu potente efeito sedativo, caiu em
desuso, sendo utilizado na medicina veterinária no início dos anos 70 pois é um
potente sedativo para o uso em animais (THURMON; TRANQUILLI; BENSON,
2007).
Quimicamente é conhecida como cloridrato de 2 (2,6-dimetilfenilamino)-4H5,6-diidro- 1,3-tiazina e é semelhante à clonidina, um anti hipertensivo utilizado em
humanos. Farmacologicamente a xilazina é classificada como um fármaco
analgésico e sedativo (GROSS, 2003). No início da década de 70 ela começou a
aparecer na literatura Americana e Europeia onde relatava-se a eliminação da
hipertonicidade muscular produzida pela cetamina; promovia rápida sedação,
analgesia e relaxamento muscular em equinos e bovinos (LEMKE, 2007).
A xilazina provoca queda na freqüência cardíaca e na pressão arterial
(CAMPBELL, 1979) e quando aplicada por via intravenosa diminui o fluxo de sangue
uterino, devendo ser utilizada com cautela em animais prenhes (HODGSON, 2002).
Este alfa-2 agonista causa importante depressão respiratória em doses elevadas,
reduzindo a frequência respiratória e o volume corrente, podendo causar redução da
PaO2, consequente hipoxemia e hipercapnia (RAPTOPOULOS e WEAVER, 1984).
Durante a década de 80 as propriedades analgésicas e sedativas da xilazina
foram atribuídas a estimulação de receptores alfa 2 (LEMKE, 2007). Sua aplicação
causa sedação por estimulação de receptores alfa adrenérgicos, presentes tanto no
sistema nervoso central como no periférico, ocasionando diminuição na liberação de
noradrenalina que resulta na diminuição da atividade simpática do sistema nervoso
central (CORTOPASSI & FANTONI, 2009).
4
Como pode ser observado na Figura 1, os efeitos provocados pelo os
agonistas alfa 2 depende de qual receptor ele vai se ligar, sendo que esses
receptores pode ser pré ou pós sinápticos. Ao se ligarem em receptores póssinápticos o fármaco desencadeia sinais como sedação, analgesia, vasocontsrição,
inibição da liberação de insulina e alterações no comportamento, enquanto ao se
ligarem em receptores pré-sinápticos provocam diminuição na liberação de
noradrenalina, reduzindo a atividade simpática no sistema nervoso central e
promovendo vasodilatação, diminuição na motilidade gastrointestinal entre outros
efeitos (VALVERDE, 2010)
Figura 1. Mecanismo de ligação dos fármacos agonistas alfa-2 aos receptores
adrenérgicos pré e pós-sinápticos e os efeitos que são desencadeados após a
ligação.
Após a administração, a xilazina é absorvida pelos tecidos rapidamente, com
um tempo de meia vida de absorção de 2,8-5,5 minutos e logo se distribui, com meia
vida entre 1,2 e 6 minutos (GROSS, 2003). O tempo de meia vida de eliminação é
de aproximadamente 36 minutos e o fármaco e seus metabólitos não são mais
5
identificados nos tecidos em três dias (LEMKE, 2007). A xilazina é metabolizada no
fígado e o produto de sua metabolização é o 1, amino-2-6-dimetilbenzeno (ADB), o
qual é encontrado na urina quatro horas após a administração, sugerindo a
eliminação renal (GROSS, 2003).
Os efeitos observados no sistema nervoso central, após a administração, são
sedação, hipnose, relaxamento muscular, ataxia, analgesia e depressão do centro
vasomotor. Já os observados sobre o sistema nervoso periférico são bradicardia,
bloqueio átrioventricular de segundo grau, inicialmente aumento transitório da
pressão arterial, aumento da pressão venosa central, redução da freqüência
respiratória e do volume corrente e relaxamento da musculatura do trato respiratório
superior (SPINOSA & GÓRNIAK, 2011).
A administração intravenosa de xilazina induz um curto período de
hipertensão com bradicardia reflexa, seguido por um período de queda no débito
cardíaco e na pressão arterial. A fase de hipertensão inicial é causada por ativação
dos receptores alfa 2 pós sinápticos periféricos que promovem contração da
musculatura lisa vascular produzindo vasocontrição (THURMON; TRANQUILLI;
BENSON, 2007). O período de hipotensão e diminuição do débito cardíaco pode
estar relacionado com a ativação de receptores alfa 2 centrais e com a diminuição
da atividade central do sistema nervoso simpático (GROSS, 2003).
Em contraste com os efeitos cardiovasculares observados após a aplicação
de xilazina por via intravenosa, a aplicação por via intramuscular parece ter menos
impacto sobre esses efeitos. Em bezerros que recebem o fármaco pela via
intramuscular, ocorrem efeitos hemodinâmicos caracterizados por queda na
freqüência cardíaca, no débito cardíaco e na pressão arterial, sem aumento inicial da
pressão, isso sugere que em bezerros, após uma injeção intramuscular, não ocorre
vasoconstrição transitória e também não ocorre aumento na pressão arterial
(LEMKE, 2007).
Um outro efeito sobre o sistema cardiovascular é um bloqueio no nodo
atrioventricular do tipo segundo grau após a aplicação de xilazina por via intravenosa
e desaparece espontaneamente (GROSS, 2003). Esta alteração está relacionada ao
aumento no tônus vagal induzido pela xilazina (LEMKE, 2007).
6
Embora a xilazina promova queda na frequência respiratória, as doses
recomendadas, não provocam alterações no pH arterial, na PaO2 e PaCO2 em e
cavalos (LEMKE, 2007). A xilazina também reduz o volume corrente promovendo
relaxamento da musculatura do trato respiratório superior sem alterar de forma
significante os gases sanguíneos (RAPTOPOULOS & WEAVER, 1984).
Alterações gastrointestinais são relatadas após aplicação de xilazina em
diversas espécies, pois esse fármaco reduz a motilidade intestinal e aumenta o
tempo do trânsito intestinal. Nos ruminantes os movimentos de contração do rúmem
e retículo são inibidos por ação deste fármaco. São reportados, também, a presença
de salivação excessiva quando a xilazina não é administrada juntamente com um
anticolinérgico, bem como foi informado a ocorrência de relaxamento no esfíncter
gastroesofágico com conseqüente refluxo de ingesta (LEMKE, 2007).
O débito urinário aumenta em bovinos, eqüinos e pôneis e submetidos a
aplicação de xilazina, enquanto a densidade urinária e a osmolaridade diminui em
pôneis e cavalos. O reflexo de micção se mantém, ocorrendo apenas redução na
atividade do esfíncter uretral (LEMKE, 2007).
Hipoinsulinemia e hiperglicemia transitória são observadas em animais que
foram sedados com xilazina, isso ocorre devido a inibição da liberação de insulina
pelas células betas do pâncreas, mediada pela ativação dos receptores alfa 2, sendo
que a magnitude e duração destes eventos são dose-dependentes. A xilazina
também provoca alterações hormonais transitórias no hormônio de crescimento,
testosterona, prolactina, hormônio antidiurético e nos níveis do hormônio folículo
estimulante (LEMKE, 2007).
O tônus do miométrio e a pressão intrauterina aumentam após a injeção de
xilazina em bovinos, enquanto que nas ovelhas prenhes ocorre aumento na
contração uterina e diminuição na atividade diafragmática do feto uma hora após a
aplicação do fármaco. A aplicação de fármacos agonistas alfa 2 produzem aumento
na pressão intrauterina de éguas. Embora a ocorrência de problemas reprodutivos
não esteja bem relacionada com a aplicação de xilazina durante as diferentes fases
da gestação, deve-se levar em consideração que esse fármaco ocasiona redução do
débito cardíaco fetal e do fornecimento de oxigênio ao feto (LEMKE, 2007).
7
Deve ser cuidadosamente considerado a utilização de xilazina quando
existirem complicações como aberrações cardíacas, hipotensão arterial ou choque,
depressão respiratória, problemas renais e/ou hepáticos bem como deve-se ter
cautela ao manipular animais sob efeito do fármaco uma vez que os mesmos podem
reagir de forma violenta contra o profissional (GROSS, 2003).
As doses recomendadas de xilazina para ruminantes e pequenos ruminantes
são de 0,05-0,1 mg/kg por via intravenosa, 0,1-02 mg/kg por via intramuscular e para
os equinos as dose variam entre 0,5-1,0 mg/kg por via intravenosa e 1,0-2,0 mg/kg
por via intramuscular (LEMKE, 2007).
Em grandes animais a xilazina é utilizada para promover sedação e analgesia
para a realização de procedimentos diagnósticos e procedimentos cirúrgicos menos
invasivos, esse fármaco também pode ser utilizado como medicação pré-anestésica
antes da indução da anestesia pela cetamina associada a um benzodiazepínico ou
pelo tiopental. Uma outra utilização da xilazina para grandes animais é na
preparação da anestesia total intravenosa, onde esta é associada ao éter gliceril
guaiacólico e a cetamina (LEMKE, 2007).
RIBEIRO et al. (2012) relataram que após a administração de 0,1 mg/kg por
via intravenosa de xilazina em bovinos, os animais apresentaram intensa ataxia,
com sinais evidentes de sedação e apresentaram decúbito, permanecendo por até
40 minutos. Os autores também informaram que os animais tiveram queda na
freqüência cardíaca e respiratória, redução da pressão arterial média e diminuição
dos movimentos ruminais.
III.II Cetamina
A cetamina é um anestésico dissociativo, descoberto na década de sessenta
com o objetivo de substituir a fenciclidina e seus efeitos adversos. Os fármacos
desta classe produzem dissociação entre o sistema límbico e tálamo, impedindo que
as informações sensitivas cheguem até o córtex, suprimindo as sensações
nociceptivas (VALADÃO, 2009).
8
O termo anestésico dissociativo é usado para descrever um estado de
anestesia induzido por um fármaco que interrompe as transmissões ascendentes de
regiões do cérebro responsáveis pela consciência e inconsciência, em vez de causar
depressão generalizada como ocorre com outros anestésicos injetáveis (LIN, 2007).
A anestesia dissociativa é caracterizado por um estado de catalepsia onde os
olhos permanecem abertos com presença de nistagmo leve, variados graus de
hipertonicidade muscular e com movimentos involuntários que não estão
relacionados com o estímulo cirúrgico (LIN, 2007).
Quimicamente chamada de cloridrato de 2-(o-clorofenil)-2-(metilamino)clicloexanona, a cetamina é um anestésico muito versátil, podendo ser administrada
tanto por via intravenosa quanto por via intramuscular, sendo mais comumente
utilizada associada a outros agentes anestésicos, como por exemplo os relaxantes
musculares, sendo possível até realização de procedimentos intra abdominais
(BRANSON, 2003).
Os anestésicos dissociativos agem bloqueando os receptores muscarínicos
dos neurônios centrais, interferem na neurotransmissão GABAérgica e bloqueiam o
transporte neuronal de serotonina, dopamina e norepinefrina, ocasionando
diminuição na resposta do sistema nervoso central a impulsos sensoriais, sem
bloquear o tronco cerebral e as vias medulares (FANTONI; CORTOPASSI;
BERNARDI, 2011). Pesquisas demostramn também, que o antagonismo de
receptores N-metil-D-aspartato (NMDA) tem sido responsável pelos efeitos
anestésicos, analgésicos e neuroprotetor (LIN, 2007).
A cetamina é utilizada de forma mais cautelosa, geralmente associada a
xilazina, pois isoladamente induz analgesia, mas não o relaxamento muscular
adequado, sendo a recuperação conturbada e prolongada (SANTOS et. al., 2010).
Esta associação pode ser administrada por via intravenosa ou intramuscular e,
geralmente, produz decúbito de 30 a 40 minutos e, caso seja necessário, metade da
dose pode ser reaplicada. A função cardiorrespiratória se mantém inalterada em
animais hígidos e a qualidade da recuperação é boa (ABRAHAMSEN, 2008).
Apesar de ainda não haver comprovações que os anestésicos dissociativos
estão relacionados com episódios convulsivos, e que alguns estudos comprovam
que cetamina em doses baixas pode ser utilizada como anticonvulsivantes devido ao
9
antagonismo de receptores NMDA, alguns casos de epilépticos foram relatados
após a utilização desse fármaco, portanto é desaconselhável o uso do mesmo em
animais com histórico de epilepsia (BRANSON, 2003; LIN, 2007).
A analgesia produzida pela cetamina ocorre após a aplicação de baixas
doses, pois ela eleva o limiar de dor. O grau de analgesia parece ser maior na dor
somática do que para dor visceral. Os anestésicos dissociativos são muito eficazes
para o controle da dor pós-operatória relacionada a cirurgias músculoesqueléticas e
tegumentar, ainda mais que os receptores NMDA estão envolvidos com respostas
neurogênicas de injúria tecidual e inflamação, sugerindo, portanto, que a cetamina
seja efetiva na redução da dor ocasionada após esse tipo de trauma (LIN, 2007).
Os anestésicos dissociativos induzem aumento no fluxo sanguíneo cerebral,
na pressão intracraniana, e na pressão do fluido cerebroespinhal, portanto não é
aconselhável o uso de cetamina em pacientes com trauma cranioencefálico (LIN,
2007).
A cetamina pode agir diretamente estimulando centros adrenérgicos centrais
ou indiretamente por inibição de da captação neuronal de catecolaminas,
principalmente a noradrenalina, promovendo aumento no débito cardíaco, na
pressão aórtica média, na pressão arterial pulmonar, na pressão venosa central e na
freqüência cardíaca e por essas propriedades estimulantes cardíacas, além de sua
ação anti arrítmica, a cetamina torna-se um importante fármaco na indução de baixo
risco e hipovolêmicos (BRANSON, 2003).
Almeida et. al. (2008) verificou que a freqüência cardíaca aumentou após a
aplicação de cetamina em bovinos pré medicados com amitraz. O autor também
relatou aumento na freqüência respiratória após a injeção desse fármaco nos
animais que receberam tanto amitraz quanto xilazina na pré medicação.
Muitos anestésicos são depressores da resposta ventilatória ocasionando
hipóxia, a cetamina tem um efeito interessante, pois não promove esse tipo de
depressão, ela também reduz a resistência das vias aéreas. Quando utilizado como
anestésico único o fármaco não promove perda do reflexo faríngeo e laríngeo,
podendo ocasionar laringeoespasmo, broncoespasmo e tosse, secundário a
manipulação ou a secreções na região orofaringeana (BRANSON, 2003).
10
A distribuição da cetamina nos tecidos corpóreos ocorre de forma rápida
ocorrendo primariamente em tecido adiposo, cérebro, fígado e pulmão. Após ligar-se
a proteínas plasmáticas o fármaco é biotransformado no fígado por N desmetilação
e hidroxilação do anel cicloexano com formação de glicuronídios hidrosolúveis que
são eliminados na urina. O tempo de meia vida de eliminação da cetamina no equino
é de 42 minutos enquanto no bezerro é de 60 minutos (BRANSON, 2003).
A cetamina é contraindicada em casos que o paciente apresente
comprometimento hepático e/ou renal, bem como problemas cardíacos, não deve
ser utilizada também em animais que possuam lesões na cabeça, pois ela aumenta
a pressão intracraniana podendo agravar o quadro. Apesar de não ser comprovada
sua relação em desencadear convulsões a cetamina deve ser evitada em pacientes
com distúrbios convulsivos (BRANSON, 2003).
Nos equinos a cetamina é utilizada principalmente para indução anestésica no
procedimento de derrubada dos animais, sendo que ela pode ser administrada
juntamente com o éter gliceril guaiacólico ou associada a um benzodiazepínico, o
qual promove indução e recuperação anestésica suave (BRANSON, 2003). É
aconselhável que os animais sejam pré medicados com xilazina ou um tranqüilizante
(LIN, 1996). O autor também informa que a cetamina pode ser associada e ao éter
gliceril guaiacólico e a xilazina para ser administrada por infusão contínua em
equinos para realização de procedimentos a campo.
Em bovinos a cetamina pode ser utilizada na forma de bolus na dose de 2,2 –
3,0 mg/kg, seguida por uma infusão contínua a 0,2% em solução salina na dose de
10 ml/minuto para a realização de procedimentos cirúrgicos tais como amputação de
dígito ou laparotomia. A associação de cetamina (2 mg/ml), éter gliceril
guaiacólico(50 mg/ml) e xilazina (0,1 mg/ml), assim como nos eqüinos, se mostrou
uma técnica efetiva para promover anestesia nos bovinos podendo ser realizado
procedimentos cirúrgicos tais como redução de fraturas femorais com placas e
pinos, hérniorrafias e cesarianas (LIN, 1996).
11
IV. DISCUSSÃO
PICAVET et al. (2004), após a aplicação de 0,2 mg/kg de xilazina por via
intramuscular em bezerros observaram, após dez minutos, que os animais
apresentaram diminuição significativa da frequência cardíaca, do débito cardíaco, da
pressão arterial média e, também, do volume sistólico. Os autores atribuíram que
tais alterações hemodinâmicas podem estar relacionadas a depressão do miocárdio
pela xilazina.
Em um outro estudo DOHERT et al. (1987), também utilizando a dose de 0,2
mg/kg de xilazina em bezerro mas por via intravenosa, relataram que os animais
tiveram diminuição na freqüência cardíaca que pode ser resultado da diminuição do
tônus simpático e aumento do tônus vagal. Porém no presente estudo os autores
relataram que os animais apresentaram hipertensão transitória inicial, atribuída ao
aumento da resistência vascular sistêmica, isso pode ser relacionado a ativação de
adrenoreceptores alfa 1 e alfa 2 pós-sináptico ocasionado pela xilazina.
Segundo LEMKE (2007), essas diferenças entre as pressões arteriais
observadas nestes dois estudos, podem ser atribuídas a via de administração do
fármaco, uma vez que, o autor diz que parece não ocorrer vasoconstricção
transitória quando a xilazina é administrada por via intramuscular em bezerros.
KERR et al. (1996), relataram que equinos pré-medicados com 1,1 mg/kg
intravenosa de xilazina ou 100 ug/kg de romifidina por via intravenosa apresentaram
bloqueio atrioventricular de segundo grau, que cessou após a indução anestésica
com cetamina asscociada com diazepam. MORTON et al. (2011) afirmaram que
equinos que receberam uma dose baixa de xilazina (0,25 mg/kg) intravenosa
também apresentaram bloqueio atrioventricular de segundo grau. Adicionalmente
WAGNER et al. (1991), relataram que equinos que receberam xilazina ou
detomidina tem maior chances de apresentarem bloqueio independentemente da via
de administração do fármaco. Esse bloqueio está relacionado com a capacidade da
xilazina de aumentar o tônus vagal (LEMKE, 2007).
A xilazina em doses entre 0,5-1,0 mg/kg reduz o tempo de esvaziamento
gástrico, diminui a motilidade no duodeno, bem como no jejuno e na flexura pélvica
12
de equinos (SUTTON et al., 2002; MERRITT et al., 1998; ADAMS et al., 1984).
FÜLÖP et al. (2005) e GYIRES et al. (2009), relataram que os fármacos
pertencentes a classe dos alfa 2 agonistas reduzem a motilidade gastrointestinal
devido a ativação de receptores pré sinápticos do subtipo alfa 2a.
WATSON et al. (2002), observaram que éguas pré medicadas com xilazina
tiveram aumento da glicemia sérica e do fluxo urinário durante a anestesia inalatória.
Adicionalmente HERNANDEZ et al. (2002), também, observaram aumento no fluxo
urinário de éguas sedadas com xilazina e detomidina, um outro fármaco também
pertencente a classe dos alfa 2 agonistas. Os resultados destes estudos podem ser
explicados pelo fato da xilazina inibir o hormônio antidiurético, e também, por inibir a
liberação de insulina, ocasionando o aparecimento de diurese e hiperglicemia
(LEMKE, 2007).
HODGSON et al.(2002), observaram que após a aplicação de 0,04 mg/kg de
xilazina em vacas no trimestre final da gestação, ocorreu diminuição no fluxo
sanguíneo da artéria uterina, aumento na resistência vascular uterina e diminuição
de 60% no fornecimento de oxigênio ao feto. RODRIGUEZ-MARTINEZ et al. (1986),
relataram que a pressão intra uterina aumentou após a administração de 0,02 mg/kg
de xilazina em vacas não prenhes.
ENDERLE et al. (2008) relataram que cavalos submetidos a anestesia
inalatória pelo isoflurano, associado a infusão contínua de cetamina e lidocaína,
mantiveram a frequência cardíaca e pressão arterial mais estável do que os animais
que receberam apenas isoflurano. Isso pode ser explicado pelo fato de a cetamina
inibir a captação de catecolaminas promovendo aumento no débito cardíaco e na
pressão arterial (BRANSON, 2003).
PUROHIT et al. (1981), observaram que no eletrocardiograma de equinos, os
animais
apresentaram
bloqueio
atrioventricular
de
segundo
grau
após
a
administração de xilazina, porém, os autores relataram que esse bloqueio cessou
após a administração de cetamina. Esse fato pode ser atribuído as propriedades
antiarrítmicas que este fármaco possui (LIN, 2007).
GUEDES et al. (2012), observaram que cavalos com laminite crônica tratados
com doses subanestésicas de cetamina (0,6 mg/kg) associada ao tramadol (5,0
mg/kg) promoveu analgesia por um período maior quando comparado com os
13
animais que receberam apenas o tramadol. A cetamina tem a capacidade, mesmo
que em doses baixas, de elevar o limiar de dor e por sua característica antagonista
de receptores NMDA, que estão diretamente envolvidos nas respostas neurogênicas
(LIN, 2007).
V. CONCLUSÃO
Com base neste estudo pode-se concluir a importância na escolha do
fármaco a ser utilizado e características do mesmo, como mecanismo de ação,
tempo de ação e possíveis associações. Isso possibilita ao profissional controle
maior da anestesia e sedação, além da prevenção de contratempos previstos na
utilização de cada um desses fármacos de forma individual ou associada.
VI. REFERÊNCIAS
ABRAHAMSEN, E. J. Ruminant field anesthesia. Veterinary Clinics of America:
Food Animal Pratice, v. 24. p. 429-441, 2008.
ADAMS, S. B.; LAMAR, C. H.; MASTY, J. Motility of the distal portion of the jejunum
and pelvic flexure in ponies: effects of six drugs. American Journal of Veterinary
Research, v. 45, p. 795-799, 1984.
ALMEIDA, R. M.; VALADÃO, C. A. A.; REIS, R. G. Influência da pré-medicação
anestésica de bovinos com cetamina. Ciência Animal Brasileira, v. 9, n. 2, p. 402409, 2008.
BRANSON, K. R. Anestésicos injetáveis. In: ADAMS, H. R.. Farmacologia e
Terapêutica em Veterinária. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 179-223,
2003.
14
CAMPBELL,l K. B; KLAVANO, P. A., RICHARDSON, P., ALEXANDER, J. E.
Hemodinamic effects ofxylazine in the calf. American Journal of Veterinary
Research.; v. 40, p. 1777-1780. 1979.
CORTOPASSI, S. R. G.; FANTONI, D. T. Medicação Pré-anestésica. In: FANTONI,
D. T. & CORTOPASSI, S. R. G. Anestesia em Cães e Gatos. 2. Ed. São
Paulo:Roca, p. 217-227, 2009.
DOHERTY, T. J. et al. Antagonism of xylazine induced sedation by idazoxan in
calves. Canadian Journal of Veterinary Research., v. 51, p. 244-248, 1987.
ENDERLE, A. K. et al. Clinical evaluation of ketamine and lidocaine intravenous
infusions to reduce isoflurane requirements in horses under general anaesthesia.
Veterinary Anesthesia and Analgesia., v.35, p. 297-305, 2008.
FANTONI, D. T.; CORTOPASSI, S. R. G.; BERNARDI, M. M. Anestésicos
intravenosos e outros parenterais. In: SPINOSA, H. S.; GÓRNIAK, S. L.; BERNARDI,
M. M. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária. 5 ed., Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2011.
FÜLÖP, K.; ZÁDORI, Z.; GYIRES, K., Characterisation of alpha2-adrenoceptor
subtypes involved in gastric emptying, gastric motility and gastricmucosal defence.
European Journal of Pharmacology, v. 528, p. 150-157, 2005.
GROSS,
M.
E.
Tranquilizantes,
agonistas
alfa
2-adrenérgicos
e
agentes
relacionados. In: ADAMS, H. R.. Farmacologia e Terapêutica em Veterinária. 8 ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 249-284, 2003.
GUEDES, A. J.; MATTHEWS, N. S.; HOOD, D. M. Effect of ketamine hydrochloride
on the analgesic effects of tramadol hydrochloride in horses with signs of chronic
laminitis-associated pain. American Journal of Veterinary Research, v. 73, p. 610619, 2012.
15
GYIRES K.; ZADORI, Z.S.; SHUJAA, N., et al. Pharmacological analysis of alpha(2)adrenoceptor subtypes mediating analgesic, anti-inflammatory and gastroprotective
actions. Inflammopharmacology, v. 17, p. 171–179, 2009.
HERNANDEZ, E. N. et al. Effect of xylazine and detomidine on urine production in
horses deprived of food and water. Veterinary Anesthesia and Analgesia, v. 29, p.
97-112, 2002.
HODGSON, D. S. et al. Cardiopulmonary effects of xylazine and acepromazine in
pregnant cows in late gestation. American Journal of Veterinary Research., v. 63,
p. 1695-1699, 2002.
HUBBELL, J. A. E. Horses. In: TRANQUILLI, W.J.;THURMON, J. C.; GRIM, K. A.
LUMB & JONES Veterinary Anesthesia and Analgesia. 4 ed., Iowa: Blackwell
Publishing, p. 717-729, 2007.
KERR C. L.; McDONELL, W. N.; YOUNG, S. S.
A comparison of romifidine and
xylazine when used with diazepam/ketamine for short duration anesthesia in the
horse. Canadian Veterinary Journal, v. 37, p. 601-609, 1996.
LEMKE, K. A. Anticholinergics and Sedatives. In: TRANQUILLI, W.J.;THURMON, J.
C.; GRIM, K. A. LUMB & JONES Veterinary Anesthesia and Analgesia. 4 ed.,
Iowa: Blackwell Publishing, p. 203-239, 2007.
LIN, H. C. Dissociative Anesthetics. In: TRANQUILLI, W.J.;THURMON, J. C.; GRIM,
K. A. LUMB & JONES Veterinary Anesthesia and Analgesia. 4 ed., Iowa:
Blackwell Publishing, p. 301-353, 2007.
LIN, H. C. Dissociative anesthetics. In: LUMB & JONES Veterinary Anesthesia. 3
ed., Pennsylvania: Wilams & Wilkins, p. 241-296, 1996.
16
MASSONE, F. Miorrelaxantes. In: MASSONE, F. Anestesiologia Veterinária
Farmacologia e Técnicas. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. p. 94-103.
2008.
MERRIT, A. M.; BURROW, J. A.; HARTLESS, C. S. Effect of xylazine, detomidine,
and a combination of xylazine and butorphanol on equine duodenal motility.
American Journal of Veterinary Research, v. 59, p. 619-623. 1998.
MORTON, A. J. et al. Cardiovascular effects of N-butylscopolammonium bromide
and xylazine in horses. Equine Veterinary Journal Supplements, v. 39, p. 117-122,
2011.
PICAVET, M. T. J. E. et al. Cardiopulmonary effects of combined xylazineguaiphenesin-ketamine infusion and extradural (interccocygeal lidocaine) anesthesia
in calves. Veterinary Anesthesia e Anagesia, v. 31, p. 11-19, 2004.
PUROHIT, R. C; MYSINGER, P. W.; REEDING, N. W. Effects of xylazine and
ketamine hydrochloride on the electroencephalogram and the electrocardiogram in
the horse. American Journal of Veterinary Research , v. 42, p. 615-619, 1981.
RAPTOPOULOS D.; WEAVER, B. M. Q. Observations following intravenous xylazine
administration in steers. Veterinary Records; v. 11, p. 567-9, 1984.
RIBEIRO, G. et al. Efeitos da detomidina e xilazina intravenosa sobre as variáveis
basais e respostas comportamentais em bovinos. Arquivo Brasileiro de Medicina
Veterinária e Zootecnia, v. 64, p. 1411-1417, 2012.
RIEBOLD, T. W. Ruminants. In: TRANQUILLI, W.J.;THURMON, J. C.; GRIM, K. A.
LUMB & JONES Veterinary Anesthesia and Analgesia. 4 ed., Iowa: Blackwell
Publishing, p. 731-746, 2007.
17
RODRIGUEZ-MARTINEZ, H. et al. Uterine motility in the cow during the estrous
cycle effects of oxytocin, xylazine, and adrenoceptor blockers., Theriogenology, v.
27, p. 359-368, 1986.
SANTOS, P. S. P. et al. Anestesia intravenosa (ATI) para herniorrafias umbilicais em
bezerros. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia., v. 17, p. 5461, 2010.
SPINOSA, H. S.; GÓRNIAK, S. L.; BERNARDI, M. M. Farmacologia Aplicada à
Medicina Veterinária. 4 ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
SPINOSA, H. S.; GÓRNIAK, S. L.Traquilizantes, relaxantes musculares de ação
central e antidepressivos. In: SPINOSA, H. S.; GÓRNIAK, S. L.; BERNARDI, M. M.
Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária. 5 ed., Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2011.
SUTTON, D. J. et al. The effects of xylazine, detomidine, acepromazine and
butorphanol on equine solid phase gastric emptying rate. Equine Veterinary
Journal, v. 34, p. 486-492, 2002.
THURMON, J. C.; TRANQUILLI, W. J.; BENSON, G. J. LUMB & JONES Veterinary
Anesthesia. 4. ed. Iowa: Blackwell Publishing, 2007.
VALADÂO,C. A. A. Anestésicos dissociativos. In: FANTONI, D. T. & CORTOPASSI,
S. R. G. Anestesia em Cães e Gatos. 2. Ed. São Paulo:Roca, p. 237-245, 2009.
VALVERDE, A. Alpha-2 agonists as pain therapy in horses. Veterinary Clinics of
America: Equine Pratice, v. 26, p. 515-532, 2010.
18
WAGNER, A. E.; MUIR, W. W.; HINCHCLIFF, K. W. Cardiovascular effects of
xylazine and detomidine in horses. American Journal of Veterinary Research, v.
52, p. 651-657, 1991.
WATSON, Z. E; STEFFEY, E. P.; VAN, L. M. Urinary effects of xylazine and general
anesthesia in horses. Veterinary Anesthesia and Analgesia., v. 29, p. 97-112,
2002.
Download