Técnico Design Interior A ARTE NO EGITO Professora Alba Baroni Arquiteta A ARTE NO EGITO O Egito foi uma das principais civilizações da antiguidade. Com uma civilização bastante desenvolvida em sua organização social e riquíssima em realizações culturais. Os egípcios foram arquitetos notáveis, construíram templos, túmulos, palácios e esfinges. Os egípcios produziram uma escrita bem estruturada, assim temos um conhecimento bastante completo da sua cultura. O Faraó possuía o poder máximo, político e religioso. Tudo o que acontecia era em função do faraó ou a serviço da religião. A religião é o aspecto mais significativo da cultura egípcia. Acreditavam numa vida após a morte e achavam que esta vida era mais importante do que a presente. Acreditavam que após a morte suas almas voltavam para o corpo. Esta crença fez com que acreditassem que seus corpos mereciam o melhor lugar do mundo – as pirâmides (túmulos). Uma arte dedicada a morte – as pirâmides eram para habitar o corpo dos faraós depois da morte. Além das pirâmides existia outras construções mais simples, as mastabas e os hipogeus, também eram túmulos. No interior das pirâmides há corredores, salas, passagens falsas e a cripta onde repousa o caixão. Ao lado da cripta existem salas onde ficavam os pertences dos faraós (jóias, mobília, quadros, esculturas, roupas, para sua vida no retorno de sua alma ao corpo). Os egípcios davam muita importância ao cadáver – embalsamando-o com técnicas especiais – mumificando-os. São as famosas múmias – eles preservavam o corpo, pois achavam que o morto teria uma nova vida após a morte. Depois de mumificar, o cadáver era colocado em sarcófagos (urnas). Sarcófago Alguns importantes monumentos foram feitos para atestar a grandiosidade e importância do poder político e religioso do faraó, como a Pirâmide de Djoser, construída pelo arquiteto Imotep Mas são as pirâmides do deserto de Gizé as obras arquitetônicas mais famosas. Foram construídas por importantes reis do Antigo Império: Quéops, Quéfren e Miquerinos. A maior delas é a de Quéops com 146m de altura e ocupa 54.300m2 de superfície. Esse monumento revela o domínio que os egípcios demonstraram em técnica construtiva, pois não existe argamassa entre os blocos de pedra. Juntamente com estas três pirâmides está a esfinge mais conhecida do Egito. Com 20m de altura, representa o faraó Quéfren. As esfinges eram imponentes construções, com o rosto do faraó e o corpo de leão. A arte egípcia estava ligada a religião, servindo de difusão dos preceitos e das crenças religiosas. Por isso era bastante padronizada, não dando margem a criatividade ou imaginação pessoal. Existia muitas regras, Frontalidade. Esta lei determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, e a cabeça, perna e pés de lado. dentre elas a Lei da O desenho egípcio era um único plano sem perspectiva. A manifestação artística que ganhou mais belas representações no Antigo Império foi a escultura. Com uma expressividade que surpreende o observador, revelando dados particulares do retratado: fisionomia, traços raciais e condição social. Por exemplo temos o Escriba Sentado – cerca de 2.500 a.C. foi encontrado em um sepulcro. Essa escultura mostra um escriba em seu ofício (escrever). No Novo Império (1580-1085 a.C.) o Egito viveu o apogeu de seu poderio e sua cultura. Os faraós reiniciaram as grandes construções. Como os templos de Carnac e Luxor, ambos dedicados ao deus Amon. Nesta época na pintura surgem criações artísticas mais leves, e de cores mais variadas que a dos períodos anteriores. A postura rígida é abandonada, chega até a ocorrer desobediência a severa lei da frontalidade. Templo de Abu Simbell – séc. XII a.C. a mais grandiosa obra de Ramsés II. Estátuas gigantes e imensas colunas, demonstram o poder de Ramsés II Templo de Abu Simbell – dedicado à deusa Hator séc. XII a.C. Colunas com hieróglifos como elemento decorativo compõem a fachada. Hieróglifo pode ser definido como uma escrita sagrada, e era dominada apenas por pessoas que tinham o poder sobre a população, como: sacerdotes, membros da realeza e escribas. Somente esses tinham o conhecimento de ler e escrever essa escrita sagrada. O Hieróglifo é provavelmente a escrita organizada mais antiga do mundo, e era basicamente usada para marcações em túmulos e templos. Bibliografia PROENÇA, Graça. História da Arte. 7ª ed. São Paulo: Editora Ática, 1996. CANTELE, Angela Anita; CANTELE, Bruna Renata. Arte e habilidade: livro do professor. 1ª ed. São Paulo: IBEP, 2007. CALABRIA, Carla Paula Brondi; MARTINS, Raquel Valle. Arte, história & produção,2: arte ocidental. São Paulo: FDT, 1997.