ARTE NO ANTIGO EGITO pirâmides de Quéops, Quéfrem e Miquerinos Uma das principais civilizações da antiguidade foi a que se desenvolveu no antigo Egito. Localizada no vale do rio Nilo no Norte da África, era uma civilização já bastante complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações culturais. Através de pinturas, relevos e anotações existentes nas paredes das ruínas de palácios, túmulos (pirâmides e mastabas) e templos conhecemos a história do Egito. A arte do antigo Egito segue acima de tudo aos objetivos políticos e religiosos. Para compreender em que nível se expressam estes objetivos é necessário ter em conta a figura do soberano absoluto, o Faraó. Ele é o representante de Deus na Terra. Deste modo a arte representa, exalta e homenageia constantemente o faraó e as diversas divindades da mitologia egípcia. A arte egípcia é profundamente simbólica. Todas as representações estão repletas de significados que ajudam a caracterizar figuras, a estabelecer níveis hierárquicos e a descrever situações. A harmonia e o equilíbrio devem ser mantidos, por exemplo, o faraó será sempre a maior figura numa representação bidimensional e a que possui estátuas e espaços arquitetônicos monumentais. A pintura A arte egípcia apreciava muito as cores. As estátuas, o interior dos templos e os túmulos eram profundamente coloridos. Porém, a passagem do tempo fez com que se perdessem as cores originais que cobriam as superfícies dos objetos e das estruturas. A figura masculina era sempre representada em um tom de pele mais escura que a feminina: Para os homens um tom de ocre escuro e para a mulher um tom mais rosado. Os egípcios também usavam as cores verde que simbolizava a regeneração da vida, o azul associado ao Nilo e ao céu e o amarelo para a riqueza e o sol simbolizando também a eternidade. Lei da Frontalidade O corpo humano, especialmente o de figuras importantes, é representado utilizando dois pontos de vista simultaneos, os que oferecem maior informação e favorecem a dignidade da personagem: os olhos, ombros e peito representam-se vistos de frente; a cabeça e as pernas representam-se vistos de lado. O facto de, ao longo de tanto tempo, esta arte pouco ter variado e se terem verficado poucas inovações, deve-se as rígidas normas a que os artistas deveriam obedecer e que, de certo modo, impunham barreiras ao espírito criativo individual. A Arquitetura A arquitetura Egípcia apresenta proporções grandiosas. Nobres, sacerdotes e faraós moravam em palácios extremamente luxuosos, mas a motivação maior para a arte e a arquitetura sempre foi a religião. Eles acreditavam que continuariam a viver em outro lugar depois da morte e, para isso, se preparavam durante toda a vida. Os mais ricos principalmente o Faraó, construiam seus próprios túmulos, como as pirâmides, as mastabas e os hipogeus – labirintos subterrâneos que escodiam ao máximo de ladrões e saqueadores os objetos com os quais o morto era enterrado. O faraó é imortal e todos seus familiares e altos representantes da sociedade têm o privilégio de poder também ter acesso à outra vida Os túmulos são, por isto, os marcos mais representativos da arte egípcia, lá são depositados a múmia ou estátua e todos os bens físicos do quotidiano que lhe serão necessários à existência após a morte. A múmia por sua vez não podeira ser tocada ou profanada pois a alma sofreria o resto da imortalidade. A escultura As esculturas tem lugar de destaque na arte Egípcia. Elas mostram faraós, rainhas, deuses, escribas e todo tipo de pessoa sempre com rigidez na posição do corpo e feição do rosto. As esculturas são, em sua maioria, pintadas para dar maior realismo. Há esculturas de todos os tamanhos feitas em madeira, pedra, ouro ou bronze.