O SOLIPSISMO DO TRACTATUS DE WITTGENSTEIN COMO RESULTADO DE SUA LÓGICA Bruno Senoski do Prado Orientadora: Prof. Dra. Mirian Donat Mestrando em Filosofia (UEL) O problema acerca de uma possível defesa do solipsismo feita por Ludwig Wittgenstein em seu Tractatus Logico-Philosophicus tem incitado várias discussões e interpretações. O objetivo deste trabalho é compreender em que medida o filósofo austríaco em questão pode ser considerado um solipsista em sua primeira obra e de que forma essa questão se insere na lógica e proposta da já referida obra, a saber, delimitar os limites da linguagem com sentido. Para que possamos cumprir essa tarefa iremos, em um primeiro momento, apresentar rapidamente a questão da teoria da figuração; em um segundo momento, a diferenciação entre dizer e mostrar e a concepção de sujeito para, em um terceiro momento, adentrarmos na discussão acerca do problema do solipsismo e onde tal problema entra na proposta do Tractatus. Alguns autores defendem que o solipsismo tractatiano é um solipsismo transcendental. Mas, devido à própria logica do TLP, seu conceito de sujeito como limite do mundo e sua distinção dos limites lógicos do que pode ser dito com sentido, parece-nos que o solipsismo tractatiano é um solipsismo lógico do sujeito transcendental. Palavras-chave: Solipsismo. Lógica. Linguagem.