TEMPO GEOLÓGICO O INTERIOR DA TERRA TECTÔNICA DE PLACAS /03/2012 Prof. Patrício Pires – [email protected] Introdução 2 Dificuldade de entender a imensidão do tempo Geológico. Vemos o tempo sobre a nossa perspectiva de vida. História antiga fala-se em algumas centenas de anos. A história Geológica refere-se a acontecimentos de milhões ou bilhões de anos. Tempo Geológico Pico de atividade tectônica (morte de 60% dos seres vivos) Fósseis de plantas serão formadores das reservas de carvão 3 Bactérias formam oxigênio nos oceanos que precipitam ferro, que darão origem as reservas de ferro de hoje Tempo Geológico 4 Formação do PANGEA (super continete) Aparecimento de rochas sedimentares 5 Tempo Geológico 6 Não está em escala Idade da terra – Comparação relativa 7 MILHÕES DE ANOS surgimento da terra Extinsão dos dinossauros Sugimento do Himalaia inicio da era do fim da era do Homem gelo gelo Migração do homes para outros continentes Possibilitou a evolução dos mamíferos congelamento do planeta / sequestro de carbono 4600 60 57,8 2,5 1,6 0,01 2,00 26,09 25,13 1,09 8,35 1,57 MIL ANOS ANOS MESES DIAS 2 mil anos (TEMPO RELATIVO) 4,6 bilhões de anos (IDADE DA TERRA) Idade da terra – Comparação relativa 8 ANOS descobriment revolução cristo o do brasil industrial 311 0,000311 1977 1991 2011 0,002011 511 0,000511 35 20 0,000035 0,00002 7,55 1,92 1,17 7,89 4,51 HORAS MINUTOS 2 mil anos (TEMPO RELATIVO) 4,6 bilhões de anos (IDADE DA TERRA) Tempo Geológico 9 Dois padrões de referência para discutir o tempo geológico. Datação Relativa: colocar os eventos geológicos em ordem sequencial. Não diz o tempo que o evento ocorreu, mas se um evento precedeu um outro. Datação Absoluta: expressa datas específicas para unidades rochosas ou eventos. Sempre expressa em anos anteriores a data atual. Tempo Geológico 10 Datação Relativa - Superposição. Tempo Geológico 11 Datação Relativa. Define-se que a sequencia de estratos de solos é a seguência 1, 2, 3, 4 e 5. Por superposição ou fossífera. Tempo Geológico 12 Datação Relativa - Fossífera Tempo Geológico 13 Datação Relativa - Superposição. Tempo Geológico 14 Datação Radiométrica: É o método mais comum de obtenção de idades absolutas. Calculadas a partir de taxas naturais de decaimento de elementos radioativos, presentes como traços em rochas e materiais. Datações absolutas para amostras de rochas ígneas são normalmente obtidas através da determinação de quantas meias–vidas de um elemento radioativo pai se passaram desde que a amostra original se cristalizou. Uma meia–vida é o tempo gasto para que a metade de um elemento-pai radioativo decaia para um elemento–filho estável. Meia Vida 15 Transformação de átomos instáveis em átomos estáveis Ex.: 1- 1.000.000 Átomos pai depois de uma meia vida terá 500.000 pai e 500.000 filhos (estáveis) 1 - 500.000 Átomos pai depois de mais uma meia vida terá 250.000 pai e 750.000 filhos (estáveis) 2 - 250.000 Átomos pai depois de uma meia vida terá 125.000 pai e 875.000 filhos (estáveis) Sabendo o valor da maia vida e a razão pai-filho calcula-se a idade do que se deseja. TECTÓNICA GLOBAL /03/2012 Prof. Patrício Pires – [email protected] Introdução 17 O conceito de movimento continental não é novo. Os mapas mais antigos, mostrando a semelhança entre a costa leste da América do Sul e a costa oeste da África, forneceram a primeira evidência de que os continentes poderiam uma vez estar unidos e, posteriormente, terem se separado. Mapa Mundi 18 Evidências 19 Introdução 20 Alfred Wegener recolheu evidências geológicas e paleontológicas para demonstrar que os continentes atuais estiveram unidos em um supercontinente chamado Pangéia (Pan= todo, Gea= Terra). PANGEA, durante o período Triássico Wegener não conseguiu explicar como os continentes se moviam e a maior parte dos geólogos ignorou suas ideias. Alfred Wegener (Alemão), 1912 Evidencias peleontológicas 21 Mas como os continentes se moviam? Introdução 22 A hipótese da deriva continental foi ressuscitada durante os anos de1950 A presença de múltiplos pólos norte magnéticos em lugar de apenas um, como há hoje. (Estudos PALEOMAGNÉTICOS) Esse paradoxo foi resolvido construindo-se um mapa hipotético e movendo os continentes em diferentes posições, tornando os dados paleomagnéticos consistentes com um único pólo norte magnético. 23 Na segunda guerra submarinos no pacífico detectaram sinais magnéticos em forma de lista no fundo do mar. O tempo para uma reversão se completar é entre 103 e 104 anos 24 Campo Magnético terrestre Paleomagnetismo 25 Curvas de deriva polar para a América do Sul e África e reconstrução desses continentes, com a justaposição de parte dessas curvas. Entre 200 e 130 milhões de anos atrás as curvas começam a divergir porque os dois continentes migraram independentemente. 26 Movimento do pólo magnético norte ao redor do pólo geográfico durante o período compreendido entre aproximadame nte 69.000 e 45.500 anos atrás Declinação Magnética 27 Teoria da Tectônica de Placas 28 A Teoria da Tectónica de Placas parte do pressuposto de que a camada mais superficial da Terra - a litosfera - está fragmentada em várias placas de diversas dimensões que se movem relativamente umas às outras, sobre um material viscoso, mais quente. As placas denominam-se placas litosféricas ou tectónicas e as zonas de contacto entre elas são geralmente regiões geologicamente activas, designadas por fronteiras ou limites de placa. A expansão do assoalho oceânico tem sido confirmada pela datação radiométrica das rochas nas ilhas oceânicas. Tal datação revela que a crosta oceânica torna-se mais velha à medida que se distancia das cadeias que se expandem. 29 A Teoria da Tectónica de Placas estabelece que, ao contrário do que pensava Wegener, não são os continentes que se movem mas sim as placas litosféricas. Nas fronteiras das placas denominadas por dorsais, é criada nova litosfera oceânica que depois pode ser consumida nas zonas de subducção, no limite oposto dessas placas. O motor do movimento relativo das placas é o calor interno da Terra que é transferido até à superfície através de células de convecção que se situam na astenosfera. Estrutura interna da terra 30 Teoria da Tectônica de Placas 31 32 Teoria da Tectônica de Placas 33 Placas Tectónicas 34 Tipos de limites de placas litosféricas Limites Divergentes: as placas se afastam e forma uma nova crosta (meso-oceânicas). Ex.:*Islandia Limites Convergentes: Colisão das placas. A mais densa mergulha, zona de intenso magmatismo da fusão da placa que mergulhou. Ex.: Placa Pacífica Limites Conservativos: As placas deslizam lateralmente uma em relação a outra. Ex.: Falha de San Andreas ( A região da California onde fica de Los Angeles se desloca para o norte em relação a placa Norte-Americana que contém a cidade de San Francisco. Tipos de limites de placas litosféricas 35 Placas Tectónicas 36 Os números representam as velocidades em cm/ano entre as placas, e as setas, os sentidos do movimento. 37 38 Teoria da Tectônica de Placas 39 Andes 40 Placas divergentes 41 42 43 44 45 Teoria da Tectônica de Placas 46 47 48 49 50 1. 51 2. 3. 4. O primeiro estágio envolveu a separação da América do Norte da África durante o Triássico Superior. O segundo estágio envolveu a separação da Antártica, Índia e Austrália da América do Sul e África durante o Jurássico. A Índia rompeu-se da ainda unida grande massa de terra Antártica e Austrália. Durante o terceiro estágio, que começou no Jurássico Superior, a América do Sul se separou da África, enquanto a Europa e a África começaram a convergir. No último estágio, durante a Era Cenozóica, a Groenlândia se separou da América do Norte e da Europa. 52 Evidencias geológicas da geleiras. Ferro no EUA. Estrias e grandes blocos do sudeste do Brasil Pedra da Gávea 53 54 55 Grau geotérmico 56 Gg: Taxa na qual a temperatura aumenta com a profundidade. O Gg é variável (regional) Gg: temperatura (oC) / profundidade Importância: Obras subterrâneas (túneis); Exploração Mineral; TERREMOTOS /03/2012 Prof. Patrício Pires – [email protected] 58 A distribuição dos vulcões e dos sismos à superfície da Terra não é feita de uma forma aleatória. Compara as duas figuras que aqui vês. Qual é a relação entre a distribuição das placas tectónicas, que podes observar na página seguinte, e a dos sismos e vulcões na Terra? Vulcões 59 Sismos 60 61 62 Terremotos são vibrações da Terra causadas pela súbita liberação de energia, normalmente, ao longo de uma falha. A teoria do rebote elástico sustenta que a pressão cresce em rochas em lados opostos de uma falha até que a resistência das rochas é excedida e a ruptura ocorre. Quando as rochas rompem, a energia armazenada é liberada e elas voltam para a sua posição original. 63 Aproximadamente 80% de todos os terremotos ocorrem no cinturão do Pacífico; 15% no cinturão Mediterrâneo-Asiático; 5% principalmente no interior das placas ou ao longo dos sistemas da cadeia oceânica em expansão. Efusiva 64 Efusiva: Emissão lenta de lavas em forma de escoadas. Os magmas são essencialmente fluídos e os gases libertam-se suavemente. Cones em geral baixos e de vertentes suaves. O vulcão Mauma Loa é um exemplo deste tipo de erupção. Explosiva 65 Projecção de grandes quantidades de materiais sólidos. Os magmas são viscosos e os gases libertam-se de forma violenta e em algumas situações formam-se nuvens ardentes. Cones de piroclastos, em geral altos e com vertentes íngremes. Por vezes ocorrem domas ou agulhas. O vulcão Monte de St. Helens nos EUA é um exemplo deste tipo de vulcanismo. Mista 66 Alternância de explosões violentas e emissão lenta de lavas. O cone tem camadas alternadas de piroclastos e lava solidificada. O vulcão Etna na Itália é um exemplo deste tipo de vulcanismo.