08/11/2011 - Hospital no interior de SP faz implante de íris artificial

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Programa de Informações Médicas UD
Esta é uma cortesia, cópia de matéria publicada no jornal
“Folha de S. Paulo”.
Hospital no interior de SP faz implante de íris artificial
Prótese melhora a visão de quem nasce sem o disco colorido do olho
Segundo médico, jovem de Andradina, SP, é a primeira no
país a receber implante alemão de silicone
Aos três anos, Patricia Neves de Souza, de Andradina (627 km de São Paulo), foi
diagnosticada com aniridia. A doença congênita é rara e caracterizada pela falta da íris nos olhos.
A pessoa enxerga como quem tem a pupila dilatada em visita ao oftalmologista.
Agora, aos 21 anos, Patricia está enxergando bem. Segundo o médico Carlos Gabriel
Figueiredo, ela é a primeira paciente, no Brasil, a receber um tipo de íris artificial importado da
Alemanha. Especialistas ouvidos pela reportagem, no entanto, têm dúvidas se esse é mesmo o
primeiro caso.
Figueiredo, professor da Faculdade de Medicina do ABC e responsável pela cirurgia, diz
que a grande quantidade de luz que entra nos olhos de quem tem o problema causa muito
desconforto.
No caso da jovem, havia outros agravantes. Ela também tinha um alto grau de miopia 5,5
graus no olho direito e oito no esquerdo, e catarata congênita. Não conseguia assistir a aulas ou
atravessar a rua sozinha.
As cirurgias corretivas foram feitas no D'Olhos Hospital Dia, em São José do Rio Preto
(438 km de SP).
Além da implantação da íris, foi feita uma operação de catarata, com a colocação de uma
lente intraocular, que corrigiu também a miopia. "Eu tinha receio de sair de casa. Agora posso
sair mais e sozinha", conta Patricia.
A íris artificial de silicone é desenhada como a natural, diz o oftalmologista. Mas ela não se
movimenta para regular a entrada de luz.
Uma íris natural se mexe para abrir e fechar a pupila: se está escuro, a pupila fica maior,
para entrar mais luz. Se está claro, é o inverso.
A versão artificial desenha uma pupila média (3 mm), que serve para os dois tipos de
iluminação. A paciente ainda pôde escolher a cor: azul.
O implante importado da fábrica Human Optics, na Alemanha, custou 2.900 euros (cerca
de R$ 7.000) cada um. Segundo Figueiredo, não há registro de efeitos colaterais com a prótese.
O médico afirma que há outros implantes no mercado, mas de material diferente, com o
acrílico.
Alguns requerem uma incisão maior na hora da cirurgia, além de não terem um aspecto
tão natural como a alemã.
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OUTROS TRATAMENTOS
O oftalmologista José Álvaro Gomes, da Unifesp, diz que a ausência de íris não é o maior
problema da aniridia. "É a baixa visão por outros motivos, catarata, glaucoma e alteração do
nervo óptico."
Os pacientes vão perdendo as células-tronco que regeneram a superfície da córnea ao
longo da vida, o que prejudica a visão.
O tratamento é o transplante de células-tronco. "A íris artificial melhora a visão, mas é
mais importante tratar a catarata e o problema das células-tronco."
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