BOLETIM CITRÍCOLA UNESP/FUNEP/EECB Setembro nº 18/2001 MANEJO DO SOLO E PLANTAS DANINHAS NA CITRICULTURA: DA IMPLANTAÇÃO À REFORMA DE POMARES Fernando Eduardo Amado Tersi EECB Fernando Eduardo Amado Tersi Manejo do solo e plantas daninhas na citricultura: da implantação à reforma de pomares Jaboticabal Funep 2001 Copyright ©: Fundação de Estudos e Pesquisas em Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia - Funep Impressão e acabamento: Funep Tersi, Fernando Eduardo Amado t 331m Manejo de solo e plantas daninhas na citricultura da implantação à reforma de pomares. Jaboticabal: Funep, 2001 34p; 21cm. -- (Boletim Citrícola) 1. Citros-Manejo do solo. 1. Titulo CDU - 631.4: 634.3 Ficha catalográfica elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação - Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação 2001 Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão punidos na forma da lei. FUNDAÇÃO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA - Funep Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n 14884-900 - Jaboticabal - SP Tel.: (16) 3203-1322 / Fax: (16) 3203-2852 Home Page: http://www.funep.com.br Manejo do solo e plantas daninhas na citricultura: da implantação à reforma de pomares. Autor : Fernando Eduardo Amado Tersi, nascido em 1967, é Engenheiro Agrônomo pela ESALQ-USPPiracicaba, Mestre e Doutor em Agronomia pela FCAVUnesp-Jaboticabal e Especializando em Administração de Empresas pela FEA-USP-Ribeirão Preto. ÍNDICE 1. Introdução.................................................................1 2. Impacto do manejo de solo no custo de produção....2 3. Preparo do solo na implantação de pomares..........5 4. Manejo do solo e de plantas daninhas na condução de pomares................................................................11 4.1. Alguns trabalhos sobre manejo de solo reali zados em citros................................................11 4.2. Um trabalho de longa duração em manejo de solo e plantas daninhas em citros em São Paulo...............................................................15 4.2.1. Tratamentos testados...................................15 4.2.2.Principais resultados obtidos....................19 4.2.2.1. Desenvolvimento....................19 4.2.2.2. Produtividade...........................19 4.2.2.3. Análises químicas de solo e de plantas.....................................21 4.2.2.4. Qualidade do suco produzido.23 4.2.2.5. Influência dos tratamentos nas características físicas do solo..24 5. Preparo do solo em replantas.................................29 5.1. Replantar ou reformar: uma decisão estratégica e financeira................................................................29 5.2. Manejo de solo em replantas..................................30 6 Conclusões................................................................31 7. Literatura citada......................................................32 8. Agradecimentos..........................................................34 1 1. Introdução O Brasil ocupa posição de destaque no negócio citrícola mundial, pois apresenta a maior produção de laranja e a maior exportação de suco cítrico congelado concentrado. O Estado de São Paulo detém cerca de 85% da produção citrícola do país, e entre os produtos vegetais, a laranja encontra-se em terceiro lugar em área agrícola ocupada no estado, com aproximadamente um milhão de hectares, e o segundo lugar em renda bruta, com exportações de suco e derivados que vêm atingindo mais de US$ 1,0 bilhão/ano (NEVES et al., 1992). A citricultura brasileira cresceu e tornou-se a maior do mundo alicerçada na capacidade de trabalho e articulação de toda a cadeia produtiva, representada por citricultores, indústria, pesquisadores, técnicos, cooperativas, revendas, trabalhadores rurais e transportadores. A capacidade de trabalho das pessoas envolvidas na citricultura nacional é tamanha, que mesmo nos momentos de crises de preços baixos, o setor soube encontrar os caminhos necessários para contornar as dificuldades com muita criatividade. O cultivo de cítricos no país apresenta inúmeras vantagens comparativas em relação a seus concorrentes internacionais, devidas principalmente a não obrigatoriedade de irrigação, ausência de fortes geadas ou mesmo grandes limitações físicas de solo, como má drenagem, ou químicas de solo, como salinidade ou sodicidade. Apesar disso, a produtividade cítrica brasileira ainda é muito baixa, ao redor de 2,0 caixas/planta. 2 Os motivos dessa baixa produtividade dos pomares brasileiros estariam relacionados a: existência de alta proporção de pomares que ainda não atingiram plena produção ou encontram-se com produção marginal; espaçamento muito largo; falta de tratamentos fitossanitários; adubação e correção de acidez do solo inadequadas; incidência do declínio e praticas culturais inadequadas (MALAVOLTA & VIOLANTE NETO, 1998). Um correto manejo químico e físico do solo é fator condicionante para obtenção de produtivedade cítrica economicamente viáveis, na medida em que o uso inadequado do solo pode resultar no comprometimento de sua capacidade produtiva. Este trabalho tem como objetivo principal indicar os métodos de manejo de solo e plantas daninha que melhor se adequam, na atualidade, à implantação, à condução e ao replantio de pomares cítricos. 2. Impacto do manejo de solo no custo de produção O manejo do solo apresenta um baixo impacto direto no custa de produção de pomares cítricos. Como a citricultura destina a maior parte de sua produção à exportação, e os contratos de venda de frutas são efetuados, na sua maior parte, em dolar americano, a orçamentação e o acompanhamento dos custos de produção de citros são normalmente efetuados também em dólar. O custo de produção para pomares já implantados, encontra-se, em média, para as condições do Estado de São 3 Paulo, ao redor de um mil dólares por hectare. A distribuição desses custos em cada conta encontra-se relacionada na Tabela 1. Na Figura 2 pode ser verificado que dentro conta insumos a maior parte refere-se a defencivos agrícolas, com serca de 13% do custo total de produção, seguidos de fertilizantes de solos e foliares, com 11% do custo total de produção, e herbicidas, com 2% do custo de produção. Figura 1. Exemplos de distribuição percentual dos custos de produção de citros, de uma fazendo de produção, na região centro/norte do Estado de São Paulo. Figura 2. Exemplo de distribuição percentual dos custos de insumos em uma área de produção de citros, de uma fazenda em produção, na região centro/norte do Estado de São Paulo. 4 O custo de manejo de plantas daninhas em pomares implantados é obtido somando-se os valores de mão-de-obra aos de herbicidas e aos custos de hora-máquina (custos diretos + depreciação) dos equipamentos utilizados. Um resumo destes valores é apresentado na Tabela 1, que simula o custo de utilização de diversos métodos de manejo de solo e plantas daninhas com sua respectiva freqüência anual de uso. Pode-se notar, avaliando-se os dados da Tabela 1, que o uso apenas de roçadeira, com uma freqüência de 4 vezes durante o ano agrícola, vai ocasionar o maior custo de manejo de plantas daninhas em pomares implantados; a gradeação, também com uma freqüência de 4 vezes durante o ano agrícola, tem o menor valor direto no custo, e o uso de herbicida, um valor intermediário no custo total de manejo e plantas daninhas. Apesar das diferenças no custo de produção de cada modalidade de manejo indicada na Tabela 1, cabe ressaltar que, para um custo total de produção de um mil dólares, a escolha de qual método de manejo a ser adotado terá um baixo impacto no custo global de produção. A escolha de um ou outro método de manejo de solo representará uma redução de no máximo 48 dólares por hectare quando se compara o maior valor, obtido pela roçadeira cruzada, com o menor valor, representado pela grade cruzada, o que indica, com certeza, que a escolha do método de manejo de plantas daninhas deve sempre ocorrer pela possibilidade de outros retornos, tais como produtividade, proteção do solo, etc., e não pelo custo do método em si. 5 Tabela 1. Custo em dólares/hectare de vários métodos de manejo de plantas daninhas utilizados em pomares em produção. Método (número de aplicações/ano agrícola) Custo Índice valor (US$/ha) Roçadeira cruzada ( 4 ) 88 100 Herbicida na linha (2) + Roçadeira na entrelinha (4) 76 86 Rotativa na linha (2) + Grade na entrelinha (4) 70 79 Herbicida na linha (2) + Grade na entrelinha (4) 60 68 Carpa em faixa sob a copa das plantas (4) 60 68 Herbicida em área total (2) + Herbicida na entrelinha(1) 46 52 Grade cruzada (4) 40 45 3. Preparo do solo na implantação de pomares Os maiores investimentos em manejo do solo, para reduzir eventuais camadas compactadas do solo e incorporar corretivos e fertilizantes fosfatados ao solo, devem ocorrer na implantação dos pomares. É na implantação que ocorrem, normalmente, as maiores falhas de manejo químico e físico dos pomares cítricos. Essas falhas de implantação, na maioria das vezes, são de difícil solução, e a minimização de seus efeitos é normalmente muito cara para os citricultores. As principais falhas que ocorrem na implantação, que devem ser evitadas, são as seguintes: • plantio de pomares cítricos logo após a retirada de outros pomares; • preparo superficial do solo; • inversão de operações; 6 • incorporação rasa de calcário; • ausência de aplicação de fertilizante fosfatado no sulco de plantio; • ausência de descompactação das paredes e do fundo do sulco de plantio; • plantio da muda cítrica muito fundo no sulco de plantio; Algumas vezes, no decorrer do processo de produção de cítricos, as decisões indicadas pelos técnicos que trabalham no setor são deixadas pelos produtores/empresários em segundo plano, e opta-se por uma decisão de reforma que leva em conta aspectos eminentemente econômico-financeiros de mercado. A retirada de pomares velhos e o plantio de novas mudas logo em seqüência, em alguns casos, pode ser uma decisão acertada do ponto de vista estratégico para o negócio, devido a uma maior precocidade no retorno de uma determinada área em produção de frutos cítricos; apesar disso, o plantio seqüencial de pomares tem ocasionado fracassos recorrentes em termos de produção das plantas, devido à elevada incidência de gomose, larvas e nematóides nas raízes das mudas novas em muitos áreas onde se efetuou o plantio logo após a retirada de plantas adultas. Para minimizar os efeitos negativos de plantios seqüenciais é muito recomendável o plantio de adubos verdes em área total ou culturas anuais por pelo menos um ano agrícola. 7 O preparo superficial do solo na implantação pode ser facilmente resolvido quando se utilizam, no preparo, equipamentos que trabalham a uma profundidade de no mínimo 30 cm. A maioria das empresas produtoras de cítricos em São Paulo tem trabalhado com o uso de arados. Os arado de disco e de aiveca devem ser utilizados no preparo do solo, inclusive para a incorporação inicial de calcário. A inversão de operações é a utilização de grade pesada logo após a aração; tal fato causa uma compactação superficial do solo a 20 cm de profundidade, principalmente em solos argilosos, de difícil solução posterior. A inversão de operações é evitada respeitando-se a seguinte seqüência de preparo convencional do solo: grade pesada, aração, grade leve. É importante ressaltar que as plantas daninhas ajudam muito na conservação do solo e podem ser manejadas no pré-plantio, após a seqüência convencional preconizada de manejo do solo, de várias outras formas, excluindo-se facilmente o uso grade, por meio da utilização de herbicidas na faixa de plantio ou roçadeiras, com sulcação direta em cima da palha dessas plantas daninhas. A fase de implantação dos pomares é o momento ideal de incorporação profunda de corretivos no solo. Em observações de campo através da abertura de trincheiras de 1,0 metro de profundidade, no sentido perpendicular às linhas de plantio, é muito comum obervar-se a restrição do desenvolvimento do sistema radicular, principalmente em solos álicos corrigidos superficialmente (Foto 4), indicada pela presença de pouco volume de raízes em profundidade, quando comparada à avaliação do 8 sistema radicular em trincheiras localizadas em solos eutróficos (Foto 3), de maior fertilidade natural, ou que receberam correção e fertilizante fosfatado em boa quantidade e maior profundidade. A descompactação do fundo do sulco é outro item muitas vezes esquecido em condição de campo. A descompactação é facilmente efetuada por subsoladores de três hastes, posicionando-se uma haste no fundo do sulco e duas outras hastes nas paredes laterais do sulco. Outros equipamentos mais pesados, e que, portanto, necessitam de tratores de maior potência para tracionamento, também podem ser construídos para tal finalidade; um modelo desse equipamento pode ser visto na Foto número 2. Foto 1. Grade pesada: sua utilização deve seguir, normalmente a seqüência de preparo: grade pesada-aração-grade leve. (foto do autor). Foto 2. Equipamento “pesado” para incorporação de fertilizante fosfatado e descompactação das paredes e fundo do sulco de plantio (foto do autor). 9 Foto 3: Ocupação de raízes de maneira intensa ao longo do perfil de solo com boa fertilizade natural. (foto: Cambuhy Agrícola). Foto 4: Ocupação de raízes de laranjeiras de maneira insuficiente ao longo do perfil do solo. (foto: Cambuhy Agrícola). Foto 5: Manejo de solo correto no momento da sulcação. Observar presença de palhada na área de plantio (foto : autor). 10 Foto 6 : Sulcos de plantio já estaqueados, prontos para receber a muda cítrica (foto: autor). Foto 7: Manejo de solo incorreto imediatamente após o plantio = pé-de-grade com erosão próxima à muda cítrica. 4. Manejo do solo e de plantas daninhas na con dução de pomares 4.1. Alguns trabalhos sobre manejo de solo reali zados em citrus Um dos trabalhos pioneiros sobre manejo de plantas daninhas em citros foi efetuado por RODRIGUEZ (1969), que estudou os efeitos na produtividade de uma laranjeira Hamlin, dos seguintes tratamentos: solo vegetado com plantas daninhas, solo com adubação verde e plantas daninhas ceifada na águas e limpo na seca. O autor concluiu que as maiores produções foram obtidas para o tratamento que mantinha o solo sem a interferência de plantas daninhas na 11 seca, mas com adubação verde de feijão-guandu e sojaperene na época das chuvas. Além dos efeitos na produtividade das plantas cítricas é importante a observação dos efeitos de cultivos em outros parâmetros, pois cultivos inadequados e intensivos contribuem para a degradação das propriedades físicas do solo e podem gerar uma camada compactada. Essas camadas podem restringir o desenvolvimento do sistema radicular, além da diminuição da infiltração de água no solo, deixando-o susceptível à erosão. Para a cultura dos citros as principais causas de compactação do solo são o uso de máquinas e implementos agrícolas com o solo úmido ou encharcado, o excesso de operações mecânicas que ocasionam a desestruturação física do solo e a inversão de operações na implantação da cultura, representadas, por exemplo, pela utilização de grades pesadas após aração ou subsolagem que poderiam causar, principalmente em solos de textura argilosa, uma compactação inicial de difícil solução posterior (TERSI & ROSA, 1995). A utilização de subsolagem, para quebra de camadas compactadas, em pomares cítricos em produção (foto 08 e 09) tem sido cada vez menos recomendada e de uso extremamente restrito. A subsolagem na entrelinha da cultura, além de exigir tratores de elevada potência, por ser necessária sua realização no período seco do ano, descompacta uma área que 1 ou 2 anos depois possui os mesmos valores de densidade do solo que possuía antes da subsolagem. O subsolador deve ser utilizado no sulco de plantio, na reforma 12 de algumas áreas e no preparo do solo em replantas, conforme será discutido posteriormente. Foto 8. A utilização de subsolagem requer tratores de elevada potência. (foto: autor). Foto 9. Tipo de blocos compactados levantados da região do rodado das plantas após a subsolagem (foto: autor). Objetivando a avaliação dos efeitos de diferentes sistemas de manejos do solo sobre a produtividade de um pomar de laranja Pera (Citrus sinensis(L.) Osbeck), VASCONCELLOS et al. (1976) procederam a ensaio com seis tratamentos listados a seguir: capina manual, cobertura morta com palha de capim-colonião, controle químico, gradagem, cobertura morta permanente de Pueraria javanica Benth e cobertura permanente verde de Centrosema pubescens Benth. Concluíram que o manejo com gradagem proporcionou maior produtividade, seguido do tratamento cobertura morta; frutos mais pesados foram obtidos no tratamento com cobertura morta. 13 A superioridade da cobertura morta em relação a outros oito tratamentos com grades de disco, adubos verdes, aração e roçada foi demonstrada em experimentos realizados na Estação Experimental de Limeira, citados por CAETANO (1980); o autor considera a cobertura morta como uma opção de não cultivo antieconômica e inviável, pela grande massa de cobertura morta que exigiria numa citricultura de grandes áreas. Em um experimento de 5 anos de duração com a variedade Valência, JORDAN (1981) estudou os efeitos da interferência de espécies de plantas daninhas e concluiu que as plantas, sem a interferência do mato, produziram uma média de 70 kg de fruto/planta/ano. A maior competição do mato resultou em menor produção. Quando não houve controle do mato e havia Cynodon dactylon infestando a área, a produção chegou a 15 kg de fruto/planta/ano. No período de 1982 a 1985, DONADIO et al. (1986) realizaram um ensaio de tratos culturais com a variedade Hamlin, utilizando os tratamentos capina, herbicida de contato, adubação verde, herbicida de pré-emergência e gradeação. Concluíram que o tratamento herbicida de préemergência foi o que proporcionou o maior crescimento de diâmetro do tronco e maior produção. O pior resultado obtido com relação à produção foi o tratamento com adubação verde, seguido dos tratamentos capina e gradeação, embora afirmassem que os dados fossem ainda preliminares. 14 O teor de nitrogênio e a umidade dos frutos podem ser reduzidos, de acordo com JORDAN (1992), quando as plantas daninhas são deixadas crescer no pomar, especialmente quando a quantidade utilizada pelas últimas não é compensada. O decréscimo do nível de N e o déficit de umidade resultam em folhas cloróticas e de fotossíntese reduzida. Estudando os efeitos de diversos métodos de manejo de plantas daninhas para a variedade cítrica Valência, TERSI (1996) concluiu que apenas na quarta safra avaliada houve redução de produção no tratamento com menor controle de plantas daninhas em relação aos tratamentos herbicida na linha e grade na rua e herbicida na linha e roçadeira na rua. Os autores Montenegro (1951) e Moreira (1983), citados por MOREIRA (1985), estudaram os sistemas radiculares das laranjeiras Baianinha e Pera-Rio e encontraram, nos primeiros 30 cm do solo, mais da metade das radicelas que alimentam a planta. Verificaram ainda que em todas as árvores estudadas a quantidade de radicelas foi maior na profundidade de 0 a 15 cm e que diminuía nos 15 cm seguintes. Com relação à distância dessa distribuição em relação ao tronco, todas as radicelas foram encontradas uniformemente distribuídas até uma distância de 3,5 m. O autor concluiu que há numerosas razões para que o manejo de solo mais adequado fosse aquele que possibilitasse o menor corte de radicelas possível, excluindo-se, portanto, a utilização intensa de gradeações. 15 Estudando a distribuição de radicelas pelo “método do trado”, GUSMÃO (1984) concluiu que 70% das radicelas encontravam-se nos primeiros 15 cm do solo e que cerca de 75% dessas radicelas se situavam até 160 cm do tronco. O autor não detectou diferenças significativas nas quantidades de radicelas nos tratamentos com vários herbicidas testados quando comparados à testemunha (capina manual). A distribuição do sistema radicular da planta cítrica e, especialmente, das radicelas ativas na nutrição mineral é muito importante para que se interpretem respostas da planta cultivada a processos mecânicos de controle de plantas daninhas, os quais, invariavelmente, mobilizam parcialmente o solo (TUCKER & SINGH (1987)). 4.2. Um trabalho de longa duração em manejo de solo e plantas daninhas em citros em São Paulo 4.2.1. Tratamentos testados Com o objetivo de avaliar diversos métodos de manejo do solo e de plantas daninhas em um pomar de laranjeira Valência, TERSI (2001) realizou um experimento, implantado em 1993 e conduzido até 2000, num pomar de laranjeira Valência, plantado em 1991, tendo como portaenxerto o limoeiro Cravo e espaçamento de 7,5 metros entre linha e 5,0 metros. O solo da área experimental foi classificado como Argissolo Vermelho Amarelo, distrófico, típico. O delineamento experimental foi em blocos, com quatro repetições. 16 Os tratamentos testados foram os seguintes: • Herbicida na linha e roçadeira na rua: o herbicida utilizado em todos os tratamentos foi o glyfosate aplicado em pósemergência, na dose de 1,68 kg de ingrediente ativo/ha, aplicado com barra própria acoplada a um trator de 75 cv. A barra possibilitou a obtenção de uma faixa tratada de dois metros e dez centímetros de cada lado da planta, e consumo de calda de 250 litros de água por hectare. A roçadeira utilizada em todos os tratamentos foi a dupla, com dois conjuntos de facas, que trabalhou a uma largura de faixa de três metros. • Roçadeira na linha e roçadeira na rua: o trator caminhava inicialmente no sentido lateral à linha de plantas e depois perpendicularmente entre plantas, com o objetivo de possibilitar o maior controle possível das plantas daninhas, tanto da rua, quanto da linha. • Herbicida na linha e grade na rua: a grade utilizada em todos os tratamentos tinha controle hidráulico de profundidade de trabalho e 2 eixos com 13 discos recortados de 18 polegadas de diâmetro cada, e trabalhava a numa profundidade média de 10 cm. • Grade na linha e na rua : as gradeações foram iniciadas paralelamente às linhas de plantas e a seguir perpendicularmente a estas, possibilitando um controle parcial das plantas daninhas entre plantas. • Rotativa na linha e grade na rua: a rotativa possuía uma largura de corte de 1,6 metro na linha da planta, com 16 facas dispostas em dupla, de 6 polegadas de diâmetro cada, e trabalhava lateralmente ao trator, à profundidade média de 5,0 cm. 17 • Herbicida na linha e na rua: o caminhamento da barra era iniciado pelo controle na linha e depois na rua, devido à inexistência, na propriedade, de equipamento que possibilite as duas operações conjuntamente. • Testemunha: neste tratamento a única atividade de controle foi a retirada de plantas daninhas de hábito trepador, quando necessário, pelo uso de enxada, direcionando-se o controle especificamente para plantas daninhas de hábito trepador . Foto 10. Colheita de frutos cítricos com excesso de população de plantas daninhas (foto: autor). Foto 11. Equipamento nacional de aplicação de herbicida em área total (foto: autor). 18 Foto12. Equipamento americano de aplicação de herbicida em pós-e pré-emergência com sensor (foto: autor). Foto 13. Poeira gerada por rotativa com o solo seco (foto: autor). Foto 14. Grade: Implemento que, associado com excesso de uso e alta umidade do solo, é excelente para a compactação do leito de estradas (foto: autor). 4.2.2. Principais resultados obtidos 4.2.2.1. Desenvolvimento As plantas cítricas apresentaram-se pouco susceptíveis a alteração da altura pela influência dos tratamentos empregados. Na Figura 3 pode-se constatar que há estreita 19 proximidade entre as médias dos valores encontrados em cada tratamento, não havendo diferenças estatisticamente significativas entre os tratamentos em nenhuma das safras avaliadas. Figura 3. Efeito dos tratamentos no desenvolvimento 4.2.2.2. Produtividade A competição das plantas daninhas com as plantas cítricas não foi muito evidente até o terceiro ano da implantação do experimento. A influência das plantas daninhas em termos de redução da produtividade começou a ocorrer três anos após a implantação do experimento e mostrou-se crescente até a sétima safra. Na sétima safra avaliada, quando as condições de clima em São Paulo foram extremamente favoráveis para a cultura, a testemunha apresentou produtividade semelhante à dos demais tratamentos, conforme ilustrado na Figura4. Os dados acumulados das sete safras avaliadas no experimento são apresentados no Figura 5. Pode-se avaliar que, apesar de não ter havido diferenças significativas entre os tratamentos, o tratamento herbicida e roçadeira apresentou o maior valor acumulado de produção de cítricos. Isso evidencia que é plenamente possível a obtenção de produtividade 20 cítrica elevada sem a necessidade de uso dos equipamentos grade e rotativa, que mobilizam superficialmente o solo. Figura 4. Evolução da produtividade das plantas Produção Acumulada(kg) - sete safras 900 807 a 782 a 800 745 a 723 a 715 a 712 a 700 581 b 600 ha a em st Te R ot x un gr G ra x G ra X b H er H er b x G ra H er b 500 Figura 5. Produtividade acumulada de sete safras Um outro dado importante sobre a produção de frutos cítricos é o conhecido efeito da “alternância de produção”, efeito este que independe do produtor ou do técnico que conduz a propriedade cítrica e que está relacionado com a fisiologia da planta cítrica e o ano agrícola. O efeito da alternância de produção é bastante evidente nas variedades cítricas tardias Valência e Natal, não irrigadas, que normalmente não repetem uma elevada produção de frutas todos os anos. O efeito da alternância de produção foi evidenciado no 21 experimento após a safra 95/96, quando as plantas cítricas entraram em produção plena, e foi significativo a 1% de probabilidade e encontra-se apresentado na Figura 6. Pro d utiv id ad e: efeito da id ad e e altern ân cia 180 161.9 160 129.09 Produção ( kg/planta) 140 117.4 105.62 100.09 120 100 61.88 80 47.63 60 40 20 0 9 3 /9 4 9 4 /9 5 9 5 /9 6 9 6 /9 7 9 7 /9 8 9 8 /99 9 9 /0 0 Figura 6. Efeito da alternância de produção, após a safra 95/96, na produtividade global média do experimento. 4.2.2.3. Análises químicas de solo e de plantas Os equipamentos grade e rotativa, que mobilizam o solo e que deixam o solo mais susceptível à erosão e a disseminação de pragas e doenças no talhão, não contribuíram para um aumento de fósforo e cálcio nas camadas mais superficiais do solo, diferentemente de outros autores que constataram maiores teores de fósforo na camada superficial de solos submetidos aos sistemas de preparo reduzido e plantio direto em relação ao sistema convencional (CENTURION, 1985; DE MARIA & CASTRO, 1993). Os valores de alguns atributos de solo avaliados são apresentados no Figura 7, onde é ilustrado que os valores de percentagem de saturação por bases não apresentaram diferenças estatisticamente significativas, com exceção da pro 22 fundidade de 0-10 cm na projeção da copa, entre os tratamentos para as profundidades avaliadas, indicando que os tratamentos não tiveram efeito significativo na incorporação do calcário aplicado anualmente no experimento. Figura 7 de saturação por bases na projeção da copa As análises químicas das folhas mostraram que os teores dos macronutrientes fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre não apresentaram diferenças estatisticamente significativas entre os tratamentos testados. Isso demonstrou que a incorporação do corretivo e do fertilizante N-P-K, aplicados na superfície do solo por meio dos tratamentos grade na linha + grade na rua e rotativa na linha + grade na rua, não incrementou os níveis foliares de P, K, Ca e Mg aplicados, conforme pode ser verificado na Figura 8. Os menores valores foliares de nitrogênio foram encontrados para os tratamentos-testemunha, devido à elevada competição exercida pelas plantas daninhas, e para o tratamento roçadeira na linha + roçadeira cruzada, que apresenta sempre plantas daninhas em desenvolvimento imediatamente após o término do controle. 23 Figura 8. Teores foliares de macronutrientes 4.2.2.4. Qualidade do suco produzido Os índices tecnológicos não apresentaram influência pelo efeito das tratamentos testados. Houve uma tendência de maior quantidade de sólidos solúveis por caixa de laranja da variedade Valência, e, portanto, uma menor quantidade de caixas necessárias para realizar uma tonelada de suco concentrado quando as frutas foram colhidas no mês de dezembro, com maior acúmulo de brix, menor acidez e maior “ratio” . 4.2.2.5. Influência dos tratamentos nas caracterís ticas físicas do solo A análise dos resultados da distribuição do tamanho dos agregados indicou que houve um maior percentual de agregados, para todos os tratamentos, para agregados grandes, maiores que 4,0 mm. 24 A determinação da distribuição do tamanho dos agregados no solo é importante, pois a sua dimensão dá uma idéia da susceptibilidade deste à erosão e também quanto ao espaço poroso dos solos cultivados. O tamanho dos poros afeta o movimento de distribuição da água e do ar no perfil do solo, que se constitui, entre vários fatores, num do mais importantes para o desenvolvimento das plantas (SCHOSSER, 1992) Pode-se verificar, pelos dados apresentados no gráfico 09, que houve redução no percentual de agregados maiores que 4,0 mm para o tratamento rotativa na linha e grade na rua, em relação aos demais tratamentos mais conservativos de solo, em relação ao impacto da água de chuva e posterior desagregação do solo, herbicida na linha e roçadeira na rua, roçadeira na linha e na rua e herbicida na linha e herbicida na rua, indicando que o tratamento rotativa “pulverizou” o solo na profundidade de 0-5 cm. Na profundidade de 5-10 cm a redução para o tratamento rotativa não se apresentou significativa. Para o tratamento grade na linha e grade na rua houve uma redução significativa do percentual de agregados maiores que 4,0 mm em relação ao tratamento roçadeira na linha e na rua, indicando que a grade atuou reduzindo o tamanho de agregados maiores que 4,0 mm até a profundidade de 5 a 10 cm. Os valores de densidade do solo apresentaram diferenças estatisticamente significativas apenas na posição da copa das plantas e na profundidade de 0-10 cm. Os valores de densidade apresentaram-se superiores, para todos os tra- 25 tamentos, no rodado e meio de rua quando comparados com os valores encontrados na copa. Resultados semelhantes foram obtidos por Silva et alii, citados por DEMATTÊ & VITTI (1992), que, estudando os atributos densidade, porosidade total, macroporosidade e resistência do solo à penetração de solos sob cultivo de citros, localizados na região de Matão-SP, verificaram que há uma redução da porosidade total e conseqüente aumento da densidade na posição do rodado e da entrelinha. O tratamento rotativa na linha e grade na rua apresentou valor de densidade do solo significativamente superior na posição da copa em relação aos tratamentos roçadeira na rua e roçadeira na linha, herbicida na linha e grade e na rua, grade na linha na rua e testemunha, indicando que o tratamento com rotativa na linha, além de reduzir a quantidade de macroagregados no solo, aumentou a densidade na superfície do mesmo. O tratamento grade cruzada ,no qual se esperava uma maior densidade na profundidade de 0-10 cm na posição da copa que os demias tratamentos, apresentou uma menor densidade de solo que a gerada pela rotativa e herbicida área total. Figura 9. Influência dos tratamentos nos macroagregados do solo 26 Há de se esperar que solos submetidos a cultivo não mantenham as características físicas originais, mas deve-se procurar manejá-los de modo a alterar o mínimo possível essas características, especialmente aquelas que afetam a infiltração e retenção de água, porosidade e agregação (CENTURION, 1988). Foto 15: Efeito do má conservação de solo em pomares (foto: autor). Na citricultura, onde o trânsito de máquinas e implementos é intenso, com mais de 15 operações tratorizadas num mesmo ano (Fotos 16, 17 e 18) agrícola, espera-se que exista redução de porosidade total, principalmente no rodado das máquinas e implementos. Fotos 16 e 17. Exemplos da utilização de equipamentos na citricultura: pulverização tratorizada e aplicação de calcário (foto: autor). 27 Foto 18. Colheita no período chuvoso. O direcionamento do trânsito é fundamental para a redução da compactação (foto: autor) Houve redução na porosidade total no tratamento rotativa na linha e grade na rua na profundidade de 0-10 cm na posição copa, em relação aos tratamentos grade na linha e grade na rua e roçadeira na linha e roçadeira na rua, isso pode ser explicado pela mobilização de solo causada pelas enxadas rotativas, desestruturando superficialmente o solo. Na posição do rodado ocorreu acentuada redução da macroporosidade pelo trânsito de máquinas para todos os tratamentos e nas três profundidades avaliadas, quando comparados à copa, que é uma região de menor trânsito de máquinas e implementos. A importância da macroporosidade refere-se ao fato de que a sua redução, além de provocar redução do sistema radicular das plantas cítricas, pode também diminuir a quantidade de água prontamente disponível no solo, podendo acarretar sensível redução na absorção de nutrientes pelas plantas, mesmo naquelas que estão recebendo uma nutrição adequada (MAZZA, 1994). 28 Figura 10. Efeito dos tratamentos na densidade do solo na profundidade de 10 cm na projeção da copa das plantas. Pelas características dos equipamentos e das demandas de manejo de fertilizantes, tratos culturais e fitossanitários requeridas pela citricultura atual, fica difícil reduzir o trânsito de máquinas na atividade. Restaria ao citricultor as opções de evitar trabalhar com o solo úmido ou encharcado, manter a vegetação no solo e direcionar o trânsito na colheita dos frutos cítricos para minimizar os efeitos nocivos de redução de produtividade que a redução da macroporosidade no rodado e no meio de rua da cultura possam causar. 5. Preparo do solo em replantas 5.1 Replantar ou reformar: uma decisão estraté gica e financeira A mortalidade precoce de plantas cítricas em um talhão ocorre na citricultura paulista e americana (Foto 19) de uma maneira intensa por vários motivos. Os principais fatores estão relacionados à susceptibilidade diferencial dos porta-enxertos, à incidência de declínio, à ocorrência de gomose, à tristeza e ao excesso de umidade no solo devido a má 29 drenagem. A decisão de replantar ou não um determinado talhão deve ser feita de uma maneira muito criteriosa para não gerar perdas de receita ao citricultor no longo prazo. Independentemente da taxa de mortalidade do talhão de 5, 10 ou 15% ao ano, a decisão de replantar deixará o mesmo, num universo de dez anos de safra, com a mesma produtividade, que existia no primeiro ano avaliado. Portanto, um talhão que apresenta uma baixa produtividade, de 500 caixas/hectare, se for anualmente replantado irá ficar com as mesma produtividade ao longo dos dez anos seguintes, conforme ilustrado no Figura 11. Produção de cada safra (caixas/ha) - 5% m ortalidade 1000 900 800 700 Cx/ha 600 R eplantar 500 R eform ar 400 300 200 100 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Ano Figura 11. Evolução da produtividade de um talhão com mortalidade de 5% ao ano, ao longo de 10 safras consecutivas, comparando-se a decisão de replantar com a reforma do talhão inteiro. 5.2. Manejo de solo em replantas Quando o citricultor optar pela decisão de replantar um determinado talhão na propriedade, ele deverá preparar adequadamente o solo que receberá a muda. O uso de 30 subsolador na replanta é fundamental no preparo do solo para replanta (Foto 20). O manejo correto do vão onde a replanta vai ser colocada é o seguinte: • retirada da planta morta; • subsolagem, perpendicular à linha de plantio, do vão; • catação manual de raízes; • sulcação, o mais fundo possível, no sentido perpen dicular a linha de plantio; • aplicação de adubo fosfatado nas paredes e no fundo do sulco; • subsolagem, com subsolador de 3 hastes, das pare des e do fundo do sulco; • plantio raso da muda cítrica. Foto 19. A necessidade de reformar ou replantar pomares é um fenômeno global. Pomares do sul da Flórida (E.U.A) com elevada mortalidade de plantas cítricas (foto: autor). Foto 20. Preparo do solo com subsolador no local que receberá uma nova muda cítrica (foto: autor). 31 6. Conclusões Os maiores investimentos em manejo físico e químico do solo devem ser efetuados na implantação da cultura. Eventuais erros na implantação são muitas vezes de solução difícil, e extremamente onerosas para o citricultor. O tipo de manejo de solo que o citricultor adota tem baixo impacto no custo de produção e, conseqüentemente, em seu orçamento anual. A decisão de reformar um talhão inteiro ou replantá-lo deve levar em conta aspectos de retorno financeiro. A replanta necessita de cuidados especiais de manejo de solo na implantação, para que possa expressar todo o seu potencial produtivo. A utilização de herbicida e roçadeira, além de conservar melhor o solo, apresenta, ao longo do tempo, produtividade igual ou superior ao uso de grade ou rotativa, o que demonstra que mesmo na ausência de revolvimento ou mobilização do solo é possível a obtenção de produtividade cítrica elevada. 7. Literatura citada CAETANO, A.A. Tratos culturais. In: RODRIGUEZ, O., VIÉGAS, F.C.P.(Coord.) Citricultura brasileira. Campinas: Fundação Cargill, 1980. p.429-44. CENTURION, J.F.; DEMATTTÊ, J.L.I.; FERNANDEZ, F.M. Efeitos de sistemas de preparo nas propriedades químicas de um solo 32 sob cerrado cultivado com soja. Revista Brasileira Ciências do Solo, Campinas v.9, p. 267-270, 1985. DE MARIA., I.C. ; CASTRO, O.M. Fósforo, potássio e matéria orgânica em um Latossolo Roxo sob sistemas de manejo de milho e soja. Revista Brasileira Ciências do Solo, Campinas v.17, p. 4710477, 1993. DEMATTÊ, J.L.; VITTI, G.C. Alguns aspectos relacionados ao manejo de solos para os citros. In: DONADIO, SEGUNDO SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE CITROS, 2., 1992, Campinas, Anais... Campinas: Fundação Cargill, 1992.p.67 DONADIO, L.C. et al. Estudos de adubação e tratos culturais em citros na Estação Experimental de Citricultura, de, Bebedouro, Laranja., v.7, n.1, p.291-98, 1986. GUSMÃO, E.M. Efeitos de herbicidas residuais aplicados por vários anos consecutivos na distribuição do sistema radicular da laranjeira Natal (Citrus sinensis (L.) Osbeck) 1984. 56 p. ( Trabalho de Graduação) Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Esatdual Paulista, Jaboticabal. JORDAN, L.S. Weeds affect citrus growth, physiology, yield, fruit quality. Proc. Int. Soc. Citriculture., v.2, p.481-83, 1981. JORDAN, L.S. Efeito da plantas daninhas e seu controle nas plantas cítricas. In: DONADIO, L.C. (Coord.). SEGUNDO SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE CITROS, 2.,1992. ANAIS... Campinas: Fundação Cargill, 1992, p. 162-172. MALAVOLTA, E., VIOLANTE NETO, A. Nutrição mineral, calagem, gessagem e adubação dos citros. Laranja, Cordeirópolis, v.9, n.1, p.1-52, 1988. 33 MAZZA, J.A. Influência da compactação no desenvolvimento de sistema radicular de citros: sugestão de método quantitativo de avaliação e recomendações de manejo. Laranja, Cordeirópolis, v.15, n.2, p.263-275, 1994. MOREIRA, C.S. Manejo de solo em pomar cítrico. Laranja, Cordeirópolis, v.9, n.2, p.423-35, 1985. NEVES, E.M. et al. Economia da Produção e Análise de Investimento. Laranja, Cordeirópolis, v.13, n.1, p.63-77, 1992. RODRIGUEZ, O. Problemas de ervas daninhas em pomares cítricos do Estado de São Paulo. In: CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA, 20., 1969. local. Anais...p. SCHOSSER, R.L. Preparo do solo para o arroz (Oriza sativa L.) irrigado: desempenho operacional dos implementos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA AGRICOLA, 21., 1992, Santa Maria. Anais. Santa Maria: UFSM/SBEA, 1992. v.3, p. 1.521-33. TERSI, F.E.A.; ROSA, S.M. A subsolagem no manejo de solo para os pomares de citros. Laranja Cordeirópolis, v.16, n.02, p. 289-298, 1995. TERSI, F.E.A. Efeitos de métodos de manejo de plantas daninhas no desenvolvimento, produtividade, qualidade do suco produzido e estado nutricional de um pomar de laranjeira valência (Citrus sinensis (L.) Osbeck). 1996. 50p. FCAV Unesp TERSI, F.E.A. Avaliação de métodos de manejo do solo e de plantas daninhas em um pomar de laranjeira valência. Jaboticabal, FCAV-Unesp, 78 p., 2001 (tese de doutorado). 34 TUCKER, D.P.H., SINGH, M. Florida citrus weed management. Gainesville: University of Florida, 1987, p 1-31. VASCONCELLOS, H.O., ARAÚJO, C.M.; BRITTO, D.P.P.S. Manejo do solo em pomar de laranja pera (Citrus sinensis).Pesquisa Agropecuária Brasileira., Série, Agronomia, v.11, p.38-43, 1976. VITTI, G.C.; SILVA, M.M. Manejo químico do solo e da planta. In: SEMIÁRIO INTERNACIONAL DE CITROS, 5., 1998, Campinas. Anais... Campinas: Fundação Cargill, 1998.p. 151-165 8. Agradecimentos • Ao Prof. Dr. Luiz Carlos Donadio, pelo estímulo para a realização deste trabalho. • Aos professores do curso de pós-graduação em Agronomia da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – Campus de Jaboticabal, pelo conhecimento compartilhado. • À Diretoria da Branco Peres –Divisão Agrícola, por acreditar na importância da pesquisa citrícola aplicada. • Ao agricultor Laerte Sgarbi e família, do município de Itápolis-SP, por fornecer, durante sete anos, a área experimental para a realização do trabalho • Ao Engenheiro Agrônomo e agricultor Paulo de Araújo Rodrigues, de Guariba-SP, pela amizade, e por sempre acreditar no retorno financeiro do uso da tecnologia e da pesquisa agrícola brasileira.