Untitled - SEED - Estado do Paraná

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PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: Comparações morfológicas e fisiológicas entre os diversos grupos que
formam o reino animal
Autor
Vanda Jaremczuk
Escola de Atuação
Colégio Estadual Álvaro Natel de Camargo – Ensino
Fundamental e Médio
Município da escola
Espigão Alto do Iguaçu
Núcleo
Regional
Educação
de Laranjeiras do Sul
Orientador
Carlos Eduardo B. Stange
Instituição de Ensino
Superior
Unicentro
Disciplina/Área
Ciências
Produção
pedagógica
Didático- Unidade didática
Relação Interdisciplinar
Biologia, Zoologia
Público Alvo
Alunos 6ª série
Localização
Colégio Estadual Álvaro Natel de Camargo – Ensino
Fundamental e Médio.
Rua Belo Horizonte, 423 – Centro - Espigão Alto do
Iguaçu
Apresentação:
Um dos conteúdos estabelecidos pelas Diretrizes
Curriculares da Educação Básica para o ensino de
Ciências, para ser trabalhado na 6ª série, é a morfologia
e a fisiologia entre os diversos grupos que formam o
reino animal. Este conteúdo é muito amplo e de difícil
compreensão ao educando. Através deste trabalho,
busca-se estabelecer nova metodologia que facilite o
trabalho do professor, bem como o aprendizado do
aluno. Considera-se o pressuposto de que é necessário
se atingir no educando uma aprendizagem significativa,
e esta ocorre quando a nova informação se relaciona
com conceitos ou proposições relevantes na estrutura
cognitiva do aprendiz. Para se atingir o objetivo a nova
Palavras-chave
metodologia baseia-se na investigação, na identificação
de características dos grupos a serem trabalhados, mas
principalmente na comparação entre eles, com intuito de
visualizar a evolução entre um grupo e outro. A utilização
de técnicas como construção de painel classificatório e
quadro sinótico para síntese do painel, visa um trabalho
comparado entre todos os grupos que formam o reino
animal.
Características – comparação – aprendizagem - reino
animal.
1 APRESENTAÇÃO
As Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o Ensino de
Ciências (DCE-SEED, 2008) estabelecem cinco conteúdos estruturantes,
dentre os quais encontramos o conteúdo “sistemas biológicos”.
O texto das Diretrizes esclarece que o conteúdo sistemas biológicos,
“aborda a constituição dos sistemas do organismo, bem como suas
características específicas de funcionamento, (...) e suas respectivas funções
até o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de
seres vivos”, e ainda complementa que “parte-se do entendimento do
organismo como um sistema integrado e amplia-se a discussão para uma visão
evolutiva, permitindo a comparação entre os seres vivos”. (DCE-SEED, 2008,
p.66).
Considerando a necessidade de se trabalhar de forma comparativa os
diversos grupos de seres vivos, encontra-se na 6ª série, grande dificuldade
para desenvolver um trabalho integrador entre todos os grupos que compõem o
reino animal. Isso se deve ao fato do conteúdo ser extenso, o tempo para se
trabalhar ser curto e os alunos pertencerem a uma faixa etária que dificulta a
abstração necessária para compreender conceitos e características que
possibilitem a identificação de cada grupo, para então, ordenar em termos
sistemáticos os representantes em seus grupos específicos, percebendo o
processo evolutivo.
Tais fatores dificultam as comparações necessárias, tornam as aulas
cansativas e dificultam aos educandos a assimilação do conteúdo proposto
pelas diretrizes, fazendo com que, consequentemente, apresentem nas
avaliações baixo índice de rendimento.
Esta unidade didática tem por finalidade, através de alguns dos sistemas
biológicos, trabalhar o conteúdo em questão de forma integradora e
significativa.
Para tanto, é necessário trazer o máximo possível o estudo para a
realidade do aluno utilizando-se de técnicas e instrumentos: passeio dirigido
em zoológico, produção de material fotográfico para a identificação dos
representantes, apresentação por meio da utilização da TV pen-drive dos
grupos não vistos no zoológico, pesquisa bibliográfica, construção de painel
classificatório e quadro sinótico. Tais situações, técnicas e instrumentos
organizadores conceituais são o foco desta unidade didática, com intuito de
tornar as aulas mais interessantes e melhorar de modo significativo o índice de
aprendizagem.
Este material está estruturado para a Educação Básica, 6ª série do
Ensino Fundamental. Será implementado no segundo semestre no Colégio
Estadual Álvaro Natel de Camargo – Ensino Fundamental e Médio, situado no
município de Espigão Alto do Iguaçu, estado do Paraná.
2 PROCEDIMENTOS
Em alguns conteúdos trabalhados no Ensino Fundamental, verifica-se
uma baixa aprendizagem dos alunos. Acredita-se que esta, na maioria das
vezes se deve a forma compartimentalizada que os conteúdos são trabalhados,
a pouca utilização de metodologias variadas, bem como, a utilização exclusiva
de materiais como o livro didático, sem levar em consideração aquilo que o
aluno já sabe e sem estabelecer interações entre o conteúdo científico e o dia a
dia do educando.
2.1 OBJETIVOS
2.1.1 Objetivo geral
Compreender, à luz das DCE-SEED (2008), disciplina de Ciências,
técnicas de ensino que propiciem ao educando uma aprendizagem significativa
por meio de conceitos integradores sobre os conteúdos específicos incluídos
no conceito integrador “sistemas biológicos”.
2.1.2 Objetivos específicos

Compreender comparações na morfologia e fisiologia dos diversos
grupos que formam o reino animal, para que através do estudo de
alguns sistemas o aluno compreenda noções de evolução.

Aplicar técnicas adequadas para trabalhar de forma simples e clara o
conteúdo estruturante “sistemas biológicos”, que contempla o conteúdo
básico “morfologia e fisiologia dos seres vivos do reino animal”.

Estabelecer interações entre o conteúdo científico e o dia a dia do
aprendiz.
2.2 CONTEÚDO DE ESTUDO
As DCE–SEED, Ciências (2008, p. 66), estabelecem “Sistemas
Biológicos” como um dos conteúdos estruturantes a serem trabalhados em
Ciências no Ensino Fundamental. Dentro deste conteúdo estruturante,
encontramos “Morfologia e fisiologia dos seres vivos”, como um dos conteúdos
básicos.
Fazendo parte do conteúdo básico citado, são desdobrados vários
conteúdos específicos a serem trabalhados. E para a 6ª série, o conteúdo
“órgãos e sistemas animais”.
Este conteúdo específico abrange:
- Semelhanças e diferenças entre representantes dos grupos


Alimentação
Respiração
- Adaptações de cada grupo
 Ao ambiente
 A alimentação
- Sistemas
 Digestório
 Circulatório
 Respiratório
- Comparação entre os grupos
 Evolução
Esta seleção de sistemas possibilita uma explanação comparada entre
os diversos grupos, demonstrando ao aluno, de modo integrador, a evolução
que ocorre de um grupo para outro. A guisa de expansão do modelo, após
trabalhar estes três sistemas pode-se ampliar a explanação para os demais.
Em se tratando de evolução, Ville, Walker e Barnes, (1988, p. 309),
defendem que “a noção de que a evolução orgânica ocorreu, explicando a
grande diversidade de organismos, é apoiada por um grande número de
evidências (...) e é considerada como um dos princípios unificadores mais
importantes da biologia”.
Os mesmos autores conceituam evolução como sendo,
Um desdobramento, ou um desenrolamento, uma modificação gradual e
ordenada de um estudo para outro. O princípio da evolução orgânica
aplica esse conceito as coisas vivas: todas as plantas e animais que
vivem hoje descendem de organismos mais simples que foram sofrendo
modificações que se acumularam em gerações sucessivas. (VILLEE,
WALKER, BARNES, 1988, p. 310).
Mas é de suma importância durante todo o processo desenvolvido deixar
bem claro ao educando, que todos os seres vivos realizam as funções vitais
para se manterem vivos.
Estas funções vitais podem ser realizadas por conjuntos especializados
de células que formam tecidos, e que estes também podem se agrupar
formando órgãos que podem trabalhar em conjunto formando sistemas
especializados. É o caso dos animais considerados superiores.
No entanto, os organismos chamados simples, para se manterem vivos
necessitam realizar as mesmas funções vitais. E para isso, em muitos dos
grupos não há tecidos especializados, nem órgãos e muito menos sistemas. E
mesmo assim as atividades vitais acontecem mantendo o animal vivo.
Para organizar o trabalho, optou-se pelo estudo da morfologia e da
anatomia, uma vez que tais características possibilitam a identificação e
consequentemente o agrupamento dos representantes em seus respectivos
domínios, (reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie).
Neste sentido, Villee, Walker e Barnes, (1988, p. 310), defendem que,
“Um estudo detalhado da estrutura de qualquer sistema orgânico nos diversos
componentes de um determinado filo revela uma semelhança básica, de forma
que varia de algum modo de uma classe para outra”.
Desta forma, quando observamos por exemplo, a presença de pelos nos
mamíferos e a presença de penas nas aves, concluímos que são diferentes,
mas também podemos concluir que estes elementos apresentam a mesma
função, qual seja a proteção do corpo.
Outrossim, é necessário se estabelecer conexões entre elementos
fisiológicos de cada grupo. Para tanto, surge o conceito de fisiologia, como o
ramo da biologia que estuda as múltiplas funções mecânicas, físicas e
bioquímicas nos seres vivos, ou seja, a fisiologia estuda o funcionamento do
organismo.
Vários aspectos do funcionamento do organismo dos animais são
estudados pela fisiologia, i.e., a digestão, a respiração e a circulação. Por isso,
optou-se por estes três aspectos fisiológicos, pois estes possibilitam um estudo
comparativo entre todos demonstrando a evolução entre eles.
As funções vitais são mantidas no organismo através da energia
proveniente da combinação química entre a glicose e o oxigênio, substâncias
adsorvidas nos processos fisiológicos da digestão e da respiração e carreadas
ao organismo pela circulação.
A glicose vem do alimento, assimilada através do processo da digestão.
O oxigênio é proveniente do ar ou retirado da água, sendo assimilado através
da respiração. Para a reação química que produz energia e que ocorre na
célula, é necessário que ambos – glicose e oxigênio – estejam lá.
É a circulação a responsável pelo transporte da glicose, do oxigênio,
bem como dos resíduos resultantes na reação química que combina glicose
com alimento e produz energia.
Para Villee, Walker e Barnes,
A medida que os estudos das características fisiológicas e bioquímicas
dos organismos foram feitos usando uma grande variedade de tipos de
animais, tornou-se claro que existem semelhanças e diferenças
funcionais que estão intimamente relacionadas a sua morfologia.
Certamente se fossemos estabelecer relações taxonômicas baseadas
nos caracteres fisiológicos e bioquímicos, ao invés dos habituais
caracteres estruturais, o resultado final seria o mesmo. (VILLEE,
WALKER, BARNES, 1988, p. 313).
Portanto, para realizar um estudo comparado entre todos os grupos que
formam o reino animal, é indispensável considerar características morfológicas
e fisiológicas dos seres vivos em questão.
2.2.1 Comparações entre os diversos grupos
2.2.1.1 Sistema digestório
Vamos fazer uma comparação entre os diversos grupos, a partir da
digestão e do respectivo sistema.
Para essa análise podemos considerar que,
A digestão é parte fundamental da nutrição heterotrófica. As grandes
moléculas de carboidratos, gorduras e proteínas consumidas como
partes de células e tecidos devem ser clivadas em unidades
constituintes menores, tais como açucares e aminoácidos, de modo que
possam ser transportadas através das membranas celulares, durante o
processo de absorção. Ainda que o transporte de grandes moléculas
através da membrana não constitua problema, os compostos orgânicos
sintetizados por um heterótrofo não são os mesmos que foram
consumidos como alimento. A digestão é, portanto, necessária antes
que o reagrupamento possa ocorrer. (VILLEE, WALKER, BARNES,
1988, p. 98).
A grande maioria dos animais possui em seu tubo digestivo, duas
aberturas, ou seja, uma de entrada de alimento, a boca, e outra para
eliminação de resíduos, o ânus. As imagens a seguir são exemplos deste tipo
de sistema digestório, que é chamado de completo. (Imagens retiradas do
portal diaadiaeducacao).
Esta formação de tubo digestivo,
Permite o processo simultâneo e contínuo do alimento, à medida que
ele passa ao longo do tubo intestinal. Um processo não precisa ser
interrompido para permitir que outro tome lugar. Partes do tubo
intestinal podem ficar restritas a funções específicas, o que tem
acarretado especializações regionais. As especializações mais
comumente encontradas no tubo digestivo são as seguintes: Cavidade
bucal ou boca (...). Faringe (...). Esôfago (...). Papo (...). Moela (...).
Estômago (...). Intestino (...). Reto (...).
(VILLEE, WALKER, BARNES, 1988, p. 99).
Mas existem organismos considerados simples que não possuem as
formações citadas acima, ou podem somente ter algumas das formações.
A planária pertence ao grupo dos
platelmintos e possui sistema digestório
com
boca,
faringe
e
cavidade
gastrovascular que pode ser formada por
um intestino simples ou ramificado, mas
não possui ânus. Este tipo de sistema
digestório é chamado incompleto.
Outro grupo com sistema digestório incompleto é o dos Cnidários.
Conforme Villee, Walker e Barnes,
quando
específicas
não
existem
a
formações
digestão
ocorre
intracelularmente. Pequenas partículas
alimentares entram para o interior de um
vacúolo alimentar localizado na célula.
Enzimas
digestivas
passam
do
citoplasma para o interior do vacúolo,
onde a digestão e a absorção acontecem. O material alimentar atinge o interior
das células por difusão e os restos são lançados pelo vacúolo para o exterior.
Este tipo de digestão acontece nos poríferos.
Os outros grupos de invertebrados são considerados seres vivos de
sistema digestório completo. E de acordo com o que escreve Storer,
Na maioria dos outros invertebrados, o aparelho digestivo é,
essencialmente, um tudo dentro do corpo. Abre-se para o exterior
(boca, ânus) e separa-se dos espaços interiores do corpo por
membranas de permeabilidade seletiva. Diz-se completo porque o
alimento entra pela boca, passa por diversos órgãos para
armazenamento, digestão ou absorção e qualquer resíduo sai pelo
ânus, na extremidade oposta do sistema. As partes diferem de estrutura
em animais pertencentes a grupos distintos (...), mas os nomes a elas
aplicados dão uma idéia da função de cada parte. (STORER, 2003, p.
78).
Vejamos agora cada órgão com sua referida função:
a) Boca ou cavidade bucal – é a região anterior ao intestino e que dá abertura
ao meio exterior para que a ingestão que é a alimentação ou captação de
alimentos ocorra.
Comumente esta cavidade contém dentes ou mandíbulas, que servem
para agarrar, mastigar ou rasgar a comida. Nesta cavidade também se
encontra a língua que ajuda a capturar ou manipular o alimento dentro da boca.
Na maioria dos vertebrados na boca são encontradas as glândulas
salivares que secretam a saliva. Sua finalidade é lubrificar a comida e iniciar a
digestão.
b) Faringe – é a região anterior do intestino geralmente muscular e
especializada para ingerir alimento. Não possui função digestiva direta. Nos
peixes e em alguns anfíbios aquáticos possui fendas branquiais. Nos
invertebrados ao invés de ser definida pela função, pode ser definida pela
posição.
c) Esôfago – pode ser definido como um tubo elástico, pelo qual o alimento
passa através das regiões cardíaca e pulmonar, sendo levado as regiões mais
posteriores do intestino.
d) Papo – serve para armazenar temporariamente o alimento.
e) Moela – é uma região do intestino com finalidade de fragmentação mecânica
ou trituração do alimento em partículas menores, antes da digestão. É formada
por paredes musculares e a parede que tem contato direto com o alimento,
geralmente é revestida por placas duras, dentes ou cristas.
f) Estômago – é uma dilatação de uma região do tubo digestivo que pode ser
muscular, onde o alimento é armazenado e ocorre a digestão ou parte dela. Em
alguns animais, nele pode ocorrer também absorção.
g) Intestino delgado – é um tubo longo e como o próprio nome diz delgado.
Encontra-se dobrado ou enrolado em forma de novelo, sendo a principal região
de digestão e absorção.
h) Intestino grosso – também chamado cólon, é a região onde ocorre a
absorção de água e sais, podendo ocorrer digestão parcial de celulose, com
auxílio de bactérias. Os restos não digeridos formam massas relativamente
secas, chamadas fezes, para serem eliminadas do organismo.
i) Cloaca – região terminal do intestino grosso por onde as fezes passam para
serem eliminadas pelo ânus. Nos tubarões, anfíbios répteis e aves, a cloaca
serve também para a eliminação de urina e gametas.
j) Reto – parte final do intestino grosso onde as fezes são armazenadas até o
momento da evacuação.
l) Ãnus – abertura do sistema digestório por onde ocorre a eliminação das
fezes.
Todos os vertebrados possuem duas grandes glândulas digestivas:
a) Fígado – é uma glândula que realiza muitas funções no organismo. Para a
digestão produz uma secreção verde-amarelada chamada bile, que contém
sais biliares que facilitam a digestão quebrando as gorduras a pequenas
gotículas.
b) Pâncreas - é uma glândula do sistema digestivo e endócrino de animais
vertebrados. Em sua função exócrina secreta uma substância chamada suco
pancreático, que contém enzimas digestivas.
Vejamos então:
 Mamíferos – possuem cavidade bucal com lábios finos e moles, nela
encontramos dentes, língua e glândulas salivares. Também possuem
faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e
ânus.
Os dentes que são responsáveis pela trituração do alimento, dividindo-o
através da mastigação, em partículas pequenas, favorecendo a digestão.
Em alguns mamíferos chamados ruminantes, como exemplo, temos o
boi, os dentes são reduzidos. E de acordo com o texto Sistema digestivo dos
ruminantes, (www.caprileite.com.br, 2011), o alimento ingerido pelo animal vai
para um pré-estômago que compreende três compartimentos: rumem, retículo
e omaso. Estes representam os estômagos falsos, ocorrendo aí à digestão
microbiana e a ação mecânica sobre alimentos fibrosos e grosseiros.
Após um período de amolecimento do alimento no falso estômago, este
volta à boca, onde ocorre a trituração chamada ruminação.
O Abomaso que possui forma alongada e está situado a direita do
rúmem é o estômago verdadeiro onde ocorre a secreção de suco gástrico, e
onde se processa a digestão propriamente dita.
 Aves – possuem cavidade bucal com língua e sem dentes, faringe,
esôfago, papo, moela, estômago que compreende um pró-ventrículo e a
moela. O intestino delgado, reto, cloaca e ânus.
Como as aves não possuem dentes, o alimento pode ser cortado em
partes menores pelo bico, mas é engolido inteiro, sendo armazenado no papo.
Para Villee, Walker e Barnes (1988, p. 566), “o alimento é degradado
mecanicamente na moela e misturado com as enzimas secretadas no próventrículo”.
O intestino termina na cavidade cloacal por onde passam as fezes, a
excreção rica em ácido úrico e os gametas.
 Répteis - possuem cavidade bucal com dentes e língua, faringe,
esôfago, estômago, intestino delgado, reto cloaca e ânus.
Conforme César e Sezar (2006, p. 164), os répteis possuem dentes “que
podem estar firmemente implantados em cavidades nos maxilares e
mandíbulas, os alvéolos dentários. Nas cobras há dentes com canaletas ou
canais, especializados na inoculação de veneno”.
 Anfíbios - possuem cavidade bucal com língua, não possuem glândulas
salivares. Também possuem faringe, esôfago, estômago, intestino
delgado, intestino grosso e cloaca.
A obra citada acima leciona que,
O sistema digestório apresenta uma boca larga, sem dentes, e uma
longa língua, presa na região anterior da mandíbula e que pode ser
projetada para fora, para a captura de insetos. Na região terminal do
corpo fica a cloaca, onde terminam os canais genitais e urinários.
(CÉSAR e SEZAR, 2006, p. 157).
Este grupo por não possuir dentes, engole o alimento inteiro. Por isso,
se utiliza principalmente de pequenos insetos, como moscas, mariposas,
borboletas, pernilongos, dentre outros, para se alimentar.

Peixes - possuem cavidade bucal com dentes e uma língua achatada e
aderente ao assoalho da boca. Na faringe há aberturas que vão as
fendas branquiais e aos espiráculos. Também fazem parte deste
sistema o esôfago, estômago, intestino, cloaca e ânus.
Este grupo possui uma ampla faringe, um curto esôfago que pode estar
ligado a bexiga natatória por um canal, facilitando a expulsão do excesso de
gás da bexiga. São encontrados também alguns cecos pilóricos que secretam
enzimas digestivas.
 Artrópodes, moluscos e equinodermos – o sistema digestório destes
grupos é relativamente simples, mas considerado completo, já que
possuem tubo digestivo com aberturas de entrada de alimentos e saída
de resíduos. Além do tubo digestório completo, possuem glândulas
anexas secretoras de enzimas digestivas.
 Anelídeos e Nematelmintos – possuem tubo digestório completo, apesar
de muito simples. Não possuem glândulas anexas.
 Platelmintos – neste grupo o tubo digestório é incompleto, sendo
formado por boca, faringe e intestino simples ou ramificado. Possuem
células excretoras especiais. Estas células formam canalículos com
feixes de cílios que expelem as secretas solúveis removidas das células.
 Cnidários – também possuem uma cavidade digestiva com uma única
abertura. A boca que é bem definida se comunica com uma cavidade
digestiva que é chamada gastrovascular. Esta é forrada por uma
camada especial de células digestivas. A digestão ocorre em duas
etapas: primeiro extracelularmente, dentro da cavidade e em seguida
intracelularmente.
 Poríferos – este grupo não possui boca e nem intestino. As partículas
das quais se alimentam são digeridas intracelularmente. Pequenas
partículas alimentares são englobadas por fagocitose na superfície da
célula.
2.2.1.2 Sistema respiratório
Todos os animais necessitam de oxigênio para o metabolismo celular e
precisam eliminar o dióxido de carbono resultante. A troca desses gases
denomina-se respiração.
Neste contexto, para Villee, Walker e Barnes,
Para manter a respiração celular, as células devem ser supridas
continuamente de oxigênio e o dióxido de carbono deve ser removido. A
quantidade de oxigênio disponível é bastante diferente nos meios
aquático e terrestre e a quantidade necessária difere entre os animais.
Esses fatores afetam o tipo e a localização na superfície-corporal onde
ocorrem as trocas gasosas e as maneiras pelas quais a água ou o ar
movem-se através dela. Os gases movem-se entre as superfícies de
troca de gases e as células e os tecidos do corpo por algum meio de
combinação de difusão, sistemas traqueais e transporte pelos
pigmentos respiratórios do sangue e de outros líquidos. (VILLEE,
WALKER e BARNES, 1988, p. 115).
As trocas gasosas entre o oxigênio e o dióxido de carbono acontecem
por uma membrana respiratória, que é uma superfície permeável, delgada,
úmida, exposta ao meio, pela qual os gases se movimentam.
A vida animal, sem dúvida, originou-se no mar e os seres se utilizavam
do oxigênio dissolvido na água. Hoje muitas espécies ainda vivem assim. Mas
com o percurso do tempo muitos animais se tornaram terrestres e passaram a
respirar o oxigênio do ar. Essa mudança exigiu modificações na forma de
respiração e aquisição de novos métodos respiratórios.
A
respiração
nos
diferentes animais realiza-se de
diversas
formas
revestimento
do
como:
pelo
corpo,
por
brânquias, por traquéias ou por
pulmões.
Estas
diferentes
estruturas
aspectos,
mas
têm
a
mesma função. De acordo com Storer, (2003, p. 104), “todas tem uma
membrana úmida permeável, através da qual moléculas de oxigênio e dióxido
de carbono difundem-se com facilidade”.
Esta membrana pode ser a superfície corporal, mas na maioria dos
animais, faz parte de órgãos respiratórios.
Para Storer,
Os animais obtém o oxigênio de cinco maneiras: (1) difusão simples do
oxigênio da água ou do ar, através de membranas úmidas, para o
interior do corpo (ameba e turbelários); (2) difusão do oxigênio do ar ou
da água, através de parede do corpo fina, para os vasos sanguíneos
(minhocas, etc); (3) difusão do oxigênio do ar, através de estigmas
(espiráculos) ou do oxigênio da água, através de brânquias traqueais,
para um sistema de ductos de ar ou traquéias que o conduz até os
tecidos (insetos); (4) difusão do oxigênio da água, através de superfícies
branquiais, para os vasos sanguíneos (peixes, anfíbios), e (5) difusão
do oxigênio do ar, através das superfícies úmidas de pulmões, para os
vasos sanguíneos (moluscos
(STORER, 2003, p. 105).
terrestres,
vertebrados
terrestres).
Nas esponjas, cnidários e outros invertebrados, os gases difundem
através das células epiteliais e destas para as mais profundas. Esta é a difusão
simples.
a) Difusão simples, as trocas gasosas acontecem através da membrana
celular, do corpo do animal para a água que o circunda e vice-versa.
b) Difusão através da epiderme úmida, as trocas gasosas acontecem
quando o ser vivo é banhado por líquido, dele absorvendo o oxigênio e nele
eliminando o dióxido de carbono. Este tipo de respiração é chamada de
cutânea.
Para uma respiração por difusão, as espécies terrestres não podem
apresentar uma grande superfície externa úmida e precisam reter água no
corpo. A difusão direta é insuficiente para animais grandes, já que seus órgãos
internos situam-se longe da superfície externa.
c) Traquéias, são tubos finos que se originam na superfície do corpo e se
ramificam até chegar a todos os órgãos e tecidos inferiores. Elas desenvolvemse como invaginações da parede do corpo, sendo forradas de quitina.
As
traquéias
terminam
em
células
traqueais
microscópicas
intracelulares, chamadas traquéolas, que podem formar redes capilares nos
tecidos. A parte final da traquéola é preenchida de um líquido pelo qual ocorre
a difusão do oxigênio e do dióxido de carbono.
Este processo é auxiliado por movimentos dos segmentos torácicos e
abdominais. A eficácia do processo relaciona-se a velocidade de difusão do
oxigênio do ar, que é muito maior que a difusão na água, bem como, ao
reduzido tamanho dos animais traqueados.
Em alguns insetos, os estigmas que são as aberturas exteriores deste
sistema, possuem válvulas que podem se fechar, impedindo a perda de água.
Nos seres traqueados aquáticos, o oxigênio da água é obtido por difusão
através da cutícula para o sistema traqueal ou através de brânquias traqueais
que aumentam a superfície de difusão.
d) Brânquias sanguíneas é um conjunto de delgados filamentos cobertos por
epiderme delicada contendo redes de capilares. As trocas do oxigênio e do
dióxido de carbono acontecem entre a água e o sangue. O oxigênio difunde-se
da água para o interior da brânquia.
As brânquias dos vertebrados inferiores estão alojadas em câmaras dos
lados da faringe e a água aspirada pela boca ou narinas é forçada para fora,
ficando em contato com os filamentos.
e) Pulmões são câmaras revestidas internamente por epitélio úmido, sob o
qual existe uma rede de capilares sanguíneos que permite o aproveitamento do
ar atmosférico. As paredes apresentam divisões que formam compartimentos
chamados alvéolos.
Para Storer, (2003, p. 107), “Os alvéolos são câmaras microscópicas,
abertas ao fluxo aéreo pulmonar e circundadas por numerosos capilares
sanguíneos (...), onde se verificam as trocas respiratórias”.
Alguns anfíbios possuem pulmões pouco vascularizados, sem alvéolos
que funcionam mais como órgãos hidrostáticos. Nos répteis os alvéolos são
numerosos e a traquéia é dividida em brônquios.
Aves e mamíferos alcançam número máximo de alvéolos e para Storer,
(2003, p. 107), “A tendência evolutiva geral foi a de um aumento da
vascularização e da superfície respiratória, juntamente com o aumento da
atividade metabólica”.
Agora vamos ver os processos e os órgãos necessários para as trocas
gasosas.
 Mamíferos, Aves e Répteis – possuem respiração pulmonar.
Nos mamíferos o ar entra pelas narinas e passa por cima do palato onde
é limpo, umedecido e aquecido. Cruza a faringe para passar pela glote que é a
abertura da caixa vocal ou laringe. Em seguida passa pelas cordas vocais onde
os sons são produzidos. Da laringe passa a traqueia que se divide em
brônquios. Estes distribuem o ar através de ramos que terminam nos alvéolos
pulmonares. Nos capilares dos alvéolos ocorrem as trocas gasosas.
Nos
mamíferos,
os
pulmões
possuem câmaras alveolares complexas
proporcionando assim grande superfície
de contato entre o sangue e o ar, para
que as trocas respiratórias ocorram.
Conforme César e Sezar, (2006, p. 183), “os mamíferos são os únicos
vertebrados que possuem um músculo membranoso, o diafragma, que separa
as cavidades torácica e abdominal. O diafragma e os músculos intercostais são
os responsáveis pelo movimento de inspiração e expiração”.
Já nas aves, o ar entra pelas narinas que se ligam as coanas. A glote
abre-se na traquéia longa e flexível até a siringe que é o órgão vocal das aves.
Da siringe sai um brônquio curto para cada pulmão.
Nas aves os pulmões são pequenos, mas têm uma grande rede de
canalículos, os parabrônquios, que são ramos de brônquios, aos quais se
ligam os sacos aéreos. Neste grupo o ar passa através dos pulmões e não
para dentro e para fora como nos outros vertebrados pulmonados.
Nos répteis o ar entra pelas narinas passando pelo palato duro para as
coanas situadas atrás da válvula palatina e daí para a laringe através da glote.
A laringe é formada por três cartilagens e contém as cordas vocais que são
pares. Ela liga-se a traquéia que se divide em dois brônquios curtos, um para
cada pulmão.
Os répteis apresentam complexos alvéolos pulmonares, com grande
superfície para as trocas gasosas.
 Anfíbios – possuem respiração cutânea, pulmonar e branquial.
Durante a fase larval, os anfíbios realizam respiração branquial. Este tipo
de respiração persiste nos adultos de alguns urodelos. Nesses animais as
brânquias são externas e ramificadas.
Durante a fase adulta a respiração é pulmonar e cutânea. Os pulmões
são órgãos pouco eficientes, pois os alvéolos simples possuem superfície
interna pequena para as trocas gasosas. A entrada de ar para os pulmões é
insuficiente, pois é feita por movimentos gulares através da musculatura bucal
com movimentos de engolir.
A respiração cutânea é de grande importância a vida dos anfíbios, sendo
inclusive superior a respiração pulmonar. Isso é possível devido ao tipo de pele
especial, sendo permeável, úmida, sem escamas e bem irrigada por vasos
sanguíneos.
A maior parte da absorção de oxigênio é feita pelo pulmão e a maior
parte da eliminação de dióxido de carbono é feita pela pele.
 Peixes – possuem respiração branquial.
As brânquias são os órgãos respiratórios dos peixes. São formadas por
evaginações da parede do corpo apresentando grandes áreas de trocas
gasosas.
As brânquias ficam alojadas nas cavidades branquiais, abrindo-se para o
exterior pelas fendas branquiais nos peixes cartilaginosos; ou câmaras
branquiais protegidas por opérculo e abrindo-se para o exterior pela fenda
opercular nos peixes ósseos.
Durante a respiração os opérculos fecham-se e a cavidade bucal
aumenta fazendo com que a água entre na boca. As câmaras branquiais
aumentam e a água da boca passa sobre as brânquias, que se contraem
forçando a saída da água pelos opérculos.
 Equinodermos – possuem respiração branquial ou por difusão no
sistema ambulacrário.
A cavidade corporal cheia de líquido possui paredes revestidas de
epitélio ciliado. O batimento dos cílios favorece a circulação do líquido,
garantindo a respiração por simples difusão. Em alguns representantes do
grupo na região oral ou dispersas pela superfície do corpo, ocorrem pequenas
brânquias que podem ser simples ou ramificadas. Nesse caso a respiração
será branquial.
 Artrópodes – possuem respiração traqueal, branquial ou fitotraqueal.
As traquéias são um sistema de finos canais que permitem a livre
difusão do oxigênio do exterior para os tecidos e daí para as fibras musculares.
Este tipo de respiração ocorre nos insetos.
Nos crustáceos a respiração é branquial. Para César e Sezar, (2006, p.
123), “as brânquias são finas lâminas que permitem a troca dos gases
respiratórios entre o sangue e a água que circula nas câmaras branquiais, dos
dois lados do cefalotórax”.
Já nos aracnídeos a respiração é feita por fitotraquéias ou fitopulmões.
Estes órgãos são adaptados a respiração terrestre e são formados por um
sistema de finas lâminas paralelas, nas quais a face externa fica em contato
com o ar e a interna é banhada pelo sangue de lacunas.
 Moluscos – Possuem respiração branquial ou pulmonar.
Nos gastrópodes e cefalópodes as brânquias tem forma de pena com
ramificações e são chamadas ctenídios. Já nos lamelibrânquios, estas são dois
sistemas de largas lâminas paralelas que ficam situadas dos dois lados do pé,
entre ele e as valvas da concha.
Nos gastrópodes terrestres, que pertencem ao grupo dos pulmonados,
entre a região dorsal do corpo e a face interna da concha, existe uma câmara
revestida por uma membrana vascularizada, na qual ocorrem as trocas
gasosas.
 Anelídeos – possuem respiração cutânea e branquial.
Na respiração cutânea, a captação do oxigênio ocorre através da
cutícula de quitina permeável e da fina epiderme, que sempre é mantida úmida
pela secreção de muco.
Na classe dos poliquetos existem brânquias muito ramificadas, formando
grande superfície para trocas gasosas.
 Nematelmintos, Platelmintos, Cnidários e Poríferos – estes grupos não
possuem sistema respiratório.
As trocas gasosas nestes grupos são realizadas por difusão.
Existe uma vasta relação entre os sistemas digestivo, circulatório e
respiratório. Afinal o organismo para se manter vivo necessita energia.
Outrossim, a energia é proveniente da combinação química entre glicose,
proveniente do alimento e sintetizada pela digestão; e do oxigênio, que é
sintetizado pela respiração. Para que o oxigênio e a glicose cheguem a célula
para que ocorra a reação química é necessário um meio de transporte. Este
meio é o sangue que circula pelo sistema circulatório.
Nos animais mais simples, que não possuem especializações as trocas
ocorrem a nível celular pelo processo de difusão.
Podemos sintetizar as relações existentes entre os diferentes grupos na
respiração, através do esquema abaixo. Este esquema pode ser explicado da
seguinte forma:
 A respiração é a função que supre o organismo de oxigênio e retira
deste o dióxido de carbono produzido na respiração celular;
 A respiração pode ocorrer de diversas formas que são: difusão simples,
difusão pela pele, traquéias, brânquias e pulmões;
 Vertebrados e invertebrados absorvem oxigênio do meio ambiente e
liberam dióxido de carbono;
 Os vertebrados são divididos em cinco grupos: peixes – respiração por
brânquias; anfíbios – respiração branquial na fase larval e pulmonar e
pela difusão pela pele na fase adulta; répteis, aves e mamíferos têm
respiração por pulmões;
 Os invertebrados são divididos em oito grupos: poríferos, cnidários,
platelmintos e nematelmintos – respiração por difusão simples;
anelídeos – nos poliquetos a respiração é branquial e nos oligoquetos a
respiração é por difusão pela pele; moluscos – tem respiração
branquial, mas os gastrópodes respiram por pulmões; artrópodes –
insetos respiram por traquéia e os crustáceos respiram por brânquias;
equinodermos – tem respiração branquial e por difusão simples
através do sistema ambulacrário.
f) Esquema de síntese da respiração no reino animal
INVERTEBRADOS
absorvem do ambiente
poliquetos
Nematelmintos
Anelídeos
Moluscos
ii
Artrópodes
i
n
s
e
t
o
c
r
Equinodermos
u
s
á
c
e
o
TRAQUÉIAS s
liberam para o ambiente
gastrópodes
o
l
i
g
o
q
u
e
t
o
Platelmintos
Cnidários
Poríferos
DIFUSÃO
SIMPLES
DIFUSÃO
PELE
tipos de respiração
OXIGÊNIO
entrada
RESPIRAÇÃO
DIÓXIDO DE
CARBONO
saída
tipos de respiração
BRÂNQUIAS
PULMÕES
tipos de respiração dos vertebrados
Peixes
Mamíferos
Aves
Anfíbios
Répteis
absorvem do ambiente
VERTEBRADOS
liberam para o ambiente
2.2.1.3 Sistema circulatório
O sistema circulatório é outro sistema que nos possibilita observar a
evolução entre os seres vivos.
A função do sistema circulatório é a condução de substâncias dentro dos
organismos.
Para Villee, Walker e Barnes,
As substâncias são transportadas dentro das células em primeiro lugar
por difusão, porém suas substâncias devem ser movimentadas de um
lado para o outro no meio líquido em que as células vivem. Para (...) os
pequenos animais aquáticos, o líquido circundante é simplesmente a
água do reservatório ou da poça; nos animais maiores é o líquido
intersticial (...) entre as células. O líquido intersticial contém o maior
componente de água do corpo fora das células. O restante da água
extracelular está nos vasos sanguíneos (água plasmática), ou é lançada
pelas células em vários espaços epiteliais, tais como o celoma ou a luz
do tubo digestivo (água transcelular). Todos estes líquidos estão
comprometidos no processo de transporte. (VILLEE, WALKER e
BARNES, 1988, p. 130).
Podemos definir celoma como a cavidade geral do corpo situada entre
as paredes internas deste, e o tubo digestivo. Esta se forma nos animais
metazoários em cujo embrião se desenvolve o mesoderma.
Animais celomados são aqueles que durante a vida embrionária
apresentam uma cavidade totalmente revestida pela mesoderma. Os Moluscos,
Anelídeos, Artrópodes, Equinodermos e os Cordados possuem celoma
verdadeiro.
Para que o metabolismo celular ocorra é necessário que as células
recebam substâncias como oxigênio, glicose, sais minerais, dentre outras.
Durante o metabolismo são produzidos dióxido de carbono, dejetos
nitrogenados e outros produtos que são liberados para o líquido intersticial.
Todos estes produtos devem circular no organismo para que as funções
vitais se mantenham.
Desta forma, para Villee, Wlaker e Barnes,
A função do transporte interno é a de movimentar as substâncias entre
o líquido intersticial que banha as células e os locais onde as
substâncias necessárias entram no corpo e os dejetos são removidos.
Nos animais muito pequenos só a difusão é suficiente, porem nos
grandes animais é suplementada pelo fluxo de líquidos através das
cavidades do corpo ou de um sistema circulatório que conduza os
gases, nutrientes, e outras substâncias. (VILLEE, WALKER e BARNES,
1988, p. 130).
A distribuição das substâncias entre o líquido intersticial e os locais de
entrada ou de excreção, pode ocorrer de muitas maneiras, como por
contrações da parede corporal, movimentos ciliares para impulsão do líquido
ou por sistema circulatório, através de contrações de vasos e bomba
propulsora chamada coração.
Nos Poríferos, Cnidários e Equinodermos, o transporte é feito por
correntes ciliares que movimentam os líquidos através das cavidades
corporais.
Poríferos, Cnidários e Platelmintos não possuem aparelho circulatório, o
transporte das substâncias pelo corpo, se dá pela difusão simples.
Um sistema circulatório para o transporte interno aparece nos animais
mais complexos com órgãos e tecidos distantes do exterior ou do sistema
digestório. Conforme Storer,
Suas partes principais são: (1) o sangue, que se compõe de um plasma
líquido e de células livres, os corpúsculos sanguíneos; (2) o coração
(ou estrutura equivalente), com paredes musculares que se contraem
ritmicamente para impulsionar o sangue através do corpo e (3) um
sistema de vasos sanguíneos tubulares pelos quais o líquido circula.
(STORER, 2003, p.91).
Na maioria dos invertebrados o sangue tem poucas células livres no
plasma. Há corpúsculos amebóides semelhantes a glóbulos brancos que são
responsáveis pela fagocitose ou pelo transporte de alimentos ou de outras
substâncias.
Em quase todos os vertebrados o sangue compreende um plasma
quase incolor que transporta alimento em solução, detritos, secreções internas
e gases.
a) Sistema linfático – no capilares o sangue realiza sua função final que é a
troca de nutrientes e produtos finais do metabolismo. Estas trocas ocorrem na
linfa. A linfa é um filtrado do plasma, originada da filtração ou percolação de
água e solutos através das paredes dos capilares.
A saída do plasma ocorre na
extremidade arterial dos capilares devido à
pressão hidrostática da ação do coração.
Esta pressão é contrabalançada pela pressão osmótica provocando entrada de
água nos capilares.
Desta forma a água move-se para dentro carregando consigo os solutos.
Na extremidade venosa dos capilares ocorre o contrário. Sempre existe um
movimento de água e de solutos para o interior dos capilares. A concentração
de solutos no plasma e nos líquidos dos tecidos é muito semelhante.
Os solutos também podem se mover por difusão passiva conforme a
concentração em que se encontram. Quando a concentração do soluto na linfa
diminui em relação à concentração deste no sangue, então o soluto do sangue
se difunde para a linfa.
Storer, cita que,
A linfa desempenha, portanto, um papel vital no transporte entre as
células. É principalmente extracelular, mas pode voltar ao sangue pelo
sistema linfático. Entre as células e os capilares existem vasos
linfáticos finos, com válvulas nas paredes delgadas. (...). Tornam-se
maiores no tórax, onde se unem para formar o ducto torácico, que
desemboca no sistema venoso perto do coração (...). O sistema linfático
conduz o líquido numa única direção, dos tecidos para o sangue e
coração (...). O líquido é movimentado pela ação massageante dos
músculos sobre os vasos linfáticos e por modificações da pressão
torácica, devidas aos movimentos respiratórios. As válvulas linfáticas
impedem o retorno da linfa. (STORER, 2003, p. 97).
Assim, as proteínas que se perdem pelos capilares são devolvidas a
corrente sanguínea pelo sistema linfático. Este é essencial para manter o
volume do sangue e ainda é a principal rota de chegada ao sangue das
gorduras absorvidas no intestino.
b) O baço, faz parte do sistema circulatório e linfático, serve como reservatório
das células do sangue, regula a quantidade das células sanguíneas na
circulação, produz glóbulos brancos e destrói glóbulos vermelhos velhos.
c) O timo, auxilia no combate de infecções fornecendo linfócitos com
capacidade imunológica.
d) O sistema circulatório completo
dos vertebrados é composto por:
coração, vasos sanguíneos, vasos e
nódulos linfáticos.
e) O coração possui uma série de
câmaras, de paredes musculares finas ou espessas, que recebem sangue das
veias e impulsionam para as artérias.
Os sistemas de transporte de sangue
ou hemolinfa podem ser de dois tipos: o
aberto e o fechado. Nos cinco grupos que
formam os cordados a circulação é do tipo
fechada. Existe uma bomba propulsora de
sangue, que é coração e um conjunto de
vasos que conduzem o sangue.
Já na maioria dos moluscos e artrópodes a
circulação das substâncias ocorre por sistemas
circulatórios abertos. O líquido circula diretamente do
coração para os espaços entre as células. O
conjunto dos espaços entre as células é chamado de
hemocele e o líquido hemolinfa, já que combina as propriedades do sangue e
do líquido intersticial, sendo semelhante à linfa.
O diagrama em forma de chave esclarece o tipo de circulação que é
encontrado em cada grupo:
f) Diagrama em forma de chave da circulação do reino animal
- PORÍFEROS
- CNIDÁRIOS
- PLATELMINTOS
- NEMATELMINTOS
- DIFUSÃO
- FECHADA
CIRCULAÇÃO
- ANELÍDEOS
- MOLUSCOS - Cefalópodes
- ABERTA
LACUNOSA
- MOLUSCOS
- ARTRÓPODES
- EQUINODERMOS
- SIMPLES
- PEIXES
- DUPLA
INCOMPLETA
- ANFÍBIOS
- RÉPTEIS
- RÉPTEIS
- Crocodilianos
- AVES
- MAMÍFEROS
- DUPLA
COMPLETA
 Mamíferos e aves – a circulação é dupla e completa.
O coração possui dois átrios e dois ventrículos, completamente
separados não ocorrendo mistura do
sangue venoso com o sangue arterial.
Além disso, existem dois conjuntos de
vasos por onde o sangue circula. Um
transporta sangue arterial e o outro
sangue venoso.
É chamada de dupla, pois
existe a pequena circulação – (coração
– pulmão – coração) e a grande
circulação – (coração – corpo – coração).
 Répteis – a circulação é dupla e pode ser completa ou incompleta.
Neste grupo o coração é formado por um seio venoso pequeno, dois
átrios e dois ventrículos.
No grupo dos crocodilianos, os dois ventrículos são completamente
separados e o sangue arterial não se mistura com o sangue venoso no interior
do coração. Apesar do sangue se misturar no cruzamento de duas grandes
artérias que saem uma de cada ventrículo, neste grupo a circulação é dupla e
completa.
Nos demais répteis a circulação é dupla e incompleta, como nos
anfíbios.
 Anfíbios – a circulação é dupla e incompleta.
O coração do girino é semelhante ao dos peixes, com um átrio e um
ventrículo, por onde passa sangue venoso que é bombeado as brânquias.
Depois da metamorfose o coração passa a ter três câmaras – um
ventrículo de paredes grossas e dois átrios, direito e esquerdo, com finas
paredes musculares. Também possui um seio venoso dorsal e um cone arterial
tubular.
Na circulação incompleta, segundo César e Sezar,
O coração tem um grande seio venoso, que recebe o sangue venoso de
todo o corpo, passando-o para o átrio direito. O átrio esquerdo recebe o
sangue arterial dos pulmões e da pele. Na rápida passagem pelo único
ventrículo há uma pequena mistura de sangue arterial e venoso, que sai
do coração por duas aortas. Pelo fato de haver esta mistura fala-se em
circulação incompleta. (CÉSAR e SEZAR, 2006, p. 157).
Este grupo possui circulação dupla, pois existe um ciclo pulmonar para
a oxigenação do sangue, que corresponde a pequena circulação e um ciclo
corporal para distribuí-lo ao corpo, correspondente a grande circulação.
 Peixes – circulação simples.
No coração formado por duas câmaras – um átrio e um ventrículo, todo
o sangue que passa por ele é venoso – rico em gás carbônico. Este sangue é
impulsionado para as brânquias onde ocorre a oxigenação. Das brânquias o
sangue volta para o corpo por uma aorta dorsal. Este tipo de circulação é
chamada simples.
 Equinodermos – este grupo possui circulação lacunosa e aberta.
Gonçalves, esclarece que alguns animais como os equinodermos, não
possuem um sistema circulatório verdadeiro. Os equinodermos possuem um
sistema
ambulacrário,
e
neste
não
há
liquido
sanguíneo.
(http://www.infoescola.com/biologia/sistema-circulatorio/, 2007).
O celoma neste grupo é formado por duas partes. E de acordo com
César e Sezar,
A outra parte do celoma é especializada, formada por um conjunto de
canais, o sistema ambulacrário, que serve para a locomoção, cheio de
água do mar, e por um sistema hemal, de função circulatória, cheio de
um líquido com células livres, que até podem conter hemoglobina. Ele
não é um sistema circulatório típico, mais apenas um conjunto de canais
e lacunas, interligados que facilitam as trocas de substâncias entre os
vários órgãos e o meio exterior. (CÉSAR e SEZAR, 2006, p. 106).
 Artrópodes – este grupo também possui circulação lacunosa e aberta.
Para Gonçalves, citada acima, o coração dos artrópodes é pouco
musculoso, em forma de tubo muscular longo,
e composto por câmaras que bombeiam a hemolinfa, que é um tipo de
sangue sem pigmentos. Esta hemolinfa é bombeada por um vaso dorsal
e cai em cavidades do corpo do animal onde realiza trocas gasosas e
depois é coletado pelos vasos e lacunas, voltando ao coração.
(GONÇALVES, 2007).
Do coração saem vasos curtos que logo terminam em lacunas. O sangue
mistura-se aos líquidos intercelulares, ocorrendo às trocas das substâncias.
 Moluscos – a circulação é aberta e lacunosa ou fechada.
O coração é curto, localizado no interior de um fino saco pericárdico. É
composto de uma ou duas aurículas de paredes finas que recebem o sangue
do corpo e passam-no a um único ventrículo de paredes musculares. Este se
contrai impulsionando o sangue através dos vasos ou artérias que distribuem
aos órgãos do corpo. No grupo dos cefalópodes, como exemplo o polvo e o
calamar, o sistema circulatório é fechado.
 Anelídeos – possuem sistema circulatório fechado.
Esse sistema possui vários pares de vasos
contráteis chamados corações que ficam ao
redor da faringe, fazendo o bombeamento
sanguíneo. Os órgãos são irrigados por uma
rede de capilares que se estende sob a
epiderme e por difusão direta podem fazer as trocas necessárias das
substâncias.
 Nematelmintos e platelmintos – não possuem sistema circulatório.
As trocas de substâncias são feitas através de difusão. A substância
passa do meio intracelular para o extracelular ou do meio extracelular para o
intracelular, devido ao movimento aleatório e contínuo da substância nos
líquidos corporais. Esta passagem é provocada pelas contrações da parede
corporal que agitam os líquidos dos espaços do corpo.
Nos nematelmintos existe um líquido preenchendo o pseudoceloma. No
entanto, este líquido não pode ser chamado de sangue, já que não apresenta
nenhuma característica necessária para tanto. Mas a presença deste líquido
possibilitou maior eficiência para o processo de transporte e distribuição de
substâncias entre as células.
 Cnidários e Poríferos – não possuem sistema circulatório.
As trocas de substâncias são feitas através de difusão, como nos dois
grupos anteriores. Mas nestes dois grupos as correntes ciliares, movimentam
líquidos através das cavidades corporais, dos representantes destes grupos.
Quando os líquidos passam, o processo de difusão acontece.
2.2.2 Quadro sinótico
No conteúdo referente aos três sistemas considerados como base
norteadora do estudo referente à morfologia e a fisiologia de todos os grupos
que formam o Reino Animal, muitas informações foram apresentadas. Para
facilitar a visualização do conteúdo explanado, utilizou-se o quadro sinótico a
seguir para sintetizar o estudo.
Característica
Grupo
MAMÍFEROS
DIGESTÃO
RESPIRAÇÃO
- Completo: boca a
- Pulmonar – grandes
-
ânus
pulmões com grande
dois
- Dentes, glândulas
superfície devido aos
ventrículos
salivares
alvéolos
- O sangue venoso e
toras
de
digestivas
e
secreenzimas
CIRCULAÇÃO
Dupla
completa:
átrios
arterial
misturam
e
não
dois
se
- Modificações: ex:
boi rumem
AVES
- Completo: boca a
- Pulmonar – pul-
-
ânus
mões
dois
- Bico, papo, moela
mas eficientes, para-
ventrículos
e cloaca
brônquios ligados a
- O sangue venoso e
sacos aéreos
arterial
compactos
Dupla
completa:
átrios
e
dois
não
se
misturam
RÉPTEIS
- Completo: boca a
- Pulmonar: grande
- Dupla incompleta:
ânus
superfície devido a
dois
- Cloaca
complexos alvéolos
ventrículo.
átrios
e
um
Sangue
venoso e arterial se
misturam
- Crocodilianos: dupla
completa
ANFÍBIOS
- Completo: boca a
-
ânus
larval
dois
Pulmonar e cutânea:
ventrículo.
fase adulta.
venoso e arterial se
-
Não
possuem
glândulas salivares
Branquial:
fase
- Cloaca
PEIXES
- Dupla incompleta:
átrios
e
um
Sangue
misturam
- Completo: boca a
Branquial
- Simples: um átrio e
ânus
um
ventrículo.
- Cloaca
coração
só
No
passa
sangue venoso
EQUINODERMOS
ARTRÓPODES
- Completo: simples
- Branquial
-
- Difusão no sistema
Glândulas
de
- Aberta e lacunosa
enzimas digestivas
ambulacrário
- Completo: simples
- Traqueal: insetos
-
- Branquial: crusta-
Glândulas
de
enzimas digestivas
- Aberta e lacunosa
ceos
-
Fitotraquéias
fitopulmões:
ou
arac-
nídeos
MOLUSCOS
ANELÍDEOS
- Completo: simples
- Branquial
-
-
Glândulas
de
Pulmonar:
enzimas digestivas
trópodes
-
-
Completo:
muito
Cutânea:
simples
pela pele
- Sem glândulas
-
Branquial:
quetos
- Aberta e lacunosa
Gas-
-
Fechada:
lópodes
difusão
poli-
- Fechada
Cefa-
NEMATELMINTOS - Completo: muito - Não possuem
simples
- Não possuem
- Difusão
- Difusão
- Incompleto: sem
- Não possuem
- Não possuem
ânus
- Difusão
- Difusão
- Não possuem
- Não possuem
- Difusão
- Difusão
- Não possuem
- Não possuem
- Difusão
- Difusão
- Sem glândulas
PLATELMINTOS
- Células excretoras
especiais
CNIDÁRIOS
-
Incompleto:
só
cavidade
-
Duas
etapas:
extracelular e depois
intracelular
PORÍFEROS
- Não possuem
-
Intracelular
pela
fagocitose
–
partículas
são
circundadas
por
vacúolos onde são
liberadas
enzimas
digestivas
2.2.3 Evolução entre os grupos
Alguns fatores podem ser considerados na evolução dos grupos que
passam a apresentar tecidos especializados que formam órgãos e sistemas
que desempenham funções especiais. Dentre eles estão:
a) Tamanho do animal, quanto menor o ser vivo, mais simples sua formação e
as funções vitais são realizadas principalmente por difusão, suprindo as
necessidade orgânicas de célula a célula. Animais maiores passam a ter
dificuldades nesta forma de suprimento de substância e formam sistemas
especializados
b) Movimento, quanto menor for a necessidade de movimento do ser vivo,
menos energia ele gasta. Por isso não necessita de formações especializadas
para suprir suas necessidades.
c) Metabolismo, quanto maior for o metabolismo, por exemplo para manter o
corpo aquecido, maior será a necessidade de sistemas especializados para
suprir alimento e oxigênio.
d) Alimentação, animais que consomem alimentos menos concentrados em
possibilidade de produção da glicose, necessitam sistema digestório mais
especializado.
2.2.4 Metodologias a serem utilizadas
São várias as metodologias que serão utilizadas para a implementação
desta Unidade Didática, dentre as quais podemos citar:
2.2.4.1 Passeio dirigido
Realização de passeio dirigido ao Parque Municipal Danilo Galafassi,
conhecido como Zoológico Municipal de Cascavel. Esta atividade tem por
objetivo ver diferentes animais pertencentes aos diferentes grupos, analisar
suas características, coletar informações e produzir material fotográfico que
será utilizado em sala de aula para construção de painel de grupos e
características.
As anotações serão baseadas nos seguintes tópicos:
- Revestimento do corpo – possuem pelos, penas, escamas, escamas córneas
ou placas córneas. Em quais animais aparece cada tipo de revestimento.
- Presença de glândulas secretoras de substâncias – produzem algum tipo de
substância, urticante, odorífera, de camuflagem. Caso sim, nomear os animais,
a substância produzida e a função.
- Sustentação do corpo – como os animais se sustentam, possuem ossos,
carapaças ou outra estrutura.
- Movimento – possuem órgãos locomotores como patas, asas, nadadeiras, ou
são rastejantes. São bípedes, quadrúpedes, ápodes.
- Alimentação – como os animais se alimentam, possuem boca, bico, dentes.
Que tipo de alimentos consomem, carne, sementes, vegetais.
- Glândulas mamárias – possuem glândulas mamárias, ou não. Se possuem,
são visíveis. Como ocorre a alimentação dos filhotes dos animais que não
possuem glândulas mamárias.
- Respiração – utilizam o oxigênio do ar, da água. Possuem alguma forma
especial de respiração.
2.2.4.2 Apresentação ao aluno dos grupos não vistos no zoológico
No passeio não serão vistos todos os grupos. Para suprir este problema
será utilizada uma apresentação de imagens para a TV pen-drive com os
grupos que não foram vistos no passeio dirigido. Os alunos farão anotações
das características para utilizar posteriormente junto com o material produzido
no passeio dirigido.
Os alunos seguirão os seguintes tópicos para fazer suas anotações:
- Revestimento do corpo – possuem escamas, proteção externa quitinosa ou
outro tipo de proteção. Em quais animais aparece cada tipo de revestimento.
- Presença de glândulas secretoras de substâncias – produzem algum tipo de
substância, urticante, odorífera, de camuflagem. Caso sim, nomear os animais,
a substância produzida e a função.
- Sustentação do corpo – como os animais se sustentam, possuem ossos,
carapaças, espículas ou outra estrutura.
- Movimento – possuem órgãos locomotores como patas, asas, nadadeiras, ou
são rastejantes. Nos que possuem, quantos pares.
- Alimentação – como os animais se alimentam, possuem boca, bico, dentes.
Que tipo de alimentos consomem.
- Respiração – utilizam o oxigênio do ar, da água. Possuem alguma forma
especial de respiração. Caso sim nomear.
2.2.4.3 Pesquisa bibliográfica
Os alunos serão divididos em grupos de quatro alunos cada grupo. A
cada grupo serão atribuídos dois ou três grupos pertencentes ao reino animal
para que realizem pesquisa bibliográfica sobre estes. O roteiro para a
realização da pesquisa será o seguinte:
 Origem do nome do grupo;
 Representantes do grupo;
 Habitat;
 Proteção e defesa
 Locomoção
 Tipo de respiração
 Formação do sistema digestivo
 Formação do sistema circulatório
 Curiosidades
Sugerem-se as seguintes obras e sites para realização da pesquisa:
 Sugestão de sites para pesquisa
Sugerem-se, para esta pesquisa os seguintes endereços eletrônicos:
http://noticias.uol.com.br/educacao/saladoprofessor/planos
http://www.clubedoprofessor.com.br/atualizado/publicacao
http://educar.sc.usp.br/ciencias/
 Sugestão de obras para a pesquisa
Poderão ser utilizadas as seguintes obras:
BARROS, Carlos. Os seres vivos. Carlos Barros, Wilson Roberto
Paulino. São Paulo: Ática, 2006.
CRUZ, José Luiz Carvalho da. Projeto Araribá: Ciências. Obra coletiva.
São Paulo: Moderna, 2006.
GEWANDSNAIDER, Fernando. A vida na terra. São Paulo: Ática, 2006.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia, volume 2: seres vivos/fisiologia.
São Paulo: Ática, 2005.
SANTANA, Olga Aguiar. Ciências Naturais. 7° ano. Olga Aguiar
Santana, Aníbal Fonseca de Figueiredo Neto. 3ª edição. São Paulo: Saraiva,
2009.
SILVA JUNIOR, César da. Biologia – volume 2 – 2ª série – seres
vivos: estrutura e função. 8ª edição. São Paulo: Saraiva, 2005.
VALLE, Cecília. Vida e ambiente. Curitiba: Positivo, 2004.
2.2.4.4 Construção de painel identificatório de grupos
Com todas nas informações obtidas e anotadas, bem como no material
fotográfico e nas imagens utilizadas, será construído com os alunos o seguinte
painel:
FOTOS DOS
REPRESENTANTES
R
E
I
N
O
V
E
R
T
E
B
R
A
D
O
S
MAMÍFEROS
AVES
RÉPTEIS
ANFÍBIOS
PEIXES
EQUINODERMOS
I
N
V
N E
I R
T
M E
B
A
R
L A
D
O
S
ARTRÓPODOS
A
MOLUSCOS
ANELÍDEOS
NEMATELMINTOS
PLATELMINTOS
CNIDÁRIOS
PORÍFEROS
CARACTERÍSTICAS
3 AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO
A unidade didática será avaliada de três formas, descritas a seguir:
a) Pré e pós-teste, análise das aulas, sendo observado o interesse, a
participação e o desempenho dos alunos;
b) Auto-avaliação dos alunos ponderando a metodologia e as diversas técnicas
e situações de aprendizagem trabalhadas.
c) Avaliação pela equipe pedagógica do estabelecimento de ensino.
4 BIBLIOGRAFIA
BARROS, Carlos. Os seres vivos. Carlos Barros, Wilson Roberto Paulino. São
Paulo: Ática, 2006.
CRUZ, José Luiz Carvalho da. Projeto Araribá: Ciências. Obra coletiva. São
Paulo: Moderna, 2006.
GEWANDSNAIDER, Fernando. A vida na terra. São Paulo: Ática, 2006.
GONÇALVES, Fabiana Santos. Sistema Circulatório. Publicado
24/11/2007. Site http://www.infoescola.com/biologia/sistema-circulatorio/
em
PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência de Educação.
Departamento da Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de
Ciências para os anos finais do Ensino Fundamental. Curitiba, 2008.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia, volume 2: seres vivos/fisiologia. São
Paulo: Ática, 2005.
SANTANA, Olga Aguiar. Ciências Naturais. 7° ano. Olga Aguiar Santana,
Aníbal Fonseca de Figueiredo Neto. 3ª edição. São Paulo: Saraiva, 2009.
SILVA JUNIOR, César da. Biologia – volume 2 – 2ª série – seres vivos:
estrutura e função. 8ª edição. São Paulo: Saraiva, 2006.
STORER, Tracy Irwin. Zoologia geral. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 2003.
VALLE, Cecília. Vida e ambiente. Curitiba: Positivo, 2004.
VILLE, WALKER e BARNES. Zoologia Geral. 6ª edição. Rio de Janeiro:
Editora Guanabara, 1988.
4.1 Sites consultados
http://educar.sc.usp.br/ciencias
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/ruminantes/sistema-digestivo-dosruminantes.php
http://www.infoescola.com/biologia/sistema-circulatorio/
http://www.dicionarioweb.com.br/celoma.html
http://biologias.com/dicionario/celomado
www.caprileite.com.br
http://www.algosobre.com.br/biologia/membrana-celular.html
http://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:kvJbi-pXGGIJ:
www.bioloja.com/info/mini/apost/Apos_Circ_Comp_Bioloja_demo.pdf+sistema+
circulatório+de+platelmintos&hl=pthttp://noticias.uol.com.br/educacao/saladoprofessor/planos
http://www.clubedoprofessor.com.br/atualizado/publicacao
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