Um pequeno panorama da economia fluminense

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Realidade do Rio de Janeiro_________________________________________________Capítulo 10
CAPÍTULO 10
Um pequeno panorama da economia fluminense
“Grande parte da economia do Estado do Rio de Janeiro se
baseia na prestação de serviços, tendo ainda uma parte significativa
de indústria e pouca influência no setor de agropecuária.”
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro
Enquanto o Brasil ainda tem sua economia dependente da exportação de
produtos primários, a exemplo da soja ou do minério de ferro, o Estado do Rio de
Janeiro arrancou para a chamada economia do conhecimento, construindo e
instalando indústrias que usam cada vez mais tecnologia, e consolidou importantes
vantagens comparativas, como os setores siderúrgico, o gás-químico e o
automobilístico, entre outros. Há poucos anos, iniciou-se no estado uma
reestruturação da economia com a recuperação de indústrias usuárias de
tecnologia, como a naval, a expansão de outras como a siderúrgica, e a criação de
outras de alto conteúdo tecnológico, como as de tecnologia da informação e de
biotecnologia.
Além disso, não podemos negar que o estado tem empreendido grande esforço
no sentido de proteger a indústria local, concedendo-lhe incentivos fiscais com o
objetivo de melhorar as condições de competição interna e externa das empresas
locais. Apenas o setor industrial ocupa 37,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do
estado.
Essas mudanças estruturais estão ocorrendo e gradativamente transformando
nosso estado num pólo industrial do século XXI. Contudo, embora esteja se
consolidando como um estado inteligente, dotado de conhecimentos e informações
capazes de produzir e gerar riquezas, oferecem oportunidades a sua população,
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constatamos que o estado ainda possui uma grande quantidade de pessoas fora do
mercado de trabalho e que a exclusão social é uma triste realidade que vem
aumentado gradativamente. Podemos constatar isso claramente no aumento do
subemprego e do comércio informal nas ruas da cidade do Rio de Janeiro, na qual
sãofrequentes os embates entre os guardas municipais e os camelôs.
Mas embora o setor industrial esteja ganhando novo fôlego neste início de
século, o grande carrochefe da economia do Estado do Rio de Janeiro atualmente é
o setor terciário, onde se destaca o comércio e a prestação de serviços que
representam 62,1% do seu PIB. Portanto, podemos dizer que no estado observamos
claramente o que chamamos de terciarização da economia, ou seja, o predomínio
do setor terciário sobre os demais setores da economia. Esta terciarização está
relacionada intimamente com os avanços tecnológicos dos setores primário
(agricultura e pecuária principalmente) e secundário (indústria), setores que
passaram por transformações em relação a sua forma de produzir, na qual cada vez
menos mão-de-obra é necessária para que se atinja uma alta produtividade.
Com certeza podemos afirmar que o setor primário não é o forte do nosso
estado, o que pode ser constatado na nossa pouca influência no setor de
agropecuário, o qual corresponde apenas 0,4% do PIB fluminense. A nossa
agropecúaria é apoiada quase integralmente na produção de hortaliças da Região
Serrana e do Norte Fluminense. Em pensar que no passado, cana-de-açúcar e,
depois, o café já tiveram considerável impacto na economia fluminense.
Tais mudanças estruturais no que compete a economia fluminense, nos fazem
perceber o quanto o espaço é dinâmico e por isso temos que estar atentos as suas
transformações ao longo do tempo.
Parafraseando Cazuza “ O tempo (e o espaço) não pára(m)!”.
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