JC Relations - Jewish

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Jewish-Christian Relations
Insights and Issues in the ongoing Jewish-Christian Dialogue
Christodoulos | 01.05.2007
A Igreja Abraça Todas as Pessoas
por Christodoulos
Alocução do arcebispo de Atenas e Grécia Toda em 28 de janeiro de 2007
Traduzido do grego ao inglês pelo dr. Nikolaos C. Petroupulos
Agradecimentos estão sendo devidos à Mesa Central das Comunidades Judaicas na Grécia a à
Comunidade Judaica em Atenas pela sua iniciativa de honrar o falecido Damaskinos, arcebispo de
Atenas e Grécia Toda hoje, na ocasião da comemoração nacional do Holocausto. Provam
sentimentos genuínos de gratidão vis-à-vis dos seus co-cidadãos, os cristãos gregos, por estarem
junto deles durante o ordálio inumano de genocídio, ao qual foram sujeitos pelos nazistas na
Segunda Guerra Mundial.
Devo salientar já desde o começo que o arcebispo Damaskinos, a quem estamos honrando hoje, não
fez nada senão o seu dever como cristão e pastor de ovelhas chefe. Aplicou o que a nossa religião
ensina. A saber, que amor é a maior das virtudes, como Jesus Cristo o também ensinou na parábola
do Bom Samaritano e como o apóstolo das nações, Paulo, elegantemente o descreve no capítulo 13
da sua Primeira Epístola aos Coríntios. Ainda, justiça, que está sendo também demonstrada pelo
arcebispo Damaskinos, é uma grande virtude de fato. O nosso Senhor enfatiza no seu Sermão na
Montanha: “Abençoados são aqueles que são perseguidos por causa da retidão, pois deles é o
reinado do céu”. Além disso, Davi, o rei profeta, chama abençoado aquele homem que maneja os
seus negócios, acrescentando que os retos serão relembrados para sempre (Salmo 111). Além disso,
na Sabedoria de Salomão lemos que a força de Deus é a fonte da Sua retidão e que Ele ensinou às
pessoas que o homem reto deve ser benigno com as suas pessoas companheiras (Sb 12,16-19). No
entanto, em modo nenhum o fato de que o arcebispo fazia o seu dever diminui a sua contribuição à
cultura dos nossos tempos, a qual naqueles dias sofria da aspereza e inumanidade, mas hoje da
alienação de muitos de princípios morais, o contempto estigmatiza os nossos próprios tempos.
A revolta da consciência de Damaskino
Tendo vivido os frutos do espírito de amor e justiça, o falecido arcebispo Damaskinos abraçava os
seus co-cidadãos judaicos com afeição durante o período escuro da ocupação do nosso país pelas
tropas alemãs salvando muitos deles. Além disso, o seu coração não tolerava a injustiça e ele
protestava veementemente às autoridade nazistas de Atenas, pondo assim a sua própria vida em
perigo imediato. Impressionantemente, no volume muito interessante “O Holocausto de Judeus
Gregos”, publicado em 2006 pela Mesa Central das Comunidades Judaicas na Grécia em colaboração
do Secretariado Geral da Juventude, lemos:
“A Igreja Ortodoxa tomou posição ativa a favor de judeus sob a guia iluminada do arcebispo de
Atenas, Damaskinos. Numa carta circular confidencial, a todas as igrejas, urgiu os presbíteros e os
fiéis a oferecerem assistência aos judeus perseguidos.”
Em muitas áreas, hierarcas locais - tais como Gregorios de Halkis, Ioakeim de Demetrias,
Ghennadios de Thessaloniki – agiam juntos com os seus presbíteros para a salvação de judeus, e
lutadores de resistência e penhores correram o máximo perigo.
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Mais especificamente, quando o falecido arcebispo era informado do começo de perseguições contra
os judeus da Grécia, solicitou ver o plenipotenciário do Terceiro Império para Grécia, Günther von
Altenburg, a quem expressou o descontento do povo grego sobre tais perseguições. Como se sabe,
as autoridades de ocupação nazista decretaram que todos os judeus de nacionalidade estrangeira
residentes na Grécia devessem se mudar, dentro de tempo especificado, aos países das suas
respectivas nacionalidades. No entanto, no que diz respeito a judeus gregos, a medida estipulava a
sua transferência em massa à Polônia. O nosso grande homem de letra, Eliaz Venezis, preservou o
diálogo entre eles:
“Arcebispo: Porque os judeus da Grécia que são nacionais da Espanha devem ir à Espanha, os
nacionais italianos judeus devem ir à Itália e os gregos judaicos não podem ficar na Grécia, mas
devem ser transferidos à Polônia?
Altenburg: Vão para trabalhar…
Arcebispo: Se forem enviados para trabalhar, porque mulheres e crianças e pessoas idosas estão
sendo enviadas também?
Altenburg: Porque será cruel para famílias desunir… Se estiverem junto, estarão melhor…”
O arcebispo, então, apelou ao plenipotenciário alemão e lhe falou em nome de humanismo da
civilização cristão. Altenburg ofereceu promessas vagas, tendo previamente admitido que o assunto
judaico era de importância capital e, como parte da plataforma fundamental do Nacional-socialismo,
era regulamentado pelo Centro e ele mesmo não poderia fazer nada.
O falecido arcebispo Damaskinos não estava contente com o seu apelo oral a Altenburg. Ele então
convidou os representantes das instituições intelectuais mais altas do nosso país e das organizações
científicas e profissionais à arquidiocese, e todos eles decidiram dirigir, sob a proteção da Igreja, dois
memorandos, que ficavam históricos. O um era dirigido ao primeiro ministro do governo grego sob
ocupação, Logothetopoulos, e o outro a Altenburg.
1. Em acordo com o espírito dos termos da trégua, todos os cidadãos gregos devem gozar de
tratamento igual pelas autoridades de ocupação, sem consideração de raça ou religião.
2. Judeus gregos não só provavam-se contribuidores inestimáveis à capacidade econômica do
país, mas demonstravam lealdade e compreensão plena dos seus deveres como gregos.
3. Quando vier à consciência nacional, as crianças da mãe comum grega se mostram
inseparavelmente unidas e membros iguais do seu organismo nacional, sem consideração de
qualquer diferença religiosa ou doutrinal.
4. A religião não reconhece qualquer discriminação, superioridade ou diminuição nas bases de
raça ou religião, ensinando que “não há nem judeu nem grego” (Gl 3,28), condenando assim
todas as tendências de criar qualquer discriminação nas bases de diferença racial ou
religiosa.
Finalmente, interesse na sorte dos 60.000 gregos, judaicos em religião, foi
expresso
O outro memorando enviado pelo arcebispo e os representantes das instituições intelectuais mais
altas da Grécia a Altenburg era escrito ao longo de linhas semelhantes. Deixai me notar que, no
volume acima mencionado da Mesa Judaica Central, a ação de redigir e assinar os dois memorandos
requeria grande coragem na parte das personalidades numerosas e significantes da vida pública
grega, dadas as condições terrorizantes infligidas pela SS (Schutzstaffel = Escalão de Proteção, um
corpo nazista).
No seu livro “com nostalgia … para uma vida como aquela, sem horário” (Atenas 2000), a falecida
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jornalista Maria Rezan escreveu da sua própria salvação e a da sua família como segue:
“Naturalmente, havia também Damaskinos, o arcebispo, que a certo ponto durante a Ocupação, na
hora mais escura, emitiu aquela comunicação única, protestando de todo jeito que os seus cocidadãos de origem judaica sofriam. E que era a causa atrás da declaração seguinte do Rábi de
Atenas, Barzilai: «Aquele que se puder salvar a si mesmo, deixai-o fazer isso! Quanto a mim, tomo
os montes…» E assim, aqueles dos seus co-religionários que pudessem subir subiram, e cada um se
escondeu onde cada um podia…”
O estudante da história daquele tempo será pasmado sobre a bravura de gregos que, apesar da
ameaça das autoridades alemãs militares de que qualquer um que escondesse judeus fosse
executado imediatamente, desenvolveram uma rede ampla para esconder os perseguidos e para
ajudar outros a fugirem, enquanto, por meio de truques parecidos legais, tais como de carteiras de
identidade, que serão descritos em baixo, sobrepujaram todos os precedentes.
As carteiras de identidade falsa
O arcebispo com o corajoso chefe de polícia de Atenas, Anghelos Evert, e o igualmente corajoso
diretor geral dos serviços administrativos da municipalidade de Atenas, P. Haldezos, salvaram
centenas de judeus por “batizar” eles cristãos no papel e por pedir Haldezos a despachar certidões
de municipalidade e Evert para assinar carteiras de identidade falsas, nas quais a indicação “cristão
ortodoxo” aparecia descaminhadora como a religião dos aplicantes judaicos.
Em relação a isso, Venezis escreve que o arcebispo convidou Haldezos à arquidiocese e lhe disse:
“Fiz o sinal da cruz sobre mim, falei a Deus e decidi salvar tantas almas de judeus como posso.
Mesmo se pusesse em perigo a mim mesmo. Assim estarei batizando os judeus e tu despacharás
certificados de municipalidade para eles conseguirem carteiras de identidade como gregos
cristãos…”
Em relação a isso, a Mesa Central de Comunidades Judaicas no seu volume que, graças ao
procedimento de tomar carteiras de identidade concebidas pelo arcebispo, 560 judeus de Atenas e
outros de cidades diferentes que tinham tomado refúgio na capital, eram capazes de sobreviver até
o fim da guerra, simulando que eram cristãos ortodoxos. A inscrição da religião do indivíduo nas
carteiras de identidade gregas se provava salutar para judeus gregos. Em nenhum outro país
europeu ocupado era possível aplicar um truque tal, desde que religião não foi mostrada em
carteiras de identidade neles. Deixemos nós gregos refletir o que e quão muito perderemos, em vez
de ganhar, quando errônea e superficialmente tirarmos calhaus do nosso mosaico precioso do nosso
caráter espiritual e cultural.
A sua alma para as ovelhas…
A ação do arcebispo a favor das suas co-pessoas humanas e da luta do povo grego pela liberação
causava a ira e o ódio das forças de ocupação e mais especificamente dos homens da SS, que
tentavam assassiná-lo. Os seus amigos e conselheiros pediam o arcebispo Damaskinos fugir para
exterior, mas ele respondeu:
“Estou à disposição do meu povo e nunca abandonarei o meu povo. E se uma vez sair de Atenas, o
farei somente para pegar as montanhas da Grécia e nunca para ir ao exterior.”
O chefe da polícia de Atenas, Anghelos Evert, era o anjo de guarda do arcebispo. O falecido
professor Ioannis Gheorgakis, secretário do arcebispo Damaskinos naquele tempo, escreveu que ele
mesmo e Evert foram informados que a Gestapo [ Geheime Staatspolizei = Polícia Segreda do
Estado] estava olhando no submundo de Atenas pelo homem que empreendesse o assassínio do
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arcebispo. Isso é porque o convenceram para que se mudasse de Psychikon à Rua Demokritou 1, no
centro da cidade. Gheorgakis e a família deste viviam no andar de cima. A Gestapo, que seguia os
movimentos do arcebispo, viu que não voltasse à sua casa na noite e começou a olhar para ele.
Gheorgakis então percebeu que Damaskinos estava em perigo e notificou Evert. Este enviou quatro
policiais ao lado de fora da residência na Rua Demokritou, para qualquer eventualidade. Na
madrugada, os carros da Gestapo chegaram, e os policiais gregos foram mandados a irem embora…
Os oficiais bateram violentamente na porta, entrando forçosamente em casa. Pediram o arcebispo
Damaskinos que lhes seguisse, mas ele se recusou. O cabeça da Gestapo estava embaraçado e leu
de voz alta para ele uma ordem de confinamento em casa em isolamento completo até a sua
transferência a Auschwitz. Dinos Doxiadis, a família de Konstantinos Tsatsos, o embaixador suíço, a
Cruz Vermelha Internacional e o sem fios aliado em Vilia Attica quebraram o embargo.
Evert e Doxiadis estudaram as possibilidades do seu escape, mas o arcebispo se recusou outra vez
dizendo:
“Como será possível para mim, o pastor-chefe, quando o escol da resistência grega está sendo
transferido a campos de concentração, ir embora por vontade própria não compartilhando sua
sorte?”
Nessa maneira, o assunto do escape do arcebispo foi encerrado. Apesar disso, o prestígio do
arcebispo era tal, tanto no povo grego como na opinião pública internacional que, mesmo se os
agentes da SS não o ousavam assassinar ou o levar a um campo de concentração. Num livro
recentemente publicado, intitulado: “Anghelos Evert intitulou a sua atividade durante a Ocupação
pela testemunha” (Atenas 2007, p. 163): o sr. Mitiades Evert, antigo presidente do partido
Democracia Nova e antigo ministro, nota que o arcebispo era um dos “protagonistas” na luta
nacional contra os alemães e, a respeito à relação do seu pai Anghelos Evert ao arcebispo, escreve:
“A relação do arcebispo a Anghelos Evert era contígua, e a cooperação dos dois homens na
resistência e contra-espionagem era constante durante toda a ocupação.”
O caráter cristocêntrico e nação-cêntrico o impelia a atos corajosos, se bem que consistentes com os
seus princípios, pelo que se punha sob o interesse da Igreja e da nação, no bom senso do termo. De
fato, a sua resposta autêntica a Altenburg, este que o ameaçava que, se tomasse as montanhas
para liderar a resistência do povo grego, Altenburg ordenaria a sua prisão e entrega ao Corte
Marcial, era resposta corajosa, honesta e histórica, digna das tradições do clero grego ortodoxo,
podendo ser encapsulada em onze palavras: “Hierarcas gregos não são fuzilados; estão sendo
executados por enforca, enforcamento.”
Essa resposta histórica que estamos pondo hoje, à iniciativa da Mesa Judaica Central, numa placa no
pedestal da estatua do hierarca chefe que vindicava o etos grego-ortodoxo, nossa história e
tradição.
O reconhecimento
A atividade do arcebispo Damaskinos a favor dos judeus não passou despercebido. Ao contrário,
judeus e israelis mostraram, e ainda mostram, até a este dia, por este evento simples embora
importante, e por esta placa que está sendo colocada nesta estátua, a sua gratidão e humanismo
em cada dia, já que não esquecem aqueles que os ajudavam nos tempos difíceis do genocídio.
O nome do arcebispo Damaskinos tem sido inscrito no Livro Áureo de Israel entre aqueles dos Justos
das Nações, perto aos nomes de outros hierarcas, clérigos e leigos gregos heróicos, cristãos
ortodoxos por religião, os quais, pelos seus atos, salvaram muitos cidadãos gregos judeus da morte
certa. O presidente do Conselho Judaico Europeu, Théo Klein, enfatizou entre outras coisas que o
arcebispo de Atenas e a Igreja Ortodoxa junto com Anghelos Evert abriram as suas portas para
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salvar vários judeus.
Além disso, o embaixador da Grécia em Washington, Alexandros Philon, na sua carta datada de 10
de abril de 2006 a Miltiades Evert, informou-o do diploma honorário e da medalha aguardada
postumamente para o pai deste, Anghelos Evert, pela Fundação Raoul Wallenberg, notando que a
mesma medalha estivesse aguardada junto em memória do arcebispo Damaskino e também em
memória do falecido Chrysostomos, metropolitano de Zakynthos e do falecido Lukas Carrer, prefeito
de Zakynthos, os quais, pela sua atitude, contribuíam para o salvamento dos judeus de Zakynthos.
O incidente não está amplamente conhecido. Lukas Carrer, prefeito de Zakynthos naquele tempo, foi
chamado pelo comandante alemão de guarda de Zakynthos e solicitado a preparar uma lista de
nomes e endereços dos judeus da ilha. O prefeito recorreu ao falecido metropolitano, Chrisostomos
Demetriou. Os dois homens conversaram e, um dia, foram junto a comandatura, onde o
metropolitano entregou um envelope selado ao comandante alemão. Este o abriu, esperando que
contivesse a lista muito desejada, e mudando de cor, quando encontrou uma folha de papel dentro,
no qual foram escritos só dois nomes: Chrysostomos, metropolitano de Zaakynthios; e Lukas Carrer,
prefeito.
A restituição
Meus caros,
Os dinastas deste mundo pensam que, se violarem, torturarem ou matarem milhares ou até milhões
de gente, vão mudar a história, imporão a sua vontade, retificarão o plano de Deus, reinarão o
mundo e liquidarão qualquer um que qualificarem como inimigo deles, julgando ele ou ela em bases
ideológicas. No curso do século 20, a humanidade testemunhou os regimes mais inumanos dessa
natureza na sua história. No entanto, esses regimes passaram, caíram, ruíram ruidosamente,
constituindo agora a memória e o exemplo mais trágicos e piores a serem evitados. Esse pesadelo
se foi e a humanidade continua o seu curso, com traumas, mas também com esperanças boas.
Aprendeu dos seus sofrimentos? Tomou as suas decisões? Percebeu que pessoas humanas sem
restrições morais ou defesas interiores, sem fé ou temor de Deus, sem princípios, são perigosas
quando adquirirem poder? Viu o que seja o seu interesse?
Permiti-me, nesse momento, referir-me à doxologia, que foi realizada em 12 de outubro de 1944,
isso é no dia da liberação da capital da Grécia das tropas de ocupação nazistas, aqui, nesta igreja
catedral de Atenas, com o arcebispo Damaskinos oficiando e com a participação de milhares de
gregos, cujas almas vibravam com entusiasmo nacional e religioso. Venezis preservou o hino que foi
cantado pelo coro da catedral naquele dia, com a aprovação do arcebispo. Era feito de versículos
livremente inspirados pelos Salmos de Davi e especialmente selecionados para a ocasião. Aqui estão
alguns:
“A mão direita está glorificada em poder, oh Senhor, e o Teu braço empurrou para baixo os nossos
inimigos, e na abundância da Tua glória os esmagaste que se levantaram contra nós.” “Salvaste-nos
dos nossos inimigos, e os puseste a vergonha que nos odiavam.” “Estamos sendo matados durante
todo o dia, estamos contados como ovelhas para a matança.” “Quebram em pedaços o Teu povo, oh
Senhor, e afligem a Tua herança.” “Estão levados para baixo e caídos: mas nós estamos sendo
erigidos, e estamos de pé.” “Oh bati vossas palmas, todos vós, gente, aclamai a Deus!”
A seguir, o arcebispo Damaskinos, com uma voz que estava tentando em vão esconder a suas
emoção, pregou na ocasião da liberação da Grécia:
“Louvai o Senhor, anjos do Senhor e coros dos justos e o sol e a lua e as estrelas!” “A terra e os
montes e as colinas e as nações, louvai o Senhor!” “As fontes e os mares e os rios e todas as águas
da natureza, louvai o Senhor!” “As sombras dos heróis mortos e as multidões dos heróis vivos e as
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miríades das vítimas e as filas dos túmulos, e as multidões dos despojados, louvai o Senhor em
lágrimas de alegria!” As colunas triunfantes dos libertadores e o clangor das armas e as trombetas
de vitória e os peãs da glória, louvai o Senhor!” “Casas do Senhor e sinos e bandeiras doces no ar e
o sistema livre de serventes desescravizados, louvai o Senhor com hinos e agradecimentos!”
“Senhor, nosso Deus, dá força a nossa nação e muda os espinhos do martírio amargo para láureas e
coroas de vitória com glória e honra!”
E Venezis conclui: “Assim falou a arcebispo e a multidão agradeceu a Deus em lágrimas.”
Disse antes que regimes inumanos ruíram, constituindo agora a pior memória. No entanto, todos nós
devemos ficar na alerta, assim que a humanidade nunca mais conheça tais horrores e para que
possamos fazer a humanidade ainda mais humana e tolerante. Para nós, os pré-requisitos para uma
sociedade pacífica e prospera são o amor de Deus e de cada co-humano, sem consideração de raça
ou religião, e justiça; também o amor pela pátria da gente, a honra pelos heróis, a memória histórica
viva. Pessoas que não querem relembrar o passado não têm direito para um futuro. Nós todos temos
de preservar a história não-falsificada para nós mesmos e para a nossa juventude, sem aplicar
métodos procustianos nela. E, na medida das nossas capacidades, cada um de nós não deve nunca
permitir que pequenos grupos de extremistas, racistas, terroristas ou totalitários imporem as suas
ideologias inumanas à sociedade. Cremos na tolerância referente a todas as diferenças dos nossos
co-humanos, no respeito por todas as visões de outros, na abolição da punição capital e de torturas,
em liberdade de expressão e em direitos humanos.
Como cristãos, como pessoas com uma consciência ereta e como cidadãos responsáveis, estivemos
igualmente para resistência contra terrorismo, racismo, xenofobia, a desaparição de diferenças, a
homogeneização de qualquer coisa para dentro duma visão sincretista da vida. Na Grécia, temos
posto esses princípios em prática: a co-operação pacífica e harmoniosa de judeus, cristãos e moslins
no nosso país constitui um exemplo tangível e um modelo de calmo viver junto de pessoas que
exercem religiões diferentes para os outros povos da terra.
Assim deixai que a nossa decisão firme seja ouvida para fora à ecumena a partir deste lugar santo
hoje de que continuaremos, junto com todos os homens e mulheres de boa vontade ao redor do
mundo, a nossa luta para a nossa alerta e outras sensibilizações para os ideais da dignidade
humana, amor e justiça, afim de prevenir um deslizamento novo da humanidade para dentro de
práticas inumanas e bárbaras, as quais arriscam desfazer civilização e invalidar progresso!
Texto inglês
Tradução: Pedro von Werden SJ, Rua Padre Remeter 108, Bairro Baú, 78.008-l50 Cuiabá, MT, BRASIL
- [email protected]
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