UNIDADE 1 – ROMA ANTIGA - Características geográficas: A região é localizada na Península Itálica, no continente europeu. É banhada por três mares (Adriático, Tirreno e Mediterrâneo), e protegida ao norte pelos Alpes. 80% de seu território é constituído de planícies e 20% é montanhoso. O território possuia inúmeras terras férteis, clima quente, chuvas regulares, que favoreciam a prática da agricultura. - Ocupação do território italiano: Observe o mapa ao lado, ele mostra a localização dos primeiros povos que habitaram a Península Itálica: - Períodos históricos: Período da Monarquia (753 a.C. – 509 a.C.) - Estrutura Política, paralela com a estrutura social: * Patrícios – Elite proprietária de terras, eram os únicos com direito a cidadania; * Clientes – Homens livres, mas dependentes dos patrícios; * Plebleus – Homens livre, porém pobres e sem direitos políticos, mas eram a base da economia da região e eram a maior parte da população. Os quatro primeiros reis foram latinos e o principal deles foi Rômulo, que durante seu governo invadiu o território dos Sabinos (a principal ação deles lá foi o rapto das mulheres, já que a maior parte de sua população era constituída por homens), a essa invasão se deu o nome de Rapto das Sabinas. Os 3 últimos reis foram etruscos, eles apareceram logo após a invasão do território dos Italiotas. O principal rei etrusco foi Tarquínio, o Soberbo. No ano de 509 a.C. ele foi deposto por um golpe da aristocracia senatorial patrícia, que objetivava dar um fim nas intervenções da monarquia, nas atividades legislativas, o nome desse golpe foi o chamado Estupro de Lucrécia. A partir daí se dá início a um novo período chamado de república. Período da República (509 – 27 a.C.) - Observe o esquema abaixo, ele demonstra a estrutura política de Roma neste período: - Religião: Eles eram politeístas; A religião possuia uma visão antropocêntrica de seus deuses, ou seja, seus deuses possuiam forma humana; Pode-se dizer que usurparam a religião grega, em outras palavras, seus deuses eram os mesmos deuses gregos, mas eles possuiam nomes diferentes. Um exemplo é o deus da guerra chamado de Ares na Grécia e depois chamdo de Marte em Roma; As divindades (boa parte delas) ganharam nomes dos planetas do Sistema Solar (Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão [atualmente é classificado como “planeta anão”]); Cultos Religiosos: - Senado romano: - Sociedade romana na primeira metade da República: - A luta dos plebeus O choque entre patrícios e plebeus aumentava cada vez mais, na medida em que os plebeus exigiam seus direitos realizando várias manifestações, como greves e revoluções. Conquistas plebeias: - Lei das Doze Tábuas (450 a.C.) – Foi a substituição do direito consuetudinário (as leis eram faladas e viam dos costumes da sociedade local) por leis escritas e fixadas na frente do Senado. Este foi o primeiro código de leis escritas romano; - Lei Canuleia (445 a.C.) – Os plebeus ricos agora poderiam casar-se com patrícias; - Lei Licínea-Sextia (366 a.C.) – A escravidão ocasionada por dívidas foi abolida e no cônsul (consulado) passou a existir um cargo só de plebeus; - Lei Ogulnia (300 a.C) – Os plebeus ganharam o direito de se tornarem sacerdotes e até pontífice máximo (sumo sacerdote), o que promoveu uma igualdade religiosa; - Lei Hortênsia (286 a.C.) – Dava poder legislativo às decisões da Assembléia da Plebe, também chamada de plebiscito. Agora a estrutura política romana ficaria dessa maneira: - Guerras Púnicas (264 – 146 a..C) O avanço romano sobre o Mediterrâneo, resultou no choque entre Roma e Cartago, e isso levou às Guerras Púnicas. Ela foi dividida em três etapas: - Primeira Guerra Púnica (264 – 241 a.C.): Vitória romana na qual resultou na conquista da Sicília, Córsega e Sardenha e no controle do Mar Adriático; - Segunda Guerra Púnica (218 – 202 a.C.): Vitória romana, mas antes desta Roma teve a maior derrota de sua história, milhares de soldados foram mortos e três exércitos foram dizimados em três diferentes batalhas em território romano, graças a uma audaciosa estratégia de avanço, feita pelo general cartagines Anibal, de avançar sobre domínio romano pelos região dos Alpes. Anibal foi derrotado em Zama (202 a.C.) e finalmente Roma conquistou a região de Cartago; - Terceira Guerra Púnica (150 – 146 a.C.): Vitória filnal romana, eles avançaram sobre o teritório de Cartago, comandados por Scipião Emiliano. Agora de acordo com Roma, Cartago é de total propriedade romana. Além disso as cidades de Cartago foram incêndiadas e foi jogado sal em suas terras, para deixalas inférteis. Esse foi o primeiro passo para a foramação de um “estado do tamanho do mundo” (maior que o de Alexandre, o Grande)! - Expansão territórial (consequências): Roma passou a ser uma república escravista, já que conquistaram várias regiões eles escravizaram os nativos dela; Aumantou o número de latifúndios; Ocorreu uma crise no campo: Os pequenos proprietários não conseguiam competir com os latifundiários, o que levou ao acontecimento de um êxodo rural; Adquiriram riquezam e cobraram impostos dos povos das regiões conquistadas; Apareceu um novo grupo social, formado por comerciantes e militares enriquecidos durante as guerras, e esta substituiu a classe dos clientes; A instabilidade social provocada pelos plebeus levou o Senado a buscar soluções para a crise (os plebeus realizavam frequentemente revoltas nas cidades); Tibério Graco (133 – 132 a.C.) - Devolveu ao estado as terras públicas (ager publicos) que estavam sobre posse dos latifundiários; - Fez uma reforma agrária (redistribuiu as terras de uma forma mais justa, o que acabou fazendo com que o número de plebeus nas cidades se reduzisse). Caio Graco (123 – 122 a.C.) - Criou a Lei Frumentária, que reduzia o preço do trigo e proibia o aumento do preço do pão; - Tentou retomar a reforma agrária, mas foi um fracasso e Caio acabou que por sendo assasinado. A crise só aumentou e Roma acabou vivendo um período de ditaduras com Mário e Sila (106 – 60 a.C.). Os ditadores conseguiram enfraquecer o poder do Senado. - O primeiro Triunvirato (60 – 54 a.C.) Foram elegidos três governantes: Crasso, Pompeu e Júlio César, o grande problema era que todos os três eram ambiciosos. Pompeu almeja ser o único governante de Roma e eliminou Crasso, mas acabou morto por Júlio César, que percebeu o que Pompeu planejava e a partir daí governou Roma só. Período do Império (27 a.C. – 476 d.C.) - Alto Império Dinastia Julio-Claudiana (27 a.C. – 68 d.C.): - Otávio Augusto Teve um longo governo; Recebeu os títulos de deus, cônsul perpétuo, entre outros; Teve um reinado extremamente organizado do ponto de vista administrativo; Dividiu o Império Romano em diversas províncias e nomeou pessoas de sua confiança para comandarem estas; Consiguiu dar para Roma um equilíbrio sócio-político-econômico, dando um fim aos conflitos entre patrícios e plebeus; Subjugou o poder político que o Senado detinha, ou seja, o Senado tinha de obedecer as ordens do imperador; Reduziu a sonegação de impostos; Combateu a corrupção; Por essas razões seu governo ficou conhecido como o Período da Pax Romana, que foi um período de paz, gerada pelas armas e pelo autoritarismo, experimentado pelo Império Romano que iniciou-se quando Augusto, em 29 a.C., declarou o fim das guerras civis e este período durou até o ano da morte de Marcus Aurelius, em 180 d.C.; Após sua morte ele entra para a história como um grande líder/imperador. Antes de sua morte decidiu que o próximo governante romano seria Tibério. - Tibério Não perdeu territórios e assim como Otávio, manteve controladas as revoltas; Ele tinha baixa estima, e do nada ele afastou de roma e ficou em uma casa de campo, onde comunicou que nunca mais voltaria para Roma e que tinha elegeido um ditador para seguir regiamente as ordens que ele determina-se. Tibério passou dois anos nessa casa, até sua morte. Não se sabe a causa de sua morte; Após sua morte, o ditador também foi retirado pelo Senado, e aí começou uma disputa pelo poder, já que Tibério não deixou escrito quem deveria sucedê-lo ao cargo. - Calígua Desestruturou Roma econômicamente; Exigiu que o Senado aprovasse a Lex Majestatis (dizia que o poder do imperador está acima de qualquer outro tipo de poder, e não poderia ser desafiado); Profanou os templos fazendo orgias neles, e desrespeitou o Senado entrando nele a cavalo e nomeando este como senador, o nome do cavalo era Incitatus; Possuia problemas mentais; Ele foi assasinado pela guarda que ele mesmo criou, a Guarda Pretoriana. - Cláudio Reestabeleceu a desordem que Calígua havia deixado em Roma; Foi o primeiro dos imeradores a buscar novas conquistas. Ele conquistou as regiões da Gália e da Germânia; Foi um excepcional administrador romano; Era toxicomania, vontade anormal de ingerir substâcias tóxicas ou drogas; O maior erro de sua vida foi apaixonar-se por uma mulher chamada Agripina, que não era sua esposa. Cláudio tramou o assasinato de sua esposa, mas o que aconteceu foi que ela matou ele, e quem assumiu o governo foi seu filho Nero (filho de Agripina). - Nero Apesar do início de seu governo ter sido estável, o resto deste foi muito instável. Ele manteve um relacionamento difícil com o Senado e usou o Lex Majestatis; Foi o primeiro impedor a perseguir os cristãos, o que significa que o número de cristão já era bem elevado; *Motivo: Os cristãos dizem que Deus tem o poder supremo sobre todas as coisas na Terra, e Nero por achar que ele era mais poderoso que qualquer um, deu início a essa perseguição. (O cristianismo confrontava o império). Foi atribuído a ele o incêndio de Roma, diz-se que esta foi uma tentativa de eliminar os cristãos, que estavam em Roma (Não se sabe a causa real desse incêndio); Ele teve um desequilíbrio mental grave causado por um mulher, uma pebléia, que recusou-se a se casar com com ele. Nero, perdidamente apaixonado, mandou raptá-la, mas mesmo assim ela disse “Você pode me possuir, mas nunca terá meu coração”, após receber esse “toco imperial” ele não a matou, mas a libertou! Enlouquecido Nero, se matou. Dinastia dos Antoninos (96 d.C. – 192 d.C.) - Alexandre Fez novas conquistas territoriais (Invadiu a Inglaterra, pela da França); Edito Perpétuo: Oraganização das leis romanas, em um novo código jurídico (Codex Adrianus), que durou por todo o período do Império Romano; - Trajano Seu governo foi marcado pela máxima expansão do Império Romano; Depois de seu reinado Roma não avançou mais territorialmente; Construiu o Thermas, o novo fórum e urbanizou alguns bairros de Roma. - Baixo Império Foi o período em que Roma perdeu poder, até cair em 476 d.C.. A partir do ano 303 d.C., o império passou a sofrer constantes invasões dos povos Barbáros; Durante este período se destacaram os imperadores: 1º - Diocleciano: Durante seu governo Roma estava passando por uma grave crise, e a inflação não parava de subir, daí os romanos começaram a fazer revoltas, forçando o imperador a criar o Edito Máximo, para conter estas; Edito Máximo: Dizia que todo o preço do trigo e dos gêneros alimentícios mais simples, foi proibido de sofrer aumento; Criou um sistema chamado tetrarquia, que dividia o império em quatro áreas admistrativas, veja o mapa abaixo: 2º - Constantino: Fundou a cidade de Constatinopla; Edito de Milão: Liberou o culto aos cristãos, que a partir de então eles não seriam mais perseguidos (a religião cristã poderia ser praticada em Roma); Um dos principais cercos enfrentados por Constatino ocorreu em Constatinopla, realizado pelos Turcos. 3º - Teodósio Edito de Tessalônica: Oficializava o cristianismo, como religião oficial no império; * Mesmo com o Edito de Tessalônica os deuses romanos não foram extintos! O cristianismo agora era a religião do império, não das pessoas. Dividiu o Império Romano em dois: - Cultura romana A arquitetura era, dentre todas, o principal meio de manifetação artística dos romanos. As construções, por eles feitas serviam para satisfazer as necessidades do império; O direito evoluiu com o passar do tempo: No começo era consuetudinário, e era falado (período monárquico) depois passaram a ser escritas (período republicano) com as conquistas romanas apareceu um novo conjunto de lei chamado Jus Gentium, que extendia os direitos em Roma, para todo o resto do Império (período imperial); Para as fulturas gerações foi deixado pelos romanos o Latim, que se ramificou em diversas das línguas atuais como: o português, o espanhol, o francês, o italiano e o romeno; No principio havia na religião duas formas de culto: o doméstico e o público (período monárquico), depois ela passou a ser uma religião de estado, com uma hierarquia de sacerdotes (período republicano) e após isso ocorreu a divinização do imperador (período imperial). O cristianismo também estava presente em Roma, mas sua prática só foi liberada, com o aperecimento do Edito de Milão.