duroia lf(rubiaceae juss.) mirmecófitas na amazônia brasileira

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64º Congresso Nacional de Botânica
Belo Horizonte, 10-15 de Novembro de 2013
DUROIA L. F.(RUBIACEAE JUSS.) MIRMECÓFITAS NA AMAZÔNIA
BRASILEIRA
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Janilde M. Nascimento , João Ubiratan M. Santos , Elielson A.Cardoso , Ana Y. Harada3
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Mestre em Botânica tropical-UFRA/MPEG. UFRA. MPEG. *[email protected]
Introdução
O termo mirmecofilia define a relação mutualística entre
formiga e planta, onde a planta oferece abrigo e alimento
em troca de defesa [1].Em alguns casos as formigas,
podem agir como alelopáticas, impedindo o crescimento
de plantas trepadeiras e evitando a competição por luz [2].
Ainda assim é possível vê nas relações existentes entre
os insetos e plantas, que a evolução ocorreu em função
de vantagens oferecidas às plantas pelos insetos que
forrageavam naturalmente em suas superfícies [3 e 4].
Algumas plantas apresentam adaptações antagônicas em
relação a associação com formigas oportunistas, pois as
plantas produzem compostos tóxicos para afastar as
formigas de estruturas como as flores, dando atenção
para atrair polinizadores mais específicos [5]. O objetivo
deste trabalho foi estudar duas espécies de Duroia L.f
(mirmecófitas) na Amazônia Brasileira.
Metodologia
Figura 1. D. saccifera, D. hirsuta. Mostrando as domácias.
Conclusões
Este trabalho contribuiu para o conhecimento das
formigas encontradas nas espécies de Duroia
mirmecófitas na Amazônia brasileira, que utilizam essas
domácias como abrigo e proteção contra agentes
externos como: água e vento. Além disso as formigas são
consideradas organismos que protegem as plantas contra
herbivoria, visto que as exsicatas observadas não
possuíam danificação nas suas partes vegetativas nem
reprodutivas.
Agradecimentos
As formigas deste estudo foram coletadas em exsicatas
de Duroia spp depositadas nos herbários ( IAN, INPA,
MG, RB, SP) de ocorrência na Amazônia brasileira. A
priori foram selecionados espécimes que possuiam
grande quantidade de formigas uma vez que as mesmas
encontravam-se bastante desidratadas no material
herborizado. As formigas foram coletadas em domácias (
figura 1), folhas e frutos, e armazenada em ependorff
contendo álcool 70%. A identificação foi feita pela
pesquizadora Ana Harada do setor de invertebrados
(Entomologia) do Museu Paraense Emílio Goeldi.
Resultados e Discussão
Foram estudadas 18 exemplares de duas espécies de
Duroia mirmecófititas: Duroia saccifera (Mart. ex Roem. &
Schult.) Hook. f. ex Schumann, Duroia hirsuta (Poepp) K.
Schum., que estavam colonizadas por espécies de quatro
gêneros de formigas: Allomerus Mayr, 1877; Azteca
Forel, 1877; Linepthema Mayr, 1866; Mirmelachista
Roger, 1863. Na interação com D. saccifera foram
encontradas apenas formigas do gênero Allomerus fato
que não corrobora com os resultados encontrados nesta
espécie na Reserva Ducke, onde existia apenas Azteca
sp. associada à D. saccifera [6]. Associado a D. hirsuta
foram coletados quatro gêneros de formigas: Allomerus,
Azteca, Linepthema, Mirmelachista. No entanto,
Frederickson [7] havia detectado apenas Azteca e
Mirmelachista nesta mesma espécie ocorrendo na
Amazônia brasileira. Isso mostra a necessidade de mais
estudos para fortalecer o conhecimento dessa interação
formiga-planta.
Ao CNPQ pela concessão da bolsa de mestrado do
primeiro e do terceiro autor. Ao Programa de Pós
Graduação em Botânica Tropical, da Universidade
Federal Rural da Amazônia/Museu Paraense Emílio
Goeldi. E a coordenação do curso de Botânica.
Referências Bibliográficas
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región Neotropical. Instituto de Investigación de Recursos
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S.; Costa, J. M.; Brito, M. A. D.; Souza, L. H. P.; Martins, L. G.;
Lohmann, P. A. C. L.; Assunção, E. C.; Silva, C. F.; Mesquita,
M. R. & Procópio, L. C. Flora da Reserva Ducke: guia de
identificação das plantas vasculares de uma floresta de
terra-firme na Amazônia Central. INPA. 798 p.
[7] Frederickson, M. E. 2005. Oecologia. 143p.
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