Invernos I Vulto ao longe, Alguém que se oculta, (visão: quase nada...) Sonhos abertos à bruma... Sanha profunda. De que ? Não se sabe. Não se fala palavra. Seres lacônicos. Silêncio na alvorada (vidas que não se tocam, se entocam) Se escondem os mortos. II A mulher que, despida, Observa as formigas... Seguem caladas. A mulher e as formigas. ( atmosfera cinza.tempestade. Congelam-se os brados...) A mulher esquecida, Ainda que sem as vestes Agasalha o orvalho... As formigas se perdem ( parecem trabalhar para receber salário...) III É a alma do mundo – convence o profeta Em transe, Em fuga, Buscando mudanças...