1. TERMOMETRIA 03. TEMPERATURA: medida do nível de agitação térmica das partículas ou medida do nível da energia térmica média por partícula de um corpo ou sistema físico. 04. MAIOR AGITAÇÃO MAIOR TEMPERATURA MENOR AGITAÇÃO MENOR TEMPERATURA 05. CALOR: energia térmica em trânsito devido à diferença de temperatura; flui do sistema de temperatura mais alta para o de temperatura mais baixa. Mais quente Calor 06. Mais frio corpo humano). Em que posição da escala do seu termômetro ele marcou essa temperatura? (Belas Artes – SP) Numa escala termométrica X, a temperatura do gelo fundente corresponde a –80 ºX e a da água em ebulição, a 120 ºX. Qual a temperatura absoluta que corresponde a 0 ºX? Qual é a temperatura em que a indicação na escala Fahrenheit supera em 48 unidades a da escala Celsius? Um termômetro graduado na escala Fahrenheit sofre uma variação de temperatura de 45 ºF. Qual a correspondente variação de temperatura para um termômetro graduado na escala Celsius? (UFUb – MG) No gráfico, está representada a relação entre a escala TX (ºX) termométrica Celsius (tC) e uma escala X (tX). 80 Qual é a relação de tC em função de tX ? 20 Quando dois corpos, A e B, com temperaturas T A e TB iguais estão em contato térmico, diz-se que estão em equilíbrio térmico. 0 100 2. DILATAÇÃO TÉRMICA DOS SOLIDOS 4.1 ESCALAS TERMOMÉTRICAS. GRADUAÇÃO DO TERMÔMETRO Ao graduar o termômetro, fazendo corresponder a cada altura h uma temperatura T, estamos criando uma escala termométrica. ESCALA CELSIUS (CENTÍGRADA) Ponto de gelo: 0 Ponto de vapor: 100 2.1 DILATAÇÃO TÉRMICA LINEAR O comprimento de uma barra é Lo na temperatura Tº . Ocorrendo um aumento na temperatura T = T – To, onde T é a temperatura final, o comprimento da barra passa a ser L. Lo ESCALA FAHRENHEIT Ponto de gelo: 32 Ponto de vapor: 212 To L T L ESCALA KELVIN (ESCALA ABSOLUTA) L = Lo.. T 2.2 DILATAÇÃO TÉRMICA SUPERFICIAL Consideremos uma placa de área A0 na temperatura Tº. Se a temperatura aumenta para T, a área da placa aumenta para A. (Ver figura) Ponto de gelo: 273 Ponto de vapor: 373 O zero absoluto é um estado térmico que existe teoricamente, mas na prática nunca foi atingido. Na realidade, ele é inatingível. 4.2 CONVERSÃO ENTRE AS ESCALAS A temperatura de um sistema físico pode ser convertida nas três escalas em estudo pelas expressões deduzidas a seguir: A AO (TO ) (T) T > TO S = So.. T Tc = Tf – 32 = Tk - 273 5 9 5 2.3 DILATAÇÃO TÉRMICA VOLUMÉTRICA Chamemos VO o volume de um sólido na temperatura TO. Aumentando a temperatura para T, o volume do sólido aumenta para V. (Ver figura) TESTES DE CASA – termometria 01. (Unimep – SP) Numa das regiões mais frias do mundo, o termômetro indica –76 ºF. Qual será o valor dessa temperatura na escala Celsius ? V VO 02. (ITA – SP) Ao tomar a temperatura de um paciente, um médico só dispunha de um termômetro graduado em graus Fahrenheit. Para se precaver, ele fez antes alguns cálculos e marcou no termômetro a temperatura correspondente a 42 ºC (temperatura crítica do (TO ) (T) T > TO V = Vo.. T Os coeficientes de proporcionalidade , e são características do material que constitui a placa, denominados coeficientes de dilatação térmica 1 tC (ºC) linear,superficial e volumétrica,respectivamente, do material. Observação: Numa única expressão, os três coeficientes de dilatação térmica podem ser relacionados do seguinte modo: comprimento final, quando o fio é aquecido até 100 ºC. 02. Uma barra metálica homogênea, quando aquecida de 50 ºC até 150 ºC, sofre uma dilatação de 0,0015 m. Sabendo que o comprimento inicial da barra é de 3 m, determine o coeficiente de dilatação linear da barra. 1 2 3 03. Considere uma chapa de ferro, circular, com orifício circular concêntrico. À temperatura inicial de 30 ºC, o orifício tem um diâmetro de 1,0 cm. A chapa é, então, aquecida até 330 ºC. Qual a variação do diâmetro do furo, se o coeficiente de dilatação linear do ferro é 12.10-6 ºC-1? COMPORTAMENTO ANÔMALO DA ÁGUA Um fato curioso ocorre com a água. Vamos admitir que, sob pressão normal, certa quantidade de água líquida a 0 ºC seja colocada no interior de um recipiente que não se dilata. Se aumentarmos a temperatura até 4 ºC, verificaremos que o nível do líquido baixa, mostrando que nesse intervalo de temperatura a água sofreu contração. Se continuarmos o aquecimento além de 4 ºC, verificaremos que até 100 ºC o nível líquido sobe, indicando dilatação da água. 0 ºC 4 ºC 04. (Cescea – SP) Nas estruturas de pontes, é muito comum notar-se um vão livre de pequenas dimensões deixadas entre segmentos da construção. Esse vão é importante para permitir a livre dilatação do material, devido à variação de temperatura. Observa-se, numa certa ponte, um vão de 5 cm a cada 10 m de segmento. Sabendo que a temperatura varia no máximo 50 ºC, calcule o coeficiente de dilatação linear térmico do material da ponte, em (ºC). 100 ºC Portanto, para dada massa m de água, a 4 ºC ela apresenta um volume mínimo. Lembrando que a densidade da água é dada pela relação entre a massa e seu volume ( d = m / v), concluímos que a 4 ºC a água apresenta densidade máxima. Graficamente, a figura abaixo indica esse comportamento anômalo da água. d(g/cm³) 05. (UMC – SP) O comprimento de uma barra metálica, à temperatura 0, é igual a L0. Produzindo-se uma elevação de 50 ºC na temperatura da barra, seu comprimento sofre uma variação de 10% em relação ao comprimento inicial L0. Nessas condições, calcule o coeficiente de dilatação linear térmico do material, suposto L L O constante. v 1 Vmín 0 4 T (ºC) 0 4 0,24 06. (UFBA) Uma barra tem 100,0 0,12 cm de comprimento a 0 0 1,0 x 10 3 2,0 x 103 T (ºC) ºC. Quando aquecida, a razão entre o acréscimo de seu comprimento e o comprimento inicial varia com a temperatura de acordo com o gráfico abaixo. Quando a temperatura atingir 1500 ºC, qual será o comprimento da barra? T (ºC) A razão desse estranho comportamento da água está em sua constituição molecular. As moléculas de água, no estado líquido, estão unidas umas às outras por um tipo especial de ligação, de natureza elétrica: as pontes de hidrogênio. Ao aumentar a temperatura, a partia de 0 ºC, as pontes começam a se romper e há uma aproximação entre as moléculas. Esse efeito, que se mostra mais acentuado entre 0 ºC e 4 ºC, supera o efeito produzido pela agitação térmica (o afastamento entre as moléculas), fazendo com que a água se contraia. GABARITO DOS TESTES DE CASA Acima de 4 ºC, sendo menor o número de pontes que se rompem, essa contração deixa de ser observada, pois passa a predominar o afastamento molecular, que se traduz macroscopicamente pelo aumento do volume (dilatação). termometria Dilatação 01. L = 0,08 cm L = 50,08 cm 02. = 5 . 10-6 ºC-1 03. 3,6 . 10-3 cm 04. 10-4 ºC-1 5 10005. 2 . 10-3 ºC-1 06. Tc Tx 3 3 06. 1,8 cm 01. 02. 03. 04. 05. TESTES DE CASA – dilatação 01. Um fio metálico homogêneo tem, a 20 ºC, o comprimento de 50,00 cm. Sabendo-se que o coeficiente de dilatação linear vale 2 . 10-2 ºC-1, determine a dilatação linear do fio e o 2 – 60 ºC 107,6 313 K 68 ºF ou 20 ºC T = 25 ºC proporcionalidade (c) é denominada calor específico da substância que constitui o corpo. Obs.: - Se T > 0 Q > 0, significando que o corpo ganha calor. - Se T < 0 Q < 0, significando que o corpo perde calor. 3. CALORIMETRIA CALOR é energia térmica em trânsito devido à diferença de temperatura; flui espontaneamente do sistema de temperatura mais alta para o de temperatura mais baixa. 3.2.1 CAPACIDADE TÉRMICA (C) Define-se capacidade térmica de um corpo como sendo o produto da sua massa pelo calor específico do material que o constitui. Sendo dois corpos A e B inicialmente com temperaturas diferentes, teremos o que é ilustrado abaixo. O calor se propagando do corpo de maior temperatura para o de menor temperatura: Unidades: cal/ºC e J/ºC O PRINCÍPIO DAS TROCAS DE CALOR Dois ou mais corpos, com temperaturas diferentes, quando colocados num calorímetro, trocam calor entre si até atingirem o equilíbrio térmico. Calor Corpo A TA Corpo B TB TA > TB Após o equilíbrio térmico: Corpo A TA C = Q/T LEI GERAL DAS TROCAS DE CALOR: TA = TB Corpo B TB A soma algébrica das quantidades de calor trocadas entre os corpos é nula, ou seja: Cessou a passagem de calor de A para B 3.1 QUANTIDADE DE CALOR Para avaliarmos quantitativamente o calor trocado entre dois corpos, adotamos a grandeza denominada quantidade de calor, que simbolizaremos por Q. A unidade do calor No Sistema Internacional de Medidas, a energia é medida em Joules (J) e, evidentemente, vale para o calor, que também é uma energia. Por razões históricas, no entanto, usamos, até hoje, outra unidade de quantidade de calor, a caloria (cal), que assim se define: Uma caloria é a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de um grama de água de 14,5 ºC a 15,5 ºC, sob pressão normal. Q1 +Q2 = 0 TESTES DE CASA – Calorimetria 01. Um bloco de alumínio com 600 g de massa deve ser aquecido de 10 ºC até 150 ºC. Sendo de 0,22 cal/g.ºC o calor específico do alumínio, calcule: a) A quantidade de calor que o bloco deve receber; b) A sua capacidade térmica. 02. Quantas calorias perderá a massa de dois quilogramas de água, quando sua temperatura baixar de 50 ºC para 20 ºC ? 03. (EFOCB) A quantidade de calor que se deve fornecer a um quilograma de uma substância para elevar de 5,0 ºC é igual a 3000 cal. Qual o calor específico da substância, em cal/g. ºC? 1 cal = 4,186 J A quantidade de calor que determinado corpo cede ou recebe pode variar sua temperatura ou, então, mudar seu estado físico. No primeiro caso, a quantidade de calor é denominada quantidade de calor sensível e no segundo, quantidade de calor latente. 04. (UE – CE) Cedem-se 684 cal a 200 g de ferro que estão a uma temperatura de 10 ºC. Sabendo que o calor específico do ferro vale 0,114 cal/g.ºC, qual a temperatura final do ferro ? 3.2 QUANTIDADE DE CALOR SENSÍVEL (QS) Verifica-se experimentalmente, que a quantidade de calor sensível (QS) recebida ou cedida por um corpo para variar a sua temperatura é diretamente proporcional à sua massa (m) e à variação da sua temperatura (T), ou seja: 05. (PUC – SP) Um T(ºC) corpo de massa 300 g é aquecido através de uma 40 fonte cuja potência é constante e igual a 400 cal por minuto. O gráfico 0 15 t(min) ilustra a variação da temperatura num determinado intervalo de Q = m.c. T Essa expressão corresponde à Equação Fundamental da Calorimetria, onde a constante de 3 tempo. Pede-se o calor específico da substância que constitui o corpo. água a 0 ºC. Qual a massa de gelo utilizada no experimento? Dados: LFUSÃO = 80 CAL/G; cágua = 1,0 cal/g. ºC 06. (UFRS) Dois corpos, A e B, à mesma temperatura, são colocados em contato. Sabe-se que o calor específico do corpo A é três vezes maior que o do corpo B. Assinale a afirmação correta: a) O calor flui do corpo A para o corpo B. b) O calor flui do corpo B para o corpo A. c) Não há fluxo de calor entre os dois corpos. d) A quantidade de calor contida no corpo A é três vezes maior. e) Os dois corpos contêm a mesma quantidade de calor. 07. Aquecem-se massas iguais de água e óleo lubrificante a partir de 30 ºC, fornecendo-lhes simultaneamente iguais quantidades de calor sensível. O calor específico do óleo é 0,5 cal/g.ºC. Para um acréscimo de 20 ºC na temperatura da água, qual o acréscimo correspondente na temperatura do óleo ? 08. (Unimep – SP) Em um recipiente, colocamos 250 g de água a 100 ºC e, em seguida, mais 1000 g de água a 0 ºC. Admitindo que não haja perda de calor para o recipiente e para o ambiente, calcule a temperatura final das 1250 g de água. 14. (PUC – RJ) Quando misturamos 100 g de gelo a 0 ºC com 900 g de água a 20 ºC em um recipiente termicamente isolado e de capacidade térmica desprezível, qual a temperatura final de equilíbrio? GABARITO 01. a) 18480 cal b) 132 cal/ºC 02. 60 kcal 03. 0,60 04. 40 ºC 05. 0,5 cal/gºC 06. C 07. 40 ºC 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 20 ºC 0,25 cal/gºC 55 ºC 125 g 12 ºC 25 g 10 ºC TERMODINÂMICA A termodinâmica estuda a conversão de energia não térmica para energia térmica e vice-versa, por exemplo, a conversão de trabalho em calor. Em Termodinâmica, vamos estudar as relações que as quantidades de energia trocadas devido à diferença de temperatura (quantidades de calor) guardam com os trabalhos mecânicos realizados, que se processam sem a necessidade de haver uma diferença de temperatura. A termodinâmica procura estabelecer as condições de equilíbrio entre o sistema e o meio externo, relacionando as quantidades de calor trocadas e os trabalhos realizados durante o processo. 1. TRABALHO () Considere-se um gás contido em um recipiente de secção reta de área A, com um êmbolo móvel e sem atrito com a superfície do recipiente, nas condições da figura. 09. Um bloco metálico de 200 g de massa, a 100 ºC, é introduzido num calorímetro, de capacidade térmica desprezível, que contém 500 g de água a 12 ºC. Determine o calor específico do metal que constitui o bloco, sabendo que o equilíbrio térmico se estabelece a 20 ºC. 10. Num calorímetro de capacidade térmica 10 cal/ºC, tem-se uma substância líquida de massa 200 g, calor específico 0,2 cal/g.ºC a 60 ºC. Adiciona-se nesse calorímetro uma massa de 100 g e de calor específico 0,1 cal/g.ºC à temperatura de 30 ºC. Qual a temperatura de equilíbrio? 11. (Mackenzie – SP) Um calorímetro de capacidade térmica 40 cal/ºC contém 110 g de água (calor específico = 1,0 cal/g.ºC) a 90 ºC. Qual a massa de alumínio (calor específico = 0,20 cal/g.ºC) a 20 ºC que devemos colocar nesse calorímetro para esfriar a água a 80 ºC? d Área A P o Vo To P V T Fornecimento de calor (Q) Fornecendo-se uma quantidade de calor (Q) ao sistema, através de uma fonte térmica, o gás irá se expandir utilizando uma parte do calor recebido, movendo o êmbolo de uma distância d. 12. (UFRJ) Três amostras de um mesmo líquido são introduzidas num mesmo calorímetro adiabático de capacidade térmica desprezível: uma de 12 g a 25 ºC, outra de 18 g a 15 ºC e a terceira de 30 g a 5 ºC. Calcule a temperatura do líquido quando se estabelecer o equilíbrio térmico no interior do calorímetro. O trabalho efetuado pelo gás para mover o êmbolo pode ser calculado por: = P . V 13. (AFA – SP) Uma porção de gelo a 0 ºC é colocada no interior de um recipiente adiabático onde existem 200 g de água a 10 ºC. Ao final de algum tempo, verifica-se que no recipiente existe apenas Obs.: 4 A fórmula encontrada para o cálculo do trabalho só pode ser utilizada em transformações com pressão constante. - Quando o sistema se expande (o volume aumenta), diz-se que o sistema realiza trabalho e quando se comprime (o volume diminui), diz-se que o sistema recebe trabalho do meio externo. - Se não houver variação de volume numa transformação, o trabalho é nulo. V = 0 = 0. 1. PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA - 2.2 TRANSFORMAÇÀO ISOTÉRMICA - Transformação a temperatura constante. PO VO P V Como a temperatura é constante, a variação da energia interna é nula. T = 0 U = 0 A energia interna de um sistema varia em vista das trocas energéticas entre ele e o meio ambiente. Como o sistema troca energia com o exterior na forma de calor (Q) e de trabalho (U) é o resultado do balanço energético entre essas duas quantidades de energia. Assim, esta primeira lei é a reafirmação do Princípio da Conservação de Energia. Pela Primeira Lei da Termodinâmica, temos: Q = U + Então, como a variação da energia interna é nula, o sistema funciona como um conversor de energia, isto é, recebe energia em forma de calor e cede em forma de trabalho ou, ao contrário, recebe trabalho e cede calor. Q= d TESTES Área A P o Vo To P V T 2.3 TRANSFORMAÇÃO ADIABÁTICA Fornecimento de calor (Q) Q = U + - Onde: Q Quantidade de calor trocado com o meio; U Variação da energia interna do sistema; Trabalho realizado pelo sistema ou sofrido pelo sistema. Transformação em que não há troca de calor com o meio externo. Q=0 Pela Primeira Lei da Termodinâmica, temos: Q = U + Como Q = 0, teremos então: Obs.: Ao se utilizar a Primeira Lei da termodinâmica, não se deve esquecer da regra de sinais: U = - P Calor recebido Calor cedido Trabalho em expansão Trabalho em compressão Q>0 Q<0 >0 <0 A 700 K B 2. TRANSFORMAÇÕES GASOSAS 200 K V 2.1 TRANSFORMAÇÃO ISOCÓRICA 3. SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA A Primeira Lei da Termodinâmica reafirma a idéia da conservação da energia em todos os processos naturais, isto é, a energia não é criada nem destruída nas transformações termodinâmicas. No entanto, essa primeira lei nada diz a respeito da probabilidade ou possibilidade de ocorrência da determinado evento. Por exemplo, um corpo em movimento sobre uma dada superfície acaba parando: sua energia mecânica se transforma em igual quantidade de calor, que aquece o corpo e os objetos que o cercam. Entretanto, se fornecermos calor ao corpo através de uma fonte, ele certamente não se porá em movimento, adquirindo Como o volume é constante, não há realização do trabalho: V = 0 = 0 Pela Primeira Lei da Termodinâmica, temos: Q = U + Então, como = 0, temos que numa transformação isocórica, a variação da energia interna é igual à quantidade de calor que o sistema troca com o meio externo: U = Q 5 energia mecânica em igual quantidade, embora a primeira lei nada estabeleça a respeito de tal impossibilidade. RENDIMENTO () O rendimento de uma máquina térmica será: A Segunda Lei da Termodinâmica tem um caráter estatístico, estabelecendo que os processos naturais apresentam um sentido preferencial de ocorrência, tendendo sempre o sistema para um estado de equilíbrio. Na verdade, a Segunda lei não estabelece, entre duas transformações possíveis que obedecem à primeira lei, qual a que certamente acontece, mas sim a que tem maior probabilidade de ocorrer. energia útil energia total Q1 Sendo Q1 Q2 , pode-se escrever ainda que: 1 Q2 Q1 Obs.: - Perceba que nunca será maior do que 1 (unidade). - pode ser expresso em porcentagem. - A potência de uma máquina é dada por: POT = /T MÁQUINAS FRIGORÍFICAS As máquinas frigoríficas são máquinas térmicas que transferem calor de uma fonte térmica, que se encontra a baixa temperatura, para outra de temperatura mais elevada. O refrigerador (geladeira) é um exemplo de máquina frigorífica. Já foi visto anteriormente que isto não ocorre espontaneamente. É necessário um trabalho externo. A fonte fria deverá estar localizada no espaço que se quer refrigerar, retirando o calor. Enquanto isso, a fonte quente deverá rejeitar o calor para o meio externo. Portanto, as máquinas frigoríficas convertem trabalho em calor. Resumindo: a Segunda Lei da Termodinâmica procura estudar as limitações a que estão sujeitos os processos termodinâmicos, determinando o sentido em que ocorrem essas transformações, através da função entropia. ENTROPIA: Quando ocorre uma transformação termodinâmica, uma parte da energia é aproveitada e outra é desperdiçada em forma desorganizada e inútil conhecida como energia térmica. A entropia mede a “degradação” da energia organizada para uma energia desorganizada. Nos processos naturais (irreversíveis), a entropia aumenta. Admitindo-se que o Universo seja um sistema isolado, a entropia do Universo sempre aumenta. Finalmente, podemos tirar uma conclusão geral da Segunda Lei da Termodinâmica: É impossível a construção de qualquer dispositivo que, operando ciclicamente, tenha como único efeito retirar calor de um sistema e convertê-lo em energia mecânica. Fonte “quente” Q1 Q2 4. RENDIMENTO DAS MÁQUINAS TÉRMICAS Fonte “fria” 4.1 MÁQUINA TÉRMICA Dispositivo que, trabalhando com duas fontes térmicas, faz a conversão entre calor e energia mecânica (trabalho). Máquina a vapor (locomotiva do trem “maria-fumaça”) e motor de combustão interna (de automóvel) são exemplos de máquinas térmicas. 4.2 CICLO DE CARNOT Carnot, em 1824, na obra Reflexões sobre a potência motriz do fogo, afirmava que o rendimento de uma máquina térmica era função exclusiva das temperaturas dos corpos que formavam a fonte fria e a fonte quente. Vale lembrar que, naquela época, não era conhecido o Princípio da Conservação de Energia nem a equivalência entre o calor e o trabalho. Fonte “quente” Q1 Máquina Térmica Carnot estabeleceu um ciclo de rendimento máximo que leva o seu nome. CICLO DE CARNOT Q2 P Fonte “fria” A Q=0 - Q1 : calor fornecido pela fonte quente; - : trabalho útil fornecido ao meio externo; - Q2 : calor rejeitado à fonte fria. É válida a seguinte relação: Q1 B D Q2 Q=0 C Isoterma T1 Isoterma T2 V Q1 Q2 6 O ciclo de Carnot, independente da substância, é constituído de quatro processos: 1) Uma expansão isotérmica reversível, em que o sistema recebe uma quantidade de calor Q1 da fonte quente (A B). 2) Uma expansão adiabática reversível, na qual não há troca de calor (Q = 0) com as fontes térmicas (B C). 3) Uma compressão isotérmica reversível, em que o sistema cede uma quantidade de calor Q2 à fonte fria (C D). 4) Uma compressão adiabática reversível, na qual não há troca de calor (Q = 0) com as fontes térmicas (D A). Numa máquina de Carnot, a quantidade de calor retirada da fonte quente e a rejeitada à fonte fria são proporcionais às suas temperaturas absolutas. Q2 Q1 a) Redução de volume do gás. b) Redução de temperatura do gás. c) Aumento da energia interna do gás. d) Conversão de calor em trabalho. e) Realização de trabalho do meio externo sobre o gás. P A B V 04. (UNEB) Um gás sofre uma expansão sob uma pressão constante de 4.105 N/m², variando seu volume de 5.10-3 m³ até 8.10-3 m³. Se o gás recebe 2000 J de calor, a variação de sua energia interna, em J, é: 01) 200 04) 800 02) 400 05) 1200 03) 600 T2 T1 05. (UEFS-99) Um mol de um gás sofre a transformação AB, representada no gráfico abaixo. O gás recebe 1 kcal do meio exterior. Sabendo-se que 1 cal = 4,2 J, a variação da energia interna sofrida pelo gás, nessa transformação, é de: P(105N/m²) 01) 2,2 KJ 02) 2,8 KJ B 6 03) 3,3 KJ 04) 4,5 KJ A 2 05) 4,8 KJ T Assim o rendimento de uma máquina Máx 1 2 de Carnot fica sendo: T1 Onde: T2 = temperatura da fonte fria. T1 = temperatura da fonte quente. Obs.: - As máquinas térmicas que operam segundo o ciclo de Carnot são máquinas que atingem o limite máximo da conversão de calor em trabalho. - O rendimento de 100% é impossível de se obter, mesmo numa máquina de Carnot. Para se obter = 1, todo calor proveniente da fonte quente deverá ser convertido em trabalho, o que contraria a Segunda Lei da Termodinâmica. Em outras palavras, para se obter rendimento de 100%, a temperatura absoluta da fonte fria deveria ser 0 K. Conclui-se daí que o zero absoluto é impossível. - Todas as máquinas que operam sob mesmas temperaturas, utilizando-se do ciclo de Carnot, têm rendimentos iguais. TESTES DE CASA 01. (FTC-04.01) Um gás sofre uma expansão variando seu volume de 2,0 m³ até 5,0 m³, sob pressão constante de 5.105 N/m², recebendo, durante o processo, 2.106 J de calor. A variação da energia interna do gás, em kJ, é: 01) 500 02)400 03) 300 04)200 05)100 02. (UESB-02) Em um segundo, o vapor fornece 1600 kcal para uma máquina térmica. Nesse mesmo tempo, são perdidas 1200 kcal para a atmosfera. Nessas condições o rendimento máximo dessa máquina vale: a) 0,10 b)0,15 c)0,20 d)0,25 e)0,75 03. (UEFS-02.1) Ao absorver calor, um gás ideal passa do estado A para o estado B,conforme o diagrama pressão x volume, representado abaixo. Considerando essas informações, pode-se afirmar que, nessa transformação, houve: 0 3 8 V(10-3m³) 06. (UEFS-99.2) A expressão matemática que representa analiticamente o primeiro princípio da termodinâmica relaciona as grandezas: 01) Pressão, massa e temperatura. 02) Calor, trabalho e energia interna. 03) Volume, força e pressão. 04) Trabalho, energia interna e massa. 05) Força, calor e temperatura. 06) GABARITO 01. 01 02. d 03. b 04. 04 05. 01 06. 2 7