Vacina contra Febre Amarela - Secretaria da Saúde

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SECRETARIA DE SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
CENTRO DE VIGILÂNCIA ESTADUAL EM SAÚDE
DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
PROGRAMA ESTADUAL DE IMUNIZAÇÕES
Vacina contra Febre Amarela
VIGILÂNCIA DE EVENTOS
ADVERSOS PÓS-VACINA
RENATE MOHRDIECK
Febre Amarela
COMPOSIÇÃO DA VACINA:
 vírus vivos atenuados da cepa 17DD, derivada da
cepa 17D
 cultivada em ovos embrionados de galinha
 sacarose, glutamato,sorbiotol, gelatina bovina,
eritromicina e Kanamicina
 a vacina em uso pelo MS/PNI é produzida no
laboratório Biomanguinhos/ Fundação Osvaldo
Cruz.
Febre Amarela
• Produtores de vacina FA
País
Laboratório
Colombia
Instituto Nacional de
Saude/Bogotá
Biomanguinhos /Fiocruz
Brasil*
Estados
Unidos
França*
Ìndia
Reino
Unido*
Rússia
Senegal*
Sanofi Pasteur
Sanofi Pasteur
Instituto Central de
Pesquisa/Kisauli
Medical Evans
Instituto de Poliomielite e
Encefalites Virais /Moscou
Instituto Pasteur/Dakar
Febre Amarela
Dose e via de administração:
cada dose corresponde a 0,5ml e contém
no mínimo LD50 do vírus da FA
via de administração subcutânea
Febre Amarela
Contra-indicações:
• A vacina contra febre amarela é contra-indicada em crianças com
menos de 6 meses de idade;
• imunodepressão transitória ou permanente, induzida por doenças
(neoplasias, AIDS e infecção pelo HIV com comprometimento da
imunidade) ou pelo tratamento (drogas imunossupressoras acima
de 2mg/kg/dia por mais de 2 semanas, radioterapia etc.);
• Gestação em qualquer fase constitui contra-indicação relativa a
ser analisada para cada caso na vigência de surtos;
• Reações anafiláticas relacionadas a ovo de galinha e seus
derivados ou a outras substâncias presentes na vacina (ver
composição) constituem contra-indicação para a vacina contra
febre amarela.
Febre Amarela
Contra indicações relativas:
 Indivíduos com doenças autoimunes, doenças neurológicas
ou outros problemas crônicos deverão ser avaliados casos a
caso, preferencialmente pelo seu médico assistente,
considerando sua atual situação clínica, antecedentes vacinais
e o risco de exposição ao vírus da febre amarela.
Febre Amarela
Precaução
Nos casos de doenças agudas febris moderadas ou graves
recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro com o
intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da doença.
Indivíduos soropositivos para HIV, em regiões de médio e alto
risco para Febre Amarela, devem ter sua vacinação avaliada
.
levando-se em conta sua contagem de CD4 e carga viral
Febre Amarela
EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAÇÃO CONTRA A FEBRE AMARELA
Evento adverso
(EAPV)
Manifestações
locais
Manifestações
gerais
Hipersensibilidade
Encefalite
Doença
Viscerotrópica
Aguda
Intervalo
vacinação
e EAPV
Descrição
Dor, eritema e
enduração por 1 a
2 dias
1-2 dias
A partir do
3º dia
Conduta
Notificar abscessos, lesões
extensas ou com limitação
4%
de movimentos, e casos
não graves muito
freqüentes; não contraindica revacinação
<4%
Notificar/investigar
menor em aglomerados de casos; não
revacinado contra-indica revacinação
Menos de
2 horas
2 por
milhão
Febre,
meningismo,
convulsões,
torpor
7-21 dias
1 em 22
milhões
Sindrome ícterohemorrágica
Primeiros
10 dias
< 1 para
450.000
doses
Febre, mialgia e
cefaléia Sintomas
leves por 1-2 dias
urticária, sibilos,
laringoespasmo,
edema de lábios,
hipotensão,
choque
Freqüência
Revacinação contra
indicada
Notificar e investigar
também outras síndromes
neurológicas graves;
diagnóstico diferencial.
Revacinação contra
indicada
Internação emUTI.
Notificação imediata e
investigação clínica e
laboratorial para elucidação
do diagnóstico etiológico.
Em caso de óbito coleta
irgente de espécimes
segundo protocoço do
PNI/SVS/MS. Rvacinação
contra indicada.
Febre Amarela
Casos suspeitos ou confirmados de visceralização após a vacina
contra Febre Amrela , Brasil de 1999 a 2003.
UF, ano
Idade,
anos
Sexo
Tempo após
Clínica e laboratório
vacinação, dias
Evolução
Goiânia,
1999
5
F
3
Óbito
5º. dia.
São Paulo, 11
1999
M
3
São Paulo, 22
2000
F
4
Minas
Gerais,
1999
Minas
Gerais,
2001
Rio Grande
do
Sul,
2001
Rio
de
Janeiro,
2003
12
F
3
19
F
3
4
M
4
67
M
4
Febre, dispnéia, hiperemia orofaringe. AST e ALT: 4 x.
Bilirrubina 1,1 mg. Leucocitose, anemia. R-X tórax:
infiltrado intersticial difuso à esquerda.
Febre, mal-estar, diarréia, icterícia, petéquias e
epistaxe. AST: 162; ALT: 150; Bilirrubina total 13,5;
Cr 3,2.
Febre, mialgia, hiperemia orofaringe. Icterícia. AST e
ALT: 10,5 x. Leucopenia com desvio à esquerda.
Insuficiência renal. Distúrbio de coagulação.
Febre, astenia, mialgia. Hiperemia oral, icterícia,
hipotensão e hemorragia. Leucopenia; plaquetopenia
e aumento de uréia e creatinina.
Febre, mialgia, cefaléia. AST e ALT 12 e 6 x.
Bilirrubina 6,0. Leucopenia com desvio à esquerda.
Distúrbio de coagulação.
Febre, prostração, petéquias. Linfadenomegalia. AST
e ALT 20 x; Bilirrubina 7,01. Leucopenia com desvio
à esquerda. Insuficiência renal.
Febre, astenia, mialgia, cefaléia e prostração. AST:
2572; TGP: 2525.
Leucopenia. Insuficiência
respiratória. Anticorpos neutralizantes contra febre
amarela: 3533 mUI/mL (10 dias após vacinação);
43875 mUI/mL (23 dias após vacinação).
Óbito
5º. dia.
Óbito
6º. dia.
Alta
9º. dia
Óbito
10º. dia.
Óbito
10º. dia.
Alta
48º. dia
Febre Amarela
PROTOCOLO FEBRE AMARELA:
Orienta sobre eventos adversos graves(visceralização) associados temporalmente a
vacina 17DD contra febre amarela.
Objetivos


Identificar casos de eventos adversos graves (visceralização)
após vacina contra febre amarela.
Normatizar procedimentos operacionais para estudo dos
casos acima.
Casos suspeito de evento pós vacina de FA : presença de pelo menos dois dos
seguintes eventos clínicos, nos primeiros 15 dias após a vacinação contra febre
amarela: (1)febre, (2) hipotensão ou choque, (3)icterícia e/ou hemorragia.
Em crianças, especialmente menores de um ano, os sinais e sintomas podem ser
bastante inespecíficos e manifestar-se um quadro de síndrome da resposta
inflamatória sistêmica.
Febre Amarela
Como proceder:
 Notificar por telefone ou fax ao Posto de Saúde mais próximo.
 Preencher as Fichas de Investigação dos Eventos Adversos
Pós-Vacinais (cap. 2) e de Vigilância Epidemiológica da Febre
Amarela (Anexo 1) e notificar à unidade de saúde para iniciar
o seguinte fluxo:
Unidade de Saúde → SMS → CRS → SES → SVS
Febre Amarela
Amostras de vísceras
Amostras 1 e 2
Coletar sangue total em 2
tubos com 6 ml cada (sem
anticoagulante).
Extrair o soro e conservar em
gelo seco ou freezer a –
70ºC*.
Coágulos - enviar em
temperatura ambiente para o
Lacen.
Amostra 1 - LACEN Estadual
Realizar sorologias:
Dengue, Febre Amarela,
Hepatites A, B e C,
Leptospirose, Riquettsioses,
Citomegalovírus,
Mononucleose e outras
pertinentes.
Encaminhar aos laboratórios
de referência conforme área
de abrangência
Em
A caso de óbito coletar 4 3
amostras de vísceras (2cm
cada) incluindo fígado e cérebro
(prioridades), pulmão, timo,
coração, baço, linfonodo, rim e
cérebro. 2 amostras devem ser
conservadas em solução de
formalina a 10% em tampão
fosfato (PBS), mantidas a
temperatura ambiente e 2
amostras em frascos estéreis
conservadas e transportadas a
–70ºC ou em gelo seco.
FLUXOGRAMA PARA ESTUDO DE EVENTOS ADVERSOS GRAVES
APÓS VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AMARELA
Em caso de suspeita de viscerotropismo:
Amostra 3
Coletar 9,0 mL de
sangue total em 2
tubos com 4,5mL cada
um contendo citrato,
conservar e transportar
em temperatura
ambiente. Deve chegar
ao destino o mais
rapidamente possível,
no máximo 48 horas
após a coleta.
Amostra 4
Coletar 5 mL de sangue total
em tubo com heparina,
conservar e transportar em
temperatura ambiente,
devendo chegar ao destino
em até 24 horas após a
coleta.
Esquema dos procedimentos laboratoriais
Amostra 1
Diagnóstico etiológico e diferencial - sorologia
Febre amarela; hepatites A, B e C; leptospirose; riquettsioses;
mononucleose; dengue; infecções por citomegalovírus,
hantavírus e outras infecções ou condições mórbidas que sejam
pertinentes.
Amostra 2
Estudo virológico
• Isolamento viral em células C6/36, VERO e camundongos
neonatos.
• Quantificação da viremia expressa por unidade formadora de
placas de lise em células VERO e por PCR em tempo real.
• Detecção do genoma viral por RT-PCR. Sorologia específica
para FA:
• Quantificação de anticorpos neutralizantes pelo teste de
redução de placas de lise em células VERO.
Identificação genética do vírus
A partir do vírus isolado ou suspensão de tecidos
realizar o isolamento do RNA viral e amplificação do genoma por
PCR. Determinação da seqüência de nucleotídeos dos produtos
de PCR cobrindo regiões específicas ou o genoma inteiro.
Esquema dos procedimentos laboratoriais
Amostra 3
Estudo Imunológico e genético do paciente
Citometria de fluxo:
• Imunofenotipagem de leucócitos do sangue periférico ex vivo.
• Imunofenotipagem de leucócitos após cultura rápida in vitro
na presença do antígeno vacinal.
• Pesquisa de citocinas.
Outros estudos:
• Identificação de situações de imunodeficiências primárias ou
adquiridas.
• Tipagem de HLA e polimorfismo genético de loci específicos.
• Polimorfismo de genes envolvidos na resposta imune.
Esquema dos procedimentos laboratoriais
Amostras de vísceras
Histopatologia
• Técnica de hematoxilina-eosina e histoquímica.
• Imuno-histoquímica.
• Pesquisa de antígeno do vírus da FA.
• Pesquisa de citocinas teciduais.
Febre Amarela
•
Doença
viscerotrópica •
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Febre > 39,0ºC (> 48 horas de
duração),
Náusea
Vômitos
Astenia (duração > 72 horas)
Mialgia (duração > 24 horas)
Artralgia (duração > 24
horas)
Dispnéia
IIcterícia (bilirrubinas > 1.5 X o valor
normal) hepática (elevação de AST e ALT 3 X normal)
Dsfunção
Disfunção renal (diminuição da filtração glomerular, elevação de uréia e creatinina
1.5 X o normal sem história de doença renal prévia)
Taquicardia (freqüência cardíaca >100 bpm) ou bradicardia (<50 bpm)
Rabdomiólise (> 5 X o valor normal de CPK)
IInsuficiência respiratória (respiração encurtada, disfunção de ventilação
ouoxigenação)
Trombocitopenia ( plaquetas <
th
100,000/µL)
Hipotensão (Pressão
sistólica > 90 mm Hg para adultos ou menor do que o
percentil para crianças com idade
5º. < 16 anos; hipotensão postural com queda de >
15 mm Hg na pressão diastólica, síncope ortostática ou tontura ostostática)
Miocardite (anormalidades compatíveis ao ECG, ECO, ou alteração de enzimas
cardíacas, ou evidência de inflamação em biópsia de tecido)
Coagulação intravascular disseminada (elevação do tempo de protrombina ou do
tempo de tromboplastina parcial ativada com elevação de produtos de degradação
do fibrinogênio)
Hemorragia
Obrigado
[email protected]
Programa Estadual de Imunizações
Rua Domingos Crescêncio, 132
3º andar - Porto Alegre
CEP 90650-090
fone 51 3901-1162
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