Juliana Gomes de Sa DISTURBIOS DO MOVIMENTO EM PACIENTES pas ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL, QUE INTERROMPERAM o TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO Trabalho apresentado como requisito parcial de conclusao para obten~ao da gradua~ao pelo Curso de Fisioterapia, Faculdade de Ciencias Biologicas e da Saude, da Universidade Tuiuti do Parana. Orientadora: Profa. Camargo Ferrari. Regina Maria Orientadores Metodologicos: Profs. Luiz Antonio Negrao Dias e Frederico Burigo CURITIBA 2004 TERMO DE APROVACAO Juliana Gomes de Sa DISTURBIOS DO MOVIMENTO EM PACIENTES POS ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL,QUE TRATAMENTO , INTERROMPERAM 0 FISIOTERAPEUTICO Este trabalho foi julgado e aprovado para a obtengao do titulo de Bacharel em Fisioterapia do Curso de Fisioterapia da Universidade Tuiuti do Parana. Curitiba , -,-- de -----.-------------- de 2004 Coordenador ,-- --~---- ---,-----,----Profa. Regina Maria Camargo Ferrari. - Orientadora: ---------- -----------, ,-- Prof. -,-------------,---,-. Prof. ---------, DEDICATORIA Esta monografia e dedicada pela ajuda durante todo 0 aos meus queridos pais: Marilys e Paulo, percurso da Faculdade, e aos amigos sempre presentes. ••• III Agrade~o aos meus pais, em especial a minha mae Marilys, pela compreensao, paciencia e apoio, sempre dedicados e 0 incentivo que permitiram alcan~ar 0 meu objetivo. A Deus, pela possibilidade de auxiliar e reabilitar quem necessita. Aos amigos, Maria Cristina, Dayane, Evelyn, Fernanda, Maira e Rodrigo, os quais me apoiaram durante todo 0 percurso da minha vida universitaria, incentivando a seguir em frente. Aos professores, pela aten~ao e orienta~oes dispensados a mim, principalmente a minha orientadora, Profa. Regina C. Ferrari, sem a qual nao seria possivel concluir este trabalho . • IV SUMARIO LISTA DE QUADROS.......................................................... vii LIST A DE SIGLAS.............................................................. viii RESUMO . AB ST RA CT . • IX X 1 INTRODUCAO.................................................................... 1 2 REVISAO DA LITERATURA............................................... 2 2.1 FISIOPATOLOGIA 2.2 ETIOLOGIA............................ 3 2.3 EPIDEMIOLOGIA................................................................ 4 2.4 FATORES DE RISCO 4 2.5 SINAIS E SINTOMAS.......................................................... 5 2.6 AVALIAC;Ao DO SISTEMA MOTOR E SUAS FUNC;OES ..... 5 II 11.............. 2 , 2.7 QUADRO CLINICO............................................................. 7 2.8 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO AVC...................... 7 , 2.9 PROGNOSTICO................................................................. 2.1 0 GRAUS DE INCAPACI DADES APOS 0 AVC 2.11 A DURAC;Ao DA REABILITAC;Ao E AUSENCIA DESTA...... 2.12 DISTURBIOS SENSORIAIS: AS ALTERAC;OES 2.13 8 II.. 9 10 SENSORIAIS APOS 0 AVC 11 DISTURBIOS DO MOVIMENTO.... 13 2.13.1 Os disturbios do movimento relacionados ao tonus postural.. 13 2.13.2 Os disturbios do movimento nos padr5es posturais estaticos 2.13.2.1 14 Os disturbios nos membros superiores ... 11.................... v 15 2.13.2.2 Os disturbios nos membros inferiores 17 do movimento e a funy80 motora................. 2.13.3 Os disturbios 2.14 0 TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO DO AVC.............. 3 METODOLOGIA 3.1 ABORDAGEM 3.2 MATERIAIS...................................................................... 18 21 23 EPIDEMIOL6GICA.................................... 23 23 , 3.3 METODOS....................................................................... 23 3.4 POP ULAQ A0 3.5 ANALISE ESTATISTICA................................................... 24 4 RESULTADOS................................................................. 25 5 DISCUSSAO.................................................................... 39 6 CON SID E RA C0 E S FIN A IS. ............................................. 41 7 RE FE RE NCIAS BIB LIOG RAFICAS.................................. 42 APENDICE 44 24 - - QUESTIONARIO.......................................... • VI LISTA DE QUADROS QUADRO 1 - IDENTIFICACAO DOS PACIENTES PESQUISADOS QUADRO 2 - TEMPO DE REABILITACAO QUADRO 3 - DADOS DO PERfoDO 27 DURANTE E APOS A FIS lOT ERAP IA. .................................................................. QUADRO 4 - POSTURA SUPINO E TRANSFERENCIAS................ QUADRO 5 - CAPACIDADE E PREFERENCIA usa - A DE DECUBITO POSTURA SENTADA 30 E DAS MAOS 31 QUADRO 7 - DADOS REFERENTES A POSTURA AJOELHADA... QUADRO 8 - DADOS REFERENTES A POSTURA SEMI- AJOELHADA...................................................................... QUADRO 9 - REACOES QUADRO 10 - REACOES 28 29 LATERAL............................................................................ QUADRO 6 - DADOS REFERENTES 26 A POSTURA EM PE..................... A REALIZACAO QUADRO 11 - TONUS E DISTRIBUICAO DA MARCHA.............. TOPOGRAFICA............. 32 33 34 35 36 QUADRO 12 - PRESENCA DE ENCURTAMENTOS....................... 37 QUADRO 13 - PRESENCA DE DEFORMIDADES 38' •• VII LISTA DE SIGLAS AVC Acidente Vascular Cerebral AVD Atividade de Vida Diaria MMII Membros Inferiores MMSS Membros Superiores SNC Sistema Nervoso Central ••• VIII RESUMO o acidente vascular cerebral e definido como um deficit neurologico subito devido a uma lesao vascular; acometendo principalmente pessoas idosas, homens e negros. A sequela neurologica depende da etiologia, local e extensao da lesao encefalica. Este estudo do tipo observacional descritivo tern como objetivo analisar os disturbios do movimento em 10 paciente pos acidente vascular cerebral que interromperam 0 seu tratamento fisioterapeutico, demonstrando as incapacidades resultantes. Apos a analise proposta neste estudo, evidenciou-se a importancia do tratamento fisioterapeutico na preserva~ao das posturas anti-gravitacionais facilitadora das habilidades motoras diarias. Palavra-chave: acidente vascular cerebral, conseqOencia neurologica, tratamento fisioterapeutico, disturbios do movimento, incapacidades . • IX ABSTRACT Stroke or accident vascular cerebral is defined as sudden neurological deficit due to a vascular lesion .It happens more usually on senior people, men and blacks mainly. The neurological consequence depends on etiology, place and lesions extension. This observation study has as objective analyzes disturbances of movement in ten patients powders cerebral vascular accident about ten patients who let go the physical treatment, attempting the disability. After proposal analysis on this study it was proved the relevance of the physical treatment to keep body on a position to have your motor ability functional. Key words: accident vascular cerebral ,neurological consequence, treatment, physical therapy, disturbances of movement and disability x 1 INTRODUCAO o Acidente Vascular Cerebral e considerado a primeira causa de incapacitagao funcional, sendo a,mais devastadora patologia neurol6gica, impede a independencia funcional e comunicag80 pois do paciente (CHARLES, 1999). Os principais fatores que influem na capacidade pregresso, deficiencia cognitiva, incontinencias corporal, os quais sao responsaveis funcional sao 0 AVC e problemas de percepgao pelos graus de dependencia nas AVD's. (PICKLES, 2000). Este estudo tem como objetivo analisar os disturbios dos movimentos e as incapacidades interromperam funcionais 0 seu tratamento mesmo. Para 0 desenvolvimento bibliografico instaladas em pacientes que, ap6s 0 derrame, fisioterapeutico nao mais retornando ao deste trabalho fez-se necessario urn estudo da patologia, para compreender os pacientes e suas alteragoes motoras. A presente pesquisa foi realizada com 0 exemplo de dez pacientes p6s AVC, de uma clinica escola em Curitiba. 2 REVISAO BIBLIOGRAFICA o Acidente Vascular Cerebral e definido como um deficit neurol6gico subito, devido a uma lesao vascular. esta lesao tem instalagao duragao variavel, aguda, podendo causar ate a morte. As les5es emb6licas e hemorragicas subaracn6ideas tern inicio abrupto e as hemorragias cerebrais e infartos instalam-se de minutos a horas, sendo que os infartos constituem cerca de 70% dos casos. (CHARLES, 1999). A consequencia neurol6gica depende da etiologia, local e extensao da lesao (EKMAN, 2000). A gravidade pode variar de quadros leves ate uma hemiplegia maciga, alterando a consciencia corporal. Os ataques isquemicos transit6rios sao deficits temporais e focais, os quais regridem em ate vinte e quatro horas (CHARLES, 1999). Os acidentes vasculares cerebrais tern como principal sequela a hemiplegia, uma sind rome caracterizada pela perda da mobilidade voluntaria e sensibilidade em um hemicorpo, que pode ser organica ou funcional, esta apresentando disturbios motores (FISIOTERAPIA EM MOVIMENTO, 1995). Durante a reabilitagao, a hemiplegia necessita de tecnicas apropriadas no tratamento fisioterapeutico de inibigao e facilitagao de padr6es motores que permitam retornar a uma vida diaria com maiorfuncionalidade e qualidade possiveis (UMPHRED, 1994). 2.1 FISIOPATOLOGIA o AVC pode ser urn infarto hemorragico (SULLIVAN, 1993). tromb6tico, infarto emb6lico ou 3 o infarto trornb6tico corresponde a forrna9ao de urn coagulo de sangue ou trombo na arteria cerebral ou em seus ramos. As placas ateroscler6ticas e a hipertensao interagem para produzir os infartos. Estas placas formam-se geralmente em frente aos primeiros ramos principais das arterias cerebrais, sendo que urn bloqueio intermitente pode progredir para urn dana permanente. Os trombos resultam da a9re9a9ao plaquetaria, coagula90es de fibrina e queda da fibrin6lise, levando a oclusao ou isquemia de uma arteria, causando 0 infarto, e, quando deslocam-se sao os embolos (SULLIVAN, 1993). o infarto emb6lico tern um embolo causador que pode vir do COra9ao, uma trombose da car6tida ou placa ateromatosa. Os ramos da arteria cerebral media sao infartados mais comumente. 0 suprimento sangOineo colateral nao se estabelece, devido a velocidade por90es de materia na corrente cerebrais, levando a oclusao da forma9ao da obstru9aO. Sao pequenas sangOinea, que deslocam as arterias (SULLIVAN, 1993). No hemorragico, as hemorragias intracranianas mais comuns sao aneurisma sacular hipertensivo rompido e a rna forma9ao atrioventricular. hemorragia provoca sangramento dentro dos tecidos cerebrais, 0 A em uma massa que desloca as estruturas da linha media. Os aneurismas resultam de defeitos nas camadas media e elasticas e as ma-forma90es resultam em fistulas arteriovenosas no tecido cerebral (SULLIVAN, 1993). 2.2 ETIOLOGIA A hemiplegia e urn complexo sintomatico, sendo 0 disturbio principal no acidente vascular cerebral e pode ocorrer conseqOente a processos patol6gicos por uma lesao parcial ou total do feixe piramidal. As causas mais freqOentes para sua instala980 (LEITAO, 1974). sao a hemorragia, trombose e embolia 4 Mas pode haver outras causas como: fraturas, traumatismos, ferimentos, lesao vascular, compressoes por tumores, cistos, entre outros. (FISIOTERAPIA EM MOVIMENTO, 1995). 2.3 EPIDEMIOLOGIA o AVC constitui 1999). a terceira causa mais comum de mortes (CHARLES, Cerca de 40 a 50% dos individuos morrem ap6s seis meses. considerado a primeira causa de incapacitagao funcional E a mais E (CHARLES, 1999). devastadora ds complicagoes, pois retira a independencia e comunicagao do paciente (NITRINI, 1991). Esta patologia afeta 1.750.000 ano. A incidencia anual e de pessoas e causa 180.000 morte ao 3,5 em 1.000 entre 55 e 64 anos, e 9 em 1000 pessoas de 65 a 74 anos (SULLIVAN, 1993). Embora a incidencia venha diminuindo nos ultimos 25 anos, 0 AVe e uma causa muito comum de morte nos Estados Unidos. Aumenta com a idade em homens e negros (UMPHRED, 1994). 2.4 FATORES DE RISCO Os tras fatores mais comuns sao a hipertensao, diabetes e doengas eardiaeas, sendo a hipertensao a mais importante pois prevalece todas as idades. Esta associado a altos niveis de gordura, 0 AVC em a obesidade e ao fume (UMPHRED, 1994). A hipertensao, tabagismo, diabetes, dislipidemia e 0 uso excessive de aleool aumentam as chances de urn AVe em 2 ate 4 vezes (CHARLES, 1999). Outros fatores relacionados sao a inatividade, estresse, altas taxas de colesterol, uso de contraceptiv~s, pre-disposi980 genetica e eleva9ao dos hemat6critos (NITRINI, 1991; SULLIVAN, 1993). 5 2.5 SINAIS E SINTOMAS A extensao da lesao e determinante estabelecendo os sinais clinicos para a intensidade especificos da patologia. da lesao, Podem ser observadas: a perda da consciencia, a perda da mobilidade voluntaria, perda da sensibilidade, a paralisia, incontinencias, desvio da cabega e olhos, claudicagao e fraqueza das maos (LEITAo, 1974). Outros sinais clinicos sao: cefaleia, vomitos, depressao, incoordenagao, marcha alterada, convulsoes, afasia e disartria (CHARLES, 1999). 2.6 AVALIAQAo DO SISTEMA MOTOR E SUAS FUNQOES A primeira parte da avaliagao e a analise das possibilidades de movimentos, mecanismos posturais e as atividades funcionais. A segunda parte e a avaliagao da fungao articular e, por fim, a terceira parte com analise do sistema sensorial (UMPHRED, 1994). A avaliagao e 0 tratamento devem estar intimamente relacionados. 0 tratamento deve ser baseado nas avaliagoes realizadas e seus resultados. Estas avaliagoes sao realizadas para medir a capacidade e nao a qualidade da fungao (BOBATH, 1978). A avaliagao da amplitude de movimentos e baseada no conceito de que movimentos passiv~s informarao quanta a limitagao de ADM pela obstrugao devido aos tecidos moles e a capacidade do paciente em utilizar ativamente os movimentos, se os musculos sao eficientes para realiza-Ios. A amplitude dos movimentos (BOBATH, 1978). e sua limitagao sao inconstantes e variaveis 6 Quanto aos testes de for<;a, sao os fatores determinantes das incapacidades do paciente em realizar seus movimentos (BOBATH, 1978). o conceito que fundamenta a avaliac;ao dos padroes motores baseia- se na avalia<;ao qualitativa e va a avalia<;ao da ADM e a fraqueza muscular como fatores secundarios. Avalia qualitativamente a fun~ao motora no lado afetado (BOBA TH, 1978). A avalia<;ao de padroes motores da informa<;oes sobre as capacidade funcionais. E necessario verificar os padroes motores que necessita para tarefas especificas e tambem os anormais, que interferem nestas atividades. Isto permite ao terapeuta planejar objetivos de combina<;oes de padroes necessarios a funcionalidade, inibindo os que interferem nesta fun<;ao normal (BOBATH, 1978). A avalia<;ao tambem envolve 0 tone postural, como a for<;a e distribui<;ao da espasticidade. A associac;ao da espasticidade com os padroes posturais anormais, faz com que seja desnecessaria uma avalia<;ao a parte, somente para a espasticidade (BOBATH, 1978). Os testes para os padroes motores sao designados como testes para rea<;oes posturais normais e anormais, em resposta a movimenta<;ao passiva, testes para a movimenta<;ao ativa e testes para equilibrio e rea<;oes de prote<;ao. Os dois primeiros foram divididos em tres graus, de acordo com a dificuldade, sendo grau 1 os mais faceis. Os testes para equilibrio e rea<;oes s6 podem ser realizados em pacientes leves a moderados (BOBATH, 1978). Os testes para rea<;oes posturais sao os unicos que informam quanto ao grau e distribui<;ao do tonus, e os padroes anormais que interferem no exercicio ativo. Se a atividade postural reflexa for normal, ocorre 0 musculos as modifica<;oes da postura.O grau de resistancia indica espasticidade, tornando 0 ajuste dos 0 grau de exercicio ativo contra estes padroes, impossivel ou dificil e anormal (BOBATH, 1978). Os testes para movimenta<;ao ativa apresentam a capacidade de realizar padroes avaliados no teste anterior. S6 sera possivel se as reac;oes espasticas nao se opuserem. 7 Os testes iniciam dos mais simples para os mais seletivos (BOBATH, 1978). E 0 terceiro grau sao testes de equilibrio e rea90es que sao parte do movimento voluntario. 0 mecanisme reflexo postural e quem fundamenta-o e deve estar normal antes que se espere movimentos normais (BOBATH, 1978). 2.7 QUADRO CLINICO Em pacientes apos acidente vascular cerebral, 0 quadro clinico e composto por perda do equilibrio, disturbio sensitiv~, inibindo espasticidade, perda hemiparesia, diminuigao dos movimentos do tonus de precisao, e sequelas 0 movimento, hemiplegia motoras ou no hemicorpo contralateral ao hemisferio lesado (JOHNSTONE, 1979). 2.8 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO AVC o uso de antiagregantes plaquetarios e recomendado para pacientes com AVC, sendo urn acidente isquemico transitorio; estes reduzem 23% dos derrames (CHARLES, 1999). A aspirina ou acido acetil-salicilico pois inibe a fun9aO plaquetaria oxigenase que reduz e a melhor droga para prevengao, pelo bloqueio completo da enzima ciclo- a formagao de trornbonano responsavel pela vasoconstrigao e agrega9ao plaquetaria, reduz 300/0 dos derrames (CHARLES, 1999). o cloridrato de ticlopidina e usado para aumentar a reversibilidade da agregagao plaquetaria por ATP, tern eficacia antitrornbotica pela redu9ao de fibrinogenio serico (CHARLES, 1999). o clopidogril e semelhante (CHARLES, 1999). a ticlopidina, mas com menor toxicidade 8 A heparina venosa deveria ser restrita a pacientes recorrencias (CHARLES, o com alto risco de 1999). paracetamol a recomendado para 0 alivio do quadro algico (CHARLES, 1999). Para a espasticidade Badofen, Meprobamato Em estagios warfarina. sao recomendados e Carisoprodol Dantrolene, Diazepan, (CHARLES, 1999). iniciais utiliza-se a heparina e em estagio avangado a Medicamentos anticonvulsivos tambam podem ser utilizados (UMPHRED, 1994). 2.9 PROGNOSTICO Ha varios fatores que influenciam como: perturbag6es tratamento emocionais, tardio, acidente espasticidade, na recuperagao falta de motivagao, doengas associadas, vascular anterior, extensao assim como a idade e 0 destes pacientes, da lesao e grau de tipo de AVC. 0 tratamento responsavel pela piora pois permite a instalagao das deformidades tardio a (LEITAO, 1974). Estudos em comunidades mostram 24 a 30% de mortalidade primeiras semanas e em pacientes 60%. A mortalidade internados este indice sobe para 30 a tardia a maior do primeiro ata 15 anos ap6s numero de sobreviventes nas tres 0 AVC. 0 decresce de 160/0 em homens e 180/0 para mulheres (NITRINI, 1991). o local e a extensao da lesao determinam quanto maior a lesao, rnais disseminados a recuperagao funcional; sao os danos. A recuperagao influenciada pela plasticidade do Sistema Nervoso Central- SNC (SULLIVAN, 1993). A recidiva do derrame ocorre em 15 a 38% dos pacientes, sendo 50% fatais. Na taxa anual sao 8 a 11 % (N ITRI NI, 1991). a 9 2.10 GRAUS DE INCAPACIDADES AP6s 0 AVC Os fatores que mais influenciam nas capacidades funcionais sao AVC pregresso, deficiancia cognitiva, as incontinancias 0 e problemas de percepgao. As vitimas idosas que vivem em casas de repouso apresentam baixa capacidade funcional e deficiencias cognitivas. Mesmo ap6s a reabilitac;ao, 29 a 50% dos pacientes acabam com certo grau de dependencia nas AVO's. A melhoria funcional ocorre de 3 a 6 meses ap6s 0 derrame, ou seja, qualquer atraso no inicio da reabilitagao afeta as capacidades funcionais (PICKLES, 2000). Segundo KALRA, et aI., (1993),80% anos receberam alta, sendo 32,7% tres meses de reabilitagao, dos pacientes com mais de 75 ap6s tras meses do derrame e 67,3% os outros 20% apresentaram deficiencia p6s no cognitiv~ e capacidade funcional. Destes, 66% deambularam sem auxilio, 230/0 necessitaram de cadeira de rodas e 11 % precisaram de ajuda para locomoverse. A mortalidade era de 27% e a recidiva em 19% dos pacientes (PICKLES, 2000). Segundo LEITAO (1974), a extensao local e intensidade 0 grau de recuperagao motora da lesao cerebral, e associado sendo que 900/0 dos pacientes voltam a andar mas 50% necessitam de auxilio e, quanto aos membros superiores, a maioria tem pouca ou nenhuma recuperagao da fungao util (LEITAO, 1974). Quanto a classificac;ao de NITRINI (1991), 15% dos pacientes sobrevivem sem qualquer incapacidade; 370/0 tern pequena incapacidade, nao realizando algumas atividades; 16% necessitam de auxilio em atividades para vestir-se e 32% tem incapacidade intensa, sendo restritos ao leito (NITRINI, 1991 ). 10 Em cada cern sobreviventes comprometimentos; necessitando 2.11 do AVC, 10 voltam 40 tern leves incapacidades A recuperagao da fisioterapia tratamento permanegam imediato e continuo 1994). E AUSENCIA DESTA a extensao e relacionada sem e 50 ficam incapacitados, de servigos especiais e continuos (UMPHRED, A DURAQAO DA REABILITA9AO efeitos ao trabalho da lesao, mas, ainda que os incertos, ha evidencias de que 0 podem minimizar a recuperagao (STOKES, 2000). STINEMANM e GRANGER, citado por PICKLES (2000), realizaram uma revisao sobre a reabilitagao e constataram que pacientes submetidos programas de reabilitagao tern mais freqOentemente do que pacientes que nao tern tratamento. resultados funcionais constatou-se a alta e em periodo menor, Na determinagao quantitativa que algum tipo de fisioterapia dos sempre e melhor do que nenhum (PICKLES, 2000). A reabilitagao 0 tratamento precoce otimiza a recuperagao funcional. pode ser em varios servi90s ou em urn unico local, e ambos apresentam melhores resultados do que pacientes que nao realizam fisioterapia. ideal e relacionada com a condigao de cada paciente. Estudos demonstram, por exemplo, que hemiplegias necessitando a esquerda tem mais deficiencias de mais tratamento A estabilidade do quadro, (SULLIVAN, motivagao cognitivas, 1993). e resistencia do paciente, estagio de reabilitagao determinam 0 tempo de tratamento (SULLIVAN, Com exce9ao dos pacientes paciente precisa indefinidamente. manuten980 A epoca continuar A experiencia 0 e 1993). que tem retorno da fungao motora, 0 tratamento por muito tempo, ou ate demonstra que e necessario urn programa de da fun980 motora para prevenir deteriora90es, dois a tres anos p6s AVC, pode haver melhoras apreciaveis e que, mesmo (LEITAO, 1974). 11 Esta questao e muito individual, mas seria razoavel a permanencia reabilitagao, enquanto apresente afetado pode melhorar melhoras, pois a fungao. 0 paciente 0 na usa continuo do membro deve conhecer a verdade e esperar melhorar as vezes em menores graus, mas por urn longo periodo (SARNO, 1977). A cicatrizagao desenvolvimento das celulas cerebrais ocorre em semanas, mas 0 da recuperagao nao depende desta e leva alguns meses ou anos (SARNO, 1977). A enfase para pacientes cronicos e progressivos seria manter 0 tratamento para evitar complicagoes secundarias e manter a fungao existente (THOMPSON, o 1999). importante e iniciar a fisioterapia necessario para demonstrar ainda na fase aguda e durar 0 melhoras e a reabilitagao do paciente (REVISTA BRASILEIRA DE CLfNICA E TERAPEUTICA, Se nao existir tratamento, 1991). paciente compensara 0 com 0 lado nao acometido, 0 que levara a alteragoes na marcha e tronco, fazendo com que o paciente maneira nao inicie mais movimentos de reabilitar e atraves movimentos funcionais 2.12 DISTURBIOS com da repetigao (JOHNSTONE, SENSORIAIS: 0 membro constante afetado. A unica e continua dos 1979). AS AL TERA<;OES SENSORIAIS APOS DAVC o disturbio proprioceptiva, parcial, sensorial pode ser a perda total da sensibilidade mas, na maioria dos pacientes, ocorre urn comprometimento afetando comprometimento as 0 sensagoes paciente movimentos (UMPHRED, tendoes discriminativas perde 0 controle superiores. e a coordenagao Neste dos seus 1994). Os movimentos sao direcionados dos musculos, tatil e e articulagoes; pelos estimulos dos proprioceptores os estimulos sensitivos iniciam e 12 dirigem a funC;ao motora. Se ocorre esta perda sensitiva, a capacidade de iniciar estes movimentos Simultaneamente ocorre capacidade de sentir Falta 0 0 esta alterada e ocorre a perda a perda da imagem corporal, funcional. minimizando a membro (JOHNSTONE, 1979). impulso para 0 movimento, altera-se 0 processo neurofisiol6gico do movimento coordenado, estabelecendo as perdas motoras (LEITAO, 1974). Os mecanismos posturais e antigravitacionais sentido proprioceptiv~ sao dependentes do (JOHNSTONE, 1979). A lesao causa problemas de transmissao receptora sensitiva, assim, 0 paciente esquece 0 e insuficiencia da area movimento normal, e passa a utilizar os anormais (JOHNSTONE, 1979). As alterac;oes mais freqUentes sao: agnosia: dificuldade de reconhecimento; anosognosia: nega posse do membro acometido; apraxia: incapacidade de manipular objetos; hemianestesia: perda de sensaC;ao; hemianopia: perda do campo visual no lado acometido; estereognosia: reconheer objetos em suas maos (JOHNSTONE, 1979). Estes disturbios ocasionam normais (JOHNSTONE, 1979). as alteragoes dos padroes motores 13 2.13 DISTURBIOS DO MOVIMENTO 2.13.1 Os disturbios do movimento relacionados ao tonus postural As alteragoes do tonus muscular estao relacionadas disturbios do movimento e determinam e assim, do sistema motor. As alteragoes hipotonia, hipertonia ou distonia (GALHARDO, os sao a 1989). A hipotonia resulta de lesoes do arco reflexo do musculo, ate a ponta inferior da medula, se esta permanece, ocorre na fase inicial do antagonistas AVe. que sao confundidas Na hemiplegia Junto indica maior gravidade a hipotonia flacida, que e transit6ria, Ha paralisia braquial abolidos, automatismo medular. de as contraturas com hipertonia (GALHARDO, mesmo lade da lesao. reflexos ocorrem progn6stica; 1989). ocorre a paralisia facial, no e crural, reflexos No membro cutaneos superior ha subluxagao do ombro, no quadril, rotagao interna e extensao do pe (LEITAO, 1974). A hipertonia pode ser decorrente da lesao do sistema motor piramidal ou do extra-piramidal e a a mais comum. No voluntario ocorre a espasticidade pela perda da inibigao deste sistema motor sobre 0 neuronio motor periferico (GALHARDO, 1989). A espasticidade (estado mais comum), dura de dois a seis meses em madia, iniciando pelos flexores do punho, dedos da mao e flexores assim como adutores e flexores do brago e extensores plantares; da perna (LEITAO, 1974). Na hemiplegia espastica ha paralisia facial central, flexao, abdugao e rotagao externa do membro superior enos adugao e plantiflexao (LEITAO, 1974). membros inferiores, extensao, 14 A ataxia e um disturbio relacionado ao feedback inadequado e hipotonia. Nao existe a no~ao de posi~ao corporal no espa~o modificando a as altera<;oes posturais normais (DAVI ES, 1997). Este disturbio, assim como a distonia, ocorre raramente nos pacientes apos AVC (DAVIES, 1997). Ha um padrao espasmodico tipico onde ocorre: a retra~ao, depressao e rota~ao interna do ombro, flexao do antebra~o, flexao digital, retra~ao e rota~ao interna da pelve, extensao do quadril, joelho e tornozelo e inversao do tornozelo (JOHNSTONE, Ja 0 1979). padrao antiespasmodico padrao demonstrado ou de recupera<;ao seria acima (JOHNSTONE, Os fatores que contribuem para habilidade motora, perda do equilibrio, 0 0 inverso do 1979). do tonus sao aquisi~ao de nova dor, tensao mecanica e 0 emocional (DAVIES, 1997). A distonia e 0 terceiro disturbio do tonus por um aumento paroxistico ou varia~oes simultaneas e sucessivas em um grupo muscular sem ritmo. bastante rara a sua ocorrencia (GALHARDO, E 1989). 2.13.2 Os disturbios do movimento nos padr5es posturais estaticos A hemiplegia e a disfun~ao motora do AVC, mais obvios (UMPHRED, Embora 0 e um 1994). local e tamanho da lesao vascular fun~ao motora, 0 comprometimento o movimento dos sinais clinicos determina sensorial soma-se 0 (UMPHRED, grau de 1994). e refinado, coordenado e adaptado atraves da intera~ao de mensagens exteroceptivas Apos a hemiplegia, e cinestesicas inicialmente, (UMPHRED, ha um estado 1994). de baixo tone ou flacidez, sendo que sua dura~ao e de urn pequeno intervalo ate semanas ou meses. Este e acompanhado de padr5es de aumento do tono. A velocidade 15 que estes retornam reabilitagao o e ditada (UMPHRED, movimento precoce e visto nos extensores Quando estes componentes em posigao anteriorizada da cabega; pescogo e rotagao contralateral; A espasticidade espinhais e elevadores e para refor~ar a musculatura fraca. motores sao usados para a fungao, sao vistos padr5es de movimentos estereotipados pelvicos enfoque da (UMPHRED, 1994). retorno distal ocorre cedo e levantadores 0 1994). do ombro e cintura pelvica o pelo local e gravidade da lesao e como extensao do occipto, resultando 0 uso dos paracervicais uso dos levantadores unilaterais do do ombro e uso dos (UMPHRED, 1994). ocorre nos bragos, pernas, cabega, pescogo e tronco. A musculatura do tronco, ombro e cintura pelvica e a inicial para desenvolver a espasticidade. Na cintura escapular resulta inicial na rotagao para baixo da escapula e inclinagao para cima da pelve, fazendo parecer fletido lateralmente 0 tronco do lade afetado (UMPHRED, 1994). A extensao vertebral e das cinturas sem os flexores abdominais leva a caixa toracica a rodar parecendo 0 corpo estar retraido (BOBATH, 1978). Ocorrem padr5es sinergistas tipicos pelo desenvolvimento do tone anormal no tronco e tragao da gravidade para baixo, sendo que estes tem sempre base neurol6gica (UMPHRED, 1994). Os disturbios 2.13.2.1 Nao apresenta nos membros superiores movimentos ativos e a escapula rodada para baixo; assim, a cavidade glen6ide assume orienta-se posigao para baixo e 0 mecanismo de trava passiv~ do ombro e perdido. Isto resulta em subluxagao inferior do umero do ombro hemiplegico (CAILLIET, o umero fica pendente extensao do cotovelo 1981). ao lade do corpo, em rotagao interna e (UMPHRED, 1994). Assim que 0 tronco ganha mais extensao do que flexao. A cervical e lombar ganham extensao evidentes. A cabega e pesc090 fazem flexao 16 ipsolateral e contralatera. A caixa toracica roda para baixo. A escapula rodada para baixo move-se superiormente rota9ao interna. anteriormente A Essas rea90es (UMPHRED, luta contra compensa90es, e curvando a fazem a cabe9a do umero com subluxar 1994). gravidade geralmente e como para impedir de cair tracionando os ombros, espasticidade, sobre 0 t6rax e 0 umero hiperestende traciona para frente responsavel por a cabe9a para frente os peitorais e junto a 0 umero pode ser tracionada para frente em adu980 horizontal (UMPHRED, 1994). Outro padrao e pela coativa9ao anormal dos aparencia de flexao em massa do MMSS hemiplegico. nao sao suficientemente movimento. musculos, Os padroes de controle integrados para permitir combina90es A escapula dando seletivas do fica elevada e abduz sobre 0 t6rax e a cabe9a do umero mantida embaixo do acromio. N80 ha dissocia<;80 entre escapula e umero. Ha eleva<;ao do ombro com abdu<;ao umeral, rota<;ao interna e flexao de cotovelo (UMPHRED, Ocorre associada movimentos que movimentos passiv~s. (UMPHRED, diminuindo Associado alterados a perda a fun9ao, da amplitude dos deficits nos causando a isto ocorre 0 desequilibrio muscular, e encurtamentos musculares, causando inicia edema 1994). A sind rome hipersensibilidade a espasticidade, estara padroes de movimentos algia 1994). designada como ombro-mao nas maos e diminui9ao ombros e dedos, ocorrendo da amplitude com de movimento a atrofia com grave contratura e em (UMPHRED, 1994 ). Existe a disfun<;ao nas maos, causando a preensao reflexa quando um estimulo e provocado na superficie palmar (UMPHRED, 1994). Na coluna vertebral pode ser observada a presen<;a da escoliose. tendencias a curvaturas pela distribui<;ao desigual retra90es musculares e rota<;ao da caixa toracica de peso associada (UMPHRED, 1994). Ha as 17 2.13.2.2 Os disturbios nos membros inferiores No estagio agudo, quando 0 controle motor e baixo e tambem, ha pouca atividade motora e pela gravidade (UMPHRED, Quando tenta posteriormente, e 0 0 0 tone postural padrao de movimento e influenciado 1994). uma postura ou para baixo, sobre em pe a pelve 0 inclina anterior lade afetado. Como resultado 0 ou quadril joelho se fletem pela perda do controle motor e a perda da fun~ao de sustentar 0 peso no lado afetado mantem o peso da perna e colocado sobre Durante a recupera~ao, controle entre flexores anteriormente (UMPHRED, 1994). retorno motor provoca um desequilibrio do tronco, uso ativo dos levantadores 0 Todo sendo que os padroes pelvicos faz a pelve inclinar e elevar-se. 0 joelho extende, 0 tornozelo faz plantiflexao (UMPHRED, de (UMPHRED, 1994). talus move-se anteriormente. perdida tornozelo em plantiflexao. antepe e extensores extensores sao mais faceis Em pe 0 0 0 Pela retra~ao em tecidos moles a dorsiflexao e0 e 1994). Para a fase de balan~o da marcha realizam a extensao de tronco e eleva~ao pelvica. 0 quadril e pelve se tornam uma unidade; estendido e e empurrado em flexao plantar. Quando tenta tirar este supina (UMPHRED, transferido para Durante movimento 0 0 0 pe do chao, 0 antepe encosta primeiro no solo. Quando pe a parte media do mesmo colapsa e calcanhar 0 peso e (UMPHRED, 1994). apoio a extensao do quadril e bloqueada e a pelve nao inicia a frente. Assim compensam com nao afetado para iniciar a transferencia eleva, inclina anteriormente rota~ao interna 0 1994). No contato de calcanhar o peso e colocado sobre joelho fica 0 0 sobre tronco superior ou 0 0 membro membro de apoio. A pelve e roda para tras; 0 quadril fica em flexao e leve (UMPHRED, 1994). 18 E um terceiro padrao seria uma coativa~ao anormal dos musculos, a "flexao em massa". 0 controle de tronco tem padroes extensores mas nao e integrado para permitir movimentos seletivos. Ha padrao flexor na fase de balanceio e padrao extensor no apoio. 0 recrutamento distal e usado e a fase de balanyo tem uma inclinayao quadril se move em flexao e abdu~ao (UMPHRED, e flexores do movimento pelvica posterior; 0 1994). Outro padrao tende a sentar mais do que andar e a pelve pode rolar para inclina~ao posterior posterior. e inclina Quando em pe mantem a coluna toracica a pelve em posi~ao para tras, anteriorizando a cabe~a (UMPHRED, 1994). 2.13.3 Os disturbios do movimento e a funyao motora A hemiplegia e caracterizada pela perda do controle motor em um lado do corpo (DAVI ES, 1996). Ha uma perda muito importante que contraem 0 tronco, principalmente da atividade seletiva nos musculos a flexao, rota~ao e flexao lateral deste (DAVIES, 1996). Ocorre a dificuldade demonstram em mobilizar perda da atividade 0 e tonus. tronco, os musculos abdominais Em supin~ a caixa toracica alterada, fazendo 0 pesco~o parecer encurtado. A distancia da coluna lateral do tronco tronco. e A ausencia maior do lade afetado. de estabiliza~ao influencia membros pois estes sao movidos em sinergias espasticas Como 0 resultado da hemiplegia volta a um nivel inicial do desenvolvimento 0 paciente totalmente (DAVIES, do nos 1996). parece ser lan~ado de motor. Se nao for cuidadosamente tratado continua a usar 0 padrao primitiv~ de extensao e e atingido, a borda Ocorre a perda do controle proximal e 0 controle flexor nao pois, quanto mais usar a extensao, menos estimula os abdominais. Ele geralmente compensa, ativando os extensores das costas, mudando a posigao dos quadris. Sem 0 treino de controle e coordenay80, os musculos 19 ficam inativos e a inibigao automonitorada pode estabelecer-se dos neuronios motores e produzir uma inibigao (DAVI ES, 1996). Quanto aos MMII, BROOKS (1986) explica que como os extensores hiperativos inibem tonicamente menos espasticos, os flexores fisiol6gicos, e portanto, mais paralisados (DAVIES, 1996). Ao sentar fica com os quadris em extensao passivamente para compensar 0 os quais assim ficam e a coluna flexionada peso (DAVIES, 1996). Quando em pe a postura adotada e cif6tica para evitar cair para tras (DAVIES, 1996). Devido a perda seletiva 0 paciente e incapaz de estabilizar em extensao, enquanto esta usando abdominais inferiores, sua coluna como na marcha (DAVIES, 1996). E incapaz de mover membros padrao semelhante Ha a isoladamente, no tronco e vice-versa sem que ocorra um (DAVI ES, 1996). incapacidade de mover-se em padroes normais, sendo incapaz de virar-se ou mobilizar-se ativamente no leito e andar. Esta regressao refere- se a fungao motora (DAVI ES, 1996). o paciente s6 e capaz de ativar musculos no lade afetado em uma ou duas sinergias de massa e estas sao inadequadas para atividades funcionais (DAVIES, 1996). A reagao de endireitamento da cabega e inadequada nestes pacientes (DAVIES, 1996). A partir de supin~, muitos pacientes sao incapazes de atingir sem auxilio. e membros. Ao tentar este movimento, hemiplegico e ativado 0 forte padrao flexor espastico Para devido a sentar Com auxilio de elevar os bragos para usar os extensores dorso e a perna afetada eleva-se do solo pela perda da atividade tronco 0 0 sentar, fraqueza a coluna e flexionada dos extensores e 0 com rotagao do seletiva do lade (DAVIES, 1996). pesco~o estendido, nao do tronco e sim pela falta de abdomen adequados para impedir a queda (DAVIES, 1996). 20 Na posi~ao ortostastica nao tern musculatura abdominal para suportar o tronco contra a gravidade, caindo para tras se estende coluna e quadril simultaneamente. Assim, normalmente flexiona quadril e joelho, para trazer o tronco para frente e para cima a cifose toracica (DAVIES, 1996). AlteraQoes da fase de apoio: e incapaz de transferir perna afetada. Da urn passo muito curto com protetor, dando 0 "equilibrio". 0 plantiflexores 0 peso sobre a pe sadio, como urn passo (DAVIES, 1996). Se os abdominais sao fracos ele hiperestende nao inclina e 0 0 joelho pois a pelve quadril entao nao extende. Assim, gera hipertonia nos (DAVIES, 1996). Deve trabalhar abdominais e extensao seletiva dos MMII, para nao mais hiperestender 0 0 joelho na transferencia de peso (DAVIES, 1996). Fase de impulso: sustentada. Nesta fase, a perna hemiplegica cai pois nao e A perna parece ser "Ionga". 0 tonus extensor esta maior, tornando a flexao do joelho e quadril dificeis, necessitando compensar para trazer esta perna a frente. A perna aduz enquanto vai a frente, usa padrao de flexao em massa para dar urn passo. 0 tronco flexiona e circunduz Os artelhos sao acima do chao para permitir tirar Assim, 0 0 0 quadril. pe hemiplegico do chao. bra~o mantem-se em padrao espastico de flexao (DAVIES, 1996). Atrasam a marcha: a largura maior da passada, a velocidade lenta e o numero menor de passos, pela altura do tronco. Ha perda da oscila~ao dos bra~os, 0 bra~o se torna mais espastico. A posi~ao do ombro e escapula nao sao controladas e 0 controle proximal depende da atividade seletiva do tronco. Ja em supin~ ap6ia a escapula, mobilizando-a melhor. Os rotatores internos e abdutores estao mais abaixo, pois exigem menor fixa~ao da caixa toracica e escapula (DAVI ES, 1996). A espasticidade seletiva (DAVI ES, 1996). deve sempre ser inibida para tentar a atividade 21 2.14 0 TRATAMENTO A principal FISIOTERAPEUTICO restrigao destes pacientes DO Ave e a incapacidade em dirigir estimulos aos musculos e combinar padroes de movimento, devido as lesoes do sistema nervoso central (REVISTA FISIOTERAPIA EM MOVIMENTO, 1995). o tratamento dos deficits func;ao e prevenc;ao de no controle incapacidades motor objetiva por a melhora da complicac;oes secundarias (UMPHRED, 1994). Os objetivos neurofisiol6gicos do tratamento elaborados seletivo impulsos tateis e proprioceptivos, contraturas o tratamento controle postural, normalizar e inibir padroes de normais, movimentos 1994). pode ser realizado de acordo com a fase da patologia. No estagio de flacidez inicial que e logo ap6s a hemiplegia, semanas. Ha a perda do contato com 0 movimento. exercicios Devem principios facilitar pad roes de movimentos e deformidades indesejados (UMPHRED, em para reaprender 0 controle postural e padroes de movimentos basicos. Sao eles: reestabeleero impedir baseiam-se ser realizados dura dias ou lade afetado e perda dos padroes de de rolar e deitar, treinar movimentos primitiv~s do tronco, para entao reabilitar membros superiores e inferiores e evitar pad roes de postura adotados como a retrac;ao do ombro, depressao da cintura escapular, rotac;ao interna de membros superiores e extensao de membros inferiores (BOBATH, 1978). No estagio de espasticidade membros superiores treinar 0 movimento e extensores sao atingidos os musculos flexores de membros inferiores, onde deve-se passiv~, treino de marcha, amenizar padroes obtidos e melhorar a adaptac;ao dos movimentos 1978). de as atividades funcionais (BOBATH, 22 E a fase de recuperagao relativa, onde a espasticidade e leve e devese amenizar padr6es, dissociar cinturas, transferencia treinada, e treinar marchas. assim como 0 de peso deve ser retorno as atividades funcionais da vida diaria (BOBATH, 1978). o metodo BOBATH e um tratamento neuroevolutivo, inibigao e facilitagao de padr6es, possibilitando habilidades motoras (BOBATH, 1978). 0 utilizado para desenvolvimento das 3 METODOLOGIA 3.1 ABORDAGEM EPIDEMIOLOGICA Este estudo realizado e do tipo observacional descritivo. 3.2 MATERIAlS A ficha utilizada para avaliar os pacientes desta pesquisa consiste em perguntas iniciais referentes a data de avalia~ao do AVC, recidiva, inicio da fisioterapia, interrompimento, melhora dos movimentos durante a reabilita~ao, dificuldades afastado do tratamento, inten~ao de retorno, realiza~ao de orienta~ao e a queixa principal do paciente. o segundo item e a identifica~ao atraves do nome, sexo, idade, data de nascimento, endere~o, profissao e diagn6stico fisioterapeutico. o terceiro item e a analise das posturas: supin~, decubito lateral, sentado, ajoelhado, tambem 3.3 0 semi-ajoelhado e em pee Neste item, foi analisado tonus, marcha, encurtamentos e deformidades. METODOS o presente trabalho foi iniciado atraves da escolha de prontuarios de pacientes p6s AVC, que haviam interrompido seu tratamento fisioterapeutico, em uma clinica escola na cidade de Curitiba. Entre estes, foram contactados e escolhidos dez pacientes, os quais concordaram em participar do estudo. Foram realizadas visitas na casa de nove pacientes e urn foi avaliado na pr6pria clinica. 24 Estas visitas e avalia90es foram realizadas no periodo de abril a julho de 2004, no turno da tarde, totalizando dez avaliagoes dos disturbios do movimento, as quais foram respondidas verbalmente a academica pesquisadora. Alem das respostas obtidas, foram observadas e analisadas as transferencias posturais, conforme consta no apendice 3.4 0 modelo de avalia~ao. POPULACAO Entre 0 grupo de pacientes avaliados, quatro eram do sexo feminine e seis do sexo masculino, com faixa etaria de 42 a 82 anos, portadores de Acidente Vascular Cerebral, os quais nao mais realizam tratamento fisioterapeutico. 3.5 ANALISE ESTATfsTICA Neste estudo a variavel nominal e 0 sexo, 0 qual foi analisado em forma de porcentagem; e a variavel numerica, a idade, que foi analisada na forma de valor minimo, valor maximo,media, mediana e desvio padrao. 4 RESULTADOS GRAFICO 1 - DISTRIBUICAO POR SEXO II masculino IIfeminino 600/0 o Grafico 1 refere-se ao sexo dos pacientes analisados" dentre os quais constata-se que 40% sao do sexo feminino e 600/0 do sexo masculino. Obtendo-se a predominancia no sexo masculino. GRAFICO 2 - DISTRIBUICAO POR FAIXA ETARIA en 4 CI) •••• c .! 3 (.) ns c. CI) "C 2 e ~ 1 ~ Z 0 42 43 55 61 63 75 78 82 Faixa etaria o Grafico 2 demonstra as faixas etarias encontradas na analise, onde a maior incidencia ocorreu na faixa etaria de 63 anos, enquanto as restantes faixas etarias apresentam somente urn paciente. 26 o Quadro 1 demonstra urn paciente teve recidiva. 2004, onde tres hernicorpo urn paciente, profissional ana em que ocorreu 0 derrame, As avalia90es pacientes direito. Quanto 0 foram realizadas tem 0 hemicorpo a atividade profis.sional, administrador, QUADRO 1 - IDENTIFICACAO esquerdo e que apenas de abril a julho de afetado foi observado e sete 0 que apenas a funCf8o. retornou DOS PACIENTES PESQUISADOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1999 1989 1988 1999 1998 2000 2000 2000 2003 2002 Recidiva 0 0 1991 0 0 0 0 0 0 0 Data da avalia9ao 2 2 2 2 2 2 2 2 1 3 Hernicorpo afetado D D D D E D D D E E Profissao F Pr Pi A E V B D D M Retorno profissional 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 Pacientes Data do AVe Quanto a recidiva, o = se Quanto foi d~terminado: nao ocorreu a data de avalia<fao: 1 = 04/2004 Quanto ao hemicorpo D = direito Ano = quando ocorreu 2 = 06/2004 afetado: E = esquerdo 3 = 07/2004 27 Quanto a profissao: F = fiscal· , Pr A = administrador E = eletricista V = vendedor B = borracheiro D = do lar M = motorista = professor Pi = pintor QU,anto ao retorno profissional: o = nao o Quadro demonstrando ocorreu 1 = retornou 2 indica a data de inicio e interrompimento quanto tempo realizaram 0 tratamento. da reabilitac;ao, Observa-se a permanencia minima de 1 ana e a maxima de 13 anos. QUADRO 2 - TEMPO DE REABILITACAO t 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Inicio 2001 1989 1988 1999 1998 2001 2000 2000 2003 2002 Interrompimento 2003 2002 1989 2000 1999 2004 2003 2002 2004 2003 Pacientes o Quadro 3 demonstra dados do periodo durante e ap6s a fisioterapia. Conclui-se que somente dois pacientes nao referem melhoras durante tratamento. Todos sentem maiores dificuldades sem intenc;ao de retornar a fisioterapia, 0 0 tratamento e todos tem mesmo que nove dos dez pacientes continuem realizando alguns exercicios em casa. 28 QUADRO 3 - DADOS DO PERioDO DURANTE E APOS A FISIOTERAPIA Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Melhora dos movimentos 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Inten~ao de retorno 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Exercicios domiciliares 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Queixa principal A D An F Se Td An An P An Dificuldades o tratamento sem Quanto a melhora dos movimentos: o = nao Quanto as dificuldades o = nao 1 = obteve obteve nao tendo tratamento: tem 1 = tem Quanto a intenc;ao de retorno: o = nao 1 = sim Quanto a realiza~ao de exercicios o= nao 1 em casa: = sim Quanto as queixas principais: A = ajoelhar-se D = dor no ombro An = andar Se = subir escadas Td = total dependencia F P = peso no brago = diminuigao da forga 29 o Quadro partir desta 4 demonstra para outras a capacidade posigoes. de realizar Verifica-se a posigao supin~ a que 4 pacientes mantem a posigao com flexao de MMSS e extensao de MMII; 3 mantem flexao de MMSS e flexao de MMII; 2 tern extensao em MMII, mas tambem Conclui-se a associada pacientes extensao que extensao passam de MMSS e MMII, e 1 tern maior extensao de MMSS. padrao 0 de MMII. a partir mais incidente Observa-se e a flexao tambem de MMSS, que nove dos dez desta para outras posigoes. QUADRO 4 - POSTURA SUPINO E TRANSFERENCIAS Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Padrao em . suplno 2/3 1/2 3/2 1/2 1/2 1/4 1/4 1/4 3/2 1/2 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 Passa para outras posi~oes Quanto ao padrao: 1 = flexao de MMSS 2 = extensao 3 = extensao 4 = flexao de MMII de MMSS de MMII Quanto a passar para outras posturas: o = nao o Quadro decubito decubitos. lateral, passa 1 5 indica quais as pacientes se este e bilateral Observa-se que somente que realizam mantem bilateral. = realiza que sao capazes e se tern preferencia por algum urn nao realiza esta postura Destes, quatro preferem tres 0 direito e 2 sao indiferentes. de manter 0 0 decubito dos e as nove esquerdo, 30 QUADRO 5 - CAPACIDADE E PREFERENCIA DE DECUBITO LATERAL 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Decubito lateral 1/8 1/8 1/8 1/U 1/8 1/8 1/8 1/8 1/8 0 Preferencias DIE E DIE E 0 D E D E - Pacientes . Quanto ao decubito lateral: o = nao realiza B = bilateral 1 = realiza Quanto D a U - unilateral preferencia: = decubito lateral direito E = decubito lateral esquerdo o Quadro apoio, qual 0 6 explica a posi9ao sentado, se os pacientes mantem sem padrao dos MMII, se existe a rea9ao de prote9ao e se utiliza as maos. Conclui-se que quatro dos pacientes nao realiza sem ter um apoio e oito destes mantem a flexao dos MMII. Somente um paciente nao tem capacidade de realizar a postura. Apenas um n80 tem a rea980 de prote98o e seis deles tem rea9ao bilateral. 31 A QUADRO 6 - DADOS REFERENTES POSTURA SENTADA E usa DAS MAOS Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Sentar sem apoio 1 1 1 1 1 0 0 0 0 1 Com flexao MMII 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 Com extensao MMII 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 Nao realiza 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 Reayao de proteyao 1/8 1/8 1/U 1/8 1/8 0 1/8 1/U 1/8 1/U 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 Uso das maos Quanto a sentar sem apoio: o Quanto o = nao realiza a 1 = realiza manter flexao MMII: 1 = sim = nao Quanto a manter extensao MMII: o 1 = sim = nao Quanto a nao conseguir realizar a postura: o Quanto = falso, pois realiza a 1 = verdadeiro, reac;ao de protec;ao: o = nao 1 = tem tem U = unilateral B = bilateral 1 = sim Quanto a usar as maos: o = nao nao realiza 32 o Quadro 7 refere-se reag80 de equilibrio ou se a postura e somente ajoelhada, se realiza sem apoio, se ha com apoio. Foi constatado que somente quatro pacientes realizam sem apoio, os quais tem reagao de equilibrio e que, fornecendo um apoio, sete passam a realizar a postura. A QUADRO 7 - DADOS REFERENTES POSTURA AJOELHADA Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Sem apoio 0 0 1 0 1 0 0 1 1 0 Rea~ao de equilibrio 0 0 1 0 1 0 0 1 1 0 Com apoio 1 1 1 0 1 0 1 1 1 0 Quanto a ajoelhar sem apoio: o = nao realiza 1 = realiza Quanto a ter rea<;ao de equilibrio: o = n80 1 = tem tem Quanto a conseguir ajoelhar-se o 1 = sim = nao o Quadro tendo apoio: 8 analisa a postura semi-ajoelhada, com apoio e se ha reag80 de equilibrio. Observou-se conseguem numero equilibrio. realizar, dois realizam sobe para cinco pacientes. se realiza, se e sem ou que cinco pacientes nao sem apoio e, tendo algum apoio, este Destes, tras apresentam reag80 de 33 QUADRO 8 - DADOS REFERENETES A POSTURA SEMI-AJOELHADA Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Sem apoio 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 Rea~ao de equilibrio 0 0 1 0 1 0 0 0 1 0 Com apoio 0 1 1 0 1 0 1 0 1 0 Nao realiza 1 0 0 1 0 1 0 1 0 1 Quanto a realizar sem apoio: o = nao realiza 1 = realiza 1 = tern Quanto a ter rea9aO de equilibrio: o = nao tern Quanto a realizar com apoio: o = nao realiza 1 = realiza Quanto a nao realizar: o = falso, pois realiza o Quadro mesma, 1 - verdadeiro, nao realiza 9 analisa a postura em pe, se existe a capacidade se ocorre sem apoio ou somente com apoio, equilibrio. Tambem demonstra se as transferencias se nao realiza a postura. Entre os pacientes, apoio, seis distribuem posturas sem auxilio. 0 peso assimetricamente reaCfaO de posturais sao realizadas somente com apoio. Foi constatado que somente urn paciente, acamado, ha para a 0 qual convive oito mantem-se e quatro transferem sem as 34 QUADRO 9 - REACOES A POSTURA EM PE Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Sem apoio 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 Transferencia de peso assimetrico 1 1 1 0 0 0 1 1 0 1 Transferencia de peso simetrico 0 0 0 1 1 0 0 0 1 0 Com apoio 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 Nao realiza 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 Em pe sem auxilio 0 0 0 1 0 1 0 1 0 1 Em pe com auxilio 1 1 1 0 1 0 1 0 1 0 Quanto a postura em pe sem apoio: o = nao realiza Quanto as transferencias 1 = realiza de peso: o = nao 1 = sim Quanto a posi<;ao com apoio: o = nao 1 = sim Quanto a nao realiza-Ia: o = falso 1 - verdadeiro Quanto a realizar sem auxilio: o = nao 1 = sim Quanto a realizar com auxilio: o = nao 1 = sim 35 o Quadro 10 refere-se a marcha: se e realizada e se com apoio ou nao, e a subir escadas sem auxilio ou nao. Destes, cinco realizam sem apoio sendo seis com reac;ao de equilibrio. Somente urn dos dez nao realiza marcha. Para subir escadas, 6 necessitam de apoio e 3 nao realizam. A QUADRO 10 - REACOES REALIZACAO DA MARCHA Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Sem apoio 1 1 1 1 0 0 0 0 1 0 Rea~ao de equilibrio 1 1 0 1 1 0 0 0 1 1 Com apoio 0 0 0 0 1 0 1 1 0 1 Rea~ao de equilibrio 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 Nao realiza 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 Sobe escadas . sem apolo 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Sobe escadas . com apolo 0 1 1 1 1 0 0 1 1 0 Neste item, tem-se como legenda: o = nao 1 = sim Somente 0 item "nao realiza": o = falso 1 = verdadeiro Quanto a realizar com auxilio: o = nao 1 = sim 36 o Quadro 11 demonstra distribui~80 topografica apresentam grau 2, tras apresentam mas a mobiliza~8o nos pacientes e a grau 3 e dais apresentam grau 4, ou aumento de tonus durante grande parte da ADM, passiva a distribui~80 presente do mesmo. Pode-se observar que cinco dos pacientes seja, a maioria apresenta Quanto 0 tonus e realizada topografica, canforme escala descrita baixo. seis pacientes tern maior acentuaC;8o de tonus em MMSS. QUADRO 11 - TONUS E DISTRIBUICAo TOPOGRAFICA Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Intensidade 2 4 3 2 2 4 3 2 2 3 DistribuiC;80 topografica 1 1 2 1 1 2 2 1 2 1 A escala utilizada o= 1 = e de Ashword, Tonus muscular normal Discreto aumento do tonus muscular, manifestado e relaxamento, movimento, 1+ descrita abaixa: = Discreto ou por uma resistencia quando a articula~8o afetada a uma resistancia 2 = Aumenta mais pronunciado da ADM, no final do ou estendida. par contraC;8o minima durante a restante (menos da metade) da amplitude do movimento realizada. e fletida aumento do tonus muscular, manifestado assaciada parte minima par contraC;8o (ADM). do tonus muscular, durante a maior mas a movimentaC;8a passiva e facilmente 37 3 = Aumento consideravel e realizada passiva 4 = ArticulaQ80 1 = + em MMSS 2 = + em A Tabela grau encurtamento apresenta 0 ou extens80 (REVISTA 1998). MMII membro inferior e superior apresentam em flex80 topografica: 12 refere-se pacientes apresentam rigida UNIVERSAL, E para a distribui~ao e a movimentaQ8o com dificuldade. afetada FISIOTERAPIA do tonus muscular, a presenQa de encurtamentos, em tronco, afetados. Em tronco foi verificado que seis dos encurtamentos grau 3; dois apresentam grau 2 e dois 1 em tronco. Em grau 2 e nove apresentam membro inferior, um apresenta grau 3. Ja em MMSS, um paciente grau 1; cinco pacientes apresentam grau 2, e 4 apresentam 0 grau 3. QUADRO 12 - PRESENCA DE ENCURTAMENTOS Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Tranca 3 2 3 3 3 1 3 1 2 3 MMII 3 3 3 3 3 3 2 3 3 3 MMSS 3 1 3 2 2 2 2 3 3 2 A legenda utilizada: 1 = grave 2 = moderado 3 = leve 38 o ultimo quadro, de nO. 13, refere-se as deformidades tronco, MMII e MMSS. Em tronco, tres pacientes apresentam grau 2 e quatro pacientes pacientes apresentam presentes em apresentam apresentam grau 1; tres grau 3. Em MMII, oito grau 3, urn paciente apresenta grau 2, e urn paciente apresenta grau 1. Em MMSS, dois pacientes tern grau 1, qua\tro pacientes tem grau 2 e quatro, grau 3. QUADRO 13 - PRESENCA DE DEFORMIDADES Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Tronco 3 1 3 3 3 1 1 2 2 2 MMII 3 3 3 3 3 3 1 3 2 3 MMSS 3 1 3 3 3 1 2 2 2 2 Sendo: 1 = grave 2 = moderado 3 = leve 5 DISCUSSAO De acordo com a literatura, patologia incapacitante 0 Acidente Vascular Cerebral e uma de maior incidencia em idosos, homens e negros, como verifica-se neste estudo, onde 60% das pessoas sao do sexo masculino e na faixa etaria de 61 a 70 anos. A revisao bibliografica relata que 0 tratamento fisioterapeutico ter inicio precoce e permanecer por tempo indeterminado, um programa de tratamento deve pois e necessario para a manuten<faO do quadro, prevenindo complica<foes e preservando as fun<foes adquiridas. No presente estudo foi observado que 100% dos pacientes tern inten<fao de retorno a fisioterapia pois todos apresentam maiores dificuldades nas AVO's em rela<fao ao periodo em que permaneceram na fisioterapia. Oestes, somente do is pacientes tern hist6ria de AVC rnais antigos e urn deles ocorrendo uma recidiva; os outros 8 pacientes sao mais recentes e nao tiveram recidivas. Entre estes, apenas 3 tern sequelas a esquerda, a qual, segundo a literatura, necessita de maior tempo de tratamento. Em rela<fao ao retorno ao trabalho, ocorreu somente uma pessoa, a hemipolegico direita, com menor dificuldade motora, pois os outros apresentam incapacidades adquiridas no periodo sem tratamento, que nao permitem a execug80 de suas atividades adequadamente. Entre 0 grupo analisado, somente 2 pacientes permaneceram maior tempo, tendo 14 anos consecutivos de tratamento; 0 por restante teve ° maximo de 3 anos de reabilita<fao, sendo que estes dois que permaneceram tern deformidades rnais leves e atingem varias posturas, inclusive 0 semi- ajoelhado, que e uma postura com maior grau de dificuldade para a maioria dos pacientes. Considerando 0 grupo que permaneceu menos tempo em fisioterapia, 2 pacientes nao observaram melhora durante 0 tratamento, porem assim 40 como 0 restante, referem maiores dificuldades nas AVO's no periodo sem tratamento e desejam retornar pois apenas um deles nao consegue realizar orienta90es domiciliares, 0 que contribui para a piora ou regressao do seu quadro clinico. Isto pode ser observado pois a maior queixa entre eles a a dificuldade com os MMSS e a marcha, 0 que interfere muito nas atividades diarias. Como demonstra a bibliografia, 0 decubito prono a de grande dificuldade para estes pacientes, dando preferencia ao decubito supin~ e outras posturas, que foi observado 0 nas avalia90es fisioterapeuticas realizadas neste grupo de dez pessoas. Somente um paciente a totalmente dependente, permanecendo nao realizando a transferencia para outras posturas, tempo todo em supin~. Nesta mesma postura pode ser 0 analisado tambam que 4 pacientes mantam que seria a flexao de MMSS associada 0 padrao classico de hemiplegia, a extensao dos MMII e 0 restante, 3 pacientes, mantam a extensao dos membros e 3 a flexao. Ao analisar 0 decubito lateral, foi possivel observar que somente urn paciente nao consegue permanecer na postura e um deles com hemiplegia direita mantam somente para 0 0 decubito lateral esquerdo, nao transferindo 0 a peso lado afetado. 0 restante permanece em decubito lateralmente, sendo a maior preferencia pelo decubito lateral esquerdo, nestes pacientes. Oe acordo com pesquisas da literatura, ao sentar os pacientes p6s AVC mantam 0 quadril em extensao e sua coluna fletida para manter a postura e, neste estudo, a maioria dos pacientes mantem-se sentados, com a flexao dos joelhos e apoio dos pas, pois a postura sentada com extensao dos MMII fica muito limitada pela fixa9ao do quadril em extensao. Oestes 10 pacientes, 3 necessitam de apoio para sentar e um nao realiza; e dos que precisam de apoio, um nao apresenta rea9ao de prote9ao e um s6 tem rea9ao unilateral, sendo esta com a mao sadia; os outros apresentam bilateral. Somente dois pacientes utilizam as maos para manter-se sentados, sendo estes os mesmos que necessitam de apoio para sentar, comprovando dificuldade em manter 0 tronco e os MMSS livres nesta postura. a 41 Na postura ajoelhada tem-se 4 pacientes que realizam sem apoio e com reagao de equilibrio, tendo boa qualidade e estabilidade na posigao; 3 necessitam de apoio para conseguir realizar; 3 nao realizam. Dos 3 que nao tern estabilidade nessa posigao, 2 fazem parte do grupo que teve menor tempo de reabilita~ao (2 a 3 anos), demonstrando continuidade do tratamento para a assim a importancia da adequagao das posturas anti- gravitacionais. Ja na postura semi-ajoelhada que requer maior controle postural e de equilibrio, foi constatado que 5 pacientes nao realizam; 3 somente com apoio e 2 realizam sozinhos. Torna-se evidente 0 grau de dificuldade onde apenas 2 pacientes executam esta atividade. Quanto transferir 0 a postura em pe, esta descrito que 0 paciente e incapaz de peso sobre a perna afetada, dando passos curtos com 0 pe sadio para obter equilibrio; dos dez pacientes analisados, somente tras apresentam a transferancia de peso mais pr6xima do fisiol6gico, que sao pacientes que nao tiveram recidiva e permaneceram maiortempo (5 a 6 anos) em tratamento continuo; 2 andam sem apoio porem com maior dificuldade na transferencia de peso para 0 lado afetado; 4 pacientes deambulam com apoio e 1 nao deambula. Segundo comunitarios, a Escala de Hoffer, domiciliares terapeuticos que consiste de deambuladores e os nao deambuladores, estes pacientes podem ser classificados em 5 comunitarios, 4 domiciliares e 1 nao deambulador. Quanto a subir escadas, somente urn paciente mantem com estabilidade, nao necessitando de apoio e 6 conseguem realizar com apoio. De acordo com a Escala de Ashword, 5 pacientes apresentam grau II, 3 apresentam grau III e 2 apresentam grau IV. E destes, 6 tem mais afetado os MMSS e 4 os MMII. A literatura apresenta, em relagao ao tonus, tres classificagoes: a hipertonia, a hipotonia e a distonia, sendo a primeira, a mais incidente e a ultima a mais rara entre pacientes, como confirmado pesquisa acima, onde ha maior incidancia de tonus espastico na flexor em 42 MMSS. A caracteristica do tonus demonstra que metade dos pacientes tem pouco comprometimento (5 pacientes), 0 que confirma pelas habilidades motoras que estes realizam, descritas anteriormente. Quanto a presen~a de encurtamentos: 6 tem grau leve, 2 moderados e 2 graves, sendo necessaria a reabilita~ao para prevenir a evolu~ao das deformidades. Este destes pacientes e um fator importante, pois altera a qualidade de vida em rela~ao diretamente na sua auto-estima. a sua independencia motora, interferindo 43 6 CONSIDERACOES o enfoque FINAlS dos programas de saude sao voltados para bern estar da 0 populagao. 0 paciente p6s AVC tern como principal dificuldade do movimento, importancia sendo que na amenizagao 0 tratamento os disturbios fisioterapeutico e de grande destes sintomas, como relata a literatura. Este estudo tem como objetivo analisar os disturbios em um grupo de pacientes ap6s AVC, que interromperam Neles pode ser observado graus diferenciados do movimento a sua fisioterapia. de incapacidade funcional as varias Iimitag5es quanto a realizagao de posturas, principalmente gravitacionais. mantem-se Porem dando-se continuidade estavel, funcionalidade nao permitindo dos movimentos, que traz dificuldades Os pacientes ganhos significativos independente, ao tratamento, a sua 0 e as anti- quadro clinico regressao, melhorando a prevenindo conseqOentes deformidades, 0 para este individuo quanto ao seu retorno a sociedade. que realizaram tratamento quanto a mobilidade, sendo evidentes por maior tempo obtiveram e especialmente os resultados que a deambulagao a fisioterapia os • proporclona. Este trabalho somente e atividades, ressalta a importancia obtida atraves de movimentos reaprendendo assim, da independencia repetitivos os movimentos motora que e do treino diario de que nao eram mais realizados. A aquisigao desta independencia a comunidade e possivelmente motora e fundamental a atividade profissional, 0 para 0 retorno que foi possivel nesta amostra em urn individuo somente. Neste mesmo grupo ha urn individuo totalmente dependente quanto as capacidades de auxilio, funcionais. comprovando as diferengas individuais 44 Considerando este estudo, nao se pode determinar especifico para se realizar 0 tratamento fisioterapico, entretanto, nao se deve encerra-Io antes de esgotar todas as possibilidades marcha e posturas independentes, prornover a auto-estima e Acidente Vascular Cerebral. 0 um periodo para a aquisigao da condigao esta a minima necessaria para resgate do individuo com sequelas ap6s urn 45 7 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BOBATH, Berta. 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Fisioterapianeuro/6gica. 2 ed. Sao Paulo: Manole, 1994. APENDICE 48 APENDICE 1: QUESTIONARIO Data da avaliagao Data do AVC Recidiva do AVC Quando iniciou a fisioterapia? Quando interrompeu a fisioterapia? Durante a fisioterapia teve melhora dos movimentos? Quando afastado do tratamento sentiu mais dificuldades? Em que atividades? Gostaria de retornar a fisioterapia? Porque? Em casa realiza exercicios aprendidos na fisioterapia? Maior queixa no momenta: o que realiza sozinho? Para que necessita de auxilio? Nome: Data de nascimento: Enderego: Fone: Sexo: Idade: Profissao: Atua: Diagn6stico fisioterapeutico: o que realiza sozinho? Para que necessita de auxilio? SUPINO Padrao de MMSS e MMII: Passa para outras posig5es? Tem reagao de anfibio? Como? DECUBITO LATERAL Permanece na postura? Qual lade prefere? Bilateral? SENTADO Faz transferencias? Tern rea9ao de prote9ao? Como? Usa as maos? Com extensao, flexao MMII ou pes apoiados? 49 JOELHO Mantem a posh/ao? Transfere peso? Tern equilibrio? SEMI-AJOELHADO Mantem posigao? Poe urn pe a frente? Tern equilibrio? Como? Com apoio? EM PE Mantem posigao? Com apoio? Distribui peso? Realiza ajoelhado, semi ate em pe? MARCHA Com auxilio? Fica sabre urn pe Tern equilibrio? Sobe escadas? Apresenta as 3 fases da marcha? Como? TONUS Qual? Intensidade? ENCURTAMENTOS Apresenta? DEFORMIDADES Apresenta?