DISTURBIOS DO MOVIMENTO EM PACIENTES pas - TCC On-line

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Juliana Gomes de Sa
DISTURBIOS DO MOVIMENTO EM PACIENTES
pas
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL, QUE INTERROMPERAM
o TRATAMENTO
FISIOTERAPEUTICO
Trabalho apresentado como requisito
parcial de conclusao para obten~ao da
gradua~ao pelo Curso de Fisioterapia,
Faculdade de Ciencias Biologicas e da
Saude,
da Universidade Tuiuti do
Parana.
Orientadora:
Profa.
Camargo Ferrari.
Regina
Maria
Orientadores
Metodologicos:
Profs.
Luiz Antonio Negrao Dias e Frederico
Burigo
CURITIBA
2004
TERMO DE APROVACAO
Juliana Gomes de
Sa
DISTURBIOS DO MOVIMENTO EM PACIENTES POS
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL,QUE
TRATAMENTO
,
INTERROMPERAM
0
FISIOTERAPEUTICO
Este trabalho foi julgado e aprovado para a obtengao do titulo de Bacharel
em Fisioterapia
do Curso de Fisioterapia da Universidade Tuiuti do
Parana.
Curitiba , -,-- de -----.-------------- de 2004
Coordenador
,-- --~---- ---,-----,----Profa. Regina Maria Camargo Ferrari.
-
Orientadora:
----------
-----------,
,--
Prof.
-,-------------,---,-.
Prof.
---------,
DEDICATORIA
Esta monografia
e dedicada
pela ajuda durante todo
0
aos meus queridos pais: Marilys e Paulo,
percurso da Faculdade, e aos amigos sempre
presentes.
•••
III
Agrade~o aos meus pais, em especial
a minha mae Marilys,
pela
compreensao,
paciencia e apoio,
sempre dedicados e 0 incentivo que
permitiram alcan~ar 0 meu objetivo.
A Deus, pela possibilidade de auxiliar
e reabilitar quem necessita.
Aos amigos, Maria Cristina, Dayane,
Evelyn, Fernanda, Maira e Rodrigo, os
quais me apoiaram durante todo 0
percurso da minha vida universitaria,
incentivando a seguir em frente.
Aos professores, pela aten~ao e
orienta~oes
dispensados
a mim,
principalmente a minha orientadora,
Profa. Regina C. Ferrari, sem a qual
nao seria possivel concluir este
trabalho .
•
IV
SUMARIO
LISTA DE QUADROS..........................................................
vii
LIST A DE SIGLAS..............................................................
viii
RESUMO
.
AB ST RA CT
.
•
IX
X
1
INTRODUCAO....................................................................
1
2
REVISAO DA LITERATURA...............................................
2
2.1
FISIOPATOLOGIA
2.2
ETIOLOGIA............................
3
2.3
EPIDEMIOLOGIA................................................................
4
2.4
FATORES DE RISCO
4
2.5
SINAIS E SINTOMAS..........................................................
5
2.6
AVALIAC;Ao DO SISTEMA MOTOR E SUAS FUNC;OES .....
5
II 11..............
2
,
2.7
QUADRO CLINICO.............................................................
7
2.8
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO AVC......................
7
,
2.9
PROGNOSTICO.................................................................
2.1 0
GRAUS DE INCAPACI DADES APOS 0 AVC
2.11
A DURAC;Ao DA REABILITAC;Ao E AUSENCIA DESTA......
2.12
DISTURBIOS SENSORIAIS: AS ALTERAC;OES
2.13
8
II..
9
10
SENSORIAIS APOS 0 AVC
11
DISTURBIOS DO MOVIMENTO....
13
2.13.1 Os disturbios do movimento relacionados ao tonus postural..
13
2.13.2 Os disturbios do movimento nos padr5es posturais
estaticos
2.13.2.1
14
Os disturbios nos membros superiores ... 11....................
v
15
2.13.2.2
Os disturbios
nos membros inferiores
17
do movimento e a funy80 motora.................
2.13.3 Os disturbios
2.14
0 TRATAMENTO
FISIOTERAPEUTICO
DO AVC..............
3
METODOLOGIA
3.1
ABORDAGEM
3.2
MATERIAIS......................................................................
18
21
23
EPIDEMIOL6GICA....................................
23
23
,
3.3
METODOS.......................................................................
23
3.4
POP ULAQ A0
3.5
ANALISE ESTATISTICA...................................................
24
4
RESULTADOS.................................................................
25
5
DISCUSSAO....................................................................
39
6
CON SID E RA C0 E S FIN A IS. .............................................
41
7
RE FE RE NCIAS BIB LIOG RAFICAS..................................
42
APENDICE
44
24
-
- QUESTIONARIO..........................................
•
VI
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 - IDENTIFICACAO
DOS PACIENTES
PESQUISADOS
QUADRO 2 - TEMPO DE REABILITACAO
QUADRO 3 - DADOS DO PERfoDO
27
DURANTE E APOS A
FIS lOT ERAP IA. ..................................................................
QUADRO 4 - POSTURA
SUPINO E TRANSFERENCIAS................
QUADRO 5 - CAPACIDADE
E PREFERENCIA
usa
-
A
DE DECUBITO
POSTURA SENTADA
30
E
DAS MAOS
31
QUADRO 7 - DADOS REFERENTES
A
POSTURA AJOELHADA...
QUADRO 8 - DADOS REFERENTES
A
POSTURA SEMI-
AJOELHADA......................................................................
QUADRO 9 - REACOES
QUADRO 10 - REACOES
28
29
LATERAL............................................................................
QUADRO 6 - DADOS REFERENTES
26
A
POSTURA EM PE.....................
A
REALIZACAO
QUADRO 11 - TONUS E DISTRIBUICAO
DA MARCHA..............
TOPOGRAFICA.............
32
33
34
35
36
QUADRO 12 - PRESENCA
DE ENCURTAMENTOS.......................
37
QUADRO 13 - PRESENCA
DE DEFORMIDADES
38'
••
VII
LISTA DE SIGLAS
AVC
Acidente Vascular Cerebral
AVD
Atividade de Vida Diaria
MMII
Membros Inferiores
MMSS
Membros Superiores
SNC
Sistema Nervoso Central
•••
VIII
RESUMO
o acidente
vascular cerebral e definido como um deficit neurologico subito
devido a uma lesao vascular; acometendo principalmente pessoas idosas,
homens e negros. A sequela neurologica depende da etiologia, local e
extensao da lesao encefalica. Este estudo do tipo observacional descritivo
tern como objetivo analisar os disturbios do movimento em 10 paciente pos
acidente
vascular
cerebral
que interromperam
0
seu tratamento
fisioterapeutico, demonstrando as incapacidades resultantes. Apos a analise
proposta neste estudo, evidenciou-se
a importancia
do tratamento
fisioterapeutico na preserva~ao das posturas anti-gravitacionais facilitadora
das habilidades motoras diarias.
Palavra-chave: acidente vascular cerebral, conseqOencia neurologica,
tratamento fisioterapeutico, disturbios do movimento, incapacidades .
•
IX
ABSTRACT
Stroke or accident vascular cerebral is defined as sudden neurological deficit
due to a vascular lesion .It happens more usually on senior people, men and
blacks mainly. The neurological consequence depends on etiology, place and
lesions extension. This observation study has as objective analyzes
disturbances of movement in ten patients powders cerebral vascular accident
about ten patients who let go the physical treatment, attempting the disability.
After proposal analysis on this study it was proved the relevance of the
physical treatment to keep body on a position to have your motor ability
functional.
Key words: accident vascular cerebral ,neurological consequence, treatment,
physical therapy, disturbances of movement and disability
x
1
INTRODUCAO
o
Acidente
Vascular
Cerebral
e
considerado
a primeira
causa de
incapacitagao funcional, sendo a,mais devastadora patologia neurol6gica,
impede a independencia
funcional
e comunicag80
pois
do paciente (CHARLES,
1999).
Os principais fatores que influem na capacidade
pregresso, deficiencia
cognitiva,
incontinencias
corporal, os quais sao responsaveis
funcional sao 0 AVC
e problemas
de percepgao
pelos graus de dependencia
nas AVD's.
(PICKLES, 2000).
Este estudo tem como objetivo analisar os disturbios dos movimentos
e as incapacidades
interromperam
funcionais
0 seu tratamento
mesmo. Para 0 desenvolvimento
bibliografico
instaladas em pacientes que, ap6s 0 derrame,
fisioterapeutico
nao mais retornando
ao
deste trabalho fez-se necessario urn estudo
da patologia, para compreender
os pacientes e suas alteragoes
motoras. A presente pesquisa foi realizada com 0 exemplo de dez pacientes
p6s AVC, de uma clinica escola em Curitiba.
2
REVISAO BIBLIOGRAFICA
o Acidente
Vascular Cerebral e definido como um deficit neurol6gico
subito, devido a uma lesao vascular. esta lesao tem instalagao
duragao variavel,
aguda,
podendo causar ate a morte. As les5es emb6licas
e
hemorragicas subaracn6ideas tern inicio abrupto e as hemorragias cerebrais
e infartos instalam-se de minutos a horas, sendo que os infartos constituem
cerca de 70% dos casos. (CHARLES, 1999).
A consequencia neurol6gica depende da etiologia, local e extensao da
lesao (EKMAN, 2000).
A gravidade pode variar de quadros leves ate uma hemiplegia maciga,
alterando a consciencia
corporal. Os ataques isquemicos transit6rios
sao
deficits temporais e focais, os quais regridem em ate vinte e quatro horas
(CHARLES, 1999).
Os acidentes vasculares
cerebrais tern como principal sequela a
hemiplegia, uma sind rome caracterizada pela perda da mobilidade voluntaria
e sensibilidade em um hemicorpo, que pode ser organica ou funcional, esta
apresentando disturbios motores (FISIOTERAPIA EM MOVIMENTO, 1995).
Durante a reabilitagao, a hemiplegia necessita de tecnicas apropriadas
no tratamento fisioterapeutico
de inibigao e facilitagao de padr6es motores
que permitam retornar a uma vida diaria com maiorfuncionalidade
e qualidade
possiveis (UMPHRED, 1994).
2.1
FISIOPATOLOGIA
o
AVC
pode
ser
urn infarto
hemorragico (SULLIVAN, 1993).
tromb6tico,
infarto
emb6lico
ou
3
o infarto
trornb6tico corresponde
a forrna9ao
de urn coagulo de sangue
ou trombo na arteria cerebral ou em seus ramos. As placas ateroscler6ticas
e a hipertensao interagem para produzir os infartos. Estas placas formam-se
geralmente em frente aos primeiros ramos principais das arterias cerebrais,
sendo
que
urn bloqueio
intermitente
pode
progredir
para
urn dana
permanente. Os trombos resultam da a9re9a9ao plaquetaria, coagula90es de
fibrina e queda da fibrin6lise, levando
a oclusao
ou isquemia de uma arteria,
causando 0 infarto, e, quando deslocam-se sao os embolos (SULLIVAN,
1993).
o infarto
emb6lico tern um embolo causador que pode vir do COra9ao,
uma trombose da car6tida ou placa ateromatosa. Os ramos da arteria cerebral
media sao infartados mais comumente. 0 suprimento sangOineo colateral nao
se estabelece, devido
a velocidade
por90es de materia
na corrente
cerebrais, levando
a oclusao
da forma9ao da obstru9aO. Sao pequenas
sangOinea, que deslocam
as arterias
(SULLIVAN, 1993).
No hemorragico, as hemorragias intracranianas
mais comuns sao
aneurisma sacular hipertensivo rompido e a rna forma9ao atrioventricular.
hemorragia provoca sangramento
dentro dos tecidos cerebrais,
0
A
em uma
massa que desloca as estruturas da linha media. Os aneurismas resultam de
defeitos nas camadas media e elasticas e as ma-forma90es
resultam em
fistulas arteriovenosas no tecido cerebral (SULLIVAN, 1993).
2.2
ETIOLOGIA
A hemiplegia e urn complexo sintomatico, sendo 0 disturbio principal
no acidente vascular cerebral e pode ocorrer conseqOente a processos
patol6gicos por uma lesao parcial ou total do feixe piramidal. As causas mais
freqOentes para sua instala980
(LEITAO, 1974).
sao a hemorragia,
trombose
e embolia
4
Mas pode
haver
outras
causas
como:
fraturas,
traumatismos,
ferimentos, lesao vascular, compressoes por tumores, cistos, entre outros.
(FISIOTERAPIA EM MOVIMENTO, 1995).
2.3
EPIDEMIOLOGIA
o AVC constitui
1999).
a terceira causa mais comum de mortes (CHARLES,
Cerca de 40 a 50% dos individuos
morrem ap6s seis meses.
considerado a primeira causa de incapacitagao funcional
E a mais
E
(CHARLES, 1999).
devastadora ds complicagoes, pois retira a independencia e
comunicagao do paciente (NITRINI, 1991).
Esta patologia afeta 1.750.000
ano. A incidencia anual
e de
pessoas e causa 180.000
morte ao
3,5 em 1.000 entre 55 e 64 anos, e 9 em 1000
pessoas de 65 a 74 anos (SULLIVAN, 1993).
Embora a incidencia venha diminuindo nos ultimos 25 anos, 0 AVe
e
uma causa muito comum de morte nos Estados Unidos. Aumenta com a idade
em homens e negros (UMPHRED, 1994).
2.4
FATORES DE RISCO
Os tras fatores mais comuns sao a hipertensao, diabetes e doengas
eardiaeas, sendo a hipertensao a mais importante pois prevalece
todas as idades. Esta associado a altos niveis de gordura,
0
AVC em
a obesidade
e ao
fume (UMPHRED, 1994).
A hipertensao, tabagismo, diabetes, dislipidemia e 0 uso excessive de
aleool aumentam as chances de urn AVe em 2 ate 4 vezes (CHARLES, 1999).
Outros fatores relacionados sao a inatividade, estresse, altas taxas de
colesterol, uso de contraceptiv~s,
pre-disposi980 genetica e eleva9ao dos
hemat6critos (NITRINI, 1991; SULLIVAN, 1993).
5
2.5
SINAIS E SINTOMAS
A extensao da lesao e determinante
estabelecendo
os sinais clinicos
para a intensidade
especificos
da patologia.
da lesao,
Podem ser
observadas: a perda da consciencia, a perda da mobilidade voluntaria,
perda da sensibilidade,
a
paralisia, incontinencias, desvio da cabega e olhos,
claudicagao e fraqueza das maos (LEITAo, 1974).
Outros
sinais
clinicos
sao:
cefaleia,
vomitos,
depressao,
incoordenagao, marcha alterada, convulsoes, afasia e disartria (CHARLES,
1999).
2.6
AVALIAQAo DO SISTEMA MOTOR E SUAS FUNQOES
A primeira parte da avaliagao e a analise das possibilidades
de
movimentos, mecanismos posturais e as atividades funcionais. A segunda
parte e a avaliagao da fungao articular e, por fim, a terceira parte com analise
do sistema sensorial (UMPHRED, 1994).
A avaliagao e
0
tratamento devem estar intimamente relacionados. 0
tratamento deve ser baseado nas avaliagoes realizadas e seus resultados.
Estas avaliagoes sao realizadas para medir a capacidade e nao a qualidade
da fungao (BOBATH, 1978).
A avaliagao da amplitude de movimentos e baseada no conceito de
que movimentos
passiv~s informarao
quanta
a
limitagao
de ADM pela
obstrugao devido aos tecidos moles e a capacidade do paciente em utilizar
ativamente os movimentos, se os musculos sao eficientes para realiza-Ios. A
amplitude dos movimentos
(BOBATH, 1978).
e sua limitagao sao inconstantes
e variaveis
6
Quanto aos testes de for<;a, sao os fatores
determinantes
das
incapacidades do paciente em realizar seus movimentos (BOBATH, 1978).
o conceito
que fundamenta a avaliac;ao dos padroes motores baseia-
se na avalia<;ao qualitativa e va a avalia<;ao da ADM e a fraqueza muscular
como fatores secundarios. Avalia qualitativamente
a fun~ao motora no lado
afetado (BOBA TH, 1978).
A avalia<;ao de padroes motores da informa<;oes sobre as capacidade
funcionais.
E necessario verificar os padroes motores que necessita para
tarefas especificas e tambem os anormais, que interferem nestas atividades.
Isto permite ao terapeuta
planejar objetivos de combina<;oes de padroes
necessarios a funcionalidade, inibindo os que interferem nesta fun<;ao normal
(BOBATH, 1978).
A avalia<;ao tambem
envolve
0
tone postural,
como a for<;a e
distribui<;ao da espasticidade. A associac;ao da espasticidade com os padroes
posturais anormais, faz com que seja desnecessaria uma avalia<;ao a parte,
somente para a espasticidade (BOBATH, 1978).
Os testes para os padroes motores sao designados como testes para
rea<;oes posturais normais e anormais, em resposta a movimenta<;ao passiva,
testes para a movimenta<;ao ativa e testes para equilibrio
e rea<;oes de
prote<;ao. Os dois primeiros foram divididos em tres graus, de acordo com a
dificuldade, sendo grau 1 os mais faceis.
Os testes para equilibrio e rea<;oes
s6 podem ser realizados em pacientes leves a moderados (BOBATH, 1978).
Os testes para rea<;oes posturais sao os unicos que informam quanto
ao grau e distribui<;ao do tonus, e os padroes anormais que interferem no
exercicio ativo. Se a atividade postural reflexa for normal, ocorre
0
musculos as modifica<;oes da postura.O grau de resistancia indica
espasticidade, tornando
0
ajuste dos
0
grau de
exercicio ativo contra estes padroes, impossivel ou
dificil e anormal (BOBATH, 1978).
Os testes para movimenta<;ao ativa apresentam
a capacidade
de
realizar padroes avaliados no teste anterior. S6 sera possivel se as reac;oes
espasticas nao se opuserem.
7
Os testes iniciam dos mais simples para os mais seletivos (BOBATH,
1978). E 0 terceiro grau sao testes de equilibrio e rea90es que sao parte do
movimento voluntario. 0 mecanisme reflexo postural
e quem
fundamenta-o
e deve estar normal antes que se espere movimentos normais (BOBATH,
1978).
2.7
QUADRO CLINICO
Em pacientes apos acidente vascular cerebral,
0
quadro clinico e
composto por perda do equilibrio, disturbio sensitiv~, inibindo
espasticidade,
perda
hemiparesia,
diminuigao
dos
movimentos
do tonus
de
precisao,
e sequelas
0
movimento,
hemiplegia
motoras
ou
no hemicorpo
contralateral ao hemisferio lesado (JOHNSTONE, 1979).
2.8
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO AVC
o uso de antiagregantes
plaquetarios e recomendado para pacientes
com AVC, sendo urn acidente isquemico transitorio; estes reduzem 23%
dos
derrames (CHARLES, 1999).
A aspirina ou acido acetil-salicilico
pois inibe a fun9aO plaquetaria
oxigenase
que
reduz
e a melhor droga para prevengao,
pelo bloqueio completo da enzima ciclo-
a formagao
de trornbonano
responsavel
pela
vasoconstrigao e agrega9ao plaquetaria, reduz 300/0 dos derrames (CHARLES,
1999).
o cloridrato
de ticlopidina e usado para aumentar a reversibilidade da
agregagao plaquetaria por ATP, tern eficacia antitrornbotica pela redu9ao de
fibrinogenio serico (CHARLES, 1999).
o
clopidogril e semelhante
(CHARLES, 1999).
a ticlopidina,
mas com menor toxicidade
8
A heparina venosa deveria ser restrita a pacientes
recorrencias (CHARLES,
o
com alto risco de
1999).
paracetamol
a recomendado
para
0
alivio
do quadro
algico
(CHARLES, 1999).
Para a espasticidade
Badofen, Meprobamato
Em estagios
warfarina.
sao recomendados
e Carisoprodol
Dantrolene,
Diazepan,
(CHARLES, 1999).
iniciais utiliza-se a heparina e em estagio avangado a
Medicamentos
anticonvulsivos
tambam
podem
ser utilizados
(UMPHRED, 1994).
2.9
PROGNOSTICO
Ha varios fatores que influenciam
como: perturbag6es
tratamento
emocionais,
tardio, acidente
espasticidade,
na recuperagao
falta de motivagao,
doengas associadas,
vascular anterior, extensao
assim como a idade e
0
destes pacientes,
da lesao e grau de
tipo de AVC. 0 tratamento
responsavel pela piora pois permite a instalagao das deformidades
tardio a
(LEITAO,
1974).
Estudos em comunidades
mostram 24 a 30% de mortalidade
primeiras semanas e em pacientes
60%.
A mortalidade
internados
este indice sobe para 30 a
tardia a maior do primeiro ata 15 anos ap6s
numero de sobreviventes
nas tres
0
AVC. 0
decresce de 160/0 em homens e 180/0 para mulheres
(NITRINI, 1991).
o local
e a extensao da lesao determinam
quanto maior a lesao, rnais disseminados
a recuperagao
funcional;
sao os danos. A recuperagao
influenciada pela plasticidade do Sistema Nervoso Central-
SNC (SULLIVAN,
1993).
A recidiva do derrame ocorre em 15 a 38% dos pacientes, sendo 50%
fatais. Na taxa anual sao 8 a 11 % (N ITRI NI, 1991).
a
9
2.10
GRAUS DE INCAPACIDADES AP6s 0 AVC
Os fatores que mais influenciam nas capacidades funcionais sao
AVC pregresso, deficiancia
cognitiva, as incontinancias
0
e problemas de
percepgao. As vitimas idosas que vivem em casas de repouso apresentam
baixa capacidade
funcional
e deficiencias
cognitivas.
Mesmo
ap6s a
reabilitac;ao, 29 a 50% dos pacientes acabam com certo grau de dependencia
nas AVO's. A melhoria funcional ocorre de 3 a 6 meses ap6s
0
derrame, ou
seja, qualquer atraso no inicio da reabilitagao afeta as capacidades funcionais
(PICKLES, 2000).
Segundo KALRA, et aI., (1993),80%
anos receberam alta, sendo 32,7%
tres meses de reabilitagao,
dos pacientes com mais de 75
ap6s tras meses do derrame e 67,3%
os outros 20%
apresentaram
deficiencia
p6s
no
cognitiv~ e capacidade funcional. Destes, 66% deambularam sem auxilio, 230/0
necessitaram de cadeira de rodas e 11 % precisaram de ajuda para locomoverse. A mortalidade era de 27% e a recidiva em 19% dos pacientes (PICKLES,
2000).
Segundo LEITAO (1974),
a
extensao local e intensidade
0
grau de recuperagao motora
da lesao cerebral,
e associado
sendo que 900/0 dos
pacientes voltam a andar mas 50% necessitam de auxilio e, quanto aos
membros superiores,
a maioria tem pouca ou nenhuma recuperagao
da
fungao util (LEITAO, 1974).
Quanto
a
classificac;ao
de NITRINI (1991),
15%
dos pacientes
sobrevivem sem qualquer incapacidade; 370/0 tern pequena incapacidade, nao
realizando algumas atividades; 16% necessitam de auxilio em atividades para
vestir-se e 32% tem incapacidade intensa, sendo restritos ao leito (NITRINI,
1991 ).
10
Em cada cern sobreviventes
comprometimentos;
necessitando
2.11
do AVC, 10 voltam
40 tern leves incapacidades
A recuperagao
da fisioterapia
tratamento
permanegam
imediato e continuo
1994).
E AUSENCIA DESTA
a extensao
e relacionada
sem
e 50 ficam incapacitados,
de servigos especiais e continuos (UMPHRED,
A DURAQAO DA REABILITA9AO
efeitos
ao trabalho
da lesao, mas, ainda que os
incertos,
ha evidencias
de que 0
podem minimizar a recuperagao
(STOKES,
2000).
STINEMANM
e GRANGER, citado por PICKLES (2000), realizaram
uma revisao sobre a reabilitagao e constataram
que pacientes submetidos
programas de reabilitagao tern mais freqOentemente
do que pacientes que nao tern tratamento.
resultados funcionais
constatou-se
a
alta e em periodo menor,
Na determinagao
quantitativa
que algum tipo de fisioterapia
dos
sempre e
melhor do que nenhum (PICKLES, 2000).
A reabilitagao
0 tratamento
precoce otimiza a recuperagao funcional.
pode ser em varios servi90s ou em urn unico local, e ambos apresentam
melhores resultados do que pacientes que nao realizam fisioterapia.
ideal e relacionada
com a condigao de cada paciente. Estudos demonstram,
por exemplo, que hemiplegias
necessitando
a
esquerda tem mais deficiencias
de mais tratamento
A estabilidade
do quadro,
(SULLIVAN,
motivagao
cognitivas,
1993).
e resistencia
do paciente,
estagio de reabilitagao determinam 0 tempo de tratamento (SULLIVAN,
Com exce9ao dos pacientes
paciente
precisa
indefinidamente.
manuten980
A epoca
continuar
A experiencia
0
e
1993).
que tem retorno da fungao motora, 0
tratamento
por
muito
tempo,
ou
ate
demonstra que e necessario urn programa de
da fun980 motora para prevenir deteriora90es,
dois a tres anos p6s AVC, pode haver melhoras apreciaveis
e que, mesmo
(LEITAO, 1974).
11
Esta questao e muito individual, mas seria razoavel a permanencia
reabilitagao,
enquanto apresente
afetado pode melhorar
melhoras, pois
a fungao. 0 paciente
0
na
usa continuo do membro
deve conhecer
a verdade e
esperar melhorar as vezes em menores graus, mas por urn longo periodo
(SARNO, 1977).
A cicatrizagao
desenvolvimento
das celulas
cerebrais
ocorre
em semanas,
mas
0
da recuperagao nao depende desta e leva alguns meses ou
anos (SARNO, 1977).
A enfase
para pacientes
cronicos
e progressivos
seria manter
0
tratamento para evitar complicagoes secundarias e manter a fungao existente
(THOMPSON,
o
1999).
importante
e iniciar a fisioterapia
necessario para demonstrar
ainda na fase aguda e durar
0
melhoras e a reabilitagao do paciente (REVISTA
BRASILEIRA DE CLfNICA E TERAPEUTICA,
Se nao existir tratamento,
1991).
paciente compensara
0
com 0 lado nao
acometido, 0 que levara a alteragoes na marcha e tronco, fazendo com que
o paciente
maneira
nao inicie mais movimentos
de reabilitar
e atraves
movimentos funcionais
2.12
DISTURBIOS
com
da repetigao
(JOHNSTONE,
SENSORIAIS:
0
membro
constante
afetado.
A unica
e continua
dos
1979).
AS AL TERA<;OES SENSORIAIS
APOS
DAVC
o
disturbio
proprioceptiva,
parcial,
sensorial
pode ser a perda total da sensibilidade
mas, na maioria dos pacientes, ocorre urn comprometimento
afetando
comprometimento
as
0
sensagoes
paciente
movimentos (UMPHRED,
tendoes
discriminativas
perde 0 controle
superiores.
e a coordenagao
Neste
dos seus
1994).
Os movimentos sao direcionados
dos musculos,
tatil e
e articulagoes;
pelos estimulos dos proprioceptores
os estimulos
sensitivos
iniciam e
12
dirigem a funC;ao motora. Se ocorre esta perda sensitiva, a capacidade de
iniciar
estes
movimentos
Simultaneamente
ocorre
capacidade de sentir
Falta
0
0
esta alterada
e ocorre
a perda
a perda da imagem corporal,
funcional.
minimizando
a
membro (JOHNSTONE, 1979).
impulso
para
0
movimento,
altera-se
0
processo
neurofisiol6gico do movimento coordenado, estabelecendo as perdas motoras
(LEITAO, 1974).
Os mecanismos posturais e antigravitacionais
sentido proprioceptiv~
sao dependentes do
(JOHNSTONE, 1979).
A lesao causa problemas de transmissao
receptora sensitiva, assim,
0
paciente esquece
0
e insuficiencia
da area
movimento normal, e passa
a utilizar os anormais (JOHNSTONE, 1979).
As alterac;oes mais freqUentes sao:
agnosia: dificuldade de reconhecimento;
anosognosia: nega posse do membro acometido;
apraxia: incapacidade de manipular objetos;
hemianestesia: perda de sensaC;ao;
hemianopia: perda do campo visual no lado acometido;
estereognosia: reconheer objetos em suas maos (JOHNSTONE,
1979).
Estes disturbios
ocasionam
normais (JOHNSTONE, 1979).
as alteragoes
dos padroes
motores
13
2.13
DISTURBIOS
DO MOVIMENTO
2.13.1 Os disturbios do movimento relacionados
ao tonus postural
As alteragoes do tonus muscular estao relacionadas
disturbios
do movimento
e determinam
e assim, do sistema motor. As alteragoes
hipotonia, hipertonia ou distonia (GALHARDO,
os
sao a
1989).
A hipotonia resulta de lesoes do arco reflexo do musculo, ate a ponta
inferior da medula, se esta permanece,
ocorre na fase inicial do
antagonistas
AVe.
que sao confundidas
Na hemiplegia
Junto
indica maior gravidade
a
hipotonia
flacida, que e transit6ria,
Ha paralisia
braquial
abolidos,
automatismo
medular.
de
as contraturas
com hipertonia (GALHARDO,
mesmo lade da lesao.
reflexos
ocorrem
progn6stica;
1989).
ocorre a paralisia facial, no
e crural,
reflexos
No membro
cutaneos
superior
ha
subluxagao do ombro, no quadril, rotagao interna e extensao do pe (LEITAO,
1974).
A hipertonia pode ser decorrente da lesao do sistema motor piramidal
ou do extra-piramidal
e a a mais comum. No voluntario ocorre a espasticidade
pela perda da inibigao deste sistema motor sobre 0 neuronio motor periferico
(GALHARDO,
1989).
A espasticidade
(estado mais comum), dura de dois a seis meses em
madia, iniciando pelos flexores do punho, dedos da mao e flexores
assim como adutores e flexores do brago e extensores
plantares;
da perna (LEITAO,
1974).
Na hemiplegia espastica ha paralisia facial central, flexao, abdugao e
rotagao externa do membro superior enos
adugao e plantiflexao
(LEITAO, 1974).
membros
inferiores,
extensao,
14
A ataxia e um disturbio
relacionado
ao feedback
inadequado
e
hipotonia. Nao existe a no~ao de posi~ao corporal no espa~o modificando
a
as
altera<;oes posturais normais (DAVI ES, 1997).
Este disturbio,
assim
como a distonia,
ocorre
raramente
nos
pacientes apos AVC (DAVIES, 1997).
Ha um padrao espasmodico
tipico onde ocorre: a retra~ao, depressao
e rota~ao interna do ombro, flexao do antebra~o, flexao digital,
retra~ao e
rota~ao interna da pelve, extensao do quadril, joelho e tornozelo
e inversao
do tornozelo (JOHNSTONE,
Ja
0
1979).
padrao antiespasmodico
padrao demonstrado
ou de recupera<;ao seria
acima (JOHNSTONE,
Os fatores que contribuem
para
habilidade motora, perda do equilibrio,
0
0
inverso do
1979).
do tonus sao aquisi~ao de nova
dor, tensao mecanica e
0
emocional
(DAVIES, 1997).
A distonia e 0 terceiro disturbio do tonus por um aumento paroxistico
ou varia~oes simultaneas
e sucessivas em um grupo muscular sem ritmo.
bastante rara a sua ocorrencia (GALHARDO,
E
1989).
2.13.2 Os disturbios do movimento nos padr5es posturais estaticos
A hemiplegia
e a disfun~ao motora do AVC,
mais obvios (UMPHRED,
Embora
0
e um
1994).
local e tamanho da lesao vascular
fun~ao motora, 0 comprometimento
o movimento
dos sinais clinicos
determina
sensorial soma-se
0
(UMPHRED,
grau de
1994).
e refinado, coordenado e adaptado atraves da intera~ao
de mensagens exteroceptivas
Apos a hemiplegia,
e cinestesicas
inicialmente,
(UMPHRED,
ha um estado
1994).
de baixo tone ou
flacidez, sendo que sua dura~ao e de urn pequeno intervalo ate semanas ou
meses. Este e acompanhado
de padr5es de aumento do tono. A velocidade
15
que estes retornam
reabilitagao
o
e ditada
(UMPHRED,
movimento precoce
e visto
nos extensores
Quando estes componentes
em posigao anteriorizada
da cabega;
pescogo e rotagao contralateral;
A espasticidade
espinhais e elevadores
e para
refor~ar a musculatura
fraca.
motores sao usados para a fungao, sao vistos
padr5es de movimentos estereotipados
pelvicos
enfoque da
(UMPHRED, 1994).
retorno distal ocorre cedo e
levantadores
0
1994).
do ombro e cintura pelvica
o
pelo local e gravidade da lesao e
como extensao do occipto, resultando
0
uso dos paracervicais
uso dos levantadores
unilaterais
do
do ombro e uso dos
(UMPHRED, 1994).
ocorre nos bragos, pernas, cabega, pescogo e tronco.
A musculatura do tronco, ombro e cintura pelvica e a inicial para desenvolver
a espasticidade.
Na cintura escapular resulta inicial na rotagao para baixo da
escapula e inclinagao para cima da pelve, fazendo
parecer fletido lateralmente
0
tronco do lade afetado
(UMPHRED, 1994).
A extensao vertebral e das cinturas sem os flexores abdominais
leva
a caixa toracica a rodar parecendo 0 corpo estar retraido (BOBATH, 1978).
Ocorrem padr5es sinergistas
tipicos pelo desenvolvimento
do tone
anormal no tronco e tragao da gravidade para baixo, sendo que estes tem
sempre base neurol6gica
(UMPHRED, 1994).
Os disturbios
2.13.2.1
Nao apresenta
nos membros superiores
movimentos
ativos e a escapula
rodada para baixo; assim, a cavidade glen6ide
assume
orienta-se
posigao
para baixo e 0
mecanismo de trava passiv~ do ombro e perdido. Isto resulta em subluxagao
inferior do umero do ombro hemiplegico (CAILLIET,
o
umero fica pendente
extensao do cotovelo
1981).
ao lade do corpo,
em rotagao
interna
e
(UMPHRED, 1994).
Assim que 0 tronco ganha mais extensao do que flexao. A cervical e
lombar ganham
extensao
evidentes.
A cabega
e pesc090
fazem
flexao
16
ipsolateral e contralatera.
A caixa toracica roda para baixo. A escapula rodada
para baixo move-se superiormente
rota9ao
interna.
anteriormente
A
Essas
rea90es
(UMPHRED,
luta
contra
compensa90es,
e curvando
a
fazem
a cabe9a
do
umero
com
subluxar
1994).
gravidade
geralmente
e
como para impedir de cair tracionando
os ombros,
espasticidade,
sobre 0 t6rax e 0 umero hiperestende
traciona
para
frente
responsavel
por
a cabe9a para frente
os
peitorais
e junto
a
0 umero pode ser tracionada para frente em adu980 horizontal
(UMPHRED, 1994).
Outro
padrao
e pela coativa9ao
anormal
dos
aparencia de flexao em massa do MMSS hemiplegico.
nao sao suficientemente
movimento.
musculos,
Os padroes de controle
integrados para permitir combina90es
A escapula
dando
seletivas do
fica elevada e abduz sobre 0 t6rax e a cabe9a do
umero mantida embaixo do acromio. N80 ha dissocia<;80 entre escapula e
umero. Ha eleva<;ao do ombro com abdu<;ao umeral, rota<;ao interna e flexao
de cotovelo
(UMPHRED,
Ocorre
associada
movimentos
que
movimentos
passiv~s.
(UMPHRED,
diminuindo
Associado
alterados
a perda
a fun9ao,
da
amplitude
dos
deficits
nos
causando
a isto ocorre 0 desequilibrio
muscular,
e encurtamentos
musculares,
causando
inicia
edema
1994).
A sind rome
hipersensibilidade
a espasticidade,
estara
padroes de movimentos
algia
1994).
designada
como
ombro-mao
nas maos e diminui9ao
ombros e dedos, ocorrendo
da amplitude
com
de movimento
a atrofia com grave contratura
e
em
(UMPHRED,
1994 ).
Existe a disfun<;ao nas maos, causando a preensao reflexa quando um
estimulo
e provocado
na superficie
palmar
(UMPHRED,
1994).
Na coluna vertebral pode ser observada a presen<;a da escoliose.
tendencias
a curvaturas
pela distribui<;ao desigual
retra90es musculares e rota<;ao da caixa toracica
de peso associada
(UMPHRED,
1994).
Ha
as
17
2.13.2.2
Os disturbios
nos membros inferiores
No estagio agudo, quando
0
controle motor e baixo e
tambem, ha pouca atividade motora e
pela gravidade
(UMPHRED,
Quando
tenta
posteriormente,
e
0
0
0
tone postural
padrao de movimento e influenciado
1994).
uma
postura
ou para baixo, sobre
em pe a pelve
0
inclina
anterior
lade afetado. Como resultado
0
ou
quadril
joelho se fletem pela perda do controle motor e a perda da fun~ao de
sustentar
0
peso no lado afetado mantem
o peso da perna e colocado sobre
Durante a recupera~ao,
controle
entre flexores
anteriormente
(UMPHRED,
1994).
retorno motor provoca um desequilibrio
do tronco,
uso ativo dos levantadores
0
Todo
sendo
que os padroes
pelvicos
faz a pelve inclinar
e elevar-se. 0 joelho extende, 0 tornozelo faz plantiflexao
(UMPHRED,
de
(UMPHRED, 1994).
talus move-se anteriormente.
perdida
tornozelo em plantiflexao.
antepe
e extensores
extensores sao mais faceis
Em pe
0
0
0
Pela retra~ao em tecidos moles a dorsiflexao
e0
e
1994).
Para a fase de balan~o da marcha realizam a extensao de tronco e
eleva~ao pelvica. 0 quadril e pelve se tornam uma unidade;
estendido e e empurrado em flexao plantar. Quando tenta tirar
este supina
(UMPHRED,
transferido
para
Durante
movimento
0
0
0
pe do chao,
0
antepe encosta primeiro no solo. Quando
pe a parte media do mesmo colapsa e
calcanhar
0
peso e
(UMPHRED, 1994).
apoio a extensao do quadril e bloqueada e a pelve nao inicia
a frente.
Assim compensam com
nao afetado para iniciar a transferencia
eleva, inclina anteriormente
rota~ao interna
0
1994).
No contato de calcanhar
o peso e colocado sobre
joelho fica
0
0
sobre
tronco superior ou
0
0
membro
membro de apoio. A pelve
e roda para tras; 0 quadril fica em flexao e leve
(UMPHRED,
1994).
18
E um terceiro padrao seria uma coativa~ao anormal dos musculos, a
"flexao em massa". 0 controle de tronco tem padroes extensores
mas nao
e integrado
para permitir movimentos seletivos.
Ha padrao flexor na
fase de balanceio e padrao extensor no apoio. 0 recrutamento
distal e usado e a fase de balanyo tem uma inclinayao
quadril se move em flexao e abdu~ao
(UMPHRED,
e flexores
do movimento
pelvica posterior;
0
1994).
Outro padrao tende a sentar mais do que andar e a pelve pode rolar
para inclina~ao
posterior
posterior.
e inclina
Quando
em pe mantem
a coluna toracica
a pelve
em posi~ao
para tras, anteriorizando
a cabe~a
(UMPHRED, 1994).
2.13.3 Os disturbios do movimento e a funyao motora
A hemiplegia e caracterizada
pela perda do controle motor em um lado
do corpo (DAVI ES, 1996).
Ha uma perda muito importante
que contraem
0
tronco, principalmente
da atividade
seletiva
nos musculos
a flexao, rota~ao e flexao lateral deste
(DAVIES, 1996).
Ocorre a dificuldade
demonstram
em mobilizar
perda da atividade
0
e tonus.
tronco, os musculos abdominais
Em supin~
a caixa toracica
alterada, fazendo 0 pesco~o parecer encurtado. A distancia da coluna
lateral do tronco
tronco.
e
A ausencia
maior do lade afetado.
de estabiliza~ao
influencia
membros pois estes sao movidos em sinergias espasticas
Como
0
resultado
da hemiplegia
volta a um nivel inicial do desenvolvimento
0
paciente
totalmente
(DAVIES,
do
nos
1996).
parece ser lan~ado de
motor. Se nao for cuidadosamente
tratado continua a usar 0 padrao primitiv~ de extensao e
e atingido,
a borda
Ocorre a perda do controle
proximal
e
0
controle flexor nao
pois, quanto mais usar a extensao, menos estimula os abdominais.
Ele geralmente
compensa,
ativando os extensores
das costas, mudando a
posigao dos quadris. Sem 0 treino de controle e coordenay80,
os musculos
19
ficam inativos
e a inibigao
automonitorada
pode estabelecer-se
dos neuronios motores
e produzir
uma inibigao
(DAVI ES, 1996).
Quanto aos MMII, BROOKS (1986) explica que como os extensores
hiperativos inibem tonicamente
menos espasticos,
os flexores fisiol6gicos,
e portanto, mais paralisados
(DAVIES, 1996).
Ao sentar fica com os quadris em extensao
passivamente
para compensar
0
os quais assim ficam
e a coluna flexionada
peso (DAVIES, 1996).
Quando em pe a postura adotada e cif6tica para evitar cair para tras
(DAVIES, 1996).
Devido a perda seletiva 0 paciente e incapaz de estabilizar
em extensao, enquanto esta usando abdominais
inferiores,
sua coluna
como na marcha
(DAVIES, 1996).
E
incapaz
de mover membros
padrao semelhante
Ha a
isoladamente,
no tronco e vice-versa
sem que ocorra
um
(DAVI ES, 1996).
incapacidade
de mover-se em padroes normais, sendo incapaz
de virar-se ou mobilizar-se
ativamente no leito e andar. Esta regressao refere-
se
a fungao motora (DAVI ES, 1996).
o paciente s6 e capaz de ativar
musculos no lade afetado em uma ou
duas sinergias de massa e estas sao inadequadas
para atividades funcionais
(DAVIES, 1996).
A reagao de endireitamento
da cabega e inadequada
nestes pacientes
(DAVIES, 1996).
A partir de supin~, muitos pacientes sao incapazes de atingir
sem auxilio.
e membros.
Ao tentar
este
movimento,
hemiplegico e ativado 0 forte padrao flexor espastico
Para
devido
a
sentar
Com auxilio de elevar os bragos para usar os extensores
dorso e a perna afetada eleva-se do solo pela perda da atividade
tronco
0
0
sentar,
fraqueza
a coluna e flexionada
dos extensores
e
0
com
rotagao
do
seletiva
do lade
(DAVIES, 1996).
pesco~o estendido,
nao
do tronco e sim pela falta de abdomen
adequados para impedir a queda (DAVIES, 1996).
20
Na posi~ao ortostastica nao tern musculatura abdominal para suportar
o tronco contra a gravidade, caindo para tras se estende coluna e quadril
simultaneamente.
Assim, normalmente flexiona quadril e joelho, para trazer
o tronco para frente e para cima a cifose toracica (DAVIES, 1996).
AlteraQoes da fase de apoio:
e incapaz de transferir
perna afetada. Da urn passo muito curto com
protetor, dando
0
"equilibrio".
0
plantiflexores
0
peso sobre a
pe sadio, como urn passo
(DAVIES, 1996).
Se os abdominais sao fracos ele hiperestende
nao inclina e
0
0
joelho pois a pelve
quadril entao nao extende. Assim, gera hipertonia
nos
(DAVIES, 1996).
Deve trabalhar abdominais e extensao seletiva dos MMII, para nao
mais hiperestender
0 0
joelho na transferencia de peso (DAVIES, 1996).
Fase de impulso:
sustentada.
Nesta fase, a perna hemiplegica
cai pois nao e
A perna parece ser "Ionga". 0 tonus extensor
esta maior,
tornando a flexao do joelho e quadril dificeis, necessitando compensar para
trazer esta perna
a frente.
A perna aduz enquanto vai
a frente,
usa padrao de
flexao em massa para dar urn passo. 0 tronco flexiona e circunduz
Os artelhos sao acima do chao para permitir tirar
Assim,
0
0
0
quadril.
pe hemiplegico do chao.
bra~o mantem-se em padrao espastico de flexao (DAVIES, 1996).
Atrasam a marcha: a largura maior da passada, a velocidade lenta e
o numero menor de passos, pela altura do tronco. Ha perda da oscila~ao dos
bra~os,
0
bra~o se torna mais espastico. A posi~ao do ombro e escapula nao
sao controladas e 0 controle proximal depende da atividade seletiva do tronco.
Ja em supin~ ap6ia a escapula, mobilizando-a melhor.
Os rotatores internos e abdutores estao mais abaixo, pois exigem
menor fixa~ao da caixa toracica e escapula (DAVI ES, 1996).
A espasticidade
seletiva (DAVI ES, 1996).
deve sempre ser inibida para tentar a atividade
21
2.14
0 TRATAMENTO
A principal
FISIOTERAPEUTICO
restrigao
destes pacientes
DO Ave
e a incapacidade
em dirigir
estimulos aos musculos e combinar padroes de movimento, devido as lesoes
do sistema
nervoso
central
(REVISTA
FISIOTERAPIA
EM MOVIMENTO,
1995).
o tratamento
dos deficits
func;ao e prevenc;ao
de
no controle
incapacidades
motor objetiva
por
a melhora da
complicac;oes
secundarias
(UMPHRED, 1994).
Os objetivos
neurofisiol6gicos
do tratamento
elaborados
seletivo
impulsos tateis e proprioceptivos,
contraturas
o tratamento
controle postural, normalizar
e inibir
padroes
de
normais,
movimentos
1994).
pode ser realizado de acordo com a fase da patologia.
No estagio de flacidez
inicial que e logo ap6s a hemiplegia,
semanas. Ha a perda do contato com
0
movimento.
exercicios
Devem
principios
facilitar pad roes de movimentos
e deformidades
indesejados (UMPHRED,
em
para reaprender 0 controle postural e padroes
de movimentos basicos. Sao eles: reestabeleero
impedir
baseiam-se
ser realizados
dura dias ou
lade afetado e perda dos padroes de
de rolar
e deitar,
treinar
movimentos primitiv~s do tronco, para entao reabilitar membros superiores e
inferiores e evitar pad roes de postura adotados como a retrac;ao do ombro,
depressao
da cintura escapular,
rotac;ao interna de membros
superiores
e
extensao de membros inferiores (BOBATH, 1978).
No estagio de espasticidade
membros
superiores
treinar 0 movimento
e extensores
sao atingidos
os musculos flexores
de membros
inferiores,
onde deve-se
passiv~, treino de marcha, amenizar padroes obtidos e
melhorar a adaptac;ao dos movimentos
1978).
de
as atividades
funcionais
(BOBATH,
22
E a fase de recuperagao relativa, onde a espasticidade e leve e devese amenizar padr6es, dissociar cinturas, transferencia
treinada, e treinar marchas. assim como
0
de peso deve ser
retorno as atividades funcionais da
vida diaria (BOBATH, 1978).
o
metodo BOBATH e um tratamento neuroevolutivo,
inibigao e facilitagao
de padr6es, possibilitando
habilidades motoras (BOBATH, 1978).
0
utilizado para
desenvolvimento
das
3
METODOLOGIA
3.1
ABORDAGEM EPIDEMIOLOGICA
Este estudo realizado e do tipo observacional descritivo.
3.2
MATERIAlS
A ficha utilizada para avaliar os pacientes desta pesquisa consiste em
perguntas iniciais referentes
a data
de avalia~ao do AVC, recidiva, inicio da
fisioterapia, interrompimento, melhora dos movimentos durante a reabilita~ao,
dificuldades
afastado do tratamento,
inten~ao de retorno,
realiza~ao de
orienta~ao e a queixa principal do paciente.
o segundo
item e a identifica~ao atraves do nome, sexo, idade, data
de nascimento, endere~o, profissao e diagn6stico fisioterapeutico.
o
terceiro item e a analise das posturas: supin~, decubito lateral,
sentado, ajoelhado,
tambem
3.3
0
semi-ajoelhado
e em pee Neste item, foi analisado
tonus, marcha, encurtamentos e deformidades.
METODOS
o presente
trabalho foi iniciado atraves da escolha de prontuarios de
pacientes p6s AVC, que haviam interrompido seu tratamento fisioterapeutico,
em uma clinica escola na cidade de Curitiba. Entre estes, foram contactados
e escolhidos dez pacientes, os quais concordaram em participar do estudo.
Foram realizadas visitas na casa de nove pacientes e urn foi avaliado na
pr6pria clinica.
24
Estas visitas e avalia90es foram realizadas no periodo de abril a julho
de 2004, no turno da tarde, totalizando dez avaliagoes dos disturbios do
movimento,
as
quais
foram
respondidas
verbalmente
a
academica
pesquisadora. Alem das respostas obtidas, foram observadas e analisadas as
transferencias posturais, conforme consta no apendice
3.4
0
modelo de avalia~ao.
POPULACAO
Entre
0
grupo de pacientes avaliados, quatro eram do sexo feminine
e seis do sexo masculino, com faixa etaria de 42 a 82 anos, portadores de
Acidente
Vascular
Cerebral,
os quais
nao mais
realizam
tratamento
fisioterapeutico.
3.5
ANALISE ESTATfsTICA
Neste estudo a variavel nominal e
0
sexo,
0
qual foi analisado em
forma de porcentagem; e a variavel numerica, a idade, que foi analisada na
forma de valor minimo, valor maximo,media,
mediana e desvio padrao.
4
RESULTADOS
GRAFICO 1 - DISTRIBUICAO POR SEXO
II masculino
IIfeminino
600/0
o
Grafico 1 refere-se ao sexo dos pacientes analisados"
dentre os quais
constata-se que 40% sao do sexo feminino e 600/0 do sexo masculino. Obtendo-se a
predominancia no sexo masculino.
GRAFICO 2 - DISTRIBUICAO POR FAIXA ETARIA
en 4
CI)
••••
c
.!
3
(.)
ns
c.
CI)
"C
2
e
~ 1
~
Z 0
42
43
55
61
63
75
78
82
Faixa etaria
o Grafico
2 demonstra as faixas etarias encontradas na analise, onde a maior
incidencia ocorreu na faixa etaria de 63 anos, enquanto as restantes faixas etarias
apresentam somente urn paciente.
26
o Quadro
1 demonstra
urn paciente teve recidiva.
2004,
onde tres
hernicorpo
urn paciente,
profissional
ana em que ocorreu 0 derrame,
As avalia90es
pacientes
direito. Quanto
0
foram realizadas
tem 0 hemicorpo
a atividade
profis.sional,
administrador,
QUADRO 1 - IDENTIFICACAO
esquerdo
e que apenas
de abril a julho de
afetado
foi observado
e sete
0
que apenas
a funCf8o.
retornou
DOS PACIENTES
PESQUISADOS
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1999
1989
1988
1999
1998
2000
2000
2000
2003
2002
Recidiva
0
0
1991
0
0
0
0
0
0
0
Data da
avalia9ao
2
2
2
2
2
2
2
2
1
3
Hernicorpo
afetado
D
D
D
D
E
D
D
D
E
E
Profissao
F
Pr
Pi
A
E
V
B
D
D
M
Retorno
profissional
0
0
0
1
0
0
0
0
0
0
Pacientes
Data do AVe
Quanto
a
recidiva,
o = se
Quanto
foi d~terminado:
nao ocorreu
a data
de avalia<fao:
1 = 04/2004
Quanto ao hemicorpo
D = direito
Ano = quando ocorreu
2 = 06/2004
afetado:
E = esquerdo
3 = 07/2004
27
Quanto
a profissao:
F = fiscal· ,
Pr
A = administrador
E = eletricista
V = vendedor
B = borracheiro
D = do lar
M = motorista
= professor
Pi = pintor
QU,anto ao retorno profissional:
o = nao
o Quadro
demonstrando
ocorreu
1 = retornou
2 indica a data de inicio e interrompimento
quanto
tempo
realizaram
0
tratamento.
da reabilitac;ao,
Observa-se
a
permanencia minima de 1 ana e a maxima de 13 anos.
QUADRO 2 - TEMPO DE REABILITACAO
t
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Inicio
2001
1989
1988
1999
1998
2001
2000
2000
2003
2002
Interrompimento
2003
2002
1989
2000
1999
2004
2003
2002
2004
2003
Pacientes
o Quadro
3 demonstra dados do periodo durante e ap6s a fisioterapia.
Conclui-se que somente dois pacientes nao referem melhoras durante
tratamento. Todos sentem maiores dificuldades sem
intenc;ao de retornar
a
fisioterapia,
0
0
tratamento e todos tem
mesmo que nove dos dez pacientes
continuem realizando alguns exercicios em casa.
28
QUADRO 3 - DADOS DO PERioDO DURANTE E APOS A FISIOTERAPIA
Pacientes
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Melhora dos
movimentos
0
1
1
1
1
1
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Inten~ao de
retorno
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Exercicios
domiciliares
0
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Queixa principal
A
D
An
F
Se
Td
An
An
P
An
Dificuldades
o tratamento
sem
Quanto a melhora dos movimentos:
o = nao
Quanto as dificuldades
o = nao
1 = obteve
obteve
nao tendo tratamento:
tem
1 = tem
Quanto a intenc;ao de retorno:
o = nao
1 = sim
Quanto a realiza~ao de exercicios
o=
nao
1
em casa:
= sim
Quanto as queixas principais:
A
= ajoelhar-se
D
= dor no ombro
An = andar
Se = subir escadas
Td = total dependencia
F
P
= peso no brago
= diminuigao
da forga
29
o Quadro
partir desta
4 demonstra
para outras
a capacidade
posigoes.
de realizar
Verifica-se
a posigao supin~ a
que 4 pacientes
mantem
a
posigao com flexao de MMSS e extensao de MMII; 3 mantem flexao de MMSS
e flexao de MMII; 2 tern extensao
em MMII, mas tambem
Conclui-se
a
associada
pacientes
extensao
que
extensao
passam
de MMSS e MMII, e 1 tern maior extensao
de MMSS.
padrao
0
de MMII.
a partir
mais
incidente
Observa-se
e a flexao
tambem
de MMSS,
que nove
dos dez
desta para outras posigoes.
QUADRO 4 - POSTURA SUPINO E TRANSFERENCIAS
Pacientes
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Padrao em
.
suplno
2/3
1/2
3/2
1/2
1/2
1/4
1/4
1/4
3/2
1/2
1
1
1
1
1
0
1
1
1
1
Passa para
outras posi~oes
Quanto ao padrao:
1 = flexao de MMSS
2 = extensao
3 = extensao
4 = flexao de MMII
de MMSS
de MMII
Quanto a passar para outras posturas:
o
= nao
o Quadro
decubito
decubitos.
lateral,
passa
1
5 indica quais as pacientes
se este e bilateral
Observa-se
que somente
que realizam mantem bilateral.
= realiza
que sao capazes
e se tern preferencia
por algum
urn nao realiza esta postura
Destes, quatro preferem
tres 0 direito e 2 sao indiferentes.
de manter 0
0
decubito
dos
e as nove
esquerdo,
30
QUADRO 5 - CAPACIDADE
E PREFERENCIA
DE DECUBITO
LATERAL
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Decubito lateral
1/8
1/8
1/8
1/U
1/8
1/8
1/8
1/8
1/8
0
Preferencias
DIE
E
DIE
E
0
D
E
D
E
-
Pacientes
.
Quanto ao decubito lateral:
o
= nao realiza
B = bilateral
1 = realiza
Quanto
D
a
U - unilateral
preferencia:
= decubito
lateral direito
E = decubito lateral esquerdo
o Quadro
apoio, qual
0
6 explica a posi9ao sentado, se os pacientes mantem sem
padrao dos MMII, se existe a rea9ao de prote9ao e se utiliza as
maos. Conclui-se que quatro dos pacientes nao realiza sem ter um apoio e
oito destes mantem a flexao dos MMII. Somente um paciente
nao tem
capacidade de realizar a postura. Apenas um n80 tem a rea980 de prote98o
e seis deles tem rea9ao bilateral.
31
A
QUADRO 6 - DADOS REFERENTES
POSTURA SENTADA
E
usa
DAS
MAOS
Pacientes
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Sentar sem apoio
1
1
1
1
1
0
0
0
0
1
Com flexao MMII
1
1
1
1
1
0
1
1
1
0
Com extensao
MMII
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
Nao realiza
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
Reayao de
proteyao
1/8
1/8
1/U
1/8
1/8
0
1/8
1/U
1/8
1/U
0
0
0
0
0
0
1
0
1
0
Uso das maos
Quanto a sentar sem apoio:
o
Quanto
o
= nao realiza
a
1 = realiza
manter flexao MMII:
1 = sim
= nao
Quanto a manter extensao MMII:
o
1 = sim
= nao
Quanto a nao conseguir realizar a postura:
o
Quanto
= falso, pois realiza
a
1 = verdadeiro,
reac;ao de protec;ao:
o
= nao
1
= tem
tem
U
= unilateral
B
= bilateral
1
= sim
Quanto a usar as maos:
o
= nao
nao realiza
32
o Quadro
7 refere-se
reag80 de equilibrio ou se
a postura
e somente
ajoelhada, se realiza sem apoio, se ha
com apoio. Foi constatado
que somente
quatro pacientes realizam sem apoio, os quais tem reagao de equilibrio e que,
fornecendo
um apoio, sete passam a realizar a postura.
A
QUADRO 7 - DADOS REFERENTES
POSTURA AJOELHADA
Pacientes
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Sem apoio
0
0
1
0
1
0
0
1
1
0
Rea~ao de
equilibrio
0
0
1
0
1
0
0
1
1
0
Com apoio
1
1
1
0
1
0
1
1
1
0
Quanto a ajoelhar sem apoio:
o
= nao
realiza
1
= realiza
Quanto a ter rea<;ao de equilibrio:
o = n80
1 = tem
tem
Quanto a conseguir ajoelhar-se
o
1 = sim
= nao
o Quadro
tendo apoio:
8 analisa a postura semi-ajoelhada,
com apoio e se ha reag80 de equilibrio. Observou-se
conseguem
numero
equilibrio.
realizar,
dois realizam
sobe para cinco pacientes.
se realiza, se
e sem
ou
que cinco pacientes nao
sem apoio e, tendo algum apoio, este
Destes,
tras apresentam
reag80 de
33
QUADRO 8 - DADOS REFERENETES
A
POSTURA SEMI-AJOELHADA
Pacientes
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Sem apoio
0
0
0
0
1
0
0
0
1
0
Rea~ao de
equilibrio
0
0
1
0
1
0
0
0
1
0
Com apoio
0
1
1
0
1
0
1
0
1
0
Nao realiza
1
0
0
1
0
1
0
1
0
1
Quanto a realizar sem apoio:
o
= nao realiza
1
= realiza
1
= tern
Quanto a ter rea9aO de equilibrio:
o
= nao tern
Quanto a realizar com apoio:
o
= nao realiza
1 = realiza
Quanto a nao realizar:
o
= falso, pois realiza
o Quadro
mesma,
1 - verdadeiro,
nao realiza
9 analisa a postura em pe, se existe a capacidade
se ocorre
sem apoio ou somente
com apoio,
equilibrio. Tambem demonstra se as transferencias
se
nao realiza a postura. Entre os pacientes,
apoio, seis distribuem
posturas sem auxilio.
0
peso assimetricamente
reaCfaO de
posturais sao realizadas
somente com apoio. Foi constatado que somente urn paciente,
acamado,
ha
para a
0
qual convive
oito mantem-se
e quatro
transferem
sem
as
34
QUADRO 9 - REACOES
A
POSTURA EM PE
Pacientes
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Sem apoio
1
1
1
1
1
0
0
1
1
1
Transferencia de
peso assimetrico
1
1
1
0
0
0
1
1
0
1
Transferencia de
peso simetrico
0
0
0
1
1
0
0
0
1
0
Com apoio
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
Nao realiza
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
Em pe sem
auxilio
0
0
0
1
0
1
0
1
0
1
Em pe com
auxilio
1
1
1
0
1
0
1
0
1
0
Quanto a postura em pe sem apoio:
o
= nao
realiza
Quanto as transferencias
1
= realiza
de peso:
o = nao
1 = sim
Quanto a posi<;ao com apoio:
o = nao
1 = sim
Quanto a nao realiza-Ia:
o
= falso
1 - verdadeiro
Quanto a realizar sem auxilio:
o = nao
1 = sim
Quanto a realizar com auxilio:
o = nao
1 = sim
35
o
Quadro 10 refere-se
a marcha:
se
e realizada
e se com apoio ou
nao, e a subir escadas sem auxilio ou nao. Destes, cinco realizam sem apoio
sendo seis com reac;ao de equilibrio.
Somente
urn dos dez nao realiza
marcha. Para subir escadas, 6 necessitam de apoio e 3 nao realizam.
A
QUADRO 10 - REACOES
REALIZACAO
DA MARCHA
Pacientes
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Sem apoio
1
1
1
1
0
0
0
0
1
0
Rea~ao de
equilibrio
1
1
0
1
1
0
0
0
1
1
Com apoio
0
0
0
0
1
0
1
1
0
1
Rea~ao de
equilibrio
1
1
1
1
1
0
0
1
1
1
Nao realiza
0
0
0
0
0
1
0
0
0
0
Sobe escadas
.
sem apolo
1
0
0
0
0
0
0
0
0
0
Sobe escadas
.
com apolo
0
1
1
1
1
0
0
1
1
0
Neste item, tem-se como legenda:
o
= nao
1 = sim
Somente 0 item "nao realiza":
o
= falso
1 = verdadeiro
Quanto a realizar com auxilio:
o
= nao
1
= sim
36
o
Quadro
11 demonstra
distribui~80 topografica
apresentam
grau 2, tras apresentam
mas a mobiliza~8o
nos
pacientes
e a
grau 3 e dais apresentam
grau 4, ou
aumento de tonus durante grande parte da ADM,
passiva
a distribui~80
presente
do mesmo. Pode-se observar que cinco dos pacientes
seja, a maioria apresenta
Quanto
0 tonus
e
realizada
topografica,
canforme
escala
descrita
baixo.
seis pacientes tern maior acentuaC;8o de
tonus em MMSS.
QUADRO 11 - TONUS E DISTRIBUICAo TOPOGRAFICA
Pacientes
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Intensidade
2
4
3
2
2
4
3
2
2
3
DistribuiC;80
topografica
1
1
2
1
1
2
2
1
2
1
A escala utilizada
o=
1
=
e de Ashword,
Tonus muscular normal
Discreto aumento do tonus muscular, manifestado
e relaxamento,
movimento,
1+
descrita abaixa:
= Discreto
ou por uma resistencia
quando a articula~8o afetada
a uma resistancia
2 = Aumenta mais pronunciado
da ADM,
no final
do
ou estendida.
par contraC;8o
minima durante a restante (menos
da metade) da amplitude do movimento
realizada.
e fletida
aumento do tonus muscular, manifestado
assaciada
parte
minima
par contraC;8o
(ADM).
do tonus muscular, durante a maior
mas a movimentaC;8a
passiva
e
facilmente
37
3 = Aumento
consideravel
e realizada
passiva
4 = ArticulaQ80
1
= + em MMSS
2
= + em
A Tabela
grau
encurtamento
apresenta
0
ou extens80
(REVISTA
1998).
MMII
membro inferior e superior
apresentam
em flex80
topografica:
12 refere-se
pacientes apresentam
rigida
UNIVERSAL,
E para a distribui~ao
e a movimentaQ8o
com dificuldade.
afetada
FISIOTERAPIA
do tonus muscular,
a
presenQa de encurtamentos,
em tronco,
afetados.
Em tronco foi verificado
que seis dos
encurtamentos
grau 3; dois apresentam
grau 2 e dois
1 em
tronco.
Em
grau 2 e nove apresentam
membro
inferior,
um
apresenta
grau 3. Ja em MMSS, um paciente
grau 1; cinco pacientes apresentam
grau 2, e 4 apresentam
0
grau 3.
QUADRO 12 - PRESENCA
DE ENCURTAMENTOS
Pacientes
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Tranca
3
2
3
3
3
1
3
1
2
3
MMII
3
3
3
3
3
3
2
3
3
3
MMSS
3
1
3
2
2
2
2
3
3
2
A legenda utilizada:
1 = grave
2 = moderado
3 = leve
38
o ultimo
quadro, de nO. 13, refere-se as deformidades
tronco, MMII e MMSS. Em tronco, tres pacientes
apresentam
grau 2 e quatro pacientes
pacientes apresentam
presentes em
apresentam
apresentam
grau 1; tres
grau 3. Em MMII, oito
grau 3, urn paciente apresenta grau 2, e urn paciente
apresenta grau 1. Em MMSS, dois pacientes tern grau 1, qua\tro pacientes
tem grau 2 e quatro, grau 3.
QUADRO 13 - PRESENCA DE DEFORMIDADES
Pacientes
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Tronco
3
1
3
3
3
1
1
2
2
2
MMII
3
3
3
3
3
3
1
3
2
3
MMSS
3
1
3
3
3
1
2
2
2
2
Sendo:
1
= grave
2 = moderado
3 = leve
5
DISCUSSAO
De acordo com a literatura,
patologia incapacitante
0
Acidente Vascular Cerebral e uma
de maior incidencia em idosos, homens e negros,
como verifica-se neste estudo, onde 60% das pessoas sao do sexo masculino
e na faixa etaria de 61 a 70 anos.
A revisao bibliografica
relata que
0
tratamento fisioterapeutico
ter inicio precoce e permanecer por tempo indeterminado,
um programa de tratamento
deve
pois e necessario
para a manuten<faO do quadro, prevenindo
complica<foes e preservando as fun<foes adquiridas.
No presente estudo foi observado que 100% dos pacientes tern
inten<fao de retorno
a fisioterapia
pois todos apresentam maiores dificuldades
nas AVO's em rela<fao ao periodo em que permaneceram
na fisioterapia.
Oestes, somente do is pacientes tern hist6ria de AVC rnais antigos e urn deles
ocorrendo uma recidiva; os outros 8 pacientes sao mais recentes e nao
tiveram recidivas. Entre estes, apenas 3 tern sequelas
a
esquerda, a qual,
segundo a literatura, necessita de maior tempo de tratamento.
Em rela<fao ao retorno ao trabalho, ocorreu somente uma pessoa,
a
hemipolegico
direita,
com menor dificuldade
motora,
pois os outros
apresentam incapacidades adquiridas no periodo sem tratamento, que nao
permitem a execug80 de suas atividades adequadamente.
Entre
0
grupo analisado,
somente 2 pacientes permaneceram
maior tempo, tendo 14 anos consecutivos de tratamento;
0
por
restante teve
°
maximo de 3 anos de reabilita<fao, sendo que estes dois que permaneceram
tern deformidades
rnais leves e atingem varias posturas, inclusive
0
semi-
ajoelhado, que e uma postura com maior grau de dificuldade para a maioria
dos pacientes.
Considerando
0
grupo que permaneceu menos tempo em fisioterapia,
2 pacientes nao observaram
melhora durante
0
tratamento,
porem assim
40
como
0
restante, referem maiores dificuldades nas AVO's no periodo sem
tratamento e desejam retornar pois apenas um deles nao consegue realizar
orienta90es domiciliares,
0
que contribui para a piora ou regressao do seu
quadro clinico. Isto pode ser observado pois a maior queixa entre eles a a
dificuldade com os MMSS e a marcha,
0
que interfere muito nas atividades
diarias.
Como demonstra
a bibliografia,
0
decubito
prono a de grande
dificuldade para estes pacientes, dando preferencia ao decubito supin~ e
outras posturas,
que foi observado
0
nas avalia90es
fisioterapeuticas
realizadas neste grupo de dez pessoas. Somente um paciente a totalmente
dependente,
permanecendo
nao
realizando
a
transferencia
para
outras
posturas,
tempo todo em supin~. Nesta mesma postura pode ser
0
analisado tambam que 4 pacientes mantam
que seria a flexao de MMSS associada
0
padrao classico de hemiplegia,
a extensao
dos MMII e
0
restante, 3
pacientes, mantam a extensao dos membros e 3 a flexao.
Ao analisar
0
decubito lateral, foi possivel observar que somente urn
paciente nao consegue permanecer na postura e um deles com hemiplegia
direita mantam somente
para
0
0
decubito lateral esquerdo, nao transferindo
0
a
peso
lado afetado. 0 restante permanece em decubito lateralmente, sendo
a maior preferencia pelo decubito lateral esquerdo, nestes pacientes.
Oe acordo com pesquisas da literatura, ao sentar os pacientes p6s
AVC mantam
0
quadril em extensao e sua coluna fletida para manter a
postura e, neste estudo, a maioria dos pacientes mantem-se sentados, com
a flexao dos joelhos e apoio dos pas, pois a postura sentada com extensao
dos MMII fica muito limitada pela fixa9ao do quadril em extensao. Oestes 10
pacientes, 3 necessitam de apoio para sentar e um nao realiza; e dos que
precisam de apoio, um nao apresenta rea9ao de prote9ao e um s6 tem rea9ao
unilateral, sendo esta com a mao sadia; os outros apresentam
bilateral.
Somente dois pacientes utilizam as maos para manter-se sentados, sendo
estes os mesmos que necessitam de apoio para sentar, comprovando
dificuldade em manter
0
tronco e os MMSS livres nesta postura.
a
41
Na postura ajoelhada tem-se 4 pacientes que realizam sem apoio e
com reagao de equilibrio, tendo boa qualidade e estabilidade
na posigao; 3
necessitam de apoio para conseguir realizar; 3 nao realizam. Dos 3 que nao
tern estabilidade
nessa posigao, 2 fazem parte do grupo que teve menor
tempo de reabilita~ao (2 a 3 anos), demonstrando
continuidade
do
tratamento
para
a
assim a importancia da
adequagao
das
posturas
anti-
gravitacionais.
Ja na postura semi-ajoelhada que requer maior controle postural e de
equilibrio, foi constatado que 5 pacientes nao realizam; 3 somente com apoio
e 2 realizam sozinhos. Torna-se evidente
0
grau de dificuldade onde apenas
2 pacientes executam esta atividade.
Quanto
transferir
0
a
postura em pe, esta descrito que
0
paciente e incapaz de
peso sobre a perna afetada, dando passos curtos com
0
pe sadio
para obter equilibrio; dos dez pacientes analisados, somente tras apresentam
a transferancia de peso mais pr6xima do fisiol6gico, que sao pacientes que
nao tiveram recidiva e permaneceram maiortempo (5 a 6 anos) em tratamento
continuo; 2 andam sem apoio porem com maior dificuldade na transferencia
de peso para
0
lado afetado; 4 pacientes deambulam com apoio e 1 nao
deambula.
Segundo
comunitarios,
a Escala de Hoffer,
domiciliares
terapeuticos
que consiste
de deambuladores
e os nao deambuladores,
estes
pacientes podem ser classificados em 5 comunitarios, 4 domiciliares e 1 nao
deambulador.
Quanto
a subir
escadas,
somente
urn paciente
mantem
com
estabilidade, nao necessitando de apoio e 6 conseguem realizar com apoio.
De acordo com a Escala de Ashword, 5 pacientes apresentam grau II,
3 apresentam grau III e 2 apresentam grau IV. E destes, 6 tem mais afetado
os MMSS e 4 os MMII. A literatura apresenta, em relagao ao tonus, tres
classificagoes: a hipertonia, a hipotonia e a distonia, sendo a primeira, a mais
incidente
e a ultima a mais rara entre pacientes,
como confirmado
pesquisa acima, onde ha maior incidancia de tonus espastico
na
flexor em
42
MMSS. A caracteristica
do tonus demonstra que metade dos pacientes tem
pouco comprometimento
(5 pacientes),
0
que confirma pelas habilidades
motoras que estes realizam, descritas anteriormente.
Quanto
a presen~a
de encurtamentos: 6 tem grau leve, 2 moderados
e 2 graves, sendo necessaria a reabilita~ao para prevenir a evolu~ao das
deformidades.
Este
destes pacientes
e
um fator importante, pois altera a qualidade de vida
em rela~ao
diretamente na sua auto-estima.
a
sua independencia
motora,
interferindo
43
6
CONSIDERACOES
o enfoque
FINAlS
dos programas de saude sao voltados para
bern estar da
0
populagao. 0 paciente p6s AVC tern como principal dificuldade
do movimento,
importancia
sendo
que
na amenizagao
0
tratamento
os disturbios
fisioterapeutico
e de grande
destes sintomas, como relata a literatura.
Este estudo tem como objetivo analisar os disturbios
em um grupo de pacientes ap6s AVC, que interromperam
Neles pode ser observado
graus diferenciados
do movimento
a sua fisioterapia.
de incapacidade
funcional
as varias Iimitag5es quanto a realizagao de posturas, principalmente
gravitacionais.
mantem-se
Porem dando-se continuidade
estavel,
funcionalidade
nao
permitindo
dos movimentos,
que traz dificuldades
Os pacientes
ganhos significativos
independente,
ao tratamento,
a sua
0
e
as anti-
quadro clinico
regressao,
melhorando
a
prevenindo conseqOentes
deformidades,
0
para este individuo quanto ao seu retorno a sociedade.
que realizaram tratamento
quanto a mobilidade,
sendo
evidentes
por maior tempo obtiveram
e especialmente
os resultados
que
a deambulagao
a fisioterapia
os
•
proporclona.
Este trabalho
somente
e
atividades,
ressalta a importancia
obtida atraves de movimentos
reaprendendo
assim,
da independencia
repetitivos
os movimentos
motora que
e do treino diario de
que
nao
eram
mais
realizados.
A aquisigao desta independencia
a comunidade
e possivelmente
motora e fundamental
a atividade
profissional,
0
para 0 retorno
que foi possivel
nesta amostra em urn individuo somente. Neste mesmo grupo ha urn individuo
totalmente
dependente
quanto as capacidades
de auxilio,
funcionais.
comprovando
as diferengas
individuais
44
Considerando
este estudo, nao se pode determinar
especifico para se realizar
0 tratamento
fisioterapico, entretanto, nao se deve
encerra-Io antes de esgotar todas as possibilidades
marcha e posturas independentes,
prornover a auto-estima e
Acidente Vascular Cerebral.
0
um periodo
para a aquisigao da
condigao esta a minima necessaria para
resgate do individuo com sequelas ap6s urn
45
7
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APENDICE
48
APENDICE
1: QUESTIONARIO
Data da avaliagao
Data do AVC
Recidiva do AVC
Quando iniciou a fisioterapia?
Quando interrompeu a fisioterapia?
Durante a fisioterapia teve melhora dos movimentos?
Quando afastado do tratamento sentiu mais dificuldades?
Em que atividades?
Gostaria de retornar a fisioterapia? Porque?
Em casa realiza exercicios aprendidos na fisioterapia?
Maior queixa no momenta:
o que
realiza sozinho?
Para que necessita de auxilio?
Nome:
Data de nascimento:
Enderego:
Fone:
Sexo:
Idade:
Profissao:
Atua:
Diagn6stico fisioterapeutico:
o que realiza sozinho? Para que necessita de auxilio?
SUPINO
Padrao de MMSS e MMII:
Passa para outras posig5es?
Tem reagao de anfibio?
Como?
DECUBITO LATERAL
Permanece na postura?
Qual lade prefere?
Bilateral?
SENTADO
Faz transferencias?
Tern rea9ao de prote9ao?
Como?
Usa as maos?
Com extensao, flexao MMII ou pes apoiados?
49
JOELHO
Mantem a posh/ao?
Transfere peso?
Tern equilibrio?
SEMI-AJOELHADO
Mantem posigao?
Poe urn pe a frente?
Tern equilibrio?
Como?
Com apoio?
EM PE
Mantem posigao?
Com apoio?
Distribui peso?
Realiza ajoelhado, semi ate em pe?
MARCHA
Com auxilio?
Fica sabre urn pe
Tern equilibrio?
Sobe escadas?
Apresenta as 3 fases da marcha?
Como?
TONUS
Qual?
Intensidade?
ENCURTAMENTOS
Apresenta?
DEFORMIDADES
Apresenta?
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