PI0611979-4 A2 (21) 1111111,11,11111111,j1j1 (22) Data de Depósito: 16/06/2006 (51) Int.CI.: (43) Data da Publicação: 13/10/2010 (RPI 2075) A61 K 35/76 A61K 39/39 C12N 7/08 (54) Título: CEPAS DO VÍRUS DA VARÍOLA (57) Resumo: CEPAS DE PDXVÍRUS ALTAMENTE ATENUADAS, MÉTODO PARA A PRODUÇÃO DAS MESMAS COMO INDUTORES ALTAMENTE ATENUADOS, MÉTODOS PARA A DE PARAMUNIDADE OU PARA A PRODUÇÃO DE VACINAS DE PRODUÇÃO DAS MESMAS COMO INDUTORES DE VETOR. A presente invenção se refere a cepas de poxvírus animal PARAMUNIDADE OU A PRODUÇÃO DE VACINAS DE altamente atenuadas e ao uso das mesmas como indutores de VETOR paramunidade ou para a produção de vacinas de vetor. Como um resultado do processo de alta atenuação, as cepas de poxvírus animal 16/06/2005 DE 102005027956.2 reivindicadas perdem suas propriedades virulentas e de imunização. A (30) Prioridade Unionista: invenção também se refere a um método para produção de tais cepas de poxvírus altamente atenuadas e ao uso das mesmas para indução (73) Titular(es): Anton Mayr de paramunidade, isto é, para ativação do sistema imune não específico em mamíferos e seres humanos ou para produção de (72) Inventor(es): Anton Mayr vacinas de vetor para imunização específica com o efeito colateral positivo de paramunização. Os poxvirus animais altamente atenuados são, assim, adequados para a prevenção e tratamento de doenças (74) Procurador(es): Di Blasi, Parente, S. G. & associadas a uma deficiência imune. Modalidades preferidas se Associados S/C referem a ortopox- (por exemplo, vírus camelpox), leporipox- (por exemplo, myxomavírus), avipox-, parapox- e outras cepas virais (86) Pedido Internacional: PCT EP2006005781 de 16/06/2006 ortopox, tal como MVA, as quais têm excelentes propriedades de paramunização e nas quais as propriedades de imunização foram (87) Publicação Internacional: WO 2006/133947de 21/12/2006 perdidas. Relatório Descritivo da Patente de Invenção para: "CEPAS DE PDXVÍRUS ALTAMENTE ATENUADAS, MÉTODO PARA A PRODUÇÃO DAS MESMAS COMO INDUTORES DE PARAMUNIDADE OU PARA A PRODUÇÃO DE VACINAS DE VETOR". 5 ANTECEDENTES DA INVENÇÃO A presente invenção se refere a poxvírus animal altamente atenuado, a indutores de paramunidade produzidos a partir dos mesmos e a vacinas de vetor baseadas em cepas de poxvírus animal altamente atenuadas. Os poxvírus animal 10 altamente atenuados da invenção não possuem, em virtude dos processos de alta atenuação, nenhuma propriedade virulenta e de imunização, sejam quais forem. Um outro aspecto da invenção se refere a métodos para produção de tais cepas de poxvírus animal altamente atenuadas e ao uso 15 das mesmas como indutores de paramunidade para indução de paramunidade, isto é, para ativação de sistema imune não específico (para-específico) em seres humanos e animais ou como vacina de vetor para imunização de um mamífero ou ser humano. Os poxvírus animais altamente atenuados da 20 invenção são ainda adequados para a profilaxia e tratamento de distúrbios multifatoriais, usualmente crônicos. Modalidades preferidas da invenção se referem a cepas de poxvírus animal altamente atenuadas de todos os gêneros da família poxviridae, cepas as quais foram 2 isoladas de animais infectados e altamente atenuadas através de passagens seriais. As cepas de varíola animal da invenção têm excelentes propriedades de paramunização, as propriedades virulentas e de imunização tendo sido 5 perdidas em virtude do método de alta atenuação da invenção. O sistema imune endógeno de mamíferos pode ser dividido em uma parte antígeno-especifica e uma antígenonão-específica (para-específica). A parte antígeno 10 específica do sistema imune inclui, por exemplo, anticorpos ou células imunes específicas, enquanto que a antígeno-não-específica é responsável pelo desenvolvimento de paramunidade. As atividades para-específicas do sistema imune antígeno-não-específico (ou "sistema imune inato") 15 incluem elementos protetores solúveis e celulares nãoseletivos tais como, por exemplo, o sistema complemento de lisozima e a cascata de citocina regulatória, e elementos protetores celulares tais como, por exemplo, granulócitos, micro- e macrófagos, células NK, linfócitos T não20 antígeno-condicionados, células dendríticas e outros. Paramunidade significa o estado de um sistema de defesa não-específico otimamente funcionando e bem regulado o qual confere ao organismo uma proteção de desenvolvimento rápido, tempo-limitada, aumentada contra 3 um grande número de diferentes patógenos, antígenos e outros agressores. Atividades para-específicas têm de ser detectadas no organismo relevante imediatamente após contato com os 5 agressores, isto é, substâncias endógenas ou exógenas prejudiciais, e células endógenas transformadas, após cerca de 2 a 6 horas, enquanto que os efeitos do sistema imune antígeno-específico aparecem apenas após 5-8 dias (imunidade celular específica) ou mesmo após semanas 10 (anticorpos). Tempo adicional é obtido, desse modo, de forma a desenvolver reações de defesa específicas contra os antígenos, os quais não poderiam ser neutralizados pelas atividades de paramunização. A defesa paraespecifica, portanto, torna possível que o organismo se 15 defenda imediatamente, isto é, sem perda de tempo, quando de confronto com uma ampla variedade de materiais estranhos, patógenos infecciosos, toxinas e células endógenas transformadas (Anton Mayr, "Paramunisierung: Empirie oder Wissenschaft", Biol. Med., edição 26(6): 25620 261, 1997). A defesa imune para-específica é, assim, um processo fisiológico e pode ser definido como "barreira primária" em um confronto com um ambiente contendo substância prejudicial. Essa forma de defesa é insubstituível não 4 apenas para os organismos inferiores, mas, em particular, também para formas de vida mais altamente desenvolvidas. Assim, emerge que defeitos congênitos primários nesse sistema de defesa biológico podem levar a situações que 5 ameaçam a vida. Um exemplo o qual tem de ser mencionado é a "síndrome de Chediak-Steinbrinck-Higashi" em seres humanos, a qual é caracterizada por defeitos de granulócitos e disfunções das células assassinas naturais (células NK) e, na maioria dos casos, leva à morte do 10 paciente ao final do 10° ano de vida. A condição de paramunidade é caracterizada por uma taxa aumentada de fagocitose, uma função aumentada da citotoxicidade célula-mediada espontânea (células NK) e uma atividade aumentada de outras células linfo15 reticulares antígeno-não-específicas. Ao mesmo tempo, há uma liberação de citocinas particulares as quais têm efeitos de estimulação e/ou supressão (por exemplo, via mecanismos repressores), isto é, têm efeitos regulatórios ótimos, com os elementos celulares e umas com as outras. 20 Esse sistema biológico de resposta gradual e intimamente relacionado de paramunidade com suas várias células aceptoras, efetuadoras e alvo, e os mensageiros moleculares de transmissão de sinal (citocinas) está, além disso, totalmente conectado aos sistemas hormonal e 5 nervoso e, em alguns casos, até com os sistemas vascular e metabólico. Assim, ele é um componente importante de comunicação, interação e regulação da rede de defesa a qual está naturalmente presente com proteção apropriada 5 desde o início. A natureza então proporcionou a todos os organismos proteção apropriada do exterior. Durante a filogênese, há inicialmente um desenvolvimento apenas do sistema de defesa para-específico, isto é, não-específico. Somente durante o curso posterior de evolução o sistema 10 imune específico se desenvolve gradualmente. Paramunidade é induzida medicamente através de paramunização com os assim denominados indutores de paramunidade. Paramunização médica é obtida através de ativação dos elementos celulares da parte para-específica 15 do sistema imune e a formação, relacionada à mesma, de citocinas, com o objetivo de eliminar disfunções, aumentando prontamente a proteção não-patógeno- e antígeno-específica de um indivíduo (bio-regulação ótima), eliminar uma imunossupressão ou imunodeficiência a qual 20 surgiria como um resultado de estresse ou de outras formas (por exemplo, farmacologicamente), reparar déficits e/ou atuar como um regulador entre os sistemas imune, hormonal e nervoso (Anton Mayr, "Paramunisierung: Empirie oder Wissenschaft", Biol. Med., edição 26(6): 256-261, 1997). 6 Isso significa que determinados processos de defesa endógenos não-específicos podem ser aumentados, suplementados ou mesmo eliminados, dependendo do tipo de paramunização e da responsividade tal como, por exemplo, o 5 estado de defesa do paciente. O indutor de paramunidade per se é uma proteína, isto é, não é comparável a um anticorpo ou a um produto químico, um antibiótico, vitamina ou hormônio. Pelo contrário, ele ativa, semelhante a um catalisador, através 10 de um mecanismo gradual e mecanismos de defesa humorais. Indutores de paramunidade, nesse caso, têm efeitos regulatórios e de reparo sobre as defesas imunes. Referente ao modo de ação de indutores de paramunidade sabe-se que eles são captados por células fagocíticas 15 (células aceitadoras) as quais são, assim, ativadas e liberam mediadores tais como, por exemplo, citocinas, as quais, por sua vez, mobilizam células efetuadoras. Indutores de paramunidade baseados em combinações de dois ou mais componentes de poxvírus animal 20 convencionalmente atenuados os quais são derivados de diferentes cepas de poxvírus animal com propriedades de paramunização são descritos na patente Européia EP O 669 133 Bl. As cepas de poxvírus animal sobre as quais esses 7 indutores de paramunidade são baseados foram atenuadas de uma forma convencional, isto é, elas estão em uma condição reduzida na qual as propriedades virulentas e, em particular, de imunização do vírus foram enfraquecidas, 5 mas não completamente perdidas. A presente invenção apresenta, pela primeira vez, um novo método o qual elimina completamente a virulência e imunogenicidade de cepas de poxvírus animal simplesmente atenuadas. 10 Tal alta atenuação de poxvírus é mostrada na presente invenção pela primeira vez com base em ortopoxvírus do vírus camelpox (Orthopoxvirus cameli) e vírus ektromelia virus (Orthopoxvirus muris), em leporipoxvírus do voris de mixomatose (Leporipoxvirus myxomatosis), em avipoxvírus do 15 vírus fowlpox (Avipoxvirus gallinae) e vírus canarypox (Avipoxvirus serinis) e no parapoxvírus ecthyma (Parapoxvirus ovis). Modalidades exemplificativas da invenção se referem à alta atenuação da cepa de ortopoxvírus do vírus camelpox 20 h-M 27 e da cepa de leporipoxvírus do vírus de mixomatose h-M 2. Nem uma atenuação nem uma alta atenuação foi, até o momento, realizada ou descrita para essas cepas de poxvírus. Outras modalidades preferidas se referem a outras cepas de ortopoxvírus e a cepas de parapoxvírus e 8 avipoxvírus (veja abaixo). Uma atenuação convencional simples foi mostrada para o gênero Orthopoxvirus no caso do vírus da varíola ankara MVA por A. Mayr, H. Stickl, H.K. Müller, K. Danner e H. 5 Singer, 1978: "Der Pockenimpfstamm MVA", Zbl. Bakt. Hyg., I. Abt. Orig. "Geschichtlicher B 167, 375-390; Mayr, Überblick über die A., 1999: Menschenpocken (Variola), die Eradikation von Variola und den attenuierten Pockenstamm MVA", Berl. Münch. Tierãrztl 10 Wschr. 112, 322-328; para o gênero de avipoxvírus HP1 e KP1 por A. Mayr, F. Hartwig e I. Bayr, 1965: "Entwicklung eines Impfstoffes gegen die Kanarienpocken auf der Basis eines attenuierten Kanarienpockenkulturvirus", Zbl. Vet. Med. B 12, 41-49; A. Mayr e K. Malicki, 1966: 15 "Attenuierung von virulentem Hühnerpockenvirus in Zellkulturen und Eigenschaften des attenuierten Vírus", Zbl. Vet. Med. B. 13, 1-13; e para o gênero de parapoxvírus ORF-1701 por A. Mayr e M. Büttner, 1990: "Ecthyma (ORF) vírus": Em: Z. Dinter e B. Morein (eds.): 20 Virus infections of vertebrates, vol. 3; Virus infections of ruminants, Elsevier Science Publishers, B.V. Amsterdam. Alguns exemplos de cepas de poxvírus animal altamente atenuadas por meio do método da invenção são explicados em maiores detalhes abaixo: 9 Vírus camelpox Camelpox são os patógenos de uma doença viral perigosa de camelos a qual tem um curso sistêmico cíclico e é caracterizada por um exantema, de preferência sobre a 5 pele e membrana mucosa na cabeça, pescoço e região da garganta e nas extremidades e região inguinal (Munz, E., 1999: "Pox and pox-like diseases in camels", Proc. lst Int. Camel Conf. 1, 43-46). A doença ocorre ciclicamente a cada 2 a 3 anos se uma população suficientemente grande 10 sensível está disponível. Dois gêneros (lhama e camelo) da família Camelidae são, de preferência, afetados pelos vírus camelpox (Mayr, A. e Czerny C.P., 1990: "Camelpox virus", Em: Dinter Z. e Morein B. (eds.): "Vírus infections of vertebrates", vol. 3: Vírus infections of 15 ruminants. Elsevier Science Publishers B.V.Amsterdam). O gênero Camelus inclui o dromedário com uma corcova (Camelus dromedarius) corcovas e o camelo Bactrian com duas (Camelus ferus bactrianus). Dromedários e camelos Bactrian ocorrem principalmente nos países do assim 20 denominado "velho mundo" (desertos, estepes do norte da África, Arábia, Mongólia), enquanto que o habitat preferido do lhama é a América do Sul. O vírus camelpox (Orthopoxvirus cameli) é um parente relativamente íntimo do vírus da varíola, o patógeno da 10 smallpox em seres humanos (Varíola). O vírus camelpox não é patogênico para seres humanos. O vírus camelpox é, da mesma forma que os poxvírus clássicos, em formato de tijolo e tem proteínas na superfície característicos as 5 quais são responsáveis pelas propriedades de imunização e paramunização do vírus ou seus constituintes. O tamanho médio é, dependendo do gênero e cepa, de 280 nm na direção longitudinal e cerca de 180 nm na direção transversal (Otterbein, C.K., 1994: "Pháno-und genotypische 10 Untersuchungen zweier Kamelpoxvirus-Isolate vor und nach Attenuierung durch Zellkulturpassagen", Vet. Med. Diss. Munique). O genoma do vírus camelpox consiste de um DNA fita dupla linear. As duas fitas de DNA são covalentemente ligadas juntas nas extremidades do genoma, de modo que o 15 DNA do vírus forma uma cadeia de polinucleotídeo contínua. Vírus de mixomatose Myxomavírus são os patógenos de mixomatose, uma doença viral sistêmica contagiosa de coelhos silvestres e domésticos a qual progride em ciclos e é caracterizada por 20 edemas subcutâneos generalizados, em alguns casos hemorrágicos, sobre a cabeça e sobre o corpo todo, com preferência pela região anal, a vulva e o tubo, diferentes de qualquer outra doença infecciosa. Introdução de mixomatose em um país anteriormente livre da doença 11 resulta em uma progressão rápida e fatal. Após o vírus se tornar endêmico, o caráter da doença muda até que as infecções não sejam clinicamente evidentes (Mayr A.: Medizinische Mikrobiologie, Infektions- und Seuchenlehre, 5 7 a edição, Enke-Verlag, Stuttgart, 2002). A doença é disseminada entre coelhos com cauda de algodão Americanos do gênero Sylvilagus os quais ocupam exclusivamente o novo mundo. Esses coelhos silvestres formam o único reservatório natural da doença. A infecção 10 ocorre em uma forma branda nos mesmos. Em contraste, a doença tem uma mortalidade de quase 100% na Europa em coelhos silvestres e domésticos do gênero Oryctolagus, os quais também são naturalizados na Austrália, quando o patógeno é introduzido. 15 A faixa de hospedeiro natural do Myxomavírus (gênero Leporipoxvirus) tem limites estreitos. Em geral, o vírus se reproduz apenas em coelhos com cauda de algodão Americanos e em coelhos domésticos e silvestres da Europa. Contudo, também forma observadas umas poucas infecções em 20 lebres silvestres Européias. Transmissão tentada para outra espécie animal e para seres humanos teve resultados negativos. Avipoxvírus As infecções causadas por avipoxvírus, especialmente 12 vírus fowlpox e vírus canarypox, progridem de uma forma similar. Fowlpox deriva da Ásia e foi mostrado há milhares de anos. Eles estão distribuídos ao redor do mundo e são muito resistentes. A transmissão ocorre por meio de 5 entrada através de feridas na pele. Insetos que picam também podem estar envolvidos na transmissão. O tempo de incubação para a doença é de 4 a 14 dias. Existem duas formas, uma distinção sendo feita entre a assim denominada forma cutânea e a forma mucosal. A forma cutânea é 10 caracterizada por bolhas ou nódulos cicatriciais sobre a cabeça, crista, pescoço e pés. A forma mucosal exibe depósitos brancos amarelados sobre a língua, as membranas mucosas do bico, da laringe, da traquéia e dos olhos. O tempo de incubação quando de infecção com o vírus 15 canarypox é de 3 a 16 dias. Após a doença ter emergido, a maior parte da criação morre dentro de umas poucas horas. Os pássaros infectados mostram nódulos sobre as partes córneas e nos ângulos do bico. Lesões respiratórias massivas ocorrem e os pássaros sufocam rapidamente em 20 virtude de depósitos caseinosos nas vias aéreas causados pelo vírus. Cepas atenuadas de avipoxvírus foram obtidas através de passagens sucessivas em culturas de células de fibroblasto de embrião de galinha e foram empregadas para 13 vacinação de galinhas. A cepa mais investigada e disponível é a cepa HP-1 (A. Mayr e K. Malicki, 1966: "Attenuierung von virulentem Hühnerpockenvirus in Zellkulturen und Eigenschaften des attenuierten Virus", 5 Zbl. Veg. Med. B 13, 1-13). Mais de 200 passagens em fibroblastos de embrião de galinha leva a um vírus atenuado, mas o qual ainda é capaz de replicação e retém patogenicidade para galinhas quando de administração intravenosa ou por aerossol. Vírus passados mais de 400 10 vezes são considerados como não patogênicos e são considerados como vetores eficientes e extremamente seguros para uso em mamíferos. Foi possível obter imunização sem que replicação produtiva completa do vírus ocorresse. 15 Objetivo da invenção As cepas de poxvírus animal as quais foram enfraquecidas até o momento através de atenuação convencional levam a um aumento nas propriedades de paramunização e a uma redução nas propriedades virulentas 20 e de imunização do vírus e seus constituintes. Contudo, nem todas as propriedades virulentas e de imunização das cepas de varíola animal são perdidas em atenuação convencional. Respostas imunes ainda estão presentes em mamíferos com cepas de varíola animal simplesmente 14 atenuadas. Isso é presumivelmente relacionado ao fato de a atenuação simples ter muito pouca estabilidade ou a atenuação ser muito baixa no caso de poxvírus animais simplesmente atenuados. 5 A presente invenção é, portanto, baseada no objetivo de proporcionar cepas de varíola animal as quais são estáveis, exibem um alto grau de atenuação e nas quais os poxvírus são modificados de uma forma tal que eles tenham perdido completamente suas propriedades virulentas e de 10 imunização e, assim, possam ser usados como indutores de paramunidade e vacinas de vetor sem perigo. Esse objetivo é obtido, de acordo com a invenção, através dos assuntos em questão das reivindicações em anexo. 15 Surpreendentemente, descobriu-se que cepas de varíola animal simplesmente atenuadas são modificadas através de etapas adicionais de atenuação com passagens de diluição terminal de placa contínuas em culturas de células permissivas selecionadas, de uma forma tal que elas perdem 20 completamente sua capacidade de virulência e imunização, sem que sua capacidade de replicação seja prejudicada. As cepas de varíola animal da invenção também são ainda restritas quanto à sua faixa de hospedeiros. As deleções resultantes da alta atenuação no genoma viral, 15 adicionalmente, tornam possível introduzir antígenos estranhos. A perda, causada pela alta atenuação, das proteínas de imunização faz torna as proteínas de paramunização 5 adicionais ativas e elas aumentam de uma maneira significativa a atividade de paramunização dessas cepas. Dessa forma, indutores de paramunidade altamente ativos e sem perigo são obtidos e não causam quaisquer alergias ou outros efeitos colaterais imunopatogênicos, mesmo se 10 administrações são repetidas a curto prazo e são freqüentes. As cepas de varíola animal as quais são altamente atenuadas através do método da invenção são, portanto, excepcionalmente adequadas como indutores de paramunidade 15 ou para a produção de vacinas de vetor. SUMÁRIO DA INVENÇÃO A invenção se refere a cepas de poxvírus animal altamente atenuadas e ao uso das mesmas como indutores de paramunidade ou para a produção de vacinas de vetor. 20 Modalidades particulares das cepas de varíola animal altamente atenuadas são cepas do vírus de mixomatose e do vírus camelpox. Preferência particular é dada à cepa h-M 27 do vírus camelpox com o número de depósito 05040602 e à cepa h-M 2 do vírus de mixomatose com o número de depósito 16 05040601. Os vírus foram depositados na instituição depositária do Public Health Laboratory Service (PHLS), Centre for Applied Microbiology & Research (CAMR), European Collection of Animal Cell Cultures (ECACC), 5 Porton Down, Salisbury, Wiltshire, Reino Unido. Outras modalidades da invenção se referem à alta atenuação do vírus canarypox (Avipoxvirus serinae), de preferência da cepa KP1, do vírus ectromelia (Orthopoxvirus muris), de preferência da cepa Mü 1 e do vírus fowlpox (Avipoxvirus 10 gallinae), de preferência da cepa HP1 e do vírus parapox (Parapoxvirus ovis). Na alta atenuação de cepas de poxvírus animal descoberta de acordo com a invenção, a virulência das cepas virais e suas propriedades de imunização são 15 completamente perdidas em comparação com cepas da varíola animal convencionalmente atenuadas. Os poxvírus animal altamente atenuados da invenção, portanto, não têm mais qualquer virulência ou imunogenicidade residual. As cepas de varíola animal altamente atenuadas são, portanto, 20 particularmente adequadas para uso como indutores de paramunidade ou para a produção de vacinas de vetor. A invenção ainda se refere a métodos para produção das cepas de poxvírus altamente atenuadas da invenção. Cepas de poxvírus preferidas são cepas as quais pertencem 17 ao gênero ortopoxvírus, avipoxvírus, leporipoxvírus e parapoxvírus. A alta atenuação de cepas de poxvírus é obtida, de acordo com a invenção, através de passagens adicionais de 5 diluição terminal de placa (isto é, transferência e manutenção) de cepas virais convencionalmente atenuadas, em linhagens de células permanentes, otimizadas, selecionadas (por exemplo, células VERO), em culturas de células primárias (por exemplo, cultura de células de 10 fibroblastos de embrião de galinha (FHE)), ovos de galinha incubados ou em animais experimentais. Surpreendentemente, descobriu-se que a virulência e imunogenicidade de poxvírus animais e seus constituintes são perdidos em comparação com cepas convencionalmente atenuadas através 15 dessa passagem adicional. A passagem, nos sistemas ou culturas de células selecionadas, ocorre até que as propriedades desejadas sejam obtidas, isto é, até que os poxvírus animais não tenham mais qualquer virulência ou imunogenicidade e, ao invés disso, mostrem uma atividade 20 aumentada do sistema imune não-específico (paramunidade). Isso, normalmente, pode ser obtido através de pelo menos 300-500 passagens em sistemas de células otimizados, tais como culturas de células de passagens de células VERO (ATCC CCL-81, WHO, American Type Culture Collection). 18 Tais sistemas otimizados de células proporcionam as titulações infecciosas necessariamente altas. As outras propriedades biológicas, genéticas e imunológicas desejadas resultantes de uma alta atenuação de cepas de 5 varíola animal são listadas na tabela 3. O método da invenção para produção de poxvírus altamente atenuados pode ser, em geral, definido pelas seguintes etapas: (a) adaptação da varíola animal a um sistema de 10 célula permissivo, por exemplo, consistindo da membrana corioalantóica de embriões de galinha de 10 dias de idade (CAM) ou culturas de células, por exemplo, culturas de células de rim de cordeiro; (b) transferência e manutenção dos poxvírus animais, 15 para atenuação, através de passagens a longo prazo em vários sistemas de células permissivas, o que torna titulações infecciosas ótimas possíveis, especialmente células AVIVER ou VERO; (c) transferência e manutenção dos poxvírus animais, 20 para atenuação, em um sistema de células ótimo durante cerca de 100-300, por exemplo, 100, 105, 110, 115, 120, 125, 130, 135, 140, 145, 150, 155, 160, 165, 170, 175, 180, 185, 190, 195, 200, 205, 210, 215, 220, 225, 230, 235, 240, 245, 250, 255, 260, 265, 270, 275, 280, 285, 19 290, 295 ou 300 passagens, de preferência em células VERO, sendo preferido que AVIVER ou MA, usado em (c) o sistema de células venha a diferir do sistema de células usado em (b); 5 (d) transferência em células 10 e manutenção dos poxvírus VERO durante pelo menos 90, animais por exemplo, 95, 100, 105, 110, 115, 120, 125, 130, 135, 140, 145, 150, 155, 160, 165, 170, 175, 180, 185, 190, 195, 200, 205, 210, 215, 220, 225, 230, 235, 240, 245, 250, 255, 260, 265, 270, 275, 280, 285, 290, 295, 300 ou mais passagens, de preferência passagens de diluição terminal de placa. Em uma modalidade particularmente preferida, a cepa de ortopoxvírus altamente atenuada é um vírus camelpox altamente atenuado (Orthopoxvirus cameli), especialmente a 15 cepa h-M 27. Um método preferido para alta atenuação de vírus camelpox inclui as seguintes etapas: (a) cultura do vírus camelpox isolado durante cerca de 2 a 4 passagens em culturas de células de rim de cordeiro; 20 (b) transferência e cultura dos poxvírus animais durante cerca de 5 a 10 passagens em passagens de células VERO (ATCC CCL-81, WHO, American Type Culture Collection); (c) transferência e cultura dos poxvírus animais durante cerca de 114 a cerca de 150 passagens em células 20 MA; (d) transferência e cultura dos poxvírus animais durante cerca de mais 267 ou mais, por exemplo, 270, 275, 280, 285, 290, 295, 300, 305, 310, 315, 320, 325, 330, 5 335, 340, 345, 350, 355, 360, 365, 370, 375, 380, 385, 390, 395, 400 ou mais passagens em células VERO, de preferência passagens de diluição terminal de placas. Os poxvírus animais gerados dessa forma podem ser empregados para produção de indutores de paramunidade e 10 vacinas de vetor. Para a produção, é usada a coleta de vírus capaz de replicação. Uma outra modalidade da presente invenção se refere a cepas de leporipoxvírus do vírus de mixomatose (Leporipoxvirus myxomatosis) 15 altamente atenuado, cepa h-M 2. Um método preferido para alta atenuação de tal cepa de vírus de mixomatose, de preferência da cepa h-M 2, inclui as seguintes etapas: (a) isolamento, de animais doentes via a membrana 20 corioalantóica de embriões de galinha de 10 dias de idade (CAM) e manutenção nesse sistema durante pelo menos 2 ou mais, por exemplo, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 ou mais passagens; (b) transferência e manutenção dos poxvírus animais 21 isolados durante pelo menos 120 ou mais, por exemplo, 125, 130, 135, 140, 145, 150, 155, 160, 165, 170, 175, 180 ou mais passagens em culturas de células VERO; (c) transferência e manutenção, dos poxvírus animais, 5 em células AVIVER durante pelo menos 24 ou mais, por exemplo, 25, 30, 35, 40, 45, 50, 55, 60 ou mais passagens; (d) transferência e manutenção dos poxvírus animais em células VERO durante pelo menos 157 a 200 passagens; (e) transferência e manutenção dos poxvírus animais 10 em células MA durante pelo menos 114 a 150 passagens; (f) transferência e manutenção dos poxvírus animais em células VERO durante pelo menos 179 passagens. As coletas de vírus são inativadas através de tratamento com beta-propiolactona para produzir indutores 15 de paramunidade. A invenção também se refere a composições farmacêuticas as quais compreendem uma ou mais cepas de varíola altamente atenuadas de diferentes origens em combinação e à qual um veículo farmacêutico é adicionado 20 onde apropriado. Um outro aspecto da invenção, portanto, se refere ao uso de uma ou mais cepas de varíola animal altamente atenuadas da invenção (por exemplo, em combinação) ou constituintes das cepas de varíola animal altamente 22 atenuadas para ativação do sistema imune para-específico em um mamífero ou em um ser humano para profilaxia e terapia. Em um outro aspecto da presente invenção, os poxvírus 5 animais altamente atenuados são empregados para produzir vacinas de vetor; as coletas de vírus capazes de replicação são usadas para essa finalidade. Um ácido nucléico que codifica um antígeno estranho é, nesse caso, incorporado em uma das deleções, resultantes da alta 10 atenuação, do ácido nucléico do vetor (poxvírus animal), de modo que o gene estranho possa ser expresso pelo vetor. As proteínas estranhas resultantes, dessa forma, proporcionam epítopos de imunização e, assim, estimulam o sistema de defesa específico endógeno. 15 DEFINIÇÕES O termo "atenuação" (atenuar: enfraquecer, aliviar) de um patógeno infeccioso (por exemplo, vírus, bactérias, fungos) significa, em princípio, a redução de suas propriedades virulentas e de imunização. Em particular, 20 dependendo do grau de atenuação, em termos de de gene, tecnologia há uma redução no peso molecular e, assim, uma redução de seu ácido nucléico, associada à ocorrência de deleções, em termos biológicos, há uma redução ou perda de suas propriedades patogênicas com relação à virulência e 23 capacidade de contágio, em termos há uma imunológicos, perda de atividades imunogênicas e um aumento nas potências para-específicas e, em termos clínicos, há uma restrição na faixa de hospedeiro e uma atividade aumentada 5 de reações de defesa para-específicas do hospedeiro. "Alta atenuação" significa a redução adicional de patógenos simplesmente atenuados, mas ainda parcialmente virulentos e de imunização, até que a virulência e o potencial de imunização sejam completamente perdidos, a 10 alta atenuação resultando em uma limitação extrema da faixa de hospedeiro. A alta atenuação aumenta grandemente o potencial de paramunização. Em relação à reativação de suas propriedades virulentas e de imunização perdidas, os poxvírus altamente atenuados são mais estáveis do que 15 cepas convencionalmente atenuadas, isto é, re-conversão é impossível. As cepas de varíola animal altamente atenuadas diferem das cepas de varíola animal convencionalmente atenuadas, em termos de tecnologia de gene, por uma 20 diminuição adicional no peso molecular do ácido nucléico viral e um aumento em deleções no ácido nucléico; em termos biológicos, pela perda completa de virulência e capacidade de contágio, essas cepas simultaneamente obtendo uma titulação infecciosa ótima, a qual é alta em 24 comparação com cepas convencionalmente atenuadas, no sistema hospedeiro permissivo; em termos imunológicos, pela perda total de imunogenicidade e, em termos de biologia molecular, pela perda de receptores de citocina, 5 por exemplo, receptores para interferon e determinadas interleucinas. Os termos "virulência" e "propriedades virulentas" são usados como sinônimos na presente invenção. Virulência se refere ao grau das propriedades de causar doenças de 10 uma determinada cepa de uma espécie patogênica em um hospedeiro particular sob condições de infecção definidas. O grau de virulência pode variar amplamente dentro das cepas de uma espécie. Uma distinção é feita entre cepas altamente, fracamente e não virulentas (avirulentas). Uma 15 alteração no hospedeiro e condições ambientais também pode levar a uma alteração na virulência da cepa, mas também pode permanecer inalterada. Assim, as defesas do hospedeiro, as circunstâncias anatômicas e fisiológicas da flora do hospedeiro, a temperatura ambiente, a umidade, 20 etc. podem atuar sinergística ou antagonisticamente. Cada espécie intrinsecamente patogênica ocorre, na natureza, em numerosas cepas diferindo quando à virulência. A presença de virulência ou a perda de virulência pode ser avaliada em sistemas de teste os quais são conhecidos por aqueles 25 habilitados na técnica e é relevante para o respectivo poxvírus animal. Os poxvírus animais da presente invenção, em particular, não mostram virulência, seja qual for, em hospedeiros humanos. 5 O termo "patogenicidade" (pathos = sofrimento) se refere à propriedade de um patógeno infeccioso ou parasita metazóico de ser capaz, após penetração, adesão e replicação idêntica em um hospedeiro, de levar a um dano local ou geral da capacidade de funcionar (functio lesa) e 10 causar uma doença infecciosa. Uma vez que o desenvolvimento de uma doença infecciosa depende do patógeno e do hospedeiro, o termo patogenicidade se refere a um sistema de patógeno-hospedeiro, não apenas ao patógeno. A patogenicidade se refere a espécies de um 15 patógeno, não uma variante, uma cepa ou uma colônia. É uma propriedade básica, um poder o qual pode, mas não precisa atuar. Uma espécie patogênica não pode, com relação a um sistema de patógeno-hospedeiro particular, se tornar de natureza não patogênica porque essa capacidade básica de 20 uma espécie inteira não é perdida. Os termos "imunogenicidade" e "propriedades de imunização" são usados como sinônimos na presente invenção. Imunogenicidade de um poxvírus animal se refere à capacidade do poxvírus animal de induzir, em um 26 vertebrado, de preferência no hospedeiro natural do vírus ou em um ser humano, a uma resposta imune humoral e/ou específica celular, por exemplo, estimular proliferação de células T e/ou a geração de anticorpos. A perda da 5 imunogenicidade das cepas de varíola animal altamente atenuadas da presente invenção está associada à perda dessa capacidade. A imunogenicidade ou a perda da mesma pode ser investigada em sistemas de teste os quais são conhecidos por aqueles habilitados na técnica. 10 "Vacinas de vetor" (vacinas recombinantes, vacinas híbridas) significam vacinas as quais consistem de dois componentes: um veículo microbiano (vetor) e um antígeno de imunização cujo ácido nucléico de codificação é incorporado no vetor. Veículos microbianos adequados e 15 preferidos são, em virtude de suas numerosas deleções de ácido nucléico e suas propriedades de paramunização, poxvírus animais (altamente) atenuados. O ácido nucléico de gene estranho introduzido é levado à expressão pelo vetor na vacina, levando à formação de reações de 20 imunização específicas. "Indutores específicas) de paramunidade" (vacinas para- se referem a produtos bio-regulatórios compostos de poxvírus animais atenuados, não virulentos e inativados os quais, dependendo do grau de atenuação, 27 agora compreendem apenas resíduos de (convencionalmente atenuados) ou nenhuma (altamente atenuados) propriedade de imunização e se destinam a serem usados para paramunização em seres humanos e animais. Eles são produzidos da mesma 5 forma que vacinas específicas convencionais e também se assemelham às mesmas funcionalmente, mas com a diferença de que eles ativam predominantemente os mecanismos de defesa para-específicos (não-específicos) e, além disso, levam, através de suas propriedades de bio-regulação, a 10 sistemas de defesa hemodinâmicos. DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO Geral A invenção é baseada na descoberta surpreendente de que a virulência e propriedades de imunização de cepas de 15 poxvírus animal convencionalmente atenuadas podem ser reduzidas até perda completa através de passagens de diluição terminal de placa em culturas de células permissivas, ovos de galinha incubados ou animais experimentais. Cepas altamente atenuadas dessa forma são 20 estáveis a uma reativação potencial dessas propriedades. Esse processo, o qual vai além de uma atenuação simples convencional, é referida na presente invenção como "alta atenuação". Essas cepas de poxvírus animal altamente atenuadas são distintamente aperfeiçoadas com relação a 28 patógenos convencionalmente atenuados. Em particular, as cepas de varíola animal altamente atenuadas diferem, conforme resumido na tabela 3, das cepas de varíola animal convencionalmente atenuadas em termos de 5 gene tecnologia de através da diminuição no peso molecular do ácido nucleico viral e aumento em deleções no anticorpo; em termos biológicos, através da perda de virulência e capacidade de contágio; em termos imunológicos, perda de imunogenicidade e, em termos de 10 através da biologia molecular, através da perda de receptores de citocina. Inesperadamente, foi descoberto que todas as cepas de varíola animal atenuadas testadas da família poxviridae, a despeito do gênero ao qual elas pertencem, podem ser convencionalmente atenuadas e, então, ainda enfraquecidas 15 com alta estabilidade (veja tabelas 1 e 2). Tal alta atenuação é mostrada, na presente invenção, a guisa de exemplo, com representantes dos gêneros ortopoxvírus, leporipoxvírus e avipoxvírus, mas não é considerada como confinada a esses gêneros. 20 A capacidade de patógenos infecciosos de mudar de forma a se adaptar às alterações ambientais, por exemplo, através de crescimento em culturas de células ou em sistemas hospedeiros não-naturais, pode ser utilizada experimentalmente de forma a reduzir acentuadamente o 29 tempo necessário para alta atenuação. Isso, de preferência, ocorre através de passagens a longo prazo em sistemas hospedeiros permissivos em particular, os quais normalmente não pertencem à faixa de hospedeiro natural 5 (por exemplo, animais experimentais, culturas de células, meios nutrientes). Alta atenuação de cepas de poxvírus leva, comumente, cerca de 15 a 30 anos. Cepas de poxvírus altamente atenuadas também perdem suas capacidades de imunização específica, enquanto que 10 sua atividade para-específica é especialmente intensificada, através do método de alta atenuação descrito em detalhes abaixo. As cepas de poxvírus altamente atenuadas são, portanto, adequadas como indutores de paramunidade ou para a produção de vacinas de 15 vetor. A intensificação das propriedades para-específicas é, presumivelmente, atribuível à interferência mútua de proteínas de imunização e paramunização de poxvírus animais. A perda, causada pela alta atenuação, das 20 proteínas de imunização torna proteínas de paramunização adicionais ativas e elas aumentam de uma maneira significativa a atividade de paramunização dessas cepas. Dessa forma, indutores de paramunidade altamente ativas e inócuos são obtidos e não causam quaisquer alergias ou 30 outros efeitos colaterais imunopatogênicos, mesmo se administrações são repetidas a curto prazo e são freqüentes. Comumente, atenuação convencional simples leva a uma 5 redução na virulência e capacidade de contágio e a uma limitação na faixa de hospedeiro e a pequenas alterações no genoma do patógeno, com uma simultânea diminuição no peso molecular e a ocorrência de deleções nas regiões terminais do genoma viral. Além disso, há uma diminuição 10 nas atividades especificamente de imunização e um aumento na atividade para-específica. Contudo, uma alta atenuação intensifica esses efeitos drasticamente, de modo que os vírus altamente atenuados resultantes são superiores em termos de sua estabilidade, sua especificidade pelo 15 hospedeiro, a falta de virulência e imunogenicidade com relação a vírus convencionalmente atenuados (tabelas 3 e 4). Os poxvírus animais altamente atenuados Em um primeiro aspecto, a presente invenção se refere 20 a um poxvírus animal altamente atenuado baseado em uma cepa de poxvírus animal da família poxviridae, caracterizado pelo fato de o poxvírus animal não ter mais quaisquer propriedades virulentas e de imunização e o poxvírus animal altamente atenuado exibe um menor peso 31 molecular do ácido nucleico viral, deleções mais freqüentes na região terminal e uma perda aumentada de receptores de citocina em comparação com cepas de varíola animal convencionalmente atenuadas. Poxvírus animais 5 atenuados conhecidos têm entre O e 3 deleções em uma ou ambas as regiões terminais do genoma viral. O número de deleções em várias cepas de poxvírus animais meramente atenuados varia, contudo, de modo que os poxvírus animais altamente atenuados da presente invenção, tomados juntos, 10 exibem entre 1, 2, 3, 4, 5 ou mais deleções nas regiões terminais do genoma viral, do que aquelas em poxvírus animais meramente atenuados. Em uma modalidade preferida da invenção, os poxvírus animais altamente atenuados da presente invenção exibem, no total, 5, 6, 7, 8, 9, 10 ou 15 mais deleções nas regiões terminais. Eles exibem, de preferência, deleções mais freqüentes, de preferência pelo menos 2 deleções na região direita e pelo menos 2 deleções na região esquerda. Em uma modalidade preferida do poxvírus animal 20 altamente atenuado da presente invenção, o genoma viral mostra uma perda de receptores de citocina para interferon a e y. É particularmente preferido que o poxvírus animal mostre, adicionalmente também, uma perda de receptores 32 para IL-1R e/ou células TH 1. Em uma modalidade, o genoma viral do poxvírus animal é 16%, 17%, 18%, 19% e, particularmente de preferência, cerca de 20% ou menor do que o genoma viral do tipo 5 silvestre. As deleções estão, de preferência, localizadas em uma ou mais regiões terminais do genoma do poxvírus animal. Em uma modalidade preferida, o poxvírus animal altamente atenuado da presente invenção é obtenível 10 através do seguinte método: (a) adaptação da varíola animal em um sistema de células ou cultura de células permissiva, em particular células de rim de cordeiro ou células CAM particular; (b) transferência e manutenção dos poxvírus animais 15 para atenuação, através de passagens a longo prazo, em vários sistemas de células permissivas, o que torna titulações infecciosas ótimas possíveis, por exemplo, em células VERO, em particular durante cerca de 5 a 10 passagens; no caso de vírus de mixomatose; de preferência, 20 pelo menos 100, de preferência pelo menos 110, pelo menos 120, pelo menos 130 ou mais passagens em células VERO são realizadas, seguido por pelo menos 20, de preferência pelo menos 24 passagens intermediárias em culturas de células AVIVER e outras passagens em células VERO; 33 (c) transferência e manutenção do poxvírus animal para atenuação em um sistema de célula ótimo durante cerca de 100-300 passagens, por exemplo, em células MA-104, células VERO ou células AVIVER, em particular durante 200 5 a 300 passagens; e (d) transferência e manutenção do poxvírus animal em células VERO durante pelo menos 90 passagens, de preferência durante pelo menos 100, 110, 120, 130, 140, 150, 160, 170, 180, 190, 200, 210, 220, 230, 240, 250, 10 260, 270, 280, 290, 300 ou mais passagens. Passagens placa-purificadas são, de preferência, realizadas em uma ou mais etapas (b), (c) e (d). O Método de alta atenuação Uma atenuação convencional (bem como as primeiras 15 etapas da alta atenuação) começa com adaptação de poxvírus animais isolados em sistemas de células homólogos ou heterólogos permissivos tais como, por exemplo, culturas de células, ovos de galinha incubados ou em animais experimentais. Isso é seguido por atenuação, através de 20 passagens a longo prazo, em vários sistemas de células permissíveis. Os sistemas de células permissíveis apropriados para cada cepa viral são especificamente selecionados para cada espécie de poxvírus animal. A seleção depende da titulação infecciosa dos vírus no 34 sistema de célula particular. Além disso, o sistema de células selecionado para a passagem proporcionará a maior titulação infecciosa para a espécie particular do vírus. Tal sistema de células, em particular linhagem de células, 5 pode ser determinado pelo trabalhado habilitado através de métodos conhecidos na técnica. Isso também corresponde, ao mesmo tempo, à titulação ótima de vírus. A atenuação é continuada mantendo-se os poxvírus animais durante cerca de 100-300, em particular 110, 120, 130, 140, 150, 160, 10 170, 180, 190, 200, 210, 220, 230, 240, 250, 260, 270, 280, 290 ou 300 passagens nesses sistemas de células ótimos. Isso é seguido por uma fase terminal caracterizada por 3-5 passagens de diluição terminal de placa. Esse material pode ser ainda processado de acordo com o uso 15 adicional. Todos os representantes descritos aqui de orthopox-, leporipox-, parapox- e avipoxvírus podem ser atenuados de uma forma convencional. A subseqüente alta atenuação ocorre mantendo-se as passagens da cepa viral 20 convencionalmente atenuada de modo simples em sistemas hospedeiros permissivos homólogos ou heterólogos. A escolha do sistema hospedeiro, por sua vez, depende da espécie de varíola animal e é selecionada de acordo com os aspectos mencionados acima (titulação infecciosa). Alta 35 atenuação ocorre, por exemplo, mantendo-se os ortopoxvírus simplesmente atenuados em células VERO ou os avipoxvírus simplesmente atenuados em culturas de células de fibroblastos de embrião de galinha embriônico (FHE). 5 Poxvírus (por exemplo, vírus ectromelia, vírus camelpox) são, de preferência, altamente atenuados através de pelo menos 60 a 300 passagens, dependendo da cepa do vírus em particular, em culturas de células VERO (por exemplo, 150 ou 260 passagens). A cepa de leporipoxvírus de mixomatose 10 é altamente atenuada através de cerca de pelo menos mais 150 a 300 passagens em culturas de células MA e VERO, de preferência 290 passagens. A cepa de avopoxvirus gallinae é altamente atenuada através de cerca de 100 a 150 passagens adicionais, de preferência através de 98 15 passagens, em culturas de células FHE. A cepa de parapoxvírus é altamente atenuada através de mais 100 a 160, de preferência através de 164 passagens (tabelas 3 e 4). É preferido usar o assim denominado método de diluição terminal de placa para passagem das cepas virais (isto é, 20 na transferência e inoculação). Em geral, culturas de fibroblasto de embrião de galinha (FHE) são usadas para alta atenuação do gênero avipoxvirus e células de rim de macaco MA-104 permanentes (para abreviar: células MA) e muitas outras são usadas 36 para todos os outros gêneros, tais como leporipoxvirus and parapoxvirus. orthopoxvirus, Um meio totalmente sintético é, de preferência, empregado para cultura das culturas de células MA ou VERO, com preferência particular 5 pelo meio MEM ("meio mínimo essencial"), o qual compreende BMS a 5% a 20%, de preferência 10% (meio substituto de soro) e hidrolisato de lactalbumina a 5 a 20%, de preferência 10%. Após troca do meio de cultura, o meio de vírus usado é, de preferência, meio MEM com hidrolisato de 10 lactalbumina a 5% a 20%, de preferência 10%, sem BMS e sem soro fetal de bezerro e sem antibióticos. Todos os métodos de produção são, de preferência, realizados em valores de pH de 7,0 a 8,0, de preferência em um valor de pH de 7,25. Coletas de vírus com titulação de 10 5 a 10 8 TCID 50 /ml, de 15 preferência pelo menos 10 7 ' 5 TCID50 /ml, são preferidas como material de iniciação para produção das cepas de varíola altamente atenuadas. Replicação dos poxvírus em células VERO leva a um efeito citopático típico, o qual leva à destruição das 20 células infectadas (lise). Com uma dose inicial de inoculação de cerca de 10 MOI ("multiplicidade de infecção), uma rápida fase de arrendodamento (1-2 dias) é seguida por estruturas de células reticuladas durante cerca de 3 dias e por lise das células após cerca de 5 37 dias. As coletas de vírus obtidas da última passagem podem ser ainda processadas apropriadamente para seu uso. Por exemplo, os ácidos nucleicos presentes nos vírus podem ser 5 clonados recombinantemente para produzir vacinas de vetor. Ou as coletas de vírus altamente atenuadas podem ser liofilizadas e ser armazenadas, por exemplo, através da adição de gelatina a 2,5% a 4°C para uso adicional, por exemplo, como indutores de paramunidade. Para indicações 10 médicas e terapêuticas, o liofilizado pode ser verificado com relação à sua inocuidade e atividade. Orthopoxvírus altamente atenuados Em uma modalidade preferida, o seguinte método de alta atenuação, descrito a guisa de exemplo com vírus 15 camelpox, pode ser usado para ortopoxvírus: Orthopoxvirus cameli, h-M 27 Vírus camelpox, isolados de material pustular de animais doentes, tal como a cepa M 27, são cultivados em culturas de células de rim de cordeiro embriônicas durante 20 cerca de 2 passagens. Os poxvírus animais cultivados dessa forma são transferidos, através de um método adequado, de preferência através do método de diluição terminal de placa, em células VERO e mantidos ali durante cerca de 5 passagens. Após passagem em uma cultura de células VERO, a 38 última passagem em cultura de células é adaptada à células MA (células de rim de macaco MA-104) e mantidos durante cerca de 114 passagens. A 121 a passagem em MA placa- purificada obtida dessa forma (total de 284 passagens) 5 provou ser simplesmente atenuada. É possível, em isolados dessa passagem, isto é, com uma atenuação simples, já observar um declínio na virulência para o hospedeiro homólogo, uma restrição da faixa de hospedeiro, um aumento na titulação infecciosa, uma diminuição nas células 10 gigantes no efeito citopático em culturas de células e uma pequena diminuição nas atividades imunogênicas específicas. Em virtude das propriedades de imunização, as quais ainda estão presentes após uma simples atenuação, dos poxvírus animais, vírus camelpox simplesmente 15 atenuados também são adequados para vacinação parenteral contra varíola humana ou como vacina contra camelpox (O.R. Kaaden, A. Walz, C.P. Czerny e U. Wernery, 1992: "Progress in the development of a camelpox vaccine", Proc. 1° Int. Camel Conf., 1, 47-49). 20 A cepa M 27 do vírus camelpox pode ser altamente atenuada mantendo-se a cepa atenuada em células VERO. Para essa finalidade, é necessário realizar pelo menos mais 50150 passagens, de preferência 1000 passagem em VERO placapurificada. Um vírus camelpox hM-27 altamente atenuado (h 39 altamente atenuado) obtido dessa forma prova ser extremamente estável. Em geral, portanto, cerca de 384 passagens em cultura de célula são necessárias para produzir o vírus camelpox altamente atenuado da invenção. 5 Não se pretende, contudo, que o número exato de passagens seja considerado como restritivo a esse respeito. Aqueles habilitados na técnica apreciarão que modificações dos métodos descritos aqui e dos parâmetros usados, especialmente do número de passagens em células ou a 10 linhagem de células para alta atenuação de uma cepa de poxvírus animal, estão dentro do escopo da invenção. O vírus camelpox, cepa h-M 27, altamente atenuado obtido através do método da invenção exibe uma perda total de virulência e capacidade de contágio para o hospedeiro 15 homólogo e uma elevada titulação infecciosa em células VERO (10 7.25 CID50 /m1). Portanto, ele é particularmente adequado para uso como uma vacina para-específica (indutor de paramunidade). Além disso, é possível que o indutor de paramunidade baseado em poxvírus animais altamente 20 atenuados sejam usados em uma forma capaz de replicação e em uma forma inativada. Na forma inativada, o vírus altamente atenuado é tratado, conforme descrito abaixo, com beta-propiolactona (V. Fachinger, T. Schlapp, W. Strube, N. Schmeer e A. Saalmüller, 2000: "Pox-virus- 40 induced immunostimulating effects on porcine leukocytes", J. Virology 74, 7943-7951; R. Fõster, G. Wolf e A. Mayr, 1994: "Highly attenuated poxvirus induce functional priming of neutrophils in vitro", Arch.Virol. 136, 2195 226; Mayr A., 1999: "Paraspezifischen Vaccinen aus Pockenviren (Paramunitãtsinducer): "Eine neue Art von Impfstoff", Árztezschr. Naturheilverf. 40, 550-557; Mayr, A. 2000: "Paraspezifische Vaccine - Eine neue Art von Impfstoffen zur Regulation von Dysfunktionen in 10 verschiedenen Kõrpersystemen", Erfahrungsheilkunde (EHK) 49, 591-598). Com uma atenuação simples, o comprimento do genoma do vírus já é acentuadamente reduzido através da ocorrência de deleções. O comprimento do genoma viral inicial (tipo 15 silvestre) é cerca de 193 900 bp, enquanto que o comprimento do genoma da cepa M 27 atenuada é cerca de 172 400 bp. A atenuação convencional, assim, resulta em uma perda acentuada de nucleotídeos no DNA. Digestão por restrição com a enzima de restrição HindIII mostra que, no 20 genoma, quatro fragmentos de restrição menores estão presentes no gel de análise (Otterbein C.K., 1994, Vet. Med. Diss. Munique). Nesse caso, existem duas deleções no segmento terminal direito e duas deleções no esquerdo do genoma viral. A região central conservada do genoma viral 41 permanece inalterada (C. Gubser, S. Hue, P. Kellam e G.L. Smith, 2004: "Poxvirus genomes: a phylogenetic analysis", J. Gen. Virol. 85, 105-117). O comprimento do genoma viral foi ainda reduzido através da alta atenuação, de 172 400 5 bp (vírus atenuado) para 160 300 bp. O número de deleções se eleva de 4 para 5 (duas no segmento terminal esquerdo e 3 no direito do genoma), com a região central conservada do genoma viral permanecendo estável. A alta atenuação levou ainda a uma perda de receptores de interferon a e y e 10 outros receptores de interleucina e, surpreendentemente, também à ativação de células tronco hematopoiéticas. Leporipoxvírus de mixomatose, vírus h-M 2 de mixomatose Em uma outra modalidade da invenção, a alta atenuação foi realizada com a cepa M 2 do vírus de mixomatose. Mais 15 uma vez, houve passagem em células CAM, seguido por várias passagens em células VERO e AVIVER e, finalmente, passagens adicionais em células VERO. Em uma modalidade preferida, o método para produção de indutores de paramunidade a partir de myxomavirus 20 altamente atenuados incluem as etapas: (a) isolamento, de animais doentes via a membrana corioalantóica, de embriões de galinha de 10 dias de idade (CAM) e manutenção nesse sistema durante pelo menos 2 ou mais, por exemplo, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 ou mais 42 passagens; (b) transferência e manutenção dos poxvírus animais isolados durante pelo menos 120 ou mais, por exemplo, 125, 130, 135, 140, 145, 150, 155, 160, 165, 170, 175, 180 ou 5 mais passagens em culturas de células VERO; (c) transferência e manutenção dos poxvírus animais em células AVIVER durante pelo menos 24 ou mais, por exemplo, 25, 30, 35, 40, 45, 50, 55, 60 ou mais passagens; (d) transferência e manutenção dos poxvírus animais 10 em células VERO durante pelo menos 157 a 200 passagens; (e) transferência e manutenção dos poxvírus animais em células MA durante pelo menos 114 a 150 passagens; (f) transferência e manutenção dos poxvírus animais em células VERO durante pelo menos 179 passagens. 15 Em uma outra modalidade, o vírus de mixomatose usado para a atenuação a partir de subcutis edematosa (orelha esquerda) de um coelho silvestre Europeu (gênero Oryctolagus) sofrendo, de uma forma típica, de mixomatose, o myxomavírus foi isolado através de cultura, sobre a 20 membrana corioalantóica (CAM) de ovos de galinha (ovos VALO) incubados durante 10 dias e adaptados três vezes sobre a CAM em passagens através do métodos de Herrlich A., Mayr A. e Munz E.: "Die Pocken", 2 a edição, Georg Thieme Verlag, Stuttgart, 1967). A terceira passagem em 43 CAM foi adaptada, em um primeiro estágio, às células VERO durante 120 passagens (ATCC CCL-81, WHO, American Type Culture Collection), reproduzidas, em um 2° estágio, através de 24 passagens intermediárias em culturas de 5 células AVIVER e ainda cultivadas, na 3a fase, em células VERO. No total, cerca de 300 passagens foram realizadas com o objetivo de atenuação. Após essas passagens de diluição terminal contínuas, o myxomavírus originalmente virulento foi atenuado. 10 A cepa M 2 de myxomavírus altamente atenuada é obtida através de manutenção da cepa atenuada em células VERO. Para essa finalidade, é necessário realizar pelo menos mais 250 a 350 passagens, de preferência 300 passagens placa-purificadas, em células VERO. A cepa h-M 2 de 15 myxomavírus (h = altamente atenuada) obtida dessa forma provou, semelhante à cepa de camelpox altamente atenuada, ser extremamente estável. Da mesma forma, ela exibe uma perda total de virulência e capacidade de contágio para o hospedeiro 20 homólogo, uma elevada titulação infecciosa (10 6.75 CID 50 ), perda completa de imunogenicidade, aumento na atividade de paramunização, restrição adicional da faixa de hospedeiro, deleções adicionais no genoma e perda de vários receptores de interferon e interleucina. 44 Propriedades de ortohpoxvírus altamente atenuados As cepas de varíola animal altamente atenuadas da invenção são caracterizadas como segue: 1. estabilidade biológica aumentada; 5 2. perda de virulência e capacidade de contágio, mesmo para camundongos bebês de 2-3 dias de idade (parenteral, intraperitoneal); 3. perda de imunogenicidade específica apos administração parenteral e intraperitoneal; 10 4. restrição completa da faixa de hospedeiro; 5. aumento na titulação infecciosa do vírus atenuado em células VERO; 6. forte atividade de paramunização (capaz de replicação e inativada); 15 7. redução do comprimento do genoma dos poxvírus animais atenuados; 8. aumento no número de deleções na região terminal; 9. perda do receptor de interferon a e y e outros receptores de interleucina; 20 10. ativação de células tronco hematopoiéticas. O número de passagens em células e os tipos de células necessários para atenuação convencional, comparado com alta atenuação, são compilados na tabela 3. Comumente, mais de 100 a cerca de 300 passagens em vários sistemas 45 hospedeiros permissivos são necessárias para alta atenuação. Um período de cerca de 15-30 anos é necessário para atenuação completa. A tabela 3 a tabela 4 mostram uma visão geral das 5 diferenças biológicas e de tecnologia genética entre uma atenuação convencional e uma alta atenuação de invenção para o exemplo do vacciniavírus, cepa MVA. Assim, deleções freqüentemente ocorrem nas regiões terminais do genoma viral (repetição terminal invertida) e o peso molecular é 10 reduzido em virtude de menos pares de base. No caso de poxvírus animais altamente atenuados, cerca de 20% do genoma original estão faltando (o que, também, portanto, os torna tão atraentes como vacinas de vetor, veja abaixo). Também, descobriu-se que há uma perda de 15 receptores, por exemplo, para IL-l(3 e células TH 1, e uma intensificação na ativação de células NK e da formação de células tronco hematopoiéticas e uma restrição adicional da faixa de hospedeiros em culturas de células. Além disso, há uma intensificação de interferon a e y, IL-1, 2, 20 6, 12 e GM-CSA, TNF. Finalmente, as cepas de varíola animal altamente atenuadas não têm imunogenicidade específica, mas têm uma atividade aumentada do sistema imune não específico (paramunidade). Há uma ausência 46 completa de virulência para seres humanos e animais. Processamento Adicional de parapoxvírus altamente atenuados em indutores de paramunidade Na produção de indutores de paramunidade a partir de 5 cepas de poxvírus altamente atenuadas, é possível realizar uma inativação através de tratamento químico com betapropiolactona em uma concentração de beta-propiolactona de 0,01%-1%. Uma concentração de beta-propiolactona de 0,05% é particularmente preferida a esse respeito. Idealmente, 10 inativação com beta-propiolactona é realizada em um pH de 7,8 e a 4°C durante cerca de 1 hora enquanto se agita e, subseqüentemente, incubação a 37°C durante cerca de 4 horas e durante a noite a +4°C. Inativação com betapropiolactona leva a uma perda completa das propriedades 15 de imunização com uma grande elevação simultânea na atividade para-específica. Na produção de indutores de paramunidade, as partículas de vírus altamente atenuadas são, de preferência, purificadas através de centrifugação em 20 baixas revoluções (por exemplo, 1000 rpm). Após a centrifugação, é possível adicionar gelatina succinilada a 0,5-10% (por exemplo, poligelina, obtenível, por exemplo, da Hausmann, St. Gallen, Suíça), de preferência gelatina succinilada a 5%. A mistura resultante pode, então, ser 47 liofilizada em porções, por exemplo, de 1,5 ml, em frascos ou ampolas de vidro estéreis apropriadas e ser dissolvida com água destilada conforme requerido. Um volume de 0,5-2 ml, de preferência de 1,0 ml, do liofilizato dissolvido em 5 água destilada corresponde a uma dose de vacina para seres humanos quando de administração intramuscular (veja também Mayr A. e Mayr B.: "Von der Empirie zur Wissenschaft", Tierãrztl. Umschau, edição 57: 583-587, 2002). O produto liofilizado pode ser armazenado estavelmente durante um 10 tempo ilimitado em temperaturas de cerca de +4°C a +8°C ou em temperaturas menores (por exemplo, -60°C) Uso de poxvírus animais altamente atenuados como indutores de paramunidade Um outro aspecto da invenção se refere ao uso de 15 cepas de poxvírus animal altamente atenuadas ou de constituintes de cepas de varíola animal altamente atenuadas unicamente ou combinações como indutores de paramunidade. Exemplos são poxvírus animais recentemente isolados os quais são capazes de replicação ou inativados 20 e os quais são derivados de poxvírus animais recentemente isolados, envelopes virais, envelopes desprendidos e produtos da clivagem e formas anormais desses envelopes, polipeptídeos ou proteínas nativas ou recombinantes simples, especialmente receptores na membrana e superfície 48 os quais ocorrem em poxvírus animais isolados ou são expressos recombinantemente por um poxvírus geneticamente modificado ou uma parte de sua informação genética. Um outro aspecto da presente invenção, portanto, é 5 combinar várias cepas de varíola altamente atenuadas do mesmo ou outro gênero para uso como indutores de paramunidade. Em virtude de suas propriedades de paramunização ótimas, os poxvírus animais são adequados para as 10 seguintes indicações profiláticas ou terapêuticas em seres humanos e animais: - doenças com fator infeccioso multifatoriais e infecções misturadas, manifestações crônicas de processos infecções obstinadamente recorrentes e infecciosos, 15 infecções bacterianas e virais resistentes à quimioterapia; - enfraquecimento da defesa e desregulação no sistema de defesa de um organismo; - ameaça de infecção neonatal; 20 - terapia adjuvante para determinadas doenças neoplásicas, por exemplo, prevenção de metástase, redução de efeitos colaterais de quimio- e radioterapia; - melhora na cicatrização de ferimentos, evitar infecções secundárias após procedimentos cirúrgicos ou 49 lesões; - regulação de homeostase entre os sistemas hormonal, circulatório, metabólico, vascular e nervoso. Os poxvírus animais altamente atenuados, através do 5 início imediato do efeito de paramunização, promovem inocuidade com relação aos patógenos, assim, neutralizando sintomas de estresse, infecções latentes, febre, uma condição geral reduzida e outros fatores os quais podem afetar a imunização. 10 Os indutores de paramunidade da invenção baseados em cepas de varíola animal altamente atenuadas são, assim, adequados para indução do sistema imune para-específico e/ou para a profilaxia ou tratamento de deficiências ou doenças infecciosas multifatoriais. Exemplos de tais 15 doenças são disfunções do sistema imune, imunossupressão, distúrbios de imunodeficiência, disfunções de homeostase entre os sistemas hormonal, circulatório, metabólico e nervoso, ameaça de infecção neonatal, doenças neoplásicas, doenças virais, doenças bacterianas, doenças com fator 20 infeccioso resistentes à terapia, infecções virais e bacterianas misturadas, manifestações crônicas de processos infecciosos, doenças hepáticas de várias origens, doenças crônicas da pele, doenças herpéticas, hepatite crônica, infecções de influenza, lesão por 50 endotoxina, melhora na cicatrização de ferimento com prevenção de infecções secundárias. Administração das cepas de varíola animal altamente atenuadas descritas aqui pode ocorrer local ou 5 parenteralmente. Administração local de indutores de paramunidade estimula especificamente os mecanismos de defesa para-específicos nas membranas mucosas e na pele. Contudo, também há um determinado efeito sistêmico. Por outro lado, paramunizações aplicadas parenteralmente 10 dificilmente influenciam os mecanismos de defesa locais na pele e mucosas. Preferência é dada, a esse respeito, a uma composição farmacêutica a qual inclui uma ou mais das cepas de varíola animal altamente atenuadas da invenção e, onde apropriado, um veículo farmaceuticamente aceitável. 15 Exemplos de tal veículo ou aditivos são polietileno glicol, dextrose, sorbitol, manitol, polivinilpirrolidona, gelatina, estearato de magnésio, carboxil polimetileno, carboxil metilcelulose, ftalato de acetato de celulose ou acetato de polivinila. 20 Uso de poxvírus animais altamente atenuados como vacinas de vetor Um outro aspecto da invenção se refere ao uso das cepas de poxvírus altamente atenuadas para produção de vacinas de vetor (revisão: Pastoret, P.-P. e 51 Vanderplasschen, A., 2003). Comparado com cepas convencionalmente atenuadas, as cepas de poxvírus animal altamente atenuadas são ainda mais adequadas como vetores para produção de vacinas de vetor porque elas perderam 5 completamente suas propriedades de imunização através da alta atenuação. Uma vez que os vírus são passados com base em sua titulação infecciosa, as deleções estão localizadas em regiões as quais são desnecessárias para replicação viral. Em virtude do fato de as deleções que ocorrem em 10 regiões terminais do genoma viral serem ainda maiores em comparação com atenuação convencional, os poxvírus animais altamente atenuados proporcionam espaço suficiente para inserção de um ácido nucléico estranho (DNA) a ser expresso ou um imunogênio estranho. 15 O ácido nucléico estranho pode codificar um peptídeo ou proteína a qual proporciona epítopos de imunização. Contudo, a invenção não se destina a estar restrita a um peptídeo ou proteína em particular. Aqueles habilitados na técnica apreciarão que os genes estranhos podem ser 20 clonados de acordo com seu tamanho na região de deleção apropriada do vírus. Expressão do peptídeo ou proteína introduzida pode ser controlada por elementos de controle, tal como um promotor e, se necessário, por elementos intensificadores. A incorporação de um ácido nucléico 52 estranho o qual codifica um peptídeo ou proteína pode induzir a uma propriedade de imunoestimulação específica contra o peptídeo ou proteína. Isso pode ser utilizado, por exemplo, através de clonagem, na estrutura de vetor, 5 de uma seqüência de ácido nucléico viral cuja expressão induz a uma resposta imune no hospedeiro transfectado. A clonagem de poxvírus animais recombinantes como vacinas de vetor ocorre após a última passagem de diluição terminal de placa. Para a clonagem, o ácido nucléico viral 10 pode ser clivado com endonucleases de restrição adequadas e ser ligado às seqüências de ácido nucléico estranhas através de métodos de ligação padrões. Comparado com vacinas ou vacinas de vetor convencionais para as quais outros vetores microbianos são 15 usados, as vacinas de vetor da invenção têm a vantagem de que elas não têm efeito alérgico e proporcionam um sistema imune otimamente regulado ao antígeno específico eluído, o que também contribui para um resultado de inoculação ótima. As vacinas de vetor da invenção também são isentas 20 de efeitos colaterais negativos locais ou sistêmicos. Uma vez que elas utilizam o intervalo imunológico até que a imunidade se desenvolva completamente, elas são adequadas, em particular, para inoculações de emergência (por exemplo, no caso de risco agudo de infecção, antes de 53 viagens inesperadas). A observação de que os resultados de inoculação e a inocuidade das vacinas podem ser consideravelmente aumentados através da excelente atividade para-específica 5 sobre a parte de poxvírus animal do vetor é nova e torna as cepas atraentes para produção de vacinas de vetor. Vacinas de vetor baseadas em cepas de varíola animal altamente atenuadas são, portanto, superiores em termos de sua atividade e inocuidade com relação à vacinas de vetor 10 convencionais. LISTA DE TABELAS Tabela 1: Membros da familia Poxviridae Tabela 2: Classificação de ortopoxvírus (gênero Orthopoxvirus, OPV) 15 Tabela 3: Diferenças entre atenuação convencional e alta atenuação Tabela 4: Número de passagens em uma atenuação convencionais comparado com uma alta atenuação Tabela 5: Regime de administração para tratamento com 20 indutor de paramunidade Tabela 6: Indicações para paramunização com o myxomavirus h-M 2 altamente atenuado. EXEMPLOS Os exemplos a seguir são modalidades preferidas e 54 servem para explicar adicionalmente a invenção, mas a última não se destina a estar restrita aos mesmos. Exemplo 1 Como material de iniciação para produção de indutores 5 de paramunidade contra mixoma (h-PIND-Myxo), myxomavírus M 2 convencionalmente atenuado (3 passagens em CAM, 277 passagens em VERO, 24 passagens em AVIVER = 304 passagens) foram ainda passados durante mais 114 passagens em MA e 179 passagens em VERO (total de 597 passagens) e, assim, 10 altamente atenuado (veja tabela 4). As coletas de vírus de VERO do Leporpxivirus myxomatosis h-M 2 altamente atenuado têm uma titulação de pelo menos 10 6 ' 75 CID50 /ml. Os leporipoxvírus altamente atenuados obtidos dessa forma não mostraram propriedades virulentas ou de 15 imunização em geral e foram ainda processadas ao indutor de paramunidade da seguinte forma: As coletas de vírus foram inativadas com betapropiolactona a 0,05% (pH de 7,8, 1 hora a + 4 °C (agitada)), agitadas em uma temperatura de +37 °C em um pH 20 de 7,8 durante 4 horas (monitorada até que o pH tivesse sido ajustado para um pH de 7,8 se necessário), incubadas durante a noite (estacionária em uma temperatura de +4 °C durante cerca de 12 horas) e, então, purificadas através de centrifugação em baixa velocidade (15 min, aprox. 4000 55 g). Poligelina (pH de 7,8) foi adicionada ao material de vírus inativado para uma concentração total de gelatina de 2,5%. O material de vírus preparado dessa forma foi distribuído em frascos de 1,5 ml estéreis e liofilizado. 5 Os liofilizados foram armazenados em uma temperatura de +4°C. Antes de uso, os liofilizados foram dissolvidos em 1 ml de água destilada estéril para injeção e administrados através de injeção intramuscular profunda. As seqüências de administração e indicações médicas 10 são listadas na tabela 5. O indutor de paramunidade contra mixoma é adequado, por exemplo, para tratamento de suporte de herpes zoster (modo 4) através de paramunização. Nesse caso, o tratamento leva à cicatrização das pústulas as quais são típicas da doença após 3-4 dias. No caso de 15 infecções pré-influenza, quando de uso dos indutores de paramunidade da invenção, é observado um desaparecimento completo dos sintomas (febre, cansaço, dores de cabeça e dor nos membros). Em pacientes com feridas (por exemplo, após operações), uma cicatrização de ferida incomumente 20 rapida, sem infecções secundárias, é observada com o hPIND-myxo. Em casos de estomatite e lesões associadas à visita ao dentista, esfregação do liofilizado foi seguida pelo desaparecimento das aftas e lesões após 1-2 horas. Exemplo 2 56 Vírus camelpox M 27 convencionalmente atenuado (veja seção descrição) foi altamente atenuado através de mais 263 passagens em células VERO (total de 384 passagens). Coletas de vírus acima de 10" CID50 /m1 serviram como 5 material de iniciação para produção de indutores de paramunidade. Para essa finalidade, a coleta de vírus foi inativada, centrifugada e liofilizada de uma maneira análoga ao Exemplo 1. O modo de administração, bem como as indicações, são análogos àquelas do Exemplo 1. Os vírus 10 obtidos não mostraram propriedades virulentas ou de imunização em geral em virtude da alta atenuação. Exemplo 3 Vírus canarypox convencionalmente atenuado serinae, (Avipox KP1, 535a passagem em FHE) foi altamente atenuado 15 através de mais 67 passagens em FHE (veja tabela 4). A 602a passagem em FHE serviu, de uma maneira análoga aos Exemplos 1 2 3, como vírus de varíola de canário altamente atenuado para produção de indutores de paramunidade. Os vírus obtidos não mostram propriedades virulentas ou de 20 imunização em geral em virtude da alta atenuação. Exemplo 4 Vírus fowlpox convencionalmente atenuado (Avipoxvirus gallinum, HP1, 444a passagem em FHE) foi altamente atenuado através de mais 98a passagens em FHE. Após a 542a 57 passagem em FHE, o vírus da varíola HP1 provou ser altamente atenuado e foi usado, de uma maneira análoga ao Exemplo 1, para produção de indutor de paramunidade. Os vírus obtidos não mostraram propriedades virulentas ou de 5 imunização em geral em virtude da alta atenuação. Exemplo 5 Indutores de paramunidade baseados em mixomavírus (OPV muris) e parapoxvírus também foram produzidos em analogia aos métodos descritos nos exemplos precedentes. 10 Exemplo 6 Cepas de varíola animal altamente atenuadas são usadas para produzir vacinas de vetor. Na produção de vacinas de vetor, atenção particular deve ser dada ao monitoramento do pH após cada etapa de produção 15 individual. O pH deverá ser cerca de 7,8. A atenuação e a alta atenuação de vírus usados para produção de vetores ocorrem conforme descrito no Exemplo 1. É possível, a esse respeito, usar todos os métodos de tecnologia genética convencionais para inserção de segmentos de ácido nucléico 20 os quais codificam antígenos específicos contra o qual uma reação de inoculação específica, isto é, desenvolvimento de imunidade, tem de ser obtida. O gene estranho é rotineiramente incorporado, por meio de enzimas de restrição adequadas, nas regiões de ácido nucléico 58 deletadas as quais foram geradas pela alta atenuação nas cepas de varíola animal da invenção. Técnicas de clonagem e digestões por restrição padrões são usadas a esse respeito. 5 É possível usar, para isolamento de estruturas de vírus recombinante, quaisquer genes marcadores (seleção) ou cassetes de seleção tais como, por exemplo, o gene de p- galactosidase, os quais estão sob o controle de seqüências de controle adequadas. 10 Exemplos de métodos para produção de tais vetores a partir de cepas de varíola animal são descritos no WO 00/69455. A divulgação da presente publicação e do ensinamento contido na mesma sobre a produção de vacinas de vetor é aqui expressamente incorporada por referência. 15 Da mesma forma, todas as outras publicações citadas aqui são incorporadas por referência. 59 Tabelas Tabela 1: Membros da família Poxviridae Gênero Espécie Doença infecciosa Variola Catapora/rubéola (ser humano) Opv. commune Variola de macaco varíola/alastrim "Cowpox" simiae 1 similar) bovis Monkeypox cameli "Cowpox" muris similar) (e Ortopoxvírus (and Camelpox Mousepox (ectromelia) Apv.gallinae Avipoxvírus u.a. meleagris Fowlpox columbae Turkeypox serinis Pigeonpox coturnica, Canarypox agapornicis Wild bird pox 60 Gênero Espécie Doença infecciosa Sheeppox (original) Cpv. ovis Capripoxvírus Goatpox caprae (original) bovis Doença com protuberâncias da pele (gado) Mixomatose Lpv. myxomatosis (coelhos) fibromatosis Fibroma (coelhos) sciuris, Fibroma em Leporipoxvírus leporis esquilo, fibroma em lebre Suipoxvírus Spv. suis Variola de suínos Ecthyma, ORF (ovelha, gado) Ppv. ovis Estomatite bovis 1 papular (gado) bovis 2 Caroço na teta, cameli nódulos de vaca Parapoxvírus leiteira Ecthyma de camelo 61 Espécie Gênero Doença infecciosa (nao oficial) Tumor de macaco Ypv. simiae 2 Yaba Tanapox (ser Yatapoxvírus tanae humano, macaco) Molluscum Molluscipoxvírus Mpv. molluscae contagiosum (ser humano) Tabela 2: Classificação de ortopoxvírus (gênero Orthopoxvirus, OVP) (atualizado do "7° Report of the International Committee of Taxonomy of Viruses", 2000) Espécie Hospedeiros suscetíveis Vírus da varíola (OPV Ser humano Varíola) Vacciniavirus (OPV Todos os mamíferos commune) Coxpox vírus (OPV bovis) Todos os mamíferos Ectromelia vírus (OPV Camundongo, raposa, marta muris) Vírus camelpox (OPV Camelo (experimentalmente, cameli) possivelmente macacos, 62 Espécie Hospedeiros suscetíveis camundongos, coelhos), seres humanos não são suscetíveis Vírus monkeypox (OPV Macacos, ser humano simiae) Espécies não classificadas: Racum Raccoonpox vírus, Arganaz California volepox vírus, Roedores, lebre, rã taterapox vírus Nota: de acordo com essa nomenclatura ainda incompleta, as seguintes espécies previamente incluídas foram deletadas: OPV bubali (búfalo), OPV elefaphant (elefante), OPV equi (cavalo), OPV cuniculi (coelho) Tabela 3: Diferenças entre cepas de MVA convencionalmente atenuadas e altamente atenuadas (MVA - Vírus da Varíola Ankara Modificado) MVA original (572a passagem em culturas de fibroblasto de embrião de galinha primários) e VERO-MVA 5 (mais 182 passagens em culturas de células VERO permanente (WHO-ATCC, CCL 81)) Marcador MVA original (FHE) VERO-MVA (atenuação convencional) (altamente atenuado) 3 deleções na região terminal 3 deleções na região terminal direita e 4 Marcadores esquerda e direita (repetição deleções na esquerda genéticos terminal invertida) Número de pares de base de 208 a 178 Número de pares de base 172 Kb Kb Peso molecular: perda de 15% do Perda de 20% do genoma original genoma original Marcador MVA original (FHE) VERO-MVA (atenuação convencional) (altamente atenuado) Adicionalmente, perda adicional de Perda do receptor de interferon a e receptores, por exemplo, para IL-1 13 e Y células TH 1 Marcadores celulares Ativação de células T auxiliares Intensificação da ativação de linfócitos T (CD 4, CD 8, CD 25) citotóxicos não-antígeno-específicos Ativação de células NK e células Intensificação de ativação de células NK e da tronco hematopoiéticas formação de células tronco hematopoiéticas Replicação abortiva em células de Restrição adicional da faixa de hospedeiro em mamífero (exceção: BHK) culturas de células Interferon a ed y, IL-2, 6 & IL-12, Interferon a e y, IL-1, 2, 6, 12 e M-CSA, TNF Citocinas M-CSA Titulação de vírus FHE: 10 9 ' 5 CID 50 /m1 intensificados FHE: 10 4 ' 5 CID50/m1 Marcador MVA original (FHE) VERO-MVA (atenuação convencional) (altamente atenuado) VERO: 10" CID 50 /m1 VERO: 10 9 ' 5 CID50 /m1 Nenhuma imunogenicidade específica; atividade Redução na atividade do sistema aumentada do sistema imune não específico Sistema imune imune específico (paramunidade) Virulência para seres humanos e animais fraca ausente Tabela 4: Exemplos de números de passagens em várias culturas de células selecionadas em atenuação convencional comparado com alta atenuação de várias cepas de poxvírus Cepa de Vírus Número de passagens para Número de passagens para atenuação convencional alta atenuação Vírus da vaccinia MVA 572 passagens em FHE modificado (8,9,10,19) Observações Mais 182 passagens em Atenuação células VERO; total de 754 convencional passagens (publicada) Mais 98 passagens em FHE; Avipoxvirus HP 1 444 passagens em FHE (15) total de 542 passagens Alta atenuação Mais 67 passagens em FHE, Canarypoxvirus KP-1 535 passagens em FHE (4) total de 602 passagens Assunto em questão Cepa de Vírus Número de passagens para Número de passagens para atenuação convencional alta atenuação 135 passagens em rins da presente embriônicos de cordeiro invenção (ELN); Parapoxvirus ORF-D 1701 Observações 37 pass. em pulmões Mais 164 passagens em embriônicos bovinos (BEL); células VERO; total de 385 49 pass. em células MA; passagens total de 221 passagens (14) Assunto 2 passagens em ELN; 5 Mais 263 passagens em VERO; Orthopoxvirus cameli, M passagens em VERO; 114 27 passagens em MA; total de total de 384 passagens (h- em questão M 27) 121 passagens Cepa de Vírus Número de passagens para Número de passagens para atenuação convencional alta atenuação Mais 50 passagens em FHE; Observações da 3 CAM passagens ; 250 FHE 104 pass. em MA; 93 Orthopoxvirus muris, passagens , total de 253 passagens em VERO; total de presente invenção Ectromelia vírus Mü 1 passagens 500 passagens 3 pass. em CAM; 24 pass, Mais 179 passagens em VERO; Myxomavirus M 2 em AVIVER; 277 pass. em (mixomatose) VERO; 114 pass. em MA; total de 597 passagens (hM 2) total de 418 passagens 69 Tabela 5: Regime de administração para tratamento com indutor de paramunidade Modo de administração Procedimento de administração 2 injeções em intervalo de Modo 1 24 horas, 1-3 dias antes de (Profilaxia, curto prazo) exposição 2-3 injeções em intervalo Modo 2 de 24 horas. "cursos" em (Profilaxia, longo prazo) intervalos mensais 2 injeções em intervalo de Modo 3 24 h; uma vez por mês (Profilaxia, tratamento durante meses ou anos, adjuvante de tumores e possivelmente também mais outros distúrbios crônicos) freqüentemente 1-2 injeções/dia durante 3Modo 4 5 dias ou ate que os (Terapia parenteral de sintomas desapareçam; infecções agudas) adicionalmente, 1 injeção/dia até recuperação Modo 5 (Profilaxia ou terapia Administrar liofilizado não dissolvido profundamente no 70 Modo de administração Procedimento de administração nasal/oral) nariz ou bochecha - para distúrbios pelo menos duas vezes ao dia; - apenas para distúrbios das membranas mucosas (aplicação profilática conforme requerido) Dissolver o indutor em um pouco de pomada (notar pH); mistura de pomada dever ser Modo 6 usada sempre recentemente (administração cutânea) preparada - apenas para distúrbios crônicos da pele 71 Tabela 6: Indicações para paramunização com o myxomavírus h-M 2 (b-PIND-MYXO) altamente atenuado (Exemplos de caso da família) Exemplo Paciente Resultado Herpes zoster (Modo 4) R.E., homem, 57 anos Cicatrização das pústulas dentro W.E., homem, 22 anos de 3-4 dias, sem encefalite pós- Infecção influenzal W.E., homem, 75 anos zoster se o período de pausa é Infecções incipiente B.S., mulher, 67 anos observado, desaparecimento agudas 1 injeção i.m. quando os B.M., mulher, 65 anos Indicação completo dos sintomas (febre, primeiros sintomas H.E., mulher, 63 anos cansaço, em alguns casos dores de aparecem, descanso no B.B., homem, 62 anos cabeça e dor nos membros) leito durante 2-3 horas Terapia de Operações (suporte à W.E., homem, 75 anos Cicatrização de feridas reposição e cicatrização de feridas) (Joelho OP. 3 semanas incomumente rápida; nenhuma 72 Indicação Exemplo Paciente Resultado adjuvante Modo 5 após zoster) infecção secundária (de acordo com E.B., mulher, 45 anos os comentários dos médicos que (útero) fizeram o tratamento) B.M., mulher, 60 anos (quadril) Estomatite, espontânea A.M., homem, 82 anos B.M., mulher, 66 anos Lesões após visita ao Após esfregar no liofilizado. Desaparecimento da apatia e das Região ENT dentista R.H., mulher, 67 anos B.M., mulher, 65 anos Modo 5 lesões após 1-2 horas. 73 REFERÊNCIAS: 1. Smith, G.L., 1994: Vinis strategies for evasion of the host response to infection. Trends in Microbial. 2, 81-88. 2. Mayr, A., H. Stickl, H.K. Müller, K. Danner and H. Singer, 1978: Der Pockenimpfstamm MVA. Zbl.Bakt.Hyg. LAbt.Orig.B 167, 375.390 3.Mayr, A., 1999: Geschichtlicher Überblick über die Menschenpocken (Variola), die Eradikation von Variola und den attenuierten Pockenstamm MVA. Berl.Münch.Tierkzt1Wschr. 112, 322-328. 4. Mayr, A., F. Hartwig, and I. Bayr, 1965: Entwicklung eines Impfstoffes gegen Kanarienpocken auf Basis eines attenuierten Kanaraienpockenkulturvirus. ZbI.Vet.Med.B 12, 41-49. 5. Mayr, A. and K. Malicki, 1966: Attenuierung von virulentem Hühnerpockenvirus in Zeilkulturen und Eigenschaften des attenuierten Virus. ZbI.Vet.IvIed. B 13, 1-13. 6. Mayr, A. and M. 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Mahnel, H. 1983: Attenuierung von Mâusepockenvirus. ZbI.Vet.Med.13. 30, 701-710. 20. Pastoret, P.-P. and Vanderplasschen, A., 2003: Comparative Immunology, Microbiology & Infectious Diseases 26 (2003), 343-355. REIVINDICAÇÕES 1. Poxvírus animal altamente atenuado baseado em uma cepa de poxvírus animal da família poxviridae caracterizado pelo fato de que o poxvírus animal não tem mais quaisquer 5 propriedades virulentas e de imunização e que o poxvírus animal altamente atenuado tem um menor peso molecular do ácido nucléico viral, deleções mais freqüentes na região terminal e uma perda aumentada de receptores de citocina em comparação com cepas de varíola animal convencionalmente 10 atenuadas. 2. Poxvírus animal altamente atenuado, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o poxvírus animal exibe uma perda de receptores de citocina para interferon a e y. 15 3. Poxvírus animal altamente atenuado, de acordo com a reivindicação 1, fato de que o genoma caracterizado pelo viral do poxvírus animal é cerca de 20% menor do que aquele do genoma viral do tipo selvagem. 4. Poxvírus animal altamente atenuado, de acordo com a 20 reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a cepa de poxvírus é uma cepa do vírus camelpox. 5. Poxvírus animal altamente atenuado, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que a cepa do vírus camelpox é a cepa h-M 27 com o número de depósito 2 05040602 (ECACC). 6. Poxvírus animal altamente atenuado, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a cepa de poxvírus é uma cepa do myxomavírus. 5 7. Poxvírus altamente atenuado, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que a cepa do myxomavírus é a cepa h-M 2 com o número de depósito 05040601 (ECACC). 8. Poxvírus animal altamente atenuado, de acordo com a 10 reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a cepa de poxvírus altamente atenuado é a cepa de fowlpox h-HP1. 9. Poxvírus animal altamente atenuado, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a cepa de poxvírus altamente atenuada é a cepa de ectromelia h-Mü-l. 15 10. Poxvírus animal altamente atenuado, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a cepa de poxvírus animal altamente atenuada é obtenível através do seguinte método: (a) adaptação da varíola de animal a um sistema de 20 células ou culturas de célula permissivas; (b) transferência e conjugação dos poxvírus animais para atenuação através de passagens a longo prazo em vários sistemas de célula permissivas, o que torna titulações infecciosas ótimas possíveis; 3 (c) transferência e manutenção dos poxvírus animais para atenuação em um sistema de célula ótimo durante cerca de 100-300 passagens; (d) transferência e manutenção dos poxvírus animais em 5 células VERO durante pelo menos 90 passagens. 11. Indutor de paramunidade baseado em cepas de poxvírus animal da família poxviridae caracterizado pelo fato de as cepas de poxvírus serem altamente atenuadas e não terem mais quaisquer propriedades virulentas e de 10 imunização. 12. Indutor de paramunidade, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de ser baseado em uma cepa de poxvírus animal de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 10. 15 13. Método para produção de indutores de paramunidade a partir de poxvírus animais altamente atenuados caracterizado pelo fato de compreender: (a) adaptação da varíola de animal a um sistema de células ou culturas de célula permissivas; 20 (b) transferência e manutenção dos poxvírus animais para atenuação através de passagens a longo prazo em vários sistemas de célula permissivas, o que torna titulações infecciosas ótimas possíveis; (c) transferência e manutenção dos poxvírus animais 4 para atenuação em um sistema de célula ótimo durante cerca de 100-300 passagens; (d) transferência e manutenção dos poxvírus animais em células VERO durante pelo menos 90 passagens. 5 14. Método para produção de indutores de paramunidade a partir de myxomavírus altamente atenuados caracterizado pelo fato de compreender: (a) isolamento de poxvírus animal de animais doentes via a membrana corioalantóica de embriões de galinha de 10 10 dias de idade (CAM) e manutenção nesse sistema de células durante pelo menos 2 passagens; (b) transferência e manutenção dos poxvírus animais isolados durante pelo menos 300 passagens em culturas de células AVIVER e VERO dos embriões de galinha incubados 15 durante 10 dias (FHE); (c) transferência e manutenção dos poxvírus animais em células MA durante pelo menos 100 passagens; (d) transferência e manutenção dos poxvírus animais em células VERO durante pelo menos 170 passagens. 20 15. Método, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de os vírus de myxoma altamente atenuados terem uma titulação infecciosa de 10 675 CID 50 /ml. 16. Método, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de os myxomavírus serem a cepa h-M2 5 de myxoma com o número de depósito 05040601 (ECACC). 17. Método para produção de indutor de paramunidade a partir de vírus camelpox altamente atenuados caracterizado pelo fato de compreender: 5 (a) isolamento de poxvírus animal de animais doentes via a membrana corioalantóica de embriões de galinha de 10 dias de idade (CAM) e manutenção do camelpox isolado durante pelo menos 2 passagens na CAM; (b) transferência e manutenção dos poxvírus animais 10 isolados durante pelo menos 120 passagens em células VERO (ATCC CCL-81, WHO, American Type Culture Collection); (c) transferência e manutenção dos poxvírus animais durante cerca de 24 passagens em células AVIVER; (d) transferência e manutenção dos poxvírus animais 15 durante cerca de mais 157 passagens em células VERO; (e) transferência e manutenção dos poxvírus animais durante mais 114 passagens em células MA; (f) transferência e manutenção dos poxvírus animais durante mais 179 passagens em células VERO. 20 18. Método, de acordo com a reivindicação 17, caracterizado pelo fato de os vírus camelpox altamente atenuados gerados terem uma titulação infecciosa de cerca de 10 7 CID 50 /ml. 19. Método, de acordo com a reivindicação 17, 6 caracterizado pelo fato de o vírus camelpox ser a cepa h-M 27 de camelpox com o número de depósito 05040602 (ECACC). 20. Vacina de vetor caracterizada pelo fato de compreender o ácido nucléico deletado de um poxvírus animal 5 de não imunização, não virulento, altamente atenuado de acordo com qualquer uma das reivindicações 1-10 e seqüências de ácido nucléico inseridas nas deleções do mesmo para expressão de um peptídeo ou proteína de imunização. 10 21. Vacina de vetor, de acordo com a reivindicação 20, caracterizada pelo fato de o ácido nucléico deletado do poxvírus animal de não imunização, não virulento, altamente atenuado e as seqüências de ácido nucléico do peptídeo ou proteína de imunização estarem presentes em um plasmídeo. 15 22. Composição farmacêutica caracterizada pelo fato de compreender um ou mais indutores de paramunidade de acordo com qualquer uma das reivindicações de 11 a 12. 23. Composição farmacêutica, de acordo com a reivindicação 22, caracterizada pelo fato de ser para 20 administração local ou parenteral. 24. Composição farmacêutica, de acordo com as reivindicações 22 a 23, caracterizada pelo fato de ainda compreender um veículo farmaceuticamente aceitável. 25. Uso de um indutor de paramunidade, de acordo com 7 qualquer uma das reivindicações de 11 a 12, pelo caracterizado fato de ser para ativação do sistema imune paraespecífico em um mamífero ou em um ser humano. 26. Uso de um indutor de paramunidade, de acordo com 5 qualquer uma das reivindicações de 11 a 12, pelo caracterizado fato de ser para produção de uma composição farmacêutica para a profilaxia e/ou tratamento de um distúrbio imunodeficiência-associado. 27. 10 Uso, de acordo com a reivindicação 26, caracterizado pelo fato de o distúrbio imunodeficiência- associado ser selecionado do grupo consistindo de disfunções do sistema imune, imunossupressão, distúrbios de imunodeficiência, disfunções da hemodinâmica entre os sistemas hormonal, circulatório, metabólico e nervoso, 15 ameaça neonatal de infecção, doenças neoplásicas, doenças virais, doenças bacterianas, doenças com fator infeccioso resistentes à terapia, infecções virais e bacterianas misturadas, manifestações crônicas de processos infecciosos, doenças hepáticas de origem variada, doenças 20 crônicas da pele, doenças herpéticas, hepatite crônica, infecções de influenza, dano por endotoxina. 28. Uso, de acordo com a reivindicação 26, caracterizado pelo fato de os indutores de paramunidade altamente atenuados serem empregados na composição 8 farmacêutica para auxiliar na cicatrização de ferimento, prevenção de infecções secundárias após procedimentos cirúrgicos ou lesões. 29. Uso de uma vacina de vetor, de acordo com qualquer 5 uma das reivindicações 20-21, caracterizado pelo fato de ser para indução de uma resposta imune específica e paraespecífica em um mamífero ou em um ser humano. 30. Método para produção de poxvírus animais altamente atenuados caracterizado pelo fato de compreender as etapas: 10 (a) adaptação da varíola animal a um sistema de células ou culturas de célula permissivas; (b) transferência e manutenção dos poxvírus animais, para atenuação através de passagens, a longo prazo em vários sistemas de célula permissivas, o que torna 15 titulações infecciosas ótimas possíveis; (c) transferência e manutenção dos poxvírus animais para atenuação em um sistema de célula ótimo durante cerca de 100-300 passagens; (d) transferência e manutenção dos poxvírus animais em 20 células VERO durante pelo menos 90 passagens. Resumo da Patente de Invenção para: "CEPAS DE PDXVÍRUS ALTAMENTE ATENUADAS, MÉTODO PARA A PRODUÇÃO DAS MESMAS COMO INDUTORES DE PARAMUNIDADE OU PARA A PRODUÇÃO DE VACINAS DE VETOR". 5 A presente invenção se refere a cepas de poxvírus animal altamente atenuadas e ao uso das mesmas como indutores de paramunidade ou para a produção de vacinas de vetor. Como um resultado do processo de alta atenuação, as cepas de poxvírus animal reivindicadas perdem suas 10 propriedades virulentas e de imunização. A invenção também se refere a um método para produção de tais cepas de poxvírus altamente atenuadas e ao uso das mesmas para indução de paramunidade, isto é, para ativação do sistema imune não específico em mamíferos e seres humanos ou para 15 produção de vacinas de vetor para imunização específica com o efeito colateral positivo de paramunização. Os poxvírus animais altamente atenuados são, assim, adequados para a prevenção e tratamento de doenças associadas a uma deficiência imune. Modalidades preferidas se referem a 20 ortopox- (por exemplo, vírus camelpox), leporipox- (por exemplo, myxomavírus), avipox-, parapox- e outras cepas virais ortopox, tal como MVA, as quais têm excelentes propriedades de paramunização e nas quais as propriedades de imunização foram perdidas.