Guia de Pé Diabético - Mölnlycke Health Care

A saúde dos seus
pés e a Diabetes
Tome medidas para uns pés saudáveis
Saiba como manter os seus pés saudáveis
se sofre de Diabetes
Índice
•
Introdução
Pág. 2
•
Problemas de pés com
Diabetes
Pág. 3
Recomendações durante
consultas médicas
Pág. 4
•
Tratamento
Pág. 5
•
Conheça os seus pés
Pág. 7
•
Sete passos para pés
saudáveis
Pág. 9
•
Pronto? Já!
Pág. 11
•
A solução para o sofrimento
desnecessário
Pág. 13
•
1
INTRODUÇÃO
Olá,
As pessoas com diabetes sabem que devem ter um cuidado
especial com os pés, mas podem não saber o porquê desse
especial cuidado.
Entender como e porquê se desenvolvem os problemas nos pés
ajudará a reagir para prevenir. Os pés das pessoas com diabetes
mellitus sofrem um maior risco de desenvolver problemas
associados. As fissuras da pele ou gretas e lesões menores
podem converter-se num problema maior. Este guia proporciona
informação sobre as complicações que se podem desenvolver nos
pés das pessoas com diabetes. Encontrará também recomendações
para pés saudáveis e informação sobre riscos e sinais aos quais
deve prestar atenção para identificar possíveis problemas.
Entender como os seus pés se alteram ao ter diabetes e aprender
como detectar essas alterações, fará com que tenha uma atitude
positiva na hora de manter os pés saudáveis.
Esta informação é para qualquer pessoa que sofra de Diabetes
Tipo 1 ou 2. Irá ser útil se sofrer da doença há vários anos ou se for
algo recente. A sua familia, amigos ou cuidador podem encontrá-lo
útil.
A informação recolhida neste guia não deve substituir nenhuma
informação que lhe seja proporcionada pelo seu médico. No
entanto, pode ajudar a entender melhor o que este lhe diz.
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OS MEUS PÉS ESTÃO EM RISCO?
Complicações em pés com
Diabetes
Níveis altos de glucose no sangue durante
muito tempo podem causar danos em
diferentes zonas do corpo, incluindo os
pés e pernas. Uma pessoa com diabetes
tem um maior risco de desenvolver
problemas nos pés, tais como úlceras e
lesões de tecido, devido à combinação do
dano dos nervos (neuropatia) e a
enfermidade arterial obstructiva periférica
(má circulação). Estes problemas estão
vinculados com outros factores resultantes
de um estilo de vida pouco saudável:
tabaco, álcool, uma má alimentação,
obesidade, vida sedentária, mobilidade
limitada, redução da visão e idade superior
a 60 anos; tudo isto aumenta o risco de
desenvolvimento de úlceras em pessoas
com Diabetes.
Danos nos nervos (neuropatia)
Os altos níveis de glucose no sangue
podem causar danos no sistema nervoso
do corpo, o que altera a emissão e
recepção de mensagens por parte do
cérebro.
Os
nervos
que
são
maioritariamente afectados são os mais
longos - aqueles que percorrem todo o
corpo até às pernas e pés. O dano nos
nervos é o que mais afecta os pés em
pessoas com Diabetes.
3
O dano nos nervos denomina-se por
neuropatia. Quando afecta os pés pode
conduzir a:
• Dano nos nervos sensitivos, o que
significa que pode perder a sensibilidade
dos pés e sentir menos dor, temperatura
e vibrações.
• Dano nos nervos motores, o que afecta
os músculos dos pés, podendo alterar a
forma dos pés.
• Dano dos nervos autónomos, o que
reduz a capacidade de transpiração dos
pés, o que faz com que a pele esteja seca
e susceptível a gretas e fissuras.
Má circulação - enfermidade
arterial obstructiva periférica
(POAD) ou angiopatia
Outra razão principal pela qual as pessoas
com Diabetes desenvolvem problemas
nos pés é porque os vasos sanguíneos são
afectados pelos elevados níveis de glucose
no sangue. Isto pode afectar o fornecimento
de sangue (circulação) aos pés e pernas.
Um menor nível de sangue significa uma
restricção de oxigénio, o que faz com que
haja um aumento do risco de lesões e que
a cicatrização seja mais lenta.
RECOMENDAÇÕES DURANTE A VISITA AO PROFISSIONAL DE SAÚDE
Recomendações a ter antes de uma
consulta médica
Faça uma lista de
medicamentos e
tratamentos actuais
Peça a um amigo
ou familiar que o
acompanhe
Fale com o médico sobre as suas preocupações
e medos e se sente dor mesmo que não esteja
relacionado com o seu problema actual
Tire as suas dúvidas
Leve um caderno de notas se considerar necessário
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TRATAMENTOS
Quem está envolvido no
tratamento?
Quando se desenvolvem problemas nos pés, a melhor solução será procurar o apoio
de uma equipa multidisciplinar envolvida no cuidado dos mesmos. Uma equipa
multidisciplinar é uma equipa de profissionais com diferentes aptitudes que trabalham
juntos, requisito fundamental para uma terapia de êxito. Pode incluir profissionais de
saúde, como médicos gerais: podologistas, ortopedistas (especializados no fabrico de
calçado), um médico especializado em diabetes, cirurgiões e enfermeiras.
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Como tratar a ferida?
• Apósitos
• Aliviando a pressão
O profissional de saúde que o acompanha
deverá acordar um plano de tratamento,
incluindo uma limpeza de forma regular e
o uso de um apósito que se adapte às
necessidades e características da ferida,
ou seja, que seja hipoalergénico e
transpirável e que não danifique a ferida,
que pode ter uma capa de silicone
(Mepilex®, Mölnlycke Health Care) que
esteja apto para usar de forma combinada
com uma venda tubular de fixação
(Tubifast®, Mölnlycke Health Care).
Qualquer pressão realizada ao caminhar
com calçado atrasará o processo de
cicatrização. Há muitas formas de aliviar
a pressão e o seu podologista e ortopedista
deverão informá-lo das melhores opções.
• Necessito de fazer algum teste em
especial?
Pode ter que realizar testes:
• Hisopos da ferida para identificar
qualquer bactéria que possa causar
infecção.
• Desbridamento
• Provas de circulação do sangue nas
Em algumas ocasiões o tratamento pode
pernas e pés, para assegurar que chega
incluir desbridamento. Isto consiste na
suficiente quantidade de sangue aos
retirada de pele dura, morta ou tecido
membros inferiores para cicatrizar a
infectado. Após o desbridamento, a ferida
ferida.
pode parecer maior ou sangrar, mas isto
deve-se à limpeza e favorece o processo • Análise ao sangue para controlar os
diabetes.
de cicatrização. O desbridamento reduz o
risco de infecção e a pressão das margens • Raios X ou scans para ajudar a
da ferida.
determinar se há alguma infecção nos
ossos.
CUIDADO – INFECÇÃO!
Se tem algum tipo de sinal de infecção no pé, tal como: descoloração
(normalmente avermelhamento), calor, inchaço, aumento da secreção na
zona afectada da pele ou se tem algum sintoma de infecção como
mal-estar, febre ou calafrios, visite um profissional de saúde rapidamente.
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SINAIS DE ALERTA
Conheça os
seus pés
É importante saber o que procurar e
como identificar os sinais de qualquer
mudança.
Observando os seus pés pode
identificar qualquer dano de forma
antecipada. Assim poderá procurar
ajuda rapidamente e prevenir que
piore. Há varios factores aos quais deve
prestar atenção. Conheça as principais.
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Alterações no fornecimento de sangue (POAD)
• Câimbras nas pernas.
• Pele suave e brilhante.
• Perda de pêlo nos pés e pernas.
• Unhas grossas.
• Pés frios e pálidos.
• Alterações no tom de pele dos pés.
• Feridas e chagas.
Alterações nos nervos (neuropatia)
• Formigueiro ou picadas.
• Entumecimiento.
• Dor.
• Menor nível de transpiração.
• Pés vermelhos e quentes ao toque.
• Alterações à forma dos pés.
• Pele dura.
• Alteração da forma dos pés e pernas.
PÉ DE PÁGINA
Se suspeita que sofre de algum destes sinais
e sintomas deve contactar com o seu médico,
enfermeiro ou podologista. Em caso de desenvolver
uma ferida, chaga, inchaço ou descoloração, acuda
imediatamente ao seu médico, enfermeiro ou
podologista.
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QUE PASSOS PODE DAR COMO MODO DE PREVENÇÃO?
Sete passos para pés saudáveis
Como consequência da Diabetes, existe o risco de
desenvolver problemas nos pés. A informação que se segue
detalha a estratégia e o que fazer para reduzir este risco.
Deve visitar anualmente
o podologista para uma
revisão.
1
Lave os seus pés com
água morna. Controle a
temperatura da água, não
devendo estar a mais de 37º.
Deve deixá-los na água entre
3 a 5 minutos.
2
Inspeccione os seus pés como parte
da rotina diária. Procure borbulhas,
chagas, calos, manchas, sinais de fungos
ou possíveis alterações na forma dos
pés. Pode precisar de um espelho para
realizar esta inspecção, ou pode pedir a
um amigo ou familiar. Não se preocupe
demasiado com pequenas anomalias ou
lesões, mas visite periodicamente o seu
médico ou podologista.
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3
Meça os seus pés e recorde que podem inflamar-se ao longo do dia, pelo que o
melhor momento para comprar calçado será ao fim do dia. Escolha calçado com
atacadores. Devem ser suficientemente fundos e largos para acomodar bem o
pé. Não devem ter costuras que sobressaiam. Deve usar com precaução
sandálias ou calçado que deixem o pé descoberto. Pode procurar ajuda numa
boa ortopédica ou sapataria que o ajudem a escolher o calçado indicado. Deve
ser cauteloso com sapatos novos, pois devem adaptar-se bem ao pé.
Recomendamos que utilize sapatos novos por curtos períodos de tempo (meia
hora) no ínicio e observar os pés para saber se causam dano. Deve ir aumentado
o tempo de experimentação até conseguir usar os sapatos durante todo o dia.
Se lhe confirmarem que pode cortar as
unhas, deverá usar um bom corta-unhas e
lima. Deve seguir o contorno da unha e
não cortar as esquinas. Isso pode
favorecer a formação de unha encarnada.
Se crê que pode ter uma unha encarnada,
deverá procurar atenção médica. Não
corte as unhas muito curtas.
3
5
Utilize cremes para uma
boa hidratação (Epaderm,
Mölnlycke Health Care). Não
coloque creme entre os dedos.
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7
6
As meias devem ser feitas de material
transpirável - por exemplo, de fibras
naturais tais como a lã ou algodão.
Assegure-se de que não há grandes
costuras que sobressaiam. Troque de
meias diariamente e suavize as rugas.
PÉ DE PÁGINA:
Não se preocupe demasiado com pequenas anomalias
ou danos, mas visite regularmente o seu médico.
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QUE PASSOS PODE DAR COMO MODO DE PREVENÇÃO?
Pronto? Já!
1
Manter os correctos níveis de açúcar no sangue
ajuda a reduzir o risco tanto de desenvolver
neuropatia como danos na circulação. Se tem
lesões nos pés, manter um correcto nível de
sangue pode ajudar à cicatrização.
2
Assegure-se que tem os níveis de açúcar e
colesterol vigilados para reduzir o risco de
problemas de circulação.
3
4
11
Deixe de fumar pois afecta a circulação.
Preste especial atenção à sua dieta, mantendo
uma dieta sã e equilibrada.
5
Mantenha os pés em forma - incorpore
exercícios para os pés na sua rotina diária.
Melhorará a circulação do sangue e assegurará
a mobilidade dos seus pés e tornozelos.
Exercícios simples como mover a pele em
círculos ou mover o pé sobre uma bola e
exercícios de apanhar ajudam a manter pés
saudáveis.
6
Evite usar ácidos, lâminas ou tratamentos para
calos nos pés. Se tem a pele dura ou com
calos, consulte um podologista.
7
Tenha especial cuidado no Verão. Leve sempre
o seu calçado (incluindo na praia ou mar) e
assegure-se de que é o adequado. Se visitar
países mais quentes, recorde utilizar protector
solar com alto factor e não ande descalço em
superfícies quentes (areia, margens de piscina).
Principais mensagens:
Aqui tem os principais pontos sobre os
quais deve prestar especial atenção com
os seus pés:
• Mantenha uma rotina diária no cuidado
dos seus pés. Deve incluir a lavagem
e hidratação dos pés e revisão para
localizar possíveis lesões ou alterações
na pele.
• Utilize as meias e sapatos correctos.
Muitos problemas nos pés são causados
porque o calçado não se adapta de forma
correcta ao pé. Escolha calçado que se
adapte correctamente aos pés e que os
protejam; nunca ande descalço.
• Cuide dos seus pés. No caso de ter
problemas nas unhas ou pés, visite o
médico e observe as unhas dos pés.
• Se observar o início de um problema
ou lesão, reaja de forma rápida.
Aprenda como cuidar das lesões e
quando ou onde obter informação no
caso do problema piorar.
PÉ DE PÁGINA:
Compre o seu calçado ao final do dia, uma vez
que devido à inflamação o seu pé estará maior.
Escolha calçado sem protuberâncias e que seja
de pele. Não utilize sapatos que deixem os pés ao
ar. Procure uma boa ortopedia que o consulte a
escolher o melhor calçado para si.
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SAFETAC
A solução para um sofrimento
desnecessário
A Tecnologia Safetac foi inventada em 1990 com um único objectivo: libertar
o paciente do sofrimento desnecessário durante o período de cicatrização
da ferida. Está disponível numa grande variedade de apósitos da Mölnlycke
Health Care.
Até ao momento, vendemos mais de 1,2
biliões de apósitos com Tecnologia
Safetac, ajudando a minimizar a dor e
optimizando a cicatrização ao redor de
50-70 milhões de pacientes.
Os apósitos com Tecnologia Safetac:
• Está clinicamente comprovado que
minimizam o traumatismo1 na ferida e
pele perilesional.
• Está clinicamente comprovado que
minimizam a dor1 durante a troca de
apósitos.
Os danos nas feridas e na pele causam
dor. A dor provoca reacções psicológicas
de stress, que atrasam a cicatrização3.
Está clinicamente comprovado que os
apósitos com Tecnologia Safetac
minimizam o traumatismo e a dor, o
que reduz as reacções ao stress. Mais
de 300 estudos publicados demonstram
que a Tecnologia Safetac favorece o
processo de cicatrização da ferida.
• Está clinicamente comprovado que
reduz as reacções de stress e
ansiedade2.
Os adesivos tradicionais só aderem às partes mais
superficiais da pele, aderindo com maior força,
para que se mantenham no lugar.
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A Tecnologia Safetac evita o arranque celular na
troca de apósitos. Molda-se aos poros da pele,
selando as margens.
“Creio que os médicos e as enfermeiras são
conscientes que a Tecnologia Safetac
ajuda-os a realizar alterações no bem-estar
dos seus pacientes. Estou orgulhoso do
produto.”
Tomas Fabo, MSc
Director de Desenvolvimento,
e inventor da Tecnologia Safetac
Mölnlycke Health Care, Suécia
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PT179315
MAIS AJUDA E APOIO
Para mais informação visite:
www.molnlycke.pt/paciente
Este guia foi avaliado por um comité de especialistas de grande reconhecimento, tanto a nível nacional como internacional:
Dra. Mª Pilar Vela Orús. Médica especialista no Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital Universitário de Cruces
(Vizcaya).
Dr. Pedro Jorge Liria. Médico especialista no Serviço de Cirurgia Plástica e Reparadora do Complexo Hospitalar Universitário
de Albacete.
Dr. Ramón Castello. Médico especialista em Cirurgia Plástica Reparadora e Estética do Hospital Puerta de Hierro (Madrid).
Dr. Jesús Manuel Alfayate García. Médico especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular no Hospital Universitário Fundación
Alcorcón (Madrid).
Dra. Carmen Benlloch. Médica especialista em Cirurgia Pediátrica no Hospital Clinic Universitari de Valencia.
Dr. Albert Pérez. Médico Especialista em Traumatologia e responsável da Unidade de Pé e Calcanhar no Hospital Universitário
de Bellvitge (Barcelona).
Dr. José Luis Lázaro Martínez. Director Assistente e Chefe da Unidade de Pé Diabético da Clínica Universitária de Podología,
Universidad Complutense de Madrid.
Referências:
1. White R. A Multinational survey of the assessment of pain when removing dressings. Wounds UK, 2008.
2. Upton D. et al. The impact of atraumatic vs conventional dressings on pain and stress in patients with chronic wounds.
Journal of Wound Care, 2012.
3. Upton D. et al. Pain and stress as contributors to delayed wound healing. Wound Practice and Research, 2010.
www.molnlycke.pt
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